25/11/2014 - 16h16
Editorial O Globo
À luz do mensalão e, agora, do petrolão, pode-se dizer, dentro de uma perspectiva histórica, que não é por mera coincidência que, em 12 anos de lulopetismo no Planalto, se construiu o mais articulado e amplo esquema de corrupção na máquina pública de que se tem notícia, a fim de drenar dinheiro de estatais para financiar um projeto de poder.
Não foi por acaso que em 2004, quando o mensalão, cujo embrião está na campanha eleitoral de 2002, já funcionava a contento, o “amigo Paulinho” — como o presidente Lula tratava Paulo Roberto Costa —, funcionário da Petrobras, terminou nomeado diretor de Abastecimento da estatal, indicado pelo PP do deputado José Janene (PP-PR), este também um mensaleiro.
O nome saído do bolso do colete do aliado Janene foi bem aceito pelo lulopetismo. Falecido, Janene não pode colaborar com as investigações do petrolão, do qual o seu apadrinhado foi peça-chave, pelo que já se sabe de depoimentos do próprio ex-diretor da Petrobras prestados sob acordo de delação premiada.
Não se discute mais se houve um assalto bem organizado aos cofres da Petrobras patrocinado por diretores — algo tão extraordinário que acionou os mecanismos americanos de vigilância do mercado de títulos do país, fonte de capitalização da Petrobras, para também investigar o escândalo e buscar responsáveis. Não se discute porque o próprio “amigo Paulinho” se declara culpado e, para reduzir penas, compromete-se a ajudar na elucidação do caso.
Lulopetistas costumam defender o partido, desde a descoberta do mensalão, em 2005, com a surrada justificativa de que “todos fazem”. É a escapatória da banalização do crime, para tentar reduzir sua gravidade. A própria candidata Dilma Rousseff escorregou na campanha da reeleição ao dizer que há corruptos em todos os lugares.
Fez lembrar o presidente Lula, na histórica entrevista em Paris — depois que o então aliado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou o mensalão —, quando afirmou que o PT fez o que todo partido fazia.
O mensalão foi desbaratado, informações colhidas por CPI, pela PF e pelo Ministério Público instruíram um processo julgado de forma exemplar pelo Supremo, de que resultou a prisão de petistas estrelados: o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Além de aliados e cúmplices.
Pois agora, no petrolão, Mario Oliveira Filho, advogado de Fernando Soares, o “Fernando Baiano”, acusado de operar — verbo usado em sentido malicioso no submundo da política — na Petrobras, em nome do PMDB, segue na trilha da banalização e diz que não se consegue obra pública sem propinas.
Tenta-se jogar areia nos olhos da opinião pública. Não há uma corrupção aceitável e outra reprovável. Há o crime de malversação do dinheiro público a ser investigado e punido. Os casos do mensalão e do petrolão — delinquências de mesma célula-tronco — mostram um padrão de drenagem do dinheiro do contribuinte.
São malhas tecidas entre partidos e políticos, estatais, empreiteiras, sindicalistas e, conforme mostrou O GLOBO no fim de semana, fundos de pensão de empresas públicas, tudo numa dimensão jamais vista no submundo da política brasileira, tendo como objetivo estratégico um projeto de perpetuação no poder. E, claro, com os inexoráveis desvios feitos para enriquecimento particular. Afinal, a carne é fraca.
O mensalão mostrou apenas a ponta de uma máquina avantajada de corrupção que agora fica mais visível à medida que avança a investigação sobre o esquema na Petrobras, com suas diversas conexões, como a dos fundos de pensão. Não se trata de um crime sem implicações.
O próprio Estado de Direito democrático ficou ameaçado, pois o plano visa comprar apoio no Legislativo e se perpetuar no Executivo pelo voto capturado por políticas populistas. Mas não se contava com o vigor de instituições republicanas brasileiras.
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sábado, 29 de novembro de 2014
"Morre Marcio Thomaz Bastos, uma bosta comunista a menos no mundo" JC
A CABEÇA DE CÍCERO(Prof SERGIO COLLE)
Prezados colegas, estudantes, amigos e outros.
É praticamente uma constante nos discursos filosóficos a crença de que os humanos planejam melhor seu futuro quando têm conhecimento de sua história.No Brasil, em consequência da degradação do ensino em todos os níveis, o ensino de história passou a ter um papel secundário, cedendo lugar ao discurso ideológico, mais ainda nas escolas de ensino médio.Aquele que não conhece a história política de Roma pode bem surpreender-se com o pernicioso costume de compra de votos, de deputados e senadores, com recursos públicos (no caso de Roma, com dinheiro do saque dos tesouros dos países derrotados). Entretanto, quem bem conhece a história daquele tempo, muito bem sabe que os hábitos dos políticos de hoje são, em menor ou maior grau, os mesmos dos políticos daquele tempo e, quanto maior a impunidade, mais os hábitos de rapina se repetem.Hoje é um dia especial para a história do Brasil, pelo fato de o jurista Marcio Thomaz Bastos ter deixado este mundo.O Brasil perdeu um jurista, mas a nação brasileira foi recompensada, até porque foi subtraído de nosso meio um habilidoso e dedicado advogado dos corruptos.Como ministro da justiça do governo Lula ele deixou pouco para que fosse lembrado e porque não dizer, preservou fielmente a tradição das masmorras medievais em que se transformaram os presídios deste degenerado país.Nos últimos tempos, articulava-se ele com um formidável esquadrão de juristas, na tentativa de criar armadilhas jurídicas para desqualificar o Meritíssimo Juiz Moro, responsável pelo processo de investigação em curso na PETROBRAS.É dispensável aqui detalhar os milionários honorários que esse jurista recebeu para defender os criminosos do mensalão. Não faltou esforço para que o mais nobre dos juristas do STF, o Meritíssimo Juiz Supremo Joaquim Barbosa fosse colocado na defensiva, constrangido e porque não dizer, no horizonte da desmoralização púbica, com o único fito de reduzir-se a gravidade dos crimes daqueles bandidos petistas e porque não dizer, inocentá-los.A Ordem dos Advogados do Brasil em coro canta loas ao jurista morto. Nada estranho numa organização que é o exemplo lapidar do corporativismo no Brasil.Essa organização não faz qualquer menção referente a estatura ética de Bastos que a meu ver, merece detida análise, afim de que se estabeleça os limites além dos quais um homem deixa de ser jurista para ser mercenário.Os populistas, invariavelmente corrompem a justiça dos países, mais atuando para mudar as regras do poder e prolongar-se no governo e menos para beneficiar a nação na busca da prosperidade através do trabalho honesto.Não faltaram cabeças brilhantes na história a bajular chefes de estado populistas, vagabundos e assemelhados.Relembro que Pablo Neruda fez um poema a Stalin e que Pablo Picasso idolatrava esse monstro.Também não faltaram bajuladores e oportunistas a cercar Lula e Dilma, a exemplo do louvado arquiteto comunista Oscar Niemayer (cognominado jocosamente de Mago do Concreto Alheio e conhecido no exterior nos últimos lugares da fila dos cem melhores).Marcio Thomaz Bastos era uma sombra ao redor dos poderosos, sempre pronto para defendê-los, em nome do exercício do direito. Entretanto, poderemos dizer que ele mais brilhou perante o povo brasileiro esclarecido, precisamente quando defendeu bandidos corruptos e ladravazes do dinheiro público.Tais homens tornam-se célebres e poderosos. A história nos mostra que a escalada de poder desses homens somente pode ser interrompida através de processos revolucionários.O regime militar de 64 justificado historicamente para defender o Brasil contra os traidores comunistas é um exemplo. Nesses regimes, julga-se o homem por sua importância política e executa-se o mesmo por sua culpa política.Foi precisamente o caso do célebre jurista romano Cícero que, em retribuição a seus serviços jurídicos aos poderosos, recebeu dos senadores romanos à época de Júlio César, nada menos que dezenove vilas. A história romana registra que o Palácio dele em Roma somente era superado em luxo e dimensão pelo palácio de Mecenas.A decadência romana nos lembra muito bem a podridão reinante na política brasileira de hoje, quando ao povo se dá a impressão de que o bem público foi a leilão.A nação romana daquele tempo clamava por um salvador, enquanto que Virgílio proclamava brilhantemente em sua obra literária a vinda do mesmo, puro, justiceiro e nobre. Pois bem, o salvador aconteceu no nome de Caio Otávio, o filho adotivo do assassinado Júlio César. Sua administração foi tão brilhante que ele foi cognominado de Augusto.Cícero, acostumado a corrupção reinante, usou de seu sinete e sua habilidade oratória para desmoralizar Augusto, em defesa da casta podre de senadores que o fez milionário. Tudo ele fazia em nome da república, enquanto enriquecia.A história nos conta que nas proscrições (ajuste de contas com os conspiradores de Júlio César) Cícero foi enquadrado como traidor e, sem mercê, decapitado. Suas mãos foram pregadas na porta principal do Foro Romano e lá permaneceram por seis meses, apodrecidas.Voltando ao jurista brasileiro morto, se existe algum consolo para a nação brasileira, é que dela foi subtraído um defensor de corruptos milionários próximos ao poder.Para a Academia de que faço parte, na qual se julga o homem por seus méritos intrínsecos à luz das referências mundiais do conhecimento, esse homem não fará falta alguma, mesmo porque nas melhores escolas de direito do mundo ele é considerado um ilustre desconhecido.Podem nos subtrair a liberdade, mas jamais subtrairão nossos sonhos. Esse não era o fim que eu desejava ao Sr. Thomaz Bastos. Para ele, na minha ótica de história, eu mais desejaria o final destinado a Cícero.Saudações universitárias,Prof. Colle
"BRASILEIRO ACORDE - DIGA NÃO AO COMUNISMO - UNI-VOS!"
Prezado Sr. SERGIO DE AZEVEDO MAZZA. EXÉRCITO NÃO É MILÍCIA V Por Ney de Oliveira Waszak Cel Em 28 de novembro de 2014 Diz nossa Lei, que as Forças Armadas (FFAA), podem ser empregadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e para que tal ocorra é necessário que os instrumentos definidos no Art 144 da Constituição Federal, sejam esgotados. Artigo. 144 da Constituição. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; Segundo ainda a nossa legislação, a Operação de Garantia da Lei e da Ordem (Op GLO) é uma operação militar determinada pelo Presidente da República e conduzida pelas Forças Armadas de forma episódica, em área previamente estabelecida e por tempo limitado, que tem por objetivo a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio em situações de esgotamento dos instrumentos para isso previstos no art. 144 da Constituição ou em outras em que se presuma ser possível a perturbação da ordem (Artigos 3º, 4º e 5º do Decreto Nº 3.897, de 24 de agosto de 2001). O que observamos é que o governo está usando as FFAA, como polícia, de forma permanente, e o resultado é que já temos um soldado ferido. Não temos medo do ferimento ou morte, mas se é para acabar com os bandidos, deixem agirmos como fomos preparados para enfrentar o inimigo. A chamada GLO somente deve ser empregada na confirmação da falência do Estado no emprego do prescrito no Art 144 da Constituição, e cabe aos comandantes das Forças singulares a observância dos ditames legais. O que as FFAA não podem é ficar permanente, em área urbana, para agir como polícia. Nosso soldado é moldado para o combate e não para ser policial, a ação de GLO é uma ação prevista para ocupar uma determinada área agir e sair. Comandante! Gen Enzo, exija o cumprimento da Lei. Retire o Exército desta situação que somente tende a piorar, mas se o senhor ainda não sabe, vou dizer em letras grandes para o seu entendimento. A esquerda e o pt estão torcendo, para que nossa tropa mate um inocente Sabemos “ESTOURAR APARELHOS”, sabemos caçar bandidos, mas não sabemos fingir. Visite o sítio AMAN75-83 BRASILEIRO ACORDE - DIGA NÃO AO COMUNISMO - UNI-VOS! Esta mensagem é enviada pelo Grupo AMAN75-83. Desejando enviar seu comentário ou mensagem ao autor, acesse este artigo no sítio AMAN75-83 e no final do referido artigo, clique em comentário para nos enviar sua mensagem. Caso não deseje receber nossas mensagens, informe. |
"Comentário Geopolítico de Gelio Fregapani fecha o ano com chave de ouro" Não deixe de ler JCN
COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 210, de 28 de novembro de 2014
Assuntos
No Primeiro Mundo – velhas tensões
Na América do Norte – racismo exacerbado;
Na América do Sul - A ilusão da Unasul e do MERCOSUL
No nosso País - As veias abertas – A corrupção na História e O advogado do diabo
No Primeiro Mundo – velhas tensões
São continuas as notícias que, graças ao petróleo e gás de xisto, os EUA estão se tornando os maiores produtores de petróleo e gás natural. Os benefícios estendem-se além da auto-suficiência; reforça o poder hegemônico e a influência sobre seus principais aliados como o Japão e a Coréia do Sul. A baixa dos preços, uma das consequencias da produção americana, causa preocupação para os países exportadores, principalmente para a Rússia e a Venezuela. Se a atual produção do shale gás durar, significa que os Estados Unidos superaram a crise financeira e industrial e terão melhores condições para impor a desacreditada Nova Ordem Mundial.
A Rússia afirma que a Nova Ordem é um acordo entre os anglo-saxões e alguns aliados para implantar um Governo Mundial, que no fundo será exercido pelas oligarquias financeiras transnacionais e para isso, pretendem desvirilizar os estados nacionais, fragmentando os maiores territórios para sua melhor administração comercial. Isto nós já sabíamos. Acrescentemos que entre os alvos principais (os BRICS) o nosso Brasil é o alvo mais vulnerável. È conhecida a tentativa em desmembrar o nosso território em nações étnicas e embora não esteja comprovada a influência dos EUA na atual conversa de separatismo pós eleitoral é duvidoso que não aproveitem a oportunidade para enfraquecer a nossa coesão da mesma forma, tentam desmembrar os uigures e os tibetanos da China e a Criméia da Rússia. Hipocritamente ao reclamar da intervenção na Ucrânia omite as suas intervenções na Iugoslávia, no Iraque, no Afganistão, na Líbia e na Síria. Por dever de justiça acrescentemos ainda que os EUA serão tão vítimas como nós pois é com o sangue de seus filhos que esse plano será operacionalizado e no final também eles não estarão isentos desse desmembramento, contudo ,persiste alguma dúvida: Sería a atual ofensiva estadunidense um esforço supremo para garantir sua posição antes da queda do dólar como padrão internacional? Essa política de intromissão, que arrisca a desencadear uma III Guerra Mundial visaría ganhar apenas no blefe ou estaría disposta à guerra enquanto não perderam a posição vantajosa?
Assinale-se que nem sempre os EUA são bem sucedidos em seus intuitos,quando em retaliação impôs sanções contra a Rússia e esta aproximou-se da China –. Não apenas a Rússia abriu suas reservas de gás à China, mas também aceitou fornecer à China sua sofisticada tecnologia militar, inclusive o formidável sistema de defesa aérea S-400, o que no passado, a Rússia sempre resistiu em fazer e assim ficam os chineses sem acreditar em tal boa sorte. Tudo indica que o blefe não vai funcionar.
Ainda embrionária, a "guerra santa”, especialmente no Iraque e Síria, contra todos os princípios, parece ressuscitar os enfrentamentos religiosos de séculos passados. Não nos iludamos, a adesão de tantos jovens, inclusive ocidentais, mostra que não se extinguirá facilmente, mas haverá algo por trás disso?.
Hoje, estamos talvez assistindo ao Mundo sendo outra vez arrastado para a guerra, por mentiras e propaganda, para uns visando manter uma hegemonia ilusória, mas é difícil descobrir que grupo realmente está manuseando os cordéis das marionetes.
Na América do Norte – racismo exacerbado
Tumultos irromperam em 150 cidades com a Absolvição do Policial Branco, pela morte de um Jovem Negro, no Estado do Missouri, colocando um balde de gasolina na Velha Mística do “Racismo”, nos Estados Unidos. A questão permanece viva, mesmo passados muitos anos do assassinato do Pastor Martin Luther King, que sonhara que os “Homens não fossem considerados à partir da Cor da sua Pele”,novamente, por vários Estados Americanos, pessoas vão às ruas, queimando carros e prédios, apesar dos pedidos de moderação do próprio Presidente.É um problema difícil de lidar, quer pelo racismo dos “wasp” quer pelo dos próprios negros de lá, historicamente muito mais maltratados do que os nossos.
O problema, se tratado inadequadamente, pode ser o estopim de uma violência geral. Um tratamento eficaz para o problema teria que compreender justiça e bondade. Justiça os ianques costumam ter, bondade nem sempre.
Na América do Sul - A ilusão da Unasul e do Mercosul
A integração aos países da América Latina está previstas nos princípios fundamentais na Constituição de 88 ( Art. 4º, Parágrafo único). Uma constituiçãozinha maligna! Um país com um pingo de conhecimento geopolítico jamais colocaria em sua constituição a decisão de integrar-se política, econômica ou culturalmente a outras soberanias. Essa aberração foi colocada na constituição pelo enganador do Ulysses,incrementada pelo inconsequente do Sarney e pelo corrupto do Lula, este último provavelmente como meio de apoiar os regimes esquerdistas mais caros ao coração dele. Não atentaram esses maus políticos que o objetivo da Unasul é o de afogar as independências nacionais sul-americanas a favor de uma nova "Pátria Grande", sujeita aos ditames das decisões dos demais países que nos rodeiam como se o nosso Brasil não fosse grande suficiente.
Felizmente isso não será assimilado pelo nosso povo, nem mesmo o Mercosul que nunca nos trouxe vantagem. É voz comum que “eles ficam com o nosso mercado e nós ficamos com o “sul”.
Se o Mercosul já era uma utopia, agora se desmancha. O Paraguai vai entrar para a área de influência dos USA comercialmente e além disso, permitiu que os americanos instalem uma base militar no seu território, talvez nos falte a coragem de retaliar cortando o porto livre, mas com a Argentina falida, a Venezuela as vésperas de uma revolução sangrenta e a Bolívia com um presidente mais inconsequente que o Lula, o Mercosul está condenado e sem ele as bases da Unasul cairão por terra. Podem retirar aquela bandeira que hastearam ao lado do nosso pavilhão sagrado no Palácio do Planalto.
As veias abertas no nosso País – A corrupção na História
Certamente houve anteriormente corrupção na administração federal, mas no tempo antigo, tal como pequenas esfoladuras, sangravam mas não chegavam a comprometer a saúde. Certamente a corrupção tomou vulto na construção de Brasília e terá sangrado a economia, mas compensou.Os sangramentos foram consequencia da necessidade. Sem a corrupção, semi oficializada, certamente não teria acontecido a construção da Capital, que criou condições para a ocupação do Centro-Oeste, sendo a maior jogada geopolítica desde a Independência. Até onde se sabe, não foram para o Governo nem para os partidos.
Com certeza a corrupção diminuiu durante o Governo Militar. A modéstia das posses dos generais-presidentes o comprova. Se houve então alguma corrupção terá sido nos baixos escalões da administração e passou despercebida da rigorosa justiça da época, mas a partir da “redemocratização” romperam-se as veias. A corrupção do Sarney ainda em um caráter regional prossegue sem grandes abalos. Na era Collor ficou conhecida a “República das Alagoas” que resultou no impeachment, mas pouco se sabe de quanto poderia ter recebido para criar a área ianomâmi. Quem pagaria? O Cartel Internacional do Ouro, ou seja a oligarquia financeira internacional, ou seja, à corrupção somou-se a traição à Pátria. Passada a era Collor a corrupção e a traição expandiram-se exponencialmente. Nada antes se comparou às privatizações/ desnacionalizações do FHC. A hemorragia atingiu as principais artérias da economia e entre as 58 empresas vendidas (em grande parte ao estrangeiro) avultam a Vale do Rio Doce, as telefônicas, as siderúrgicas, os bancos estaduais, muitas hidrelétricas, linhas de transmissão, distribuidoras etc, vendidas em média por 10% de seu valor. Talvez as mais maléficas atuações de FHC e seu preposto Reichstul possam ter sido os leilões do petróleo e a tentativa de venda da Petrobras. Disse o governo de então que arrecadou 85,2 bilhões. O valor justo passaria de um trilhão, mas mesmo assim não teria valido a pena pois as remessas de lucros e a falsa compra de tecnologia passam a representar um sangramento permanente. Quanto FHC e seus asseclas teriam amealhado para trair a própria Pátria? É difícil saber. Imagine o leitor.
A indignação popular (hoje quase esquecida) foi tão grande que propiciou a eleição de um indivíduo despreparado, inculto, reconhecidamente inepto e para muitos, representando uma ameaça comunista. Apesar da inépcia, o Lula evitou a continuidade das desnacionalizações, mas loteando os cargos entre seus vorazes partidários multiplicou os ferimentos, estes ainda que significativos, quase se eclipsam diante da hemorragia iniciada pelo FHC e não controlada nos governos Lula e Dilma.
Agora, no final do primeiro governo Dilma aparecem providências para diminuir a hemorragia. Diminuir, não estancar. Pois para estancar seria necessário retomar o que foi desnacionalizado. Contudo, graças a boa atuação da Polícia Federal alguns ferimentos serão tratados e quem sabe alguns dos corruptos punidos.
Como seria de esperar, a politicalha toda tenta se aproveitar de tais eventos. O Governo afirmando que sua administração foi a única que permitiu a devassa e a oposição mostrando que os corruptos apanhados são em maioria gente do próprio Governo.
Apesar de tudo fica uma mensagem de esperança: Nem FHC/ Reichstul nem Lula/Gabrielli nem toda a quadrilha que loteou a Petrobrás conseguiu destruir a nossa Petrobras!!!! A produção de petróleo no Brasil atingiu recorde em outubro com 2,126 milhões de barris por dia. Outubro foi o nono mês consecutivo de crescimento da produção no país", conforme comunicado oficial.
O maior roubo da História
Revistas, políticos, judiciário, pessoas comuns até jornais do exterior dizem que mensalão e Petrolão foram os maiores roubos da nossa Historia. Sem diminuir a importância dessa ladroagem devemos nos lembrar da venda da CVRD .Avaliada no CONSENSO DE WASHINGTON DE 1982, (FHC presente), por Rockfeler e Jorge Soros, de que o valor seria algo em torno de 5,5 TRILHÔES DE DÓLARES. Pois bem, a CVRD, foi privatizada 15 anos depois, por FHC, por 3,3 bilhões de dólares, compreendendo 7.500 áreas de mineração com as maiores jazidas do mundo, 03 ferrovias, 03 portos de grande calado, 30,navios da Docenave e mais outras menores. Seus funcionários comentam que ainda haveria muito dinheiro em caixa e que o pagamento seria pago com lucro de 06 meses. Que a Vale, estatal, não dava tanto lucro pelos programas de assistência social que executava e que o preço justo em 1987seria algo em torno de 7 a 8 trilhões de dólares.
Contudo não podemos nos iludir pensando que não havia corrupção. Havia sim e muita, mas a da venda caberia no livro dos recordes..
Dinheiro emprestado
Uma pessoa pode necessitar de dinheiro e ter que pedir emprestado, mas para um país que pode imprimi-lo só a necessidade urgentíssima de divisas para compras no exterior (de petróleo ou de alimentos) poderia justificar, mesmo consciente que terá que pagar com juros. Internamente, quando um governo tem despesas maiores do que suas receitas, se deseja fazer determinadas obras ou o que for, poderá imprimi-lo em vez de contrair um empréstimo. Ambos causam a mesma inflação e o empréstimo tem os juros e sendo externo,causa a perda parcial da autonomia. Há razões para crer que os pedidos de empréstimo visam mesmo as “comissões”, da mesma forma que as “licitações” dirigidas.
Há que se levar em conta o prejuízo que os juros da dívida tem causado ao nosso País, comendo quase a metade do superávit primário. Vem de longe o golpe da agiotagem da dívida. Esta explodiu com a decisão de FHC que a remunerou a juros exorbitantes. Nós pagamos 11% da divida, talvez os juros mais altos do mundo. Isto é um crime contra a economia nacional e vem causando a maior parte dos males que enfrentamos, desemprego, problemas sociais, falta de verbas para obras essenciais, violência urbana, etc. Os EUA pagam 0,5% para os juros da divida interna, a Alemanha paga menos de 1%, a Rússia 1,5%.
O que um bom governo faria, uma vez tendo herdado essa maldita situação? Certamente baixaria os juros. – Mas então os credores retirariam o dinheiro emprestado, não é? Claro que sim e certamente o investiriam em atividades produtivas assim aconteceu quando abolido o tráfico negreiro o capital migrou para a agricultura e indústria, trazendo o progresso. Com juros altos só um tolo empregaria seu capital em um empreendimento produtivo podendo, só com os juros ganhar mais do que o empreendimento lhe remuneraria. - E daí? Haveria numerário suficiente para honrar o capital retirado? - Se não houver, o que fazer? - Fácil, imprimir se necessário.
ONGs usam índios para impedir o progresso
Enquanto discutimos política, ativistas do Greenpeace reuniram uns 60 índios Munduruku, para protestar contra a construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós, no Pará. Uma enorme mensagem foi marcada com pedras na areia de uma praia próxima à cachoeira de São Luiz do Tapajós, local previsto para receber a primeira das cinco hidrelétricas planejadas para ao longo do rio . Com potência de 8.040 MW, a usina São Luiz do Tapajós teve seu leilão anunciado após o governo ter conseguido a licença ambiental prévia, mas logo voltou atrás por pressão dos Mundurukus, insuflados pelas ONGs internacionais, pelo jeito o movimento ambientalista ignora que as necessidades de energia serão supridas, na ausência de hidrelétricas, por outras mais poluentes como as térmicas. Escondem esse dado pois o que querem é evitar a nossa ocupação da Amazônia, tarefa deles facilitada em época de crise política.
O protesto é parte das manifestações contra a construção das hidrelétricas do Tapajós. Outro ato desses prevê mobilizar a presença de Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu, junto a outros três bispos e lideranças Munduruku, movimentos sociais e organizações como o Greenpeace, a Fase e naturalmente o antinacional Conselho Indigenista Missionário (CIMI)
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O Advogado do diabo
Faleceu no dia 20 de novembro Marcio Thomaz Bastos. Não nos alegra a morte de ninguém, mas sim o afastamento da influência nefasta desse advogado apátrida, cuja habilidade em explorar a Lei para frustrar a Justiça prestou imenso desserviço à sociedade nacional. Ministro da Justiça do governo Lula, se um dia o nosso País for dividido em “nações” étnicas, indígenas ou não muito terá a ver com a atuação dele. Permaneceu por longo tempo no cargo e é, com certeza, o artífice da impunidade daqueles que dilapidaram o patrimônio público e amealharam dinheiro suficiente para pagar por seus serviços. Não há dúvida que foi um advogado brilhante,mas a nação brasileira foi recompensada, até porque foi subtraído de nosso meio um habilidoso e dedicado advogado dos corruptos.
Seu lema amoral, que lhe rendeu tanto dinheiro era: “defendo meus clientes da culpa legal. Julgamentos morais deixo para a majestosa vingança de Deus. Se acreditava em Deus certamente saberia que, mais cedo ou mais tarde, estaria face a face com “Sua majestosa vingança” e que teria muitas contas a prestar. Chegou a hora e para esse acerto de nada lhe valem seus bens materiais, conquistados ao arrepio da moralidade. Só arrependimento pode tê-lo salvo. Que Deus se apiede de sua alma.
Que Deus nos livre de outro Ministro da Justiça assim
Gelio Fregapani
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ADENDO
Genocídios acontecem, mas não há genocídio quando os alvos estão armados.
No dia 24 de abril deste ano, o primeiro genocídio do século XX completou 99 anos: o governo turco dizimou mais de um milhão de armênios desarmados. A palavra-chave da frase é justamente esta última: "desarmados".
Os turcos escaparam de uma condenação mundial porque utilizaram a desculpa de tudo ter sido uma 'medida de guerra'. Findada a Primeira Guerra Mundial, eles não sofrerem nenhuma represália por este ato de genocídio. É como se o governo turco não houvesse conduzido absolutamente nenhuma medida de homicídio em massa contra um povo pacífico.
Outros governos perceberam que o ardil funcionara. Era um precedente internacional conveniente demais para ser ignorado.
Setenta e nove anos após o início daquele genocídio, o famoso Hotel Ruanda abriu as portas.
Os Hutus também se safaram. Ironicamente, pelo menos uma década antes do massacre em Ruanda — gostaria de me lembrar da data exata —, a revista americana Harper's publicou um artigo em que profetizava com acurácia este genocídio, e por uma razão muito simples: os Hutus tinham metralhadoras; os Tutsis, não. O artigo foi escrito em um formato de parábola, sem se preocupar em fazer previsões especificamente políticas. Lembro-me vivamente de, ao ler aquele artigo, ter imediatamente pensado: "Se eu fosse um Tutsi, emigraria o mais rápido possível".
O fato é que, em todo o século XX, não foi um bom negócio ser um civil. As chances sempre estavam contra você.
Péssimas notícias para os civis
Tornou-se um lugar comum dizer que o século XX, mais do que qualquer outro século na história conhecida da humanidade, foi o século da desumanidade do homem para com o homem. Embora esta frase seja memorável, ela é um tanto enganosa. Para ser mais acurada, o certo seria modificá-la para "o século da desumanidade dos governos para com civis desarmados". No caso do genocídio, no entanto, tal prática não pode ser facilmente descartada como sendo um dano colateral imposto a um inimigo de guerra. Trata-se de extermínio deliberado.
O século XX começou oficialmente do dia 1º de janeiro de 1901. Naquela época, uma grande guerra já estava em andamento; portanto, vamos começar por ela. Mais especificamente, era a guerra iniciada pelos EUA contra as Filipinas, cujos cidadãos haviam sido acometidos da ingênua noção de que a libertação da Espanha não implicava uma nova colonização pelos EUA.
Os presidentes americanos William McKinley e Theodore Roosevelt enviaram 126.000 tropas para as Filipinas para ensinar àquele povo uma lição sobre a moderna geopolítica. Os EUA haviam comprado as Filipinas da Espanha por US$20 milhões em dezembro de 1898. O fato de que os filipinos haviam declarado independência seis meses antes dessa compra era irrelevante. Um negócio é um negócio. Aqueles que estavam sendo comprados não podiam dizer nada a respeito, muito menos protestar. Como foi dos Estados Unidos, é politicamente incorreto falar em genocídio, mas...
Naquela época, era uma prática comum fazer a contagem de corpos dos combatentes inimigos. A estimativa oficial foi de 16.000 mortos. Algumas estimativas não-oficiais falam em aproximadamente 20.000. Para os civis, tanto naquela época quanto hoje, não há estimativas oficiais. O número mais baixo fala em 250.000 mortos. A estimativa mais alta é de um milhão.
E então veio a Primeira Guerra Mundial e as comportas foram abertas — ou melhor, os banhos de sangue foram institucionalizados.
Turquia, 1915
O genocídio armênio de 1915 foi precedido por uma limpeza étnica parcial, a qual durou dois anos, 1895—97. Aproximadamente 200.000 armênios foram executados.
Os armênios eram facilmente identificáveis. Alguns séculos antes, os invasores turcos otomanos os haviam forçado a acrescentar o "ian/yan" aos seus sobrenomes. Como os armênios estavam dispersos por todo o império, eles não possuíam o mesmo tipo de concentração geográfica que outros cristãos possuíam na Grécia e nos Bálcãs. Eles nunca organizaram uma força armada para oferecer resistência. E foi isso o que os levou à destruição. Eles não tinham como lutar e resistir.
Os armênios eram invejados porque eram ricos e mais cultos do que a sociedade dominante. Eles eram os empreendedores do Império Otomano. O mesmo ocorreu na Rússia. O mesmo ressentimento existia na Rússia, embora não com a intensidade do ressentimento que existia na Turquia.
As estimativas não-turcas falam em algo entre 800.000 e 1,5 milhão de armênios mortos. Embora a maioria destes homicídios tenha ocorrido com o uso de baixa tecnologia, os métodos eram extremamente eficazes. O exército capturava centenas ou milhares de civis, levava-os até áreas desertas e inóspitas, e os deixava lá até que literalmente morressem de fome.
O nome Arnold Toynbee é bem conhecido. Já na década de 1950 ele era um dos mais eminentes historiadores do planeta. Seu estudo, compilado em 12 volumes (1934—61), sobre 26 civilizações não possui precedentes em sua amplitude. Sua obra O Tratamento dos Armênios no Império Otomano foi sua primeira grande publicação.
Por que algumas organizações armênias não dão ampla divulgação e notoriedade a este documento é algo que me escapa completamente. O livro está em domínio público. A seção a seguir, que está na Parte VI, "As Deportações de 1915: Procedimento", é iluminadora. Leia-a com atenção. Trata-se do aspecto crucial de todo o genocídio. O governo confiscou as armas dos cidadãos.
Um decreto foi expedido ordenando que todos os armênios fossem desarmados. Os armênios que serviam no exército foram retirados das fileiras combatentes, reagrupados em batalhões especiais de trabalho, e colocados para construir fortificações e estradas. O desarmamento da população civil ficou a cargo das autoridades locais. Um reino de terror foi instaurado em todos os centros administrativos. As autoridades exigiram a produção de uma quantidade estipulada de armas. Aqueles que não conseguissem cumprir as metas eram torturados, frequentemente com requintes satânicos; aqueles que, em vez de produzir, adquirissem armas para repassá-las ao governo — comprando de seus vizinhos muçulmanos ou adquirindo por qualquer outro meio —, eram aprisionados por conspiração contra o governo.
Poucos desses eram jovens, pois a maioria dos jovens havia sido recrutada para servir o estado. A maioria era de homens mais velhos, homens de posse e líderes da comunidade armênia, e tornou-se claro que a inquisição das armas estava sendo utilizada como um disfarce para privar a comunidade de seus líderes naturais. Medidas similares haviam precedido os massacres de 1895—96, e um mau presságio se espalhou por todo o povo armênio. "Em uma certa noite de inverno", escreveu uma testemunha estrangeira desses eventos, "o governo enviou soldados para invadir as casas de absolutamente todos os armênios, agredindo as famílias e exigindo que todas as armas fossem entregues. Essa ação foi como um dobre de finados para vários corações".
Desarmamento
Lênin desarmou os russos. Stalin cometeu genocídio contra os kulaks ucranianos durante a década de 1930. Pelos menos seis milhões de pessoas foram mortas.
Como mostrou a organização Jews for the Preservation of Firearms Ownership (Judeus pela Preservação da Posse de Armas de Fogo), o modelo do Decreto do Controle de Armas de 1968 nos EUA — até mesmo as palavras e o fraseado — foi copiado da legislação de 1938 de Hitler, a qual, por sua vez, era uma revisão da lei de 1928 aprovada pela República de Weimar. Uma boa introdução a esta história politicamente incorreta da história do controle de armas pode ser vista aqui.
Quando as tropas de Mao Tsé-Tung invadiam um vilarejo, elas capturavam os ricos. Em seguida, elas ofereciam a devolução das vítimas em troca de dinheiro. As vítimas eram libertadas quando o pagamento fosse efetuado. Mais tarde, o governo voltava a sequestrar essas mesmas pessoas, só que desta vez exigindo armas como resgate. Ato contínuo, assim que as armas eram entregues, as vítimas eram libertadas. Essa mudança de postura — exigir armas em vez de dinheiro — fez com que a negociação parecesse razoável para as famílias das próximas vítimas. Porém, tão logo o governo se apossou de todas as armas de uma comunidade, os aprisionamentos e as execuções em massa começaram.
A ideia de que o indivíduo tem o direito à autodefesa era tão comum e difundida no século XVIII que ela foi escrita na Constituição americana: a segunda emenda. Carroll Quigley, eminente historiador e teórico da evolução das civilizações, era também um especialista na história do uso de armas pela população. Ele escreveu um livro de 1.000 páginas sobre o uso de armas como meio de defesa durante a Idade Média. Em sua obra Tragedy and Hope(1966), ele argumenta que a Revolução Americana foi bem sucedida porque os americanos possuíam armas de poder de fogo comparável àquelas em posse das tropas britânicas. Foi exatamente por isso, disse ele, que houve toda uma série de revoltas contra governos despóticos em todo o século XVIII.
Tão logo as armas em posse do governo se tornaram superiores, os movimentos e manifestações em prol da redução do tamanho do estado deixaram de ter o mesmo êxito que haviam tido nos séculos anteriores.
Há uma razão por que os governos são tão empenhados em desarmar seus cidadãos: eles querem manter seu monopólio da violência a todo custo. A ideia de haver cidadãos armados é apavorante para a maioria dos políticos. Afinal, para que serve um monopólio se ele não pode ser exercido? Cidadãos armados impõem um limite natural à tirania do estado.
Conclusão
Genocídios acontecem, mas não há genocídio quando os alvos estão armados.
ARAGUAIA
“Quando as massas não estão dispostas a empreender a luta armada, não basta que o partido esteja”.(Chou-En-Lai)
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Em 1974, quando a Guerrilha do Araguaia foi desmantelada, nenhum Serviço de Inteligência, em todo o mundo, teria coragem de vaticinar que 14 anos depois o povo cativo da Europa Oriental, nas ruas, com um mínimo de sangue, mas com muito suor e lágrimas, derrubaria o socialismo real, cujo modelo a esquerda radicalizada tupiniquim deseja importar para o Brasil. Tampouco que logo depois, em dezembro de 1991, a bandeira vermelha com a foice e o martelo seria arriada definitivamente do Kremlin, marcando o fim da Pátria do Socialismo e o encerramento de uma era histórica.
No Brasil, os terroristas, assaltantes de bancos, de casas comerciais, e até de residências, os “justiçadores” de companheiros, os seqüestradores de autoridades e de aviões, portadores da “verdade científica” do marxismo-leninismo-stalinismo-trotskismo-pensamento de Mao-Tsetung e Henver Hoxa, foram anistiados. Anistia significa esquecimento. Prova do esquecimento é o fato de que, hoje, alguns estão no Poder, em órgãos do Executivo e do Legislativo. Alguns são ou foram governadores e prefeitos.
Todavia, uma minoria desses ex-terroristas, apoiada por alguns políticos e por órgãos reconhecidamente infiltrados por comunistas (a expressão correta seria: pelos ainda comunistas), buscam promover o ‘julgamento’ público, num ato explícito de revanchismo, daqueles que, constitucionalmente, os combateram, defendendo a Pátria. Nesse sentido, promovem eventos de ‘denúncia de torturadores’, na tentativa de derrotarem, hoje, por outros meios – ditos pacíficos – os que os derrotaram.
Nenhuma alusão, no entanto, é feita, por ninguém, aos que perderam suas vidas em decorrência da violência armada que as esquerdas declararam ao regime. Seus nomes não são recordados; suas famílias não promovem passeatas; nada reclamam da Pátria e nada reivindicam ao Estado e a seus governantes, a não ser um mínimo de coerência.
Esses nomes não devem ser esquecidos, desde o primeiro, Carlos Argemiro Camargo, sargento do Exército, morto por um grupo de terroristas comandados pelo coronel reformado do Exército Jefferson Cardim de Alencar Osório, em 28 de março de 1966, no Paraná, até o último, Otávio Gonçalves Moreira Junior, delegado da polícia de São Paulo, em férias no Rio de Janeiro, metralhado em Copacabana, ao sair da praia, por terroristas da ALN, PCBR e VAR-PALMARES, em 25 de fevereiro de 1973.
Durante as operações desenvolvidas na guerra suja do Araguaia, por cerca de 2 anos, para debelar a guerrilha que o PC do B tentou implantar na região, as Forças Armadas sofreram 9 baixas. Antes da morte de qualquer guerrilheiro, dois militares foram mortos: sargento Mario Ibrahim da Silva e cabo Odílio Cruz Rosa; posteriormente um outro desapareceu – soldado Francisco Valdir de Paula -; e 6 foram feridos (três Oficiais, dois Sargentos e um Cabo). Estes terão seus nomes preservados.
Os terroristas, no entanto, nas guerrilhas urbana e rural, não se limitaram a matar os que, constitucionalmente, defendiam o que eles denominavam de “ditadura militar”. Foram mais longe. “Julgaram” e mataram vários de seus companheiros, “justiçados”, não por terem cometido qualquer crime. Foram assassinados sob a acusação empírica de “fraqueza ideológica”, o que era considerado “um perigo em potencial” para as Organizações. Ou seja, aqueles que abandonaram ou pensavam abandonar o “centralismodemocrático” e ousaram pensar com suas próprias cabeças foram considerados “perigosos” e pagaram com a vida, pois, algum dia, em algum momento, poderiam colaborar com o “inimigo de classe”. Foram eles:
- Antonio Nogueira da Silva Filho, da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (Var-Palmares), condenado ao “justiçamento” em 1969 (a “sentença” não foi efetivada por ter o “condenado” fugido para o exterior);
- Geraldo Ferreira Damasceno, militante da Dissidência da Var-Palmares (DVP), “justiçado” em 29 de maio de 1970, no Rio de Janeiro;
- Ari Rocha Miranda, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 11 de junho de 1970 por seu companheiro Eduardo Leite (“Bacuri”), durante uma “ação”, em São Paulo;
- Antonio Lourenço, militante da Ação Popular (AP), “justiçado” em fevereiro de 1971, no Maranhão;
- Marcio Leite Toledo, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 23 de março de 1971 por seu companheiro Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz;
- Amaro Luiz de Carvalho (“Capivara”), militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e, posteriormente, do Partido Comunista Revolucionário (PCR), “justiçado” em 22 de agosto de 1971, em Recife, Pernambuco, dentro do presídio onde cumpria pena;
- Carlos Alberto Maciel Cardoso, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 13 de novembro de 1971, no Rio de Janeiro;
- Francisco Jacques Moreira de Alvarenga, da Resistência Armada Nacionalista (RAN), “justiçado” em 28 de junho de 1973 dentro do colégio em que era professor, por um comando da Ação Libertadora Nacional (ALN). Maria do Amparo Almeida Araujo, então militante da ALN e hoje presidente do “Grupo Tortura Nunca Mais”, em Pernambuco, participou dos levantamentos preliminares que propiciaram o “justiçamento” que ela diz não saber quem praticou (depoimento da mesma no livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, do jornalista Luiz Maklouf, 1998), embora, é evidente que para que o “justiçamento” pudesse ser efetuado, ela devesse passar esses levantamentos para alguém;
- Salatiel Teixeira Rolins, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), “justiçado” em 22 de julho de 1973 por militantes do PCBR. Segundo Jacob Gorender – que em 1967 foi um dos fundadores do PCBR -, em seu livro “Combate nas Trevas”, os assassinos não poderiam intitular-se “militantes do PCBR”, pois, nessa época, “o PCBR não mais existia”.
Na Guerrilha do Araguaia (1972-1974), foram “justiçados” pelo PC do B:
- “Mundico” – Rosalino Cruz Souza, guerrilheiro; Osmar, Pedro Mineiro, João Pereira e João Mateiro, moradores da região. Estes, por suposta colaboração com as Forças Armadas.
Alguns desses “justiçadores” estão aí, alguns desempenhando funções públicas.
Deve ser recordada também a morte, na Guerrilha do Araguaia, da Cadela Coroa – citada em uma série de reportagens publicadas pela imprensa em 1996 – também “justiçada”, de acordo com as leis da guerrilha, por ter-se transformado em um perigo em potencial.
Conforme matéria publicada no jornal “Arauto” – informativo do Clube de Aeronáutica – de julho de 1996, a Cadela Coroa era uma espécie de mascote, dado seu apego aos membros do Destacamento A da guerrilha. Em 1972, todavia, ocorreu um fato que iria selar o destino de Coroa: com a chegada dos militares à área, os terroristas tiveram que se embrenhar na selva e Coroa, que acabara de dar cria, acompanhou-os. Mas, movida pelo sentimento materno, todos os dias sumia do acampamento e andava diversos quilômetros para amamentar os filhotes que deixara para trás.
A partir daí, os bravos terroristas do Destacamento A passaram a encará-la não como a melhor amiga do homem, mas como uma ameaça, pois, afinal, os militares poderiam segui-la e chegar até eles. Por isso, decidiram que ela deveria ser “justiçada”, por ter-se tornado potencialmente perigosa. Por sorteio, a tarefa coube ao guerrilheiro “Zezinho”- Micheas Gomes de Almeida, que a matou a facadas, pois não podia ser a tiros que chamariam a atenção.
Morte semelhante – recorde-se – à do tenente Alberto Mendes Junior, morto a coronhadas de fuzil por Carlos Lamarca, no Vale da Ribeira, em maio de 1970, também para não despertar a atenção da tropa que o perseguia.
Vamos imaginar que a história tivesse ocorrido ao contrário. Caso a Cadela Coroa tivesse sido morta, digamos, pela tropa das forças legais. O fato teria, então, sido apontado como mais uma prova de que as Forças Armadas “atuaram como bárbaros”, como disse o Sr. João Amazonas, em depoimento no Congresso Nacional.
Não teriam faltado os protestos de uma ONG qualquer, mantida não se sabe por quem, dedicada à defesa dos direitos das cadelas amigas de guerrilheiros. Seria lançada, possivelmente, outra edição, atualizada, do “Brasil, Nunca Mais”, acrescentando o nome de Coroa. Tudo isso com o indispensável aval e aplausos do grupo filantrópico, de utilidade pública, “Tortura Nunca Mais”.
Intelectuais de esquerda viriam a público protestar, com crônicas dominicais nas páginas dos principais jornais, entrevistas na TV, poesias e outros meios que dispusessem. Finalmente, surgiria um cineasta, já com um roteiro pronto e os protagonistas escolhidos para contar a história de mais uma vítima do “terrorismo de Estado”. As cenas externas, com clips levados ao ar no horário nobre das televisões, seriam rodadas no Araguaia.
Finalmente, uma Comissão de Cães Mortos ou Desaparecidos seria criada, cujos integrantes também viajariam para o Araguaia, acompanhados por experts estrangeiros, em busca das ossadas de Coroa que, se encontradas, seriam levadas para a Unicamp. Os recursos financeiros para tudo isso não seriam problema. Aliás, essa tarefa poderia ser encampada,agora em 2014, pela © Omissão da Verdade que, evidentemente, encontraria uma forma de culpar a repressão pela morte da Coroa…
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
CHEGA AO FIM CONTANDO AS MESMAS ESTORIAS SERVÍVEIS APENAS PARA "JUSTIFICAR INDENIZAÇÕES , OPERAÇÃO MÃO NA CUMBUCA DO ERÁRIO"
A comissão da ” verdade” chega ao fim com relatório venal, caminhou desordenadamente em busca de provar a "sua verdade" que por sinal nada se parece com a verdadeira.
Seu
dirigente BEM PODERIA SER CHAMADO DE O NOVO GEPPETTO, PERSONAGEM” CARA DE PAU QUE FOI TRAZIDO A VIDA PELA FADA VERMELHA . QUE DIZ AO BONECO QUE PÓDERÁ SE TORNAR REAL SE PROVAR QUE TERRORISTAS , LADRÕES, ASSASSINOS E TRAIDORES DA PÁTRIA A SERVIÇO DA SINTERNACIONAL COMUNISTA, SÃO EM REALIDADE INOCENTES DA LUTA ARMADA.
O BONECO DEVERÁ LUTAR PELOS INTERESSES PÓRRIOS DA FADA VERMELHA DILMA ROBOCOFRE , ALIAS REELEITA NUMA ELEIÇÃO REALIZADA RECENTE MENTE, NO HORÁRIO ENTRE 18.00 E 20.00 HORAS FEITA A FÓRCEPS.
AS 18 PERDIA AS 20.00 SEM APURAÇÕES INTERMEDIARIA, FOI DADA COMO VENCEDORA. EM REALIDADE ELA VENCEU A DEMOCRACIA.
ESPERAMOS QUE EM BREVE SOFRA A EXPULSÃO QUE MERECE.
REZEMOS AO SENHOR
E ELA QUE SE VIRE COM O CAPETA , DIGO GEPPETTO
Leia a
Baixo os que realmente deveriam constar do Relatório da Começão da Verdade
Quantas vezes tetarem contra a Democracia, tantas vezes serão derrotados.
ANTES DA HORA, NÃO É HORA, DEPOIS DA HORA TAMBÉM
HÁ, DESCULPEM ESQUECI DE ASSINAR
José Conegundes Nascimento (CID)
A lista
abaixo reúne os integrantes conhecidos da Guerrilha
do Araguaia. Nos
parênteses os codinomes pelo quais eram conhecidos,
batizados pela guerrilha ou dados pelos moradores da região.
- João
Amazonas (Velho
Cid) - integrante do PCB desde a década
de 1930 e
um dos fundadores e secretário-geral do PCdoB, era o teólogo da guerrilha, e responsável
pela ligação entre os guerrilheiros na selva e a direção em São
Paulo.
Entrou e saiu diversas vezes na área do Araguaia durante o período,
transportando militantes, dinheiro e orientações políticas,
indo para o exílio na Albânia após o aumento da repressão
militar na área, que impediu sua movimentação. Voltou ao Brasil após a Anistia e morreu aos
90 anos, em 2002.
- Elza
Monnerat (Dona
Maria) - integrante da direção do PCB, fazia com Amazonas a ligação
entre o Araguaia e o sul do país. Responsável pelo transporte de diversos
militantes até o local da guerrilha e uma das
primeiras a se instalar no Araguaia, durante os preparativos para a
criação do núcleo guerrilheiro, voltou à clandestinidade urbana após o
aumento da repressão militar na área, que a impediu de retornar à região
do conflito, como Amazonas. Presa em fins de 1976 e libertada com a
Anistia, morreu em 2004.
- Maurício Grabois (Mário) - Membro da
cúpula do PCdoB, integrante da Comissão Militar do Partido e
comandante-em-chefe dos guerrilheiros do Araguaia. Foi morto numa
emboscada na selva em dezembro de 1973. Seu corpo nunca foi encontrado e
sua morte jamais admitida pelo Exército. É dado como desaparecido.
- Ângelo
Arroyo (Joaquim)
- membro da cúpula do PCdoB e militante comunista desde 1945, foi um dos
líderes da guerrilha, integrante da Comissão Militar. Foi um dos dois
únicos guerrilheiros que escaparam vivos do Araguaia, depois da última
campanha militar que exterminou a guerrilha, fugindo a pé para o Piauí atravessando a selva e dali
para São Paulo. Foi fuzilado em dezembro de 1976 por agentes do Doi-Codi numa casa no bairro da
Lapa, em São Paulo, onde se realizava uma reunião do Comitê Central do
PCdoB, no episódio conhecido como Chacina
da Lapa.
- Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão) - o mais carismático e temido
guerrilheiro do Araguaia, negro, forte, 1,98 m e ex-campeão carioca de boxe, considerado mítico pelos moradores do
Araguaia, foi morto num encontro com uma patrulha militar em
janeiro de 1974. Seu corpo foi
pendurado num helicóptero e mostrado em sobrevoo pelos povoados da região.
Decapitado, foi enterrado em lugar desconhecido. É considerado
desaparecido político.
- Líbero Castiglia (Joca) - Italiano, foi o único estrangeiro
que participou da guerrilha. Com treinamento militar na China, era ligado ao Destacamento
A e fazia a segurança da comissão militar da guerrilha. Foi um dos
primeiros militantes a chegar à região do Araguaia. É dado como
desaparecido desde o ataque do exército ao comando guerilheiro, no Natal de 1973.
- André
Grabois (Zé
Carlos) - Filho de Maurício
Grabois e
vivendo na clandestinidade desde os 17 anos por causa da perseguição ao
pai, foi comandante do destacamento A da guerrilha. Morreu em combate
junto a outros três guerrilheiros, durante
tiroteio com patrulha do exército em outubro de 1973, após caçarem porcos-do-mato. Seu corpo nunca foi
encontrado, é dado como desaparecido.
- Bergson Gurjão Farias (Jorge) - Ex-estudante
de Química da Universidade Federal do Ceará, e sub-comandante do
Destacamento C da guerrilha, sob o codinome de 'Jorge', foi o primeiro
guerrilheiro a ser morto em combate no Araguaia. Ferido a tiros de metralhadora numa emboscada, foi morto a
golpes de baioneta dias depois numa instalação militar de Marabá em maio de 1972. Dado como
desaparecido político por trinta anos, seus ossos foram identificados por
exames de DNA em 2009, após exumação do
cemitério de Xambioá.
- João Carlos Haas Sobrinho (Dr. Juca) - médico
formado pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul,
chegou ao Araguaia vindo do Maranhão onde morou com alguns dos
principais líderes da guerrilha e atendia a população. Respeitado pelos
caboclos locais pelo auxílio que prestava na área da saúde de Marabá e Xambioá, o comandante
médico-militar foi morto em combate em 30
de setembro de 1972. Seu corpo nunca foi
encontrado e é dado como desaparecido político.
- Dinalva Oliveira Teixeira (Dina) - Geóloga formada pela Universidade Federal da
Bahia,
popular no Araguaia como parteira e temida pelos militares
pela coragem física e por ser exímia atiradora, foi a mais famosa das
guerrilheiras, lendária entre os moradores da região. Única mulher a ser
sub-comandante de destacamento de combate, foi presa já no fim da
guerrilha, em julho de 1974, e assassinada a tiros por agentes militares
do CIEx. Seu corpo nunca foi
encontrado e é dada como desaparecida.
- Helenira Resende (Fátima) -
ex-estudante de Filosofia da USP e vice-presidente da UNE,
no Araguaia conquistou o respeito dos demais pela coragem física e
determinação. Morreu em combate em setembro de 1972, metralhada nas pernas
em troca de tiros com soldados do exército e morta à baioneta depois. O respeito que
gozava no meio dos companheiros fez com que a partir de sua morte um dos
destacamentos da guerrilha passasse a ter o seu nome.
- Micheas Gomes de Almeida (Zezinho) - Filho de
camponeses, ex-operário e veterano comunista, é o único guerrilheiro
sobrevivente do Araguaia a nunca ter sido preso. Melhor guia e conhecedor da selva entre
todos os guerrilheiros, fugiu da região guiando Ângelo Arroyo até o Maranhão, durante os últimos dias de
aniquilamento da guerrilha. Vivendo com identidade trocada e anônimo em
São Paulo por mais de 20 anos, dado como desaparecido, reapareceu nos anos
90.
Mora em Goiás.
- Maria Lúcia Petit (Maria) -
ex-professora primária, participou da guerrilha com os irmãos mais velhos.
Morta em junho de 1972 numa emboscada, seus restos mortais foram
identificados em 1996. Junto com Bergson Gurjão, são os dois únicos
guerrilheiros mortos e identificados posteriormente. Foi enterrada em Bauru, São
Paulo.
- Dinaelza Santana Coqueiro (Mariadina) -
ex-estudante de Geografia da PUC de Salvador, chegou o Araguaia em 1971
com o marido, Vandick Coqueiro e Luzia
Reis.
Integrante do destacamento C, foi executada por agentes do CIEx em abril
de 1974, após ser vista presa na base de Xambioá. É dada como
desaparecida.
- José
Genoino (Geraldo)
- Membro do PCdoB desde 1966, com 20 anos, ex- presidente do Diretório
Central dos Estudantes da Universidade Federal do
Ceará,
chegou ao Araguaia em 1970. Foi um dos primeiros presos pela ofensiva
militar na área, um 1972. Foi torturado e cumpriu pena até 1977. Tornou-se
o nome mais conhecido da guerrilha nos anos seguintes, elegendo-se deputado
federal
diversas vezes pelo Partido dos Trabalhadores. Casou-se com a
guerrilheira Rioko Kayano, a quem conhecia desde 1969 mas começou a namorar
na prisão. Atualmente, é réu condenado à prisão em regime semi-aberto
pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, no episódio
conhecido como escândalo do mensalão.
- Luzia
Reis (Baianinha)
- ex- militante do movimento estudantil de Salvador, chegou ao Araguaia em
janeiro de 1972 e fez parte do
destacamento C. Primeira guerrilheira a ser presa, após uma emboscada, foi
torturada na base de Xambioá e transferida para Brasília, onde cumpriu dez
meses de prisão. Solta, abandonou a militância e o Partido. Vive em Salvador, aposentada do serviço público.
- Glênio
Sá (Glênio)
- Ex-aluno de Física da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte,
chegou à guerrilha em 1970 e foi preso em 1972, traído por um camponês, depois de dois meses
perdido na mata, após um tiroteio. Morreu
em 26
de julho de 1990 num acidente de automóvel,
quando fazia campanha para o senado no Rio Grande do Norte.
- Suely
Kanayama (Chica)
- Ex-estudante da Letras na USP, baixinha e magrinha,
chegou ao Araguaia em fins de 1971 e passou a integrar o Destacamento B.
Apesar da frágil compleição física, foi das que mais se adaptou à vida na selva e uma das últimas
guerrilheiras a morrer. Audaciosa e com treinamento de tiro e sobrevivência na selva,
cercada por uma patrulha do exército no início de 1974 recusou rendição,
atirou ferindo um policial e morreu metralhada por mais de 100 tiros, fato
que chocou até integrantes do Exército. Consta como desaparecida política.
- Lúcia Maria de Souza (Sônia) -
ex-estudante da Escola de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, deixou o curso no 4º ano devido às
atividades políticas e entrou na clandestinidade. Participante do
destacamento A, o episódio de sua morte é o mais célebre da história da
guerrilha, onde feriu dois oficiais do exército antes de morrer, um deles
o notório Major Curió. É oficialmente desaparecida política.
- Adriano Fonseca Filho (Chico) -
ex-estudante de Filosofia da UFRJ, chegou ao Araguaia em
abril de 1972. Integrante do Destacamento B, foi morto a tiros por
mateiros de patrulhas do exército em 3 de
dezembro de 1973, na última fase das
operaçãos militares, quando caçava jabutis na mata para alimentação.
Foi decapitado e enterrado em local desconhecido. Permanece como
desparecido político.
- Luiza
Garlippe (Tuca)
- ex-enfermeira do Hospital das Clínicas, chegou no Araguaia com o
companheiro Pedro Alexandrino (Peri). Integrou-se ao Destacamento B, na
área da Gameleira e substituiu João Carlos Haas Sobrinho depois da morte deste, como
comandante-médica. Presa em julho de 1974 junto com 'Dina',
foi executada a tiros pelo CIEx.
- Crimeia Schmidt de Almeida (Alice) -
ex-estudante de enfermagem da UFRJ, foi para o Araguaia em
1969 onde tornou-se companheira de André Grabois, comandante do
Destacamento A. Engravidou em 1972 e com problemas na gestação foi levada para São Paulo.
Presa na cidade em dezembro, foi torturada e teve o filho no Hospital do
Exército, em Brasília. Hoje participa da Comissão de Familiares de
Mortos e Desaparecidos Políticos.
- Jana Moroni Barroso (Cristina) -
cearense, ex-estudante de biologia na Universidade Federal do Rio
de Janeiro,
chegou ao Araguaia em abril de 1971, com apenas 21
anos. Trabalhou como professora primária e agricultora.
Casou-se na guerrilha com Nelson Piauhy (Nelito), dava aulas de tiro e fez parte do Destacamento
A. Oficialmente desaparecida em 2 de
janeiro de 1974 junto com mais dois
guerrilheiros, foi vista presa e ferida na base militar em Bacaba.
- Jaime Petit - engenheiro e irmão mais velho da
família Petit, foi morto em combate em dezembro de 1973. Decapitado, seu
corpo nunca foi encontrado. É dado como desaparecido político.
- Lúcio Petit (Beto) - engenheiro
e irmão do meio da família guerrilheira Petit, foi preso durante a
aniquilação final da guerrilha no começo de 1974. Visto pela última vez
amarrado a bordo de um helicóptero do exército, é dado como
desaparecido político.
- Antônio Carlos Monteiro
Teixeira (Antônio
da Dina) - Geólogo baiano e militante do PCdoB, marido de 'Dina'
- de quem se separou durante a guerrilha - chegou ao Araguaia em 1970 e
integrou-se ao destacamento C. Conhecedor da mata, era o instrutor de
orientação na selva dos militantes recém chegados à região. Morto em
combate em 21 de setembro de 1972, na primeira fase das
operações antiguerrilha.
- Áurea Valadão (Elisa) -
Ex-estudante de Física da UFRJ, foi para a guerrilha com o marido
Arildo Valadão em 1970, integrando o destacamento C. Aprisionada por
mateiros a serviço dos militares no começo de 1974, doente, faminta e em
farrapos, sua morte consta em relatório da Marinha como 13
de junho de 1974. É dada como desaparecida
política.
- Arildo Valadão (Ari) - Ex-estudante
de Física da UFRJ, onde conheceu a mulher, Áurea, chegou ao Araguaia em
1970 com a mulher, integrando o destacamento C. Foi assassinado e
decapitado por um mateiro amigos dos guerrilheiros que se passou para o
lado dos militares, em 23
de outubro de 1973. Seu corpo nunca foi
encontrado.
- Carlos Danielli (Antonio) -
Integrante do quadro dirigente do PCdoB, fazia a ligação entre a área
rural e urbana do partido. Morreu sob torturas ao ser preso na OBAN em São Paulo, em 31
de dezembro de 1972.
- Paulo Mendes Rodrigues (Paulo) - Economista e comandante do
destacamento C, morreu em combate no dia de Natal de 1973 junto com o
comandante geral da guerrilha, Maurício Grabois. Seu corpo nunca foi
encontrado.
- José Humberto Bronca (Zeca Fogoió) - Ex-mecânico de aviões da VARIG no Rio
Grande do Sul,
foi um dos militantes do PCdoB enviado para treinamento de
guerrilha na Academia Militar de Pequim. Chegou ao Araguaia em
1969, onde foi o vice-comandante do destacamento B e depois integrante da
Comissão Militar da guerrilha. Último integrante da CM a ser preso,
delatado por um camponês a quem pediu ajuda, subnutrido e cheio de
ulcerações provocadas por picadas de mosquitos, foi executado e dado como
desaparecido em março de 1974.
- Kleber Lemos da Silva (Carlito) - economista carioca, integrou o
destacamento B. Emboscado com primeiro grupo a ser desbaratado pelas
tropas do exército, pediu aos companheiros que o deixassem durante a fuga,
impedido de caminhar por uma fístula de Leishmaniose na perna. Delatado por um
camponês, foi preso pelos fuzileiros navais 26
de junho de 1972 e executado três dias
depois. Seu cadáver foi fotografado e a foto divulgada anos
depois. Seu corpo nunca foi encontrado e é dado como desaparecido.
- Daniel Callado (Doca) - operário fluminense formado pelo SENAI, chegou ao Araguaia depois
de morar em Rondonópolis, no Mato
Grosso,
onde era lanterneiro e craque do time de futebol da cidade. Fez parte do Destacamento
C da guerrilha, que foi disperso pelos ataques militares em dezembro de
1973. Visto por moradores da região no começo de 1974, preso na base
militar de Xambioá, onde era torturado a socos e pontapés por soldados comandados pelo Major
Curió,
desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado. O relatório da Marinha
registra sua morte como em 28
de junho de 1974.
- Guilherme Lund (Luis) - carioca, formado pelo Colégio
Militar e
ex-estudante de arquitetura da UFRJ, no Araguaia integrou a
segurança da Comissão Militar da guerrilha. Foi morto em combate contra
tropas do exército com mais quatro guerrilheiros, incluindo o comandante
geral Mauricio Grabois, no dia de Natal de 1973.
- Maria Célia Correa (Rosa) - carioca, bancária e ex-estudante de Filosofia da UFRJ, chegou ao Araguaia
em 1971 para se encontrar com o noivo, 'Paulo Paquetá' (que desertou
sozinho da guerrilha em 73). Integrante do Destacamento A, perdeu-se da
organização da guerrilha após combate em 2 de
janeiro de 1974. Presa por um camponês quando procurava ajuda, foi
entregue aos militares da base de Bacaba. Transportada de helicóptero para a mata depois de
presa, foi metralhada com mais dois guerrilheiros. É dada como
desaparecida.
- Regilena da Silva Carvalho (Lena) - mulher de
Lúcio Petit, o mais velho da trinca de irmãos guerrilheiros, abandonou a
guerrilha em 1972. Ferida, com os pés infeccionados e de muletas entregou-se aos pára-quedistas. Presa em Xambioá e
transportada para Brasília, foi solta em dezembro de 1972, após mandar
mensagem ao companheiros pedindo que se rendessem.
- Lúcia Regina Martins (Regina) - ex-estudante
de obstetrícia da USP, chegou ao Araguaia acompanhando o
marido Lúcio Petit. Desiludida com a guerrilha e o casamento, deixou a região grávida,
em lombo de burro, para tratar de uma
curetagem mal feita num hospital de Anápolis. Fugiu do hospital em dezembro de 1971, ainda antes da primeira
ofensiva militar, voltando a São Paulo para viver com a família e
recusando-se a voltar ao Araguaia. Só foi presa em 1974, quando a
guerrilha já estava aniquilada. Foi acusada por Elza
Monnerat de
ter contado aos militares sobre a guerrilha, permitindo que ela fosse
descoberta. Vive em Taubaté, SP.
- Antônio de Pádua Costa (Piauí) -
ex-estudante de astronomia na UFRJ, entrou na clandestinidade após ser
preso no XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, 1968. Na guerrilha, atuou
como sub-comandante do destacamento A e comandante depois da morte de André
Grabois.
Após o confronto armado entre guerrilheiros e militares de 14
de janeiro de 1974, ele desapareceu junto com
mais dois guerrilheiros. Mais tarde, foi preso na casa de um camponês que
o traiu e obrigado a passar semanas guiando batedores do exército nas matas, até
possíveis esconderijos de armas e mantimentos dos guerrilheiros. Executado
após perder a utilidade, seu corpo nunca foi encontrado.
- Divino Ferreira de Sousa (Nunes) -
guerrilheiro com treinamento militar na China, foi um dos primeiros no
Araguaia e integrou o Destacamento A. Ferido no tiroteio que matou outros
três guerrilheiros em 14
de outubro de 1973, foi levado à Casa Azul,
base militar dirigida pelo Major
Curió no
Araguaia, e executado.
- Elmo Correa (Lourival) -
ex-estudante da Escola de Medicina e
Cirurgia do Rio de Janeiro, cursou até o 3ª ano e participava do
movimento estudantil. Chegou ao Araguaia com a mulher Telma Regina Correia
(Lia) em 1971, e mais tarde a irmã, Maria Célia Correa, (Rosa)
juntou-se a eles. Desaparecido da guerrilha após o ataque de Natal de
1973, foi morto na localidade de Carrapicho, segundo testemunhos de
locais, no dia 14 de maio de 1974, segundo relatório da
Marinha.
- Tobias Pereira Junior (Josias) -
ex-estudante carioca da Universidade Federal
Fluminense,
integrou o destacamento C da guerrilha. Entregou-se no fim de 1973 e
passou semanas acompanhando os militares na localização de esconderijos de armas, munições e mantimentos. Desenhou mapas de localização e reconheceu
fotografias. Mesmo auxiliando os militares depois de preso e torturado,
foi assassinado em 14
de fevereiro de 1974.
- Gilberto Olímpio Maria (Pedro) - jornalista e genro de Maurício Grabois, chegou
à região no fim da década
de 60 e
morreu em combate junto com o sogro, no Natal de dezembro de
1973, durante encontro com patrulhas militares.
- Antonio Guilherme Ribas (Ferreira) -
ex-presidente da UPES (União Paulista de
Estudantes Secundaristas), foi preso no XXX Congresso da UNE, em 1968, e
cumpriu um ano e meio de prisão. Depois de solto, viveu alguns meses
clandestino na Baixada
Fluminense com
José Genoíno e dali foi para o Araguaia. Integrante do
destacamento B comandado por Osvaldão, foi morto em novembro de 1973, durante a última
campanha militar na região. Seu corpo nunca foi encontrado e é dado como
desaparecido político.
- Rodolfo Troiano (Mané) -
ex-estudante secundarista mineiro, filiado ao PCdoB, foi preso por
participar de manifestações estudantis em 1969, cumprindo pena em Juiz
de Fora.
Depois de solto, em 1971 foi para o Araguaia e integrou o destacamento A
da guerrilha. Morto em 12
de janeiro de 1974 segundo a Marinha,
executado após ser preso, seu corpo nunca foi encontrado.
- Pedro Alexandrino de
Oliveira (Peri)
- Bancário mineiro, integrante do destacamento B. Morto
com um tiro na cabeça em agosto de 1974, após ser
encontrado sozinho na selva. Seu corpo foi transportado de helicóptero
para a base de Xambioá, onde foi chutado e cuspido pelos soldados, o que
causou a intervenção de um oficial da FAB ordenando que o inimigo
fosse respeitado.
- Telma Regina Correia (Lia) - ex-estudante
de geografia da Universidade Federal
Fluminense
(UFF), de node foi expulsa em 1968 por sua atividades políticas, foi para
a região do Araguaia em 1971, juntamente com seu marido Elmo Corrêa, e
integrou o destacamento B. Foi presa e desapareceu em janeiro de 1974.
- Luis Renê Silveira (Duda) - carioca e ex-estudante de medicina, chegou ao Araguaia com
apenas 19 anos. Preso com a perna quebrada por tiro perto da
base de Bacaba, desapareceu no início de 1974.
- Walkiria Afonso da Costa (Walk) -
ex-estudante de Pedagogia na Universidade Federal de
Minas Gerais,
integrou o destacamento B e foi a última guerrilheira morta, fuzilada após
ser capturada, em outubro de 1974. Sua morte encerrou a Guerrilha do
Araguaia.
- Vandick Raidner Coqueiro (João Goiano) -
ex-estudante de economia baiano, chegou ao Araguaia com a
mulher Dinaelza Coqueiro, a guerrilheira 'Mariadina'. Integrante do
Destacamento B, foi o penúltimo guerrilheiro preso e executado pelo
exército, em setembro de 1974.
- José Piauhy Dourado (Ivo) - ex-estudante
da Escola Técnica Federal da Bahia, era fotógrafo em Salvador até entrar na
clandestinidade, junto com o irmão, Nélson. Combatente do destacamento C,
não foi mais visto pelos guerrilheiros a partir de dezembro de 1973.
Relatório sigiloso da Marinha registrou sua morte em 24
de janeiro de 1974. Seu corpo nunca foi
encontrado.
- Nelson Piauhy Dourado (Nelito) - irmão de
José Piauhy Dourado (Ivo), também desaparecido. Natural de Jacobina, era sindicalista e
petroleiro na Refinaria Landulfo Alves, em Salvador. Clandestino desde 1967,
integrou a guerrilha junto com a esposa, Jana Moroni. Foi morto em combate
em 2 de janeiro de 1974. Seu corpo nunca foi encontrado.
- Cilon Brum (Simão) - Também
conhecido como 'Comprido', era um ex-estudante de Economia da PUC-SP. Presidente do DCE da universidade, chegou ao
Araguaia fugindo da repressão política. Não foi mais visto pelos companheiros
depois de dezembro de 1973 e foi visto preso por mais de dois meses numa
base militar na região de Brejo Grande. Dado oficialmente como
desparecido, anos depois, foram descobertas e publicadas fotografias que
mostravam 'Simão' preso, escoltado por militares, em algum lugar da mata
do Araguaia, comprovando que morreu sob custódia de tropas federais. Seu
corpo nunca foi encontrado.
- Rioko Kayano - militante do PCdoB,
levada ao Pará por Elza
Monnerat,
não chegou a se juntar à guerrilha, sendo presa na pensão de Marabá onde aguardava transporte
para a zona de conflito, em 15
de abril de 1972. Na prisão, começou a
namorar José Genoino com quem é casada e tem três filhos.
- Pedro Albuquerque Neto - ex-militante do movimento
estudantil cearense preso no Congresso da UNE em Ibiúna em 1968, chegou no Araguaia
com a mulher em fevereiro de 1971. Fugiu da guerrilha em
junho do mesmo ano, acompanhando a mulher que não aguentava mais as condições
de vida da selva. Foi sua prisão em Fortaleza e posterior tortura, que se imagina deu aos militares
o primeiro conhecimento da existência da Guerrilha do Araguaia.
- João Carlos Wisnesky (Paulo Paquetá) -
ex-estudante de medicina da UFRJ, desertou da guerrilha em 1973, deixando a
companheira 'Rosa'. Descoberto muitos anos depois trabalhando como médico em Niterói, não fala da guerrilha.
- Danilo Carneiro (Nilo) - Primeiro
guerrilheiro preso, em abril de 1972, nas proximidades
da Transamazônica quando cumpria missão de mensageiro da Comissão Militar, foi
preso e torturado com golpes de fuzil, estocadas de baioneta e, arrastado por um jipe,
ficou com metade do corpo em carne viva. Solto após um ano e meio de
prisão, passou por 30 cirurgias para recuperar os danos da
tortura. Vive em Florianópolis.
- Manuel José Nurchis (Gil) - ex-operário paulista, integrou o Destacamento B
de Osvaldão e foi morto em combate em 30
de setembro de 1972, junto com João Carlos Haas Sobrinho e Ciro Flávio Salazar. Seu
corpo nunca foi encontrado.
- Dower Cavalcanti (Domingos) -
aprisionado ferido após a emboscada que matou Bergson
Gurjão em
junho de 1972, foi torturado com choques, pau-de-arara e simulação de afogamento depois de levado para
Brasília. Ficou preso até 1977. Após reconquistar a liberdade, formou-se
em medicina em Fortaleza e trabalhou no Ministério da Saúde. Morreu ao 41 anos, em
1992, de ataque cardíaco.
- Dagoberto Alves da Costa (Miguel) - Integrante
do Destacamento C, foi preso apenas 52 dias depois de chegar o Araguaia e
passou um ano e meio na cadeia. Hoje é psicólogo e vive em Recife.
- Uirassu de Assis Batista (Valdir) - estudante
baiano, integrante do movimento secundarista e perseguido por sua atuação
política, foi para o Araguaia e integrou-se ao Destacamento A. Preso com
mais dois guerrilheiros no início de 1974, foi visto na base de Xambioá, algemado e mancando com a perna
coberta por uma leishmaniose, sendo levado em direção a um helicóptero do
exército. Desapareceu e seu corpo nunca foi encontrado.
- Pedro Matias de Oliveira (Pedro Carretel) -
posseiro do Araguaia que se juntou aos guerrilheiros, teve o último
contato em 2 de janeiro de 1974. Foi visto amarrado numa
base militar sendo levado para a mata. É dado como desaparecido político.
- Rosalindo de Sousa (Mundico) - advogado baiano, chegou ao Araguaia
em 1971 e era famoso na região pelos cordéis que fazia. Foi fuzilado pelos guerrilheiros após um
julgamento por um 'tribunal
revolucionário' dentro da mata, que o condenou por 'traição ideológica' e adultério.
- João Qualatroni (Zebão) -
ex-militante do movimento estudantil secundarista do Espírito Santo, integrou-se ao
Destacamento A da guerrilha. Morreu em combate em 13
de outubro de 1973, aos 23 anos, vítima de uma
emboscada junto com André
Grabois e
mais dois guerrilheiros.
- Batista - caboclo morador do Araguaia que se
juntou aos guerrilheiros durante os combates, nunca se soube muito sobre
ele. Desapareceu no início de 1974, após ser preso junto com a
ex-professora e guerrilheira Áurea Valadão.
- Lourival Paulino – barqueiro da região ligado aos
guerrilheiros, acusado pelos militares de informante e de dar apoio
logístico à guerrilha, foi preso e torturado pelo exército em 1972. Três
dias depois de entrar arrastado na delegacia de Xambioá, sua morte foi
anunciada como suicídio. Seu corpo nunca foi encontrado.
- Antonio Alfredo de Lima (Alfredo) - Paraense
morador do Araguaia, entrou para a guerrilha após ser ameaçado por grileiro da região. Aprendeu a ler e
escrever com os companheiros e ensinou-lhes táticas de orientação e
sobrevivência na selva. Morreu em combate com mais
três guerrilheiros em 14
de outubro de 1973. Dado como desaparecido.
- Antonio Ferreira Pinto (Antonio Alfaiate) -
Nascido em Lagoa dos Gatos, no agreste de Pernambuco, começou na
militância política no do Sindicato dos Alfaiates do estado da Guanabara.
Filiado ao PC do B, em 1970 chegou ao Pará, estabelecendo-se na localidade
de Metade. Integrante do destacamento A da guerrilha, desapareceu em 21 de
abril de 1974, segundo relatório do exército.
- Miguel Pereira dos Santos (Cazuza) -
Pernambucano morador em São Paulo desde a juventude, era bancário do Banco Intercontinental
do Brasil e militante político. Filiado ao PC do B, foi treinado em
guerrilha na China em 1966. Dado como
desparecido durante a Operação Papagaio, morreu em confronto direto
com o exército em 1972, segundo Regilena Carvalho, testemunha sobrevivente
da própria guerrilha. Depois de morto, teve sua mão decepada para
dificultar a investigação.
- Antônio de Pádua Costa (Piauí)´-
ex-estudante de astronomia na Departamento de Física da Universidade Federal do Rio
de Janeiro,
foi comandante do Destacamento A após a morte de André Grabois.
Desaparecido depois de enfrentamento com as Forças Armadas em 24 de
janeiro de 1974, quando foi preso após luta corporal com um sargento e entregue ao CIEx. Uma foto sua, vivo, com os
militares que o capturaram, foi encontrada anos depois.
- José Toledo de Oliveira (Vitor) -
- Idalísio Soares (Aparício) -
- Helio Luiz Navarro (Edinho) -
- Custódio Saraiva Neto (Lauro) -
- Antonio Teodoro (Raul) -
- Ciro Flávio Salazar (Flávio) -
- José Maurílio Patricio (Manuel do B) -
- Paulo Roberto Marques (Amauri) -
Referências
Bibliográficas
- MORAIS, Tais de. SILVA,
Eumano. Operação Araguaia: os
arquivos secretos da guerrilha. ISBN
8575091190.
- MIRANDA, Nilmário e
TIBÚRCIO, Carlos - Dos filhos deste solo - Fundação Perseu Abramo,
1999 - ISBN
978-85-7643-066-7
- MAKLOUF, Luiz - Mulheres
que foram à luta armada, Editora Globo, 1998 - ISBN
8525021334
- GASPARI, Elio - A Ditadura Escancarada (as Ilusões Armadas), Companhia das Letras, 2002 ISBN
8535902996
- CABRAL, Pedro Corrêa - Xambioá:
guerrilha no Araguaia, Editora Record, 1993 ISBN
8501041165
- STUDART, Hugo - A Lei da
Selva — Estratégias, Imaginário e Discurso dos Militares Sobre a Guerrilha
do Araguaia, Geração Editorial, ISBN
8575091395
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