Ainda sobre a novela de humor negro apresentada como intretimento e desinformação pelo S.B.T.
RESERVATIVA 25/04/2011 02,15
Do Editor
JN
Como os Militares do Centro de Informações do Exército, registraram o “justiçamento” do Industrial Henning Albert Boilesen.
E em seguida a confissão fria e crua e nua , apresentada orgulhosamente , pelo assassino, em entrevista ao SBT, na condição de inimputável, com guarida e fulcro nos novos "Direitos dos Manos", entrevistado após capitulo da Novela, cujo script repete as tão já conhecidas mentiras trotskista, de defesa da Democracia, mais um bla.bla.bla do gênero literário que consiste numa narrativa encomendada pelos que que se beneficiaram com indenizações, num verdadeiro assalto a erário, de que cujas chaves ,hoje são detentores. Esmera-se o "autor" em impingir ao incauto telespectador uma falsa Revolução, comandada por um Gen de 3 estrelas , que despacha em sua própria residência, e nunca vai ao Quartel. De teor mais cômico do que dramático, imputa a militares os atos de tortura, mais sempre mostra essas fictícias torturas sendo praticadas por polícias da Ordem Política e Social. Ficção sem limites, ou não, o certo é que essa peça teatral burlesca visa apenas ao humorismo barato, tal a qualidade de seus diálogos e dramatizações ridículas, a ponto de não conseguir audiência chachada vem sendo apresentada em horário nobre no SBT, cuja finalidade é agradar aos terroristas no poder, e pretensa salvação de Silvio Santos , por crime de colarinho branco, e ao governo que tira partido da mentira dramatizada.
Vamos aos fatos:.
O industrial Henning Albert Boilesen começou a morrer em janeiro de 1971. Nessa época, Antônio André Camargo Guerra, comando do MRT, "cobriu um ponto em Cascadura, na Guanabara, com Herbert Eustáquio de Carvalho, da VPR, para tratar das próximas ações, da "Frente". (1) Na ocasião, Herbert, a mando de Carlos Lamarca, entregou-lhe um bilhete com três nomes: "Henning Boilesen", "Peri Igel" e "Sebastião Camargo (Camargo Correia)" segundo Herbert, Lamarca pedia ao MRT que os levantassem a fim de futuros sequestros ou "justiçamento".
Boilesen, um dinamarquês de 55 anos, havia sido lutador de Box e jogador de futebol em Copenhague, em sua juventude. Formado em Administração de Empresas, veio para o Brasil em 1942, como contador da Firestone, naturalizando-se brasileiro em 1959. Ingressando na Ultragaz, pela sua grande capacidade de trabalho, foi galgando postos, sucessivamente, até tornar-se, o presidente do Grupo Ultra, que englobava várias empresas ligadas à produção do gás liquefeito do petróleo.
Preocupado com os aspectos sociais do trabalho, auxiliava diversas entidades e havia criado o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), para a formação de mão de obra especializada. Entrosado com o meio empresarial, possuía os titulas de "Cidadão Paulistano" e de "Homem de Relações Públicas em 1964, além de quase uma dezena de medalhas e condecorações, outorgadas por diversas entidades, entre as quais o Instituto Histórico e Geográfico de são Paulo, a Sociedade Geográfica Brasileira e o Museu de História do Rio de Janeiro.
Casado, com 3 filhos e 4 netos, Boilesen disputava "peladas" .de futebol nos fins de semana e era fanático torcedor do Palmeiras. Apaixonado pelas artes plásticas patrocinava exposições e privava da amizade dos inúmeros artistas que expunham na vizinha cidade de Embu, mas, para a VPR, ele era um "espião da CIA" e patrocinador da OBAN. No bilhete passado por Herbert para Antônio André, Boilesen estava em primeiro lugar e assinalado com um sinistro “X”, no relatório escrito por Yuri e apreendido pela polícia, aparecem as frases: “Durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação... “mais uma vitória da Revolução Brasileira”.
O assassinato durara menos de dois minutos. Os disparos haviam chamado a atenção de dezenas de populares que estavam na feira livre. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Caída, uma senhora, atingida no ombro, e uma vendedora de maçãs, ferida na perna, aumentavam o pânico das pessoas, que correram em direção á rua Peixoto Gomide. Sobre o corpo de Boilesen, mutilado com 19 tiros, os panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça:
“Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que todos eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA:
“OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE”
Retrospectiva:
Abril foi o mês crítico para o MRT. No dia 03, foram presos Antônio André Camargo Guerra e Domingos Quintino dos Santos, Cujo “aparelho”, na Rua Cruzeiro, na Barra Funda, foi ocupado pela polícia. Na manhã do dia 05, ao chegar nesse “aparelho”, Devanir recebeu voz de prisão. Reagiu a tiros, morrendo baleado logo depois.
Dimas Antônio e Gilberto Faria Lima assumiram o comando do MRT e entraram em contato com a ALN, pedindo ajuda para o que qualificaram de vingança pela morte do Devanir, através do “justiçamento” de Boilesen
No dia 14, foram presos dois “simpatizantes”. Isso não alterou os planos com relação à Boilesen. Na manha de 15 de abril, a ALN e o MRT assassinaram-no, no que seria a última ação armada desta organização.
A partir da 2ª quinzena de janeiro de 1971, iniciaram-se os levantamentos do industrial paulista, dos quais participaram Devanir José de Carvalho, Dimas Antônio Casemiro, Gilberto Faria Lima e José Dan de Carvalho, pelo MRT, Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (clemente), pela ALN, e Gregório Mendonça e Laerte Dorneles Meliga, pela VPR.
Nos levantamentos procedidos, descobriu-se que Boilesen residia no Morumbi e que diariamente, as 09:00 H, antes de ir para o trabalho, passava para ver seus filhos, na Rua Estados Unidos 1.030. Só não conseguiram descobrir a sua suposta ligação com a OBAN.
A prisão de Laerte e Gregório, respectivamente, em 2 e 4 de fevereiro, fez com que suspendessem a ação, temporariamente, pois ambos haviam participado dos levantamentos. Passados alguns dias, entretanto, observaram que o industrial não mudara seus hábitos e continuava a não possuir segurança pessoal. Concluíram que a ação não havia sido delatada por seus companheiros.
Numa reunião do comando do MRT, realizada em 17 de fevereiro, Boilesen foi julgado e condenado à morte. Na pauta resumida dessa reunião, apreendida dois meses depois aparecem um lacônico “Justiçamento - CIA”.
Uma semana depois, em 23 de fevereiro na pauta de uma nova reunião do comando, aparecia, na própria letra de Devanir: “Tarefa prioritária: sobre a pena de morte – apresentar proposta à frente: O MRT. Para executar a ação, precisava propô-la à “Frente”, constituída pela VPR, pela ALN, pelo MR-8 e pelo PCBR, além do próprio MRT. Boilesen ganhou mais alguns dias de vida.
A morte de Devanir José de Carvalho, líder do MRT, baleado ao Resistir à prisão, em 5 de abril, precipitou a ação. Dimas e Gilberto. O “zorro”, entraram em contato com “Clemente” e José Nilton Barbosa, da ALN, e pediram auxílio para a execução de Boilesen, como vingança pelo morte do Devanir.
Entre os dias 9 a 13 de abril, o “Comando Revolucionário, Devanir José de Carvalho” criado especificamente para a ação, realizou novos levantamentos sobre Boilesen. Dimas escreveu o panfleto que seria jogado a vítima, procurando “Justificar” o assassinato. Nesse mesmo dia, às 19.00 h, foi preso José! Rodrigues Ângelo Júnior, no seu "aparelho" da Avenida Dr. Arnaldo, n° 1532.
Na manhã do dia 16, Joaquim Alencar de Seixas e seu filho Ivan foram presos. Logo em seu primeiro depoimento, Joaquim falou sobre o "ponto" que teria, nesse mesmo dia, com Gilberto Faria Lima, na altura do n° 5.000 da Estrada do Cursinho. Indo ao local, a polícia recebeu tiros, partidos de elementos que estavam num carro sem placa. Joaquim, ao tentar fugir aproveitando a confusão, morreu no local, sob fogo cruzado. Nesse mesmo dia, após a prisão de Florival Cáceres, chegou-se ao "aparelho" de Devanir, na Rua Diogo Barbosa Rego. No local, foi encontrada uma grande quantidade de documentos, dentre os quais anotações sobre as reuniões do comando do MRT, atestando que Boilesen já havia sido condenado à morte antes da "queda" de Devanir, além de dezenas de nomes de empresários que seriam levantados para futuros sequestros ou "justiçamento".
No dia seguinte, 17, no "aparelho" de Dimas, na Rua Elisa Silveira, na Saúde, foram presas Pedrina José de Carvalho, viúva de Devanir, e Maria Helena Zanini Casemiro, esposa de Dimas, e encontrado um verdadeiro arsenal e produtos de assaltos. Horas depois, Dimas Antônio Casemiro e Gilberto Faria Lima chegaram ao local, reagindo a, tiros à voz de prisão. Enquanto Gilberto conseguia fugir, embrenhando-se num matagal, Dimas morria baleado.
A história do MRT confunde-se com a história de "Henrique" Devanir José de Carvalho. Só ele, ao longo da sua trajetória de crimes, no PC do B, na AV e no MRT, cometeu mais de 30 assaltos, um sequestro e, direta ou indiretamente, 6 (seis)assassinatos, além de causar dezenas de feridos.
Como rescaldos, foram presos, ainda em abril, três simpatizantes da organização.
Dos elementos que participaram de ações armadas, três nunca foram presos: Plínio Peterson Pereira, Armênio de Souza Rangel e João de Morais. Da última fase do MRT, só um conseguiu escapar à prisão, Gilberto Faria Lima, que continuaria na ALN até que, associado por problemas psicológicos, fugiu para o exterior, nunca mais sendo visto.
Acabava-se o MRT que, de setembro de 1969 a março de 1971, assaltou dezenas de empresas, roubando, em "frente" com outras organizações, cerca de NC$ 1.185.000,00.
O Bando de Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz ("Clemente"), membro da CN/ALN, (entrevistado pelo SBT), foi deslocado para o Nordeste, passando a atuar junto a Arnaldo Cardoso Rocha, logo após uma série de assaltos, entre eles a Coletoria Pública em Bodocó, no sertão pennambucano e no dia 20 de novembro, assaltando a Companhia de Transporte Urbanos (CTU) de Recife.
Esse pequeno relato sobre o assunto, consta da documentação que Dilma Rousseff, Ministra da Casa Civil se empenhou para que fosse entregue pelas FFAA, o que foi feito. Ainda na Casa Civil todos os nomes de terroristas receberam uma tarja preta, antes de serem arquivado no Arquivo Nacional, onde o acesso é negado. Dessa forma a “verdade” sobre a Contra Revolução de 31 de março é contada de forma, pitoresca por uma Televisão cuja credibilidade encontra-se embrionária.
Vejam agora a confissão fria de um assassino ideológico, cuja motivação se deu apenas para aparecer em sua organização, - o que não aconteceu, pois continuou sendo apenas um "mão suja", ou "pé de chinelo", menos que um companheiro de viagem. E que hoje se apresenta como “herói” quando todos sabem que não passa de um mercenário assassino.
(1) "Frente", união de uma ou mais organizações subversivas para ações criminosas., tais como : roubos, assaltos, assassinatos , explosão e justiçamentos, etc.. todas de cunho terrorista.
Depoimento de Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz - (Clemente) no SBT
Sobre o assunto, fica a sugestão de leitura de mais detalhes em:www.averdadesufocada.com