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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Solteira, sem filhos. E daí?

22/10/2008

Marli Gonçalves

Dona Marta e sua gente, que me perdoem todos, mas diretamente desejo de coração que vocês todos sejam jogados na lata do lixo da história. E que suas cabecinhas falsas, perversas, atrasadas e ignorantes fiquem bem longe de nossa cidade. Vocês, Dona Marta e sua gente, estão querendo governar São Paulo? Deus nos livre de vocês, com esse pensamentinho barato, esse jeitinho comunista de ser que não resiste a um vento, essas balelas religiosas, esses estelionatos que estão praticando em todo o país.

Dona Marta e sua gente, vocês não mexeram só com os gays, ou os seus simpatizantes, o que já seria mais do que suficiente para afundá-los na lama. Vocês mexeram com os solteiros, sem filhos. Mexeram comigo. E com milhões de outras pessoas que são, sim, SOLTEIROS. E que não têm filhos, não! Vocês chamaram para a guerra – e como seus figadais inimigos – os solteiros, sem filhos. Somos muitos, Dona Marta, e somos poderosos! Porque vivemos para nós. Podemos ser gays. Podemos não ser. Podemos ter cachorro, gato, papagaio, beijá-los na boca, dormir com eles na cama. Podemos transar. Podemos nos manter sem transar. Podemos transar com um, com dois, com três. Podemos nos apaixonar. Sabia? Podemos até casar! E ter filhos... Ou adotar, ou cuidar dos filhos dos outros...

Olha, só, Dona Marta, podemos ter amantes! Não é muito mais divertido?

Está com inveja? Saiba, Dona Marta e sua gente, que há muitos de nós! Sabe que somos muito bem requisitados e valorizados no trabalho? Que nossas casas são mais bonitas? Que gastamos melhor nosso dinheiro? Que somos mais responsáveis, carinhosos e ligados aos nossos amigos e familiares? Por um acaso, Dona Marta, sabe que somos a cara da cidade que a senhora ousa se recandidatar a governar?

Que papelão, que nojo. Quem são vocês, Dona Marta e sua gente, para ousar questionar essa opção? Vocês têm alguma idéia de como é, para nós, importante, poder responder orgulhosamente: Solteiros, sem filhos. Imaginam o que eu, mulher, solteira (embora com muitos casamentos sem papel) já passei, encontrando nesses meus 50 anos de vida, gentinha como vocês? Gentinha que considera, no fundo de suas pequenas almas, que somos gente de “segunda categoria”, ou que – nossa! – por não sermos casados, somos “gays”? Cansei e canso de ouvir insinuações, em geral veladas. “Humm... Ela deve ser sapatão!”

Sou não, Dona Marta. Mas nem eu nem o prefeito Kassab, nem nenhum de nós, lhe deve satisfações sobre para quem damos, se comemos ou somos comidos, se fazemos sexo com homens, mulheres, ou ambos.

Não, Dona Marta e sua gente: somos livres! Eu, por exemplo, não tenho que agüentar um marido argentino rabo de saia ou um senador idiota ilustre por anos para dizer que tenho alguém. Eu não tenho que sorrir em festas infantis, muito menos ver meus lindos filhinhos virando pseudopunks ou sambistas chatos e sem noção. Mais: eu não tenho que a qualquer preço vender a minha biografia ou tentar mudar minha cara e minha personalidade. Dona Marta, a quem a senhora pretende enganar tentando parecer a Luiza Erundina? Ficou igual à Vovó Donalda, Dona Marta, olhe bem no espelho. Porque a Luiza Erundina, Dona Marta, que deveria estar muito envergonhada de estar do seu lado, nunca teve problemas em dizer que era solteira, sem filhos. Governou a cidade, foi muito querida, e só se atrapalhou mesmo quando essa sua corja petista começou a meter a mão na cumbuca.

Como vocês ousam fazer essa pergunta ao prefeito Kassab? Sim, eu respondo por ele: é solteiro, sem filhos; ouvi dizer que tem um gato de estimação. Mas Kassab tem uma família; todos com uma história construtiva, muitos engenheiros, gente do bem, Dona Marta! Irmãos, que o querem muito bem, com certeza. Cuida do pai, cuidou da mãe, vive feliz, seus olhos brilham e ele gosta de trabalhar pela cidade. A senhora pode dizer que tem uma família? Cadê? Mostra aquela foto da sua família! Aparece com o Luis Favre! Apresente-o para a gente! Não me faça rir. Mas, por favor, chega, não me faça querer xingá-la, como é o pensamento que tenho agora. Me deixe simplesmente esquecê-la, ou lembrar apenas de seus melhores momentos. Olha que já está ficando difícil lembrar dessa parte de sua biografia.

Vamos falar sério, Dona Marta e sua gente: podemos começar com Celso Daniel. Que tal? Não, não quero saber de nada de crime de Santo André. Quero saber como é que vocês conseguem dormir depois de, por causa do preconceito, há exatos 6 anos fazer de tudo para que a verdade mais clara do mundo a respeito de Celso Daniel (e verdade com a qual ele lidou numa boa) não aflorasse? Petista não pode ser veado, né? Pode, sim!

A senhora e sua gente acha mesmo que levantou alguma suspeita sobre o prefeito Kassab? Ora, seu filhinho Suplinha pula dali, pula daqui... e não é que ele é solteiro, sem filhos? Será gay? Será por isso que ele usa aquelas tachas na roupa, pinta o cabelo, faz cara de mau? Lá pelos lados do Palácio do Planalto tem outras pessoas assim, hein? Solteiras, sem filhos! Quer que eu lembre de algumas ou não precisa?

Dona Marta, que vergonha, que papelão! A gente não lutou tanto tempo, não morreu brigando, foi torturado, batalhou tanto para a senhora e sua gente vir agora mexer com uma coisa tão importante como é a liberdade individual. Dispensamos e desprezamos gente como você, e como o Eduardo Paes, esse simplesmente um moleque safado, que deveria ir, logo, para o PT.

Marli Gonçalves, jornalista, 50 anos, solteira, sem filhos. E não é gay!

Meu grito ecoou pelo País

Marli Gonçalves

Solteira, sem filhos, e que não gosta que se metam com nossas vidas

Foi apenas um desabafo pessoal, um bilhete para alguns amigos. Mas “Solteira, sem filhos. E daí?” – o texto que escrevi a semana passada foi girando, girando pela internet, pelos blogs, pelos sites, de e-mail a e-mail, em correntes, em todo o Brasil e até no exterior, e acabou atingindo uma proporção realmente memorável. Recebi centenas de mensagens, telefonemas, vieram histórias deliciosas, informações, segredos, parabéns, agradecimentos. E, claro, uma dezeninha de xingamentos “deles”, petistas ou assemelhados, mas de um nível tão baixo, tão baixo, que muitos nem mereceram resposta. Não há argumentação razoável com essa turma que precisamos varrer, o mais rápido possível, esses novos carrapatos do poder. Essa gente que só quer xingar, mandar, e sobre as quais nosso olhar deve estar sempre muito atento: são perigosos, perniciosos, gostaram do Poder, de suas benesses, esqueceram de seus próprios ideais.

Repito que precisamos ficar atentos. Os próximos dias, os próximos meses, os próximos anos. Eles nos cobram caro em impostos e não entregam, eles manipulam nosso povo pobre e desinformado, ao qual humilham por esmolas, sem lhes dar um Futuro. Eles, essa gente a que me referi, se aliam ao que há de pior e posam de vestais, muitas vezes abrigados em templos, mas quando lhes interessa. Eles são antigos, reacionários, não aceitam o que é diferente; querem gritar em cima de palanques, tentando liderar massas que se movam e se enfrentem nas ruas, desde que eles saiam incólumes. Batem no peito. E entregam seu pensamento verdadeiro apenas em deslizes que cometem ou quando bebem um pouco mais, ou quando querem vencer de qualquer maneira, como estamos vendo acontecer em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde hoje um moleque joga todo seu lado escroque contra quem realmente fez História, aliado ao que há de mais horripilante na política brasileira. Eduardo Paes, quem vai te respeitar a partir dessa campanha? Nunca antes neste país se viu foi um perigo tão grande, disfarçado de gatinho, e pronto a nos embotar.

Antes de mais nada, obrigada. Foi uma surpresa maravilhosa. Perceber que a indignação que senti era do mesmo tamanho e dimensão que outros cidadãos de bom senso. Pessoas interessantes, trabalhadoras, reconhecidas ou não, e grande maioria, inclusive, “adequados” à sociedade, heterossexuais, casados, com filhos, muitos com netos e bisnetos. Fiquei muito feliz em ter ajudado a resgatar em muitos a auto-estima perdida. Também recebi muitas correspondências de homossexuais, de ambos os sexos, com filhos.

Imaginem, que orgulho: o texto foi citado até na Tribuna do Senado. Agora estamos nos anais, com nosso clamor registrado nos arquivos históricos. Nesse meio tempo reencontrei no mundo amigos perdidos; fiz vários novos amigos e confidentes. Eu queria poder abraçar e agradecer um a um. Gente incrível que entendeu e fez como se fosse sua minha mensagem. Era mesmo para ser assim. O que contei, de preconceitos e do que passo desde que, aos 18 anos, resolvi que não teria filhos e não casaria (repito, no papel), é a mais pura verdade. Quem vive, sabe.

Surpresa foi descobrir que muitas pessoas como eu, solteiras, sem filhos, ainda tratavam deste tema com vergonha, sujeitando-se silenciosos aos comentários e preconceitos até de suas próprias famílias, se escondendo, sofrendo. Ou mentindo. Nós também precisávamos sair do armário, gritando para Marta e sua gente, e para quem mais queira ouvir, que sejam menos hipócritas. Que se ativessem à campanha, falando em política, em administração, que é o que queremos saber. Até, porque, cá entre nós, logo quem foi tentar jogar pedra!

Que revolução! Que orgulho! Apenas expressando sinceramente e sem censura o que sentia, a repulsa ao que Marta Suplicy e sua gente consideraram como arma de campanha. Sim, com o belo e caro revólver que usaram, deram um tiro no próprio pé.

Falei por mim, e falei também, preciso dizer, em homenagem a muitos amigos mortos, muitos deles mortos por causa dessa hipocrisia que os obrigou ao submundo onde encontraram a doença e a violência que os levou daqui, onde estão fazendo muita falta.

Falei por amigas que ainda mentem quando questionadas sobre seu estado civil, para não serem obrigadas a enfrentar aquele sorrisinho sórdido e disfarçado que muitas vezes surge do rosto de quem pergunta. Falei por amigos que vejo perdidos, acuados.

Falei e fui aplaudida por muitos eleitores também, até de Marta e sua gente (muitos viram que Marta definitivamente havia se mostrado, mais do que em trio elétrico de Parada Gay, onde espero que pense duas vezes antes de pisar de novo), e que chateados com os rumos da estrela, estavam definitivamente decididos pelo prefeito Kassab, solteiro, sem filhos.

Falei – e meu grito ecoou – chegando a lugares muito distantes da eleição paulistana, cantinho onde estavam pessoas solteiras, sem filhos, que despertaram da letargia, da qual muitas delas não haviam se dado conta até então.

Queria poder manter essa capacidade de reunir, de questionar, sacudir esse dia-a-dia que estamos vivendo, como robôs, acordando e indo dormir, como se nada estivesse acontecendo, como se tudo apenas passasse na tela da tevê. Amanhã é outro dia. Mas tudo se repete. Queria poder acabar com o sonambulismo dessa nação, que não pode se render, não pode aceitar que governantes e seus amigos se julguem capazes de fazer-nos de otários. Poder preparar uma resistência, porque tempos difíceis se aproximam. Já viram bem Dona Dilma Rousseff e sua gente, com seus compadres? Já pensaram o que se passa naquela cabeça? Naquele ar de missionária de terninho? Que Deus nos proteja deles!

Enfim, ainda preciso dizer que quando a gente já viveu um pouquinho mais, parece que já viu de tudo, a intuição fica mais aguçada. Até pela minha própria prática profissional de 30 anos de jornalismo, “adivinhamos”, vamos combinar assim, quando coisas vão acontecer. Como a morte anunciada de Eloá, desde o primeiro dia, e a de um sem-número de outras mulheres que preferirão morrer a serem subjugadas.

Mas o que nunca podemos perder é a capacidade de nos surpreender, de mudar o rumo. Eu, por exemplo, me surpreendi vendo a amizade incondicional de Nayara, uma menina, uma mulher, uma amiga, disposta a tudo, até a morrer para salvar. Há quanto tempo não se via um exemplo assim?

E mais do que isso, eu me surpreendi com vocês. Vocês mudaram o rumo da minha história.

Marli Gonçalves - é jornalista, 50 anos muito bem vividos, cheia de esperança nos próximos 50.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aguardem. Vem aí a exploração de mais uma ossada


27/10 -
Por Carlos Alberto Brilhante Ustra - Cel Ref
Matéria publicada hoje, 27/10/2008, no site www.averdadesufocada.com

Hiroaki Torigoe

Hiroaki Torigoe inicialmente pertencia à ALN (Ação Libertadora Nacional), uma das mais sanguinárias organizações terroristas. No final de 1971, descontente com o decréscimo das ações terroristas da ALN, ajudou a fundar o Movimento de Libertação Popular (MOLIPO) que também se caracterizou pela violência das suas ações.

Texto completo

Pertenceu ao chamado Grupo da Ilha ou Grupo Primavera cujos integrantes fizeram curso de guerrilha em Cuba. No MOLIPO, juntamente com Francisco José de Oliveira e Aylton Adalberto Mortati, integrou o comando nacional desta organização.

Participou ativamente de várias ações, tanto pela ALN como pelo MOLIPO, destacando-se entre elas:

“Expropriação”, ou melhor, assalto e roubo: à tesouraria da PUC; ao Hospital Pamplona, ao cursinho Nove de Julho; à firma de materiais cirúrgicos Borse; ao Banco Nacional de Minas Gerais; à uma fábrica em Vila Mariana; às fábricas Dejan e AMF; ao restaurante Biherhalle.

Atentado a bomba contra a loja SEARS.

Atentado a bomba contra o Consulado dos Estados Unidos.

Assalto a uma agência do Ministério do Trabalho

Assalto e incêndio de três Rádio Patrulhas, num desses foi ferido gravemente um soldado da Polícia Militar.

Incêndio de um ônibus na Vila Brasilândia, onde foi morto o cabo da Polícia Militar Nelson Martinez Ponce, atingido por tiros de metralhadora disparados por Aylton Adalberto Mortati. Dessa ação também participou Maria Augusta Thomaz.

Torigoe morreu no dia 5/01/1972 em combate com agentes do DOI/CODI/IIEX, na rua Albuquerque Lins, bairro Santa Cecília/SP, após ter reagido à voz de prisão. No tiroteio com os agentes foram feridos um transeunte e um policial. Morreu quando era conduzido a um hospital.

Todos os terroristas que morriam em combate eram, imediatamente, retirados do local e evacuados para a sede do DOI, onde era solicitada ao Instituto Medico Legal a remoção do corpo para a autópsia, identificação e sepultamento.

Essa medida era necessária, pois caso o corpo permanecesse no local onde ocorrera a morte, um comando terrorista poderia agir de surpresa para tentar resgatar o corpo, ou então, metralhar os agentes que permaneciam no local aguardando a perícia. Lembrem-se que combatiamos organizações terroristas, cujos integrantes , como guerrilheiros urbanos, eram formados em Cuba, na China e na União Soviética. Estavamos em guerra contra um inimigo que surgia do nada, misturado no seio da multidão, que matava sem dó nem piedade obedecendo o preconizado no Mini Manual do Guerrilheiro Urbano, de Carlos Marighela.

A esquerda aproveita isso para mentir e iludir a opinião pública, afirmando que os terroristas dados como mortos em combate eram levados feridos para as dependências do DOI. Muitos que lá estiveram presos, hoje, corroboram com essas mentiras, afirmando que viram terroristas nessas situações.

Apesar de se saber, através de fotografias, o seu nome de nascimento, Torigoe foi enterrado com o nome constante no documento que portava ao morrer: Massamiro Nakamura. Nesses casos a pessoa só podia ser sepultada com o nome que constava na sua carteira de identidade. Essa situação era informada no Inquérito Policial que esclarecia a sua morte para que a Justiça regularizasse o óbito com o nome de nascimento.

Torigoe só foi identificado oficialmente depois de prolongada busca nos órgãos de identificação para a comparação das suas impressões digitais.

A morte de Torigoe foi publicada em vários jornais de São Paulo, inclusive com a cópia do documento de identidade que portava ao morrer, com a sua fotografia bem visível e a observação de que o seu nome verdadeiro era Hiroaki Torigoe.

Foi enterrado no Cemitério Dom Bosco, em Perus.

Caso a família tivesse procurado informações sobre a localização do seu corpo junto à direção do cemitério, teria, facilmente, identificado o local do seu sepultamento e poderia , até, remover seus restos mortais para outro cemitério, como fizeram, em 1973, os familiares dos irmãos Yuri e Alex Xavier Pereira, e em 1979 as famílias de Gelson Reicher e Luis Eurico Tejera Lisboa, todos os quatro sepultados, assim como Torigoe, com os nomes falsos que usavam ao morrer .

Se a família não o fez dentro do prazo legal, que penso ser de 4 ou 5 anos, ninguém pode, hoje, acusar as autoridades de esconder seu corpo. Como não foi procurado neste período, seus restos mortais, assim como os de todos os outros que estavam na mesma situação, foram exumados pela direção do cemitério e colocados numa vala comum.

Para que não paire qualquer dúvida, veja o que o livro Direito à Memória e à Verdade, da Comissão Especial sobre Desaparecidos Políticos, publica a respeito de Torigoe e, a seguir, a matéria publicada na imprensa por ocasião da sua morte.

“Enterrado no Cemitério Dom Bosco, em Perus, com o nome falso, a família não conseguiu resgatar os restos mortais. Em 1976 recebeu apenas a informação de que Hiroaki tinha sido exumado, não sabendo o destino dado ao corpo. Em 1990 foi feita a exumação de uma ossada naquele cemitério, na sepultura apontada como sendo sua. A ossada que pertenceria a Torigoe não tinha crânio. Fora exumada e re-inumada, havendo outras duas ossadas enterradas na mesma sepultura. Levadas para o Departamento de Medicina Legal da Unicamp, por Badan Palhares, foram entregues posteriormente ao legista Daniel Munhoz.sem a anotação de que apenas a ossada sem o crânio deveria ser examinada”.

“A relatora do processo sobre Torigoe junto a CEMDP, Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, tomando como base os documentos citados e, em especial a foto do corpo, votou pelo deferimento, afirmando que HiroaKi foi torturado e morto em dependências policiais, enterrado pelos seus algozes como indigente e com identidade falsa, com laudo assinado por pelo médico Abramovitc, o mesmo autor de outros laudos examinados na Comissão Especial e que não obedecem aos princípios da ética profissional a que os peritos médicos estão sujeitos”

Como sempre, os Inquéritos Policiais, com os atestados de óbito assinados por dois médicos legistas, que foram aprovados, na época pela Justiça, hoje, passados mais de 30 anos, são questionados e julgados como mentirosos.

Agora leia o que foi publicado pela imprensa após a morte de Torigoe


domingo, 26 de outubro de 2008

O que há por trás do "Fórum Social Mundial 2009 "

De: preservado
Para: Preservado
21102008
Por que na Amazônia? E em Belém? Ora, ora...

Nada mais justo. O Pará é o reduto mais retrógrado das esquerdalhas PTistas e correlatas no Brasil.

A governadora do Estado, a Carepa, é produto típico dessa praga que se abateu sobre o País. Desde que assumiu tem sofrido acusações diversas de nepotismo, mau uso de recursos públicos, etc. Ganhou a eleição mancomunada com o Jader Barbalho - isso não poderias ser capitulado como formação de quadrilha? Hummmmm...Sim, em minha opinião... Governa dentro do padrão PT...
Who fucking cares anyway?
O Pará é um estado MUITO RICO, riquíssimo, não tem problemas, tem grana de sobra para essas "coisas" logo, patrocinar essa nova farra do boi chamada de Forum Social Mundial, - invenção NOSSA, com amplo suporte do PT "enquanto" governava (?) o Rio Grande do Sul - é algo normalíssimo diante do quadro político que temos por aqui.
Y-RAMO-QUI-RAMO! GD/BY

Pefil de Ana Júlia Carepa:

Começou sua carreira política no movimento estudantil, depois foi sindicalista, na época em que era bancária. Já assumiu vários cargos públicos.


O interesse pela política começou na Universidade, no final dos anos 1970, quando ingressou no movimento estudantil e no clandestino Partido Revolucionário Comunista (PRC), liderado, na época, por José Genoino e Tarso Genro.


"Ela é boa de palanque, de discurso e de intervenção", disse o cientista político Edir Veiga, da Universidade Federal do Pará. Veiga, que, nos anos 70, foi colega de Ana Júlia no clandestino Partido Comunista Revolucionário, conta que, inicialmente, a petista não queria se candidatar ao governo estadual, mas foi convencida pelo partido a concorrer por ser o único nome com força eleitoral para enfrentar a hegemonia do PSDB no Estado.

Ana Júlia entrou na disputa em baixa nas pesquisas e inverteu o jogo no segundo turno com o apoio do PMDB do ex-governador e senador Jader Barbalho. Há dúvidas, no entanto, quanto à capacidade da petista de administrar a coalizão eleitoral com o PMDB.

"A orientação dela é muito na consciência de classe. Ela tem formação marxista ortodoxa. Esse movimento mais à esquerda do PT tem dificuldade de trabalhar com o centro", afirmou Veiga. A governadora eleita é divorciada e mãe de um casal de filhos. GD./BYEBYE


Quando se lê Forum Social Mundial, leia-se FORO DE SÃO PAULO, pois se trata apenas de um braço desta corporação comunista.
Ana Prudente

Já estão abertas as inscrições para o Fórum Social Mundial Amazônia, que ocorrerá na cidade de Belém de 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009. Nessa primeira etapa, apenas organizações, entidades e redes de organizações da sociedade civil, poderão se inscrever e propor atividades autogestionadas para o período do evento. Todo processo de inscrição será feito exclusivamente por meio do site.
Prezado Aluizio Amorim,

http://aluizioamorim.blogspot.com/2008/10/ntida-repulsa-do-pt-democracia.html

Enviei para meus amigos e alguns jornalistas um ALERTA muito preocupante. Hoje tirei alguns momentos para pesquisar o site do PT, e encontrei informações explosivas.

Certamente, tudo está sendo preparado para a tomada do poder... bem no estilo bolivariano.

Transcrevo, a informação que enviei, para sua avaliação.

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Amigos (as), acreditem, os petistas tem um nucleo .... em Portugal desde outubro de 1993!!!! http://www.ptlisboa.org/historia.html

Vejam no link a agenda para o ano de 2008> http://www.ptlisboa.org/agenda.html

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Como se não bastasse os acordos feitos com o Partido Comunista Chines, com Partido Baath na Síria, uma organização de petistas nos EUA, a participação no Foro de São Paulo, eles tem um nucleo em Paris/França, em Madri/Espanha, na Bélgica e em Portugal.... pelo jeito eles estão se preparando para ser um partido universal!!!!!

Sugiro que vcs tirem um tempo, e pesquisem nos site deles.... e comprovem o que estou dizendo...

http://www.ptlisboa.org/notpre2eptexgaliza.html

http://www.ptlisboa.org/notpre2eptexmadri.html

http://www.ptlisboa.org/notpreeptexbelgica.html

http://www.ptlondres.org.uk/

http://www.amigospetistasnoexterior.org/

Além disso, eles estão preparando um novo encontro do Forum Social Mundial em Belem/PA em 27/01/2009.

Veja quem está organizando este encontro>link

.http://www.fsm2009amazonia.org.br/

Conheça o Grupo de Facilitação do FSM 2009 Amazônia

Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) – www.articulacaodemulheres.org.br

Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB): www.amnb.org.br

Associação Brasileira de Ongs - (ABONG): www.abong.org.br

Central Única dos Trabalhadores (CUT): www.cut.org.br

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) : www.coiab.com.br

Conselho Pan-Amazônico

Fórum da Amazônia Oriental (FAOR): www.faor.org.br

Grupo de Trabalho Amazônico (GTA): www.gta.org.br

Marcha Mundial das Mulheres (MMM): www.sof.org.br/marcha

Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST)/Via Campesina: www.mst.org.br

Rede de Educação Cidadã (RECID): www.recid.org.br/

União da Juventude Socialista (UJS): www.ujs.org.br

União das Universidades da Amazônia (UNAMAZ): www.ufpa.br/unamaz

União Nacional dos Estudantes (UNE): www.une.org.br

Belém Expandida amplia participação mundial no FSM

O FSM inaugura, em 2009, uma nova modalidade de participação de entidades, movimentos e organizações da sociedade civil. Será um território virtual que está sendo construído para abrigar iniciativas descentralizadas pelo mundo. link

http://www.fsm2009amazonia.org.br/noticias/belem-expandida-amplia-participacao-mundial-no-fsm-2009

O PREÇO DA LIBERDADE É A ETERNA VIGILANCIA!!!!!

REPASSE PARA SEUS AMIGOS...

GD/BYE


sábado, 25 de outubro de 2008

União vai defender acusados de tortura



A União assumiu a defesa dos coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, processados pelo Ministério Público por tortura e morte de presos políticos no DOI-Codi paulista. A ação cobra o pagamento de indenizações às famílias. A defesa deles será feita pela Advocacia-Geral da União. A decisão é uma derrota do ministro Tarso Genro, que defendia a punição aos torturadores. Página 9 União faz a defesa de acusados de tortura Governo evoca Lei da Anistia ao contestar ação contra coronéis da reserva que chefiaram DOI/Codi nos anos 70 Ricardo Galhardo SÃO PAULO. A União assumiu a defesa dos coronéis da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, alvos de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) pela tortura de presos políticos e a morte de pelo menos 64 deles entre 1970 e 1976, período em que comandaram o Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/Codi) do Exército. Na prática, segundo fontes do Ministério Público, significa que o governo optou pela defesa dos acusados, quando poderia se manter neutro ou até mesmo se posicionar a favor das punições. Agora a União também é ré na ação. Este ano, o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, chegaram a se manifestaram a favor da punição aos torturadores, mas foram desautorizados pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que teria manifestado opinião do presidente Lula. Na contestação de 44 páginas apresentada em 14 de outubro pela Advocacia Geral da União à 8ª Vara Federal Cível de São Paulo, a advogada Lucila Garbelini e o procurador-regional da União em São Paulo, Gustavo Henrique Pinheiro Amorim, defendem a tese de que a Lei da Anistia de 1979 protege os coronéis: "A lei, anterior à Constituição de 1988, concedeu anistia a todos quantos, no período entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos (...). Assim, a vedação da concessão da anistia a crimes pela prática de tortura não poderá jamais retroagir". A ação do Ministério Público contra Ustra e Maciel é a primeira a contestar a validade da Lei da Anistia para acusados de tortura. Na ação, os procuradores federais Marlon Weichert e Eugênia Fávero pedem que Ustra e Maciel restituam à União todo o dinheiro pago em indenizações a vítimas de tortura no DOI/Codi, principal centro de repressão política em São Paulo entre 1970 e 1976. No período, segundo dados das próprias Forças Armadas divulgados no livro "Direito à Memória e à Verdade", da Presidência da República, 6.897 pessoas passaram pelo DOI/Codi.


Até intimidade das vítimas vale como argumento
AGU sustenta que famílias podem não querer "reabrir feridas" SÃO PAULO. Na contestação, a Advocacia Geral da União cita a proteção à intimidade das vítimas de tortura como argumento para defender os ex-comandantes do DOI/Codi. "É necessário ao Estado preservar a intimidade de pessoas que não desejam "reabrir feridas", isto é, não gostariam que determinados fatos do período de exceção viessem a lume", afirmam os advogados. Além de indenização, a ação do Ministério Público pede que a União forneça os nomes de todos os que passaram pelo local, a identificação dos torturados, a identidade dos mortos dentro do DOI/Codi ou em ações externas de seus agentes, as circunstâncias das mortes, o destino dos corpos, os nomes dos torturadores, a responsabilização pública de Ustra e Maciel e a perda das funções públicas eventualmente exercidas por ambos. Maciel está morto. Em outras ações movidas por vítimas da repressão política das quais foi alvo, Ustra disse que apenas cumpria ordens.

Seria trágico se não fosse Cômico



Se comentar estraga.
Tente não rir.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O direito brasileiro de intervir na região de Itaipu

Martes, 21 de Octubre de 2008.
Ejercicios del Brasil, una advertencia para Chávez

PARAGUAY, EN MEDIO DE UN TABLERO GEOPOLITICO
Los ejercicios militares del Brasil no tienen como objetivo intimidar al Paraguay. La intención es recordarle a Hugo Chávez Frías que nuestro país está ligado al esquema de seguridad de Itamaraty. Informes de Inteligencia confirman financiamiento venezolano en las movilizaciones campesinas.
El Tratado de Itaipú establece un área de seguridad en torno a la represa hidroeléctrica, donde Brasil tiene facultades legales para intervenir militarmente.
El espacio de seguridad es un triángulo dentro de nuestro territorio, formado por las ciudades de Salto del Guairá, Coronel Oviedo y María Auxiliadora.
El Tratado permite al Brasil proteger militarmente la totalidad del complejo hidroeléctrico e ingresar con sus tropas en nuestro país.
Dado que el acuerdo bilateral forma parte del derecho positivo del Paraguay, no existe forma de cuestionar una eventual intervención brasileña, al menos desde el punto de vista del derecho internacional.
Desde el punto de vista estrictamente legal, no podemos hacer nada si llega a darse una intervención militar del Brasil dentro del área de seguridad de la represa de Itaipú.
El Comando Militar del Sur confirmó hace un par de días que basta una orden del Poder Ejecutivo del Brasil para ingresar a territorio paraguayo, en defensa de la hidroeléctrica.
El Gral. José Elito Carvalho Siqueira, en declaraciones a medios periodísticos, no hizo otra cosa sino recordar a la región el poder militar de su país. El mensaje no está dirigido al Paraguay.

MENSAJE PARA VENEZUELA
En este momento Brasil lleva adelante ejercicios militares de una envergadura inusual: aviones y helicópteros artillados, destrucción con tiro real de puertos clandestinos en el lago de Itaipú y soldados pertrechados con munición de guerra.
El elevado número de efectivos involucrados y la realización de maniobras simultáneas en nuestra frontera demuestran que el objetivo real es probar la eficacia de un Estado Mayor Conjunto para movilizarse en caso de crisis real. Brasil está poniendo a prueba la capacidad del Comando Militar del Sur para ocupar el área de seguridad de la represa de Itaipú.
El Gobierno del Brasil sabe que las fuerzas de seguridad del Paraguay pueden controlar un eventual levantamiento campesino; otro tanto sucede con el tema de los "brasiguayos", que pueden contar con suficiente protección tanto de la Policía Nacional como de nuestras Fuerzas Militares.
El ejercicio "Frontera Sur" está dirigido a la República Bolivariana de Venezuela. Brasil está dejando claro a Hugo Chávez Frías que Paraguay forma parte de su espacio de seguridad y que no permitirá situaciones que puedan poner en peligro el suministro de energía eléctrica.
Hablar de Itaipú es mencionar el 25 por ciento de la energía que consume el estado de San Pablo, soporte industrial de la economía del Brasil.
Paraguay se convirtió en pieza clave del ajedrez geopolítico: Hugo Chávez en procura de extender su injerencia geopolítica e Itamaraty decidido a frenarlo en Paraguay.
INFORMES DE INTELIGENCIA
Los informes de Inteligencia de nuestro país son preocupantes: Venezuela está financiando la sublevación campesina. Los contactos entre la Embajada Bolivariana y el liderazgo campesino se realizan a través de jóvenes que viajaron al Caribe para entrenarse como "líderes comunitarios". La mayor parte del entrenamiento se realizó entre los años 2006 y 2007, lapso en que unos 350 a 500 jóvenes recibieron capacitación venezolana. Nicanor Duarte Frutos toleró tales viajes e inclusive fuentes de la Dinac confirmaron que en dos oportunidades intervino directamente para evitar controles a los aviones de la Fuerza Aérea Venezolana.
Duarte Frutos, en medio de la preocupación por manejar sus negocios, todos ellos relacionados con fondos del Estado paraguayo, descuidó su obligación de velar por los intereses del país.
Hugo Chávez Frías, como todo dictador, es un tirano sin escrúpulos. Paraguay no es otra cosa sino un peón en un tablero geopolítico y poco importan las consecuencias sociales, políticas y económicas en nuestra nación. Chávez pretende establecer un poder hegemónico regional y la excusa es la solidaridad socialista.
FRACASO DE LA CLASE POLÍTICA
La clase política que gobernó el Paraguay en los últimos 60 años es un asco.
La corrupción se convirtió en una constante. El resultado es la creciente desarticulación social, política y económica del país.
A la corrupción política siguió la destrucción del Poder Judicial, paso inevitable para lograr impunidad.
En estas condiciones no debe sorprendernos la belicosidad de cierto sector de la dirigencia campesina, en realidad también es otra consecuencia de la corrupción.
Lo grave es que aquellos que gritan con más fuerza, que generan actos violentos y resistencia a tiros a la Policía son los que ganan protagonismo.
Vivimos un momento histórico en nuestra nación, con el riesgo de volver a una dictadura, esta vez "proletaria".


Comentário: curiosa explicação para as manobras brasileiras... vide o "direito brasileiro" de intervir para defender Itaipu.
Essa AL está virando, de vez, casa de loucos...

Não dá para competir. Dá?

Esse ABC Color "vai de Herodes a Pilatos" em 1/10 de segundo... GD./BYE

GD

Porque estão escondendo o massacre do PT em Santos???????



É sintomático que a mídia em geral está escondendo o fato de que o PT foi massacrado nessas eleições em Santos. Santos tem um universo acima de 250 mil eleitores.

Em 2004 o candidato a Prefeito, Papa derrotou a candidata petista por apenas 1721 votos, ou seja, 50,37 % contra 49,63%.

Agora em 2008 o candidato Papa, foi reeleito, logo no 1º turno por 77,22% contra apenas 13,24% de outra candidata petista. Papa teve agora 190705 votos contra 32698 da candidata do PT. Um verdadeiro massacre.

Isto graças à competência e excelente administração que o Prefeito Papa, do PMDB vem realizando na cidade como um todo (da orla à zona noroeste, passando pelo Centro).

Essa informação é fundamental para que os eleitores da capital não caiam na balela sindicalista dos PeTralhas que se arvoram na ética mais elevada, na suprema bondade, na personalização da própria divindade. Quanta petulância, arrogância e presunção dessa manada sindicalista revolucionária achar que o PT representa o avanço, o bem para São Paulo e para o Brasil enquanto Kassab o retrocesso, “o resto dos coronéis” do nordeste. Ora, ora, vejamos....

Quem é José Sarney o principal conselheiro de Lula? Não é um coronel nordestino?
Que AVANÇO, que elevada moralidade pode haver na companhia dos mensaleiros José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, João Paulo Cunha, de Luiz Favre ou de Luiz Eduardo Greenhalg, de Emir Sader?
Que AVANÇO e bem para a humanidade pode representar o vice de Marta, Aldo Rebelo, do PCdo B (partido que apoiou o genocídio, na China, de Mão Tzé Tung sobre milhões de inocentes em sua “revolução cultural”?

Como essa gente pode pretender guiar o destino moral de São Paulo e do Brasil, e ser os únicos com direito a existir? Só não é uma pura palhaçada porque é a tentativa mais cínica e descarada de impor a hegemonia do pensamento único, o TOTALITARISMO revolucionário!

A esse bando (nuvem) de gafanhotos (apelido que ganharam em Santos por trazerem os cumpanheiros do país inteiro para inundar os cargos públicos da cidade) pode ser aplicada uma frase do Filósofo Olavo de Carvalho:
“o destino moral do mundo (frizamos aqui, do Brasil) é em suma dirigido hoje por uma classe de pessoas frágeis, atemorizadas, incertas, que se controlam umas as outras pela hipocrisia e pela chantagem: a casta dos `intelectuais progressistas`¨.
HAJA HIPOCRISIA......mas muito NEFASTOS e perigosos!

O massacre dado pelos santistas ao PT deve servir de lição aos paulistanos no próximo domingo.

Recebido por email, sem a autoria. Assinaria tranquilamente, por ser a expressão da verdade.
Caboré

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A esquerda forçando o STF a um julgamento ideológico umilateral, provavelmente.

A perguntinha .

OAB entra no STF para saber se torturador está protegido.

Um recurso inédito preparado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai forçar o Supremo Tribunal Federal (STF) a decidir se o crime de tortura praticado por militares e policiais durante a ditadura está coberto pela lei de anistia. O presidente da entidade, Cezar Britto, sustenta que a lei de 1979 não isenta militares envolvidos em crimes e deixa em aberto a possibilidade de nova interpretação que permita ao Brasil rever ações praticadas por agentes do Estado.
– Não podemos ficar com medo – diz o presidente da OAB.
Ele acha que a verdade histórica não pode ser substituída pelas indenizações a familiares e cobra do Estado o esclarecimento do que houve nos anos de chumbo. No início da semana Britto vai protocolar uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), transferindo ao STF a responsabilidade pela decisão.
– Anistia não é amnésia. O STF terá de dar uma resposta – diz.
Para contestar a alegação de que esses delitos estão prescritos – pela lei brasileira o tempo máximo é de 30 anos – a OAB vai invocar os tratados internacionais assinados pelo Brasil, que consideram a tortura um crime de lesa humanidade e, portanto, imprescritível. Britto diz que a anistia foi elaborada sobre "base falsa" para permitir a impunidade a quem torturou. Segundo ele se o período militar não for passado a limpo, os erros cometidos podem se repetir:
– É preciso abrir os arquivos e contar nas escolas a verdade _diz.
Os procuradores da República paulistas Marlon Weichert e Eugênia Fávaro defendem a criação de uma Comissão da Verdade para esclarecer o paradeiro dos desaparecidos políticos. Eles acham que a Comissão pode ser criada por decreto presidencial ou por iniciativa do Congresso e deve começar investigando os excessos cometidos na Operação Bandeirantes (OBAN), financiada por empresários paulistas, e que mais tarde inspirou a criação dos DOI-CODIS, que se transformaram em centros de tortura em todo o país. (V.Q.)

Indagações de Reservativa
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Esse Sergipano Cezar Brito, hoje presidente da OAB ( aquela denunciada por fraudes nos Exames de qualificação de advogados) , fez carreira como defensor de entidades sindicais e ONG`s , em especial as de esquerda e acidentalmente , suspeitas de corrupção. Militou intensamente em movimentos estudantis de esquerda.
Não somente Cezar Brito fez carreira relâmpago, com a ascensão ao poder da esquerda socialista, comunistas e terroristas, exatamente a turma dos “aloprados “ foram beneficiadas e se beneficiaram no governo de Lula , passando a constituir uma classe, que bem poderia ser chamada de , “ Os imputáveis”, distribuídos e infiltrados em todos os órgãos federais, estaduais e municipais, e também em entidades como a OAB e UNE, essa última comprada por 70 milhões por ano, (dinheiro do erário), e mais a devolução de sua sede na Praia do Flamengo, em "troca",cumpre apenas uma missão em retribuição as benesses que recebe, não fazer movimento estudantil, de contestação ao seu “benfeitor”. Já viram estudantes de esquerda mais comportados que os atuais?

Voltemos ao digníssimo presidente da OAB, com 23 anos de profissão, tendo iniciado sua carreira pública, exatamente em 1985, 21 anos depois da Contra-Revolução de 31 de março, ensaia agora com essa consulta ao STF , pensando talvez na possibilidade de no futuro, requerer também, algum beneficio, por ter gritado, -quem sabe, algumas ”palavras de ordem”.

Em sua carreira relâmpago, já integrou o Conselho de desenvolvimento Econômico e Social além do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ( aquele conselho de defesa “dosu manos“, ou seja jovens traficantes, assassinos, seqüestradores, vitimas da crueldade policial, sem esquecer os três trabalhadores, que ocupavam os cargos de “segurança” do poderoso chefão do tráfego, Foi ou ainda é, vice-presidente para o Brasil da União Internacional dos Advogados além de presidente da União dos Advogados de Língua Portuguesa.
Com um currículo, desse, invejável, para o momento em que o país, passa por uma transição, explícita de mudanças ideológicas consubstanciadas e inclusas no Plano de aceleração Comunista,(PAC), seria de admirar, que não fizesse uma consulta desse tipo ao STM. È menos ainda que incluísse no pedido a verificação os crimes comuns praticados pelos terroristas brasileiros a serviço da Internacional Comunist, dos quais escolhemos um como exemplo, de barbaridade insana praticada indiscriminadamente contra cidadãos , que se utilizavam daquele aeroporto.
O que indagamos é se o STF, tomará decisão unilateral, política e até mesmo ideológica, ou tornará esses crimes hediondos praticados por terroristas, que hoje se passíveis de apuração ad eternun, ?
Ressalve-se que nenhuma vitima do terrorismo foi até o momento indenizada.

Relato histórico

Recife, a capital pernambucana. 31 de março de 1966. O povo pernambucano e as autoridades já estavam reunidos no Parque 13 de Maio, aguardando o início das comemorações do segundo ano da Revolução. Nesse momento, exatamente às 0847h, ocorria violenta explosão no 6º andar do edifício dos Correios e Telégrafos, onde funcionavam os escritórios regionais do SNI e da Agência Nacional.
Ao mesmo tempo, uma segunda explosão atingia a residência do Comandante do IV Exército. Mais tarde, seria encontrada uma terceira bomba, falhada, num vaso de flores da Câmara Municipal de Recife, onde havia sido realizada uma sessão solene em comemoração à Revolução Democrática.
Três bombas montadas para, num só momento, atingir personalidades e entidades representativas do governo brasileiro.
Iniciava-se a guerra suja.
Entretanto, a bomba falhada no legislativo municipal deveria estar incomodando os terroristas e estar sendo vista como um parcial fracasso de execução.
Assim é que, em 20 de Maio de 1966, 50 dias após esse ensaio geral, foram lançadas outras três bombas - dois "coquetéis molotov" e um petardo de dinamite, contra os portões da Assembléia Legislativa de Pernambuco.
A Nação, estarrecida, vislumbrava tempos difíceis que estavam por vir. Em 25 de Julho de 1966, uma nova (terceira) série de três bombas, com as mesmas características das anteriores, sacode Recife. Uma, na sede da União de Estudantes de Pernambuco, ferindo, com escoriações e queimaduras no rosto e nas mãos, o senhor José Leite, de 72 anos, vítima inocente que passava pelo local. Outra, nos escritórios do Serviço de Informações dos Estados Unidos (USIS), causando, apenas, danos materiais. A terceira bomba, entretanto, acarretando vítimas fatais, passou a ser o marco balizador do início da luta terrorista no Brasil.
Nessa manhã de 25 de julho de 1966, o Marechal Costa e Silva, então candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam o Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Às 0830h, poucos minutos antes da previsão de chegada do Marechal, o serviço de som anunciou que, em virtude de pane no avião, ele estava deslocando-se por via terrestre de João Pessoa até Recife e iria, diretamente, para o prédio da SUDENE.
Esse comunicado provocou o início da retirada do público.
O guarda-civil Sebastião Tomaz de Aquino, o "Paraíba", outrora popular jogador de futebol do Santa Cruz, percebeu uma maleta escura abandonada junto à livraria "SODILER", localizada no saguão do aeroporto. Julgando que alguém a havia esquecido, pegou-a para entregá-la no balcão do DAC.
Ocorreu uma forte explosão.
O som ampliado pelo recinto, a fumaça, os estragos produzidos e os gemidos dos feridos provocaram o pânico e a correria do público. Passados os primeiros momentos de pavor, o ato terrorista mostrou um trágico saldo de 17 vítimas.
Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Regis de Carvalho, casado e pai de cinco filhos, com um rombo no abdômen, e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, com o crânio esfacelado, deixando viúva e dois filhos menores.
O guarda-civil "Paraíba" feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns meses mais tarde, na amputação de sua perna direita.
O então Tenente-Coronel do Exército, Sylvio Ferreira da Silva, sofreu fratura exposta do ombro esquerdo e amputação traumática de quatro dedos da mão esquerda.
Ficaram, ainda, feridos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antonio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro, os estudantes José Oliveira Silvestre, Amaro Duarte Dias e Laerte Lafaiete, a professora Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária Idalina Maia, o guarda-civil José Severino Pessoa Barreto, o Deputado Federal Luiz de Magalhães Melo e Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade.
O acaso, transferindo o local de chegada do futuro Presidente, impediu que a tragédia fosse maior.
O terrorismo indiscriminado, atingindo pessoas inocentes e, até, mulheres e crianças, mostrou a frieza e o fanatismo de seus executores. Naquela época, no Recife, apenas uma organização subversiva, o Partido Comunista Revolucionário (PCR), defendia a luta armada como forma de tomada do poder. Dois comunistas foram acusados de envolvimento no ato terrorista: um, Edinaldo Miranda de Oliveira, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e que, em 1986, era professor de Engenharia Elétrica em Recife, e o outro era Ricardo Zaratini Filho, então militante do PCR e atual assessor parlamentar da liderança do PDT na Câmara Federal.
Entretanto, nunca foi possível determinar, exatamente, os autores dos atentados. Não havia, ainda, no País, órgãos de segurança especializados no combate ao terror.
Em 18 Mai 99, em entrevista ao jornal "O Estado de São Paulo, o Comandante do Exército, Gen Ex Gleuber Vieira, declarou a respeito da reabertura do caso Riocentro: "Nós nunca pensamos em pedir reabertura de inquérito envolvendo personalidades da vida nacional de hoje que, no passado, estiveram envolvidos em assalto a bancos, seqüestros, assassinatos e em atos de terrorismo.” “Nós não cogitamos pedir a reabertura do inquérito nem mesmo quando uma dessas personalidades declarou que sabia quem tinha posto uma bomba no aeroporto do Recife."
Um ano depois do atentado, em 25 Jul 67, foi inaugurada no Aeroporto uma placa de bronze com os seguintes dizeres:
"HOMENAGEM DA CIDADE DO RECIFE AOS QUE TOMBARAM NESTE AEROPORTO DOS GUARARAPES, NO DIA 25 DE JULHO DE 1966, VITIMADOS PELA INSENSATEZ DOS SEUS SEMELHANTES. - ALMIRANTE NELSON FERNANDES - JORNALISTA EDSON REGISGLORIFICADOS PELO SACRIFÍCIO, SEUS NOMES SERÃO SEMPRE LEMBRADOS RECORDANDO AOS PÓSTEROS O VIOLENTO E TRÁGICO ATENTADO TERRORISTA, PRATICADO À SORRELFA PELOS INIMIGOS DA PÁTRIA."
Não sabemos se essa placa ainda permanece no aeroporto ou foi retirada ou, mesmo, substituída por homenagens aos comunistas.
Hoje, os terroristas daquela época, arvorando-se em "heróis" libertários, afirmam que o que fizeram foi uma reação à "violência" do Governo brasileiro.
Intencionalmente, procuram deturpar a História e levar ao esquecimento as vítimas que causaram em sua sanha fratricida, dentre elas, as de 1966.
Passaram-se muitos anos.
Mas as bombas de Recife e o atentado de Guararapes não serão esquecidos.

O histórico faz parte do acervo de memórias do site : Terrorismo Nunca Mais
As fotos do atentado podem ser vistas em http://www.ternuma.com.br/guara.htm

O Editor


Assassino invisível

Eloa e Nayara (foto Estadão)


Marli Nogueira*

Tenho ouvido as mais disparatadas opiniões a respeito do seqüestro em Santo André, inclusive de pessoas que, em razão de sua autoridade, tinham a obrigação de não ser tão superficiais. Há quem diga, por exemplo, que ele resultou de uma "arraigada cultura machista". Mentira! Ele resultou, isso sim,
de uma paixão, doença da alma que, na ausência de antídotos fortes que só podem ser produzidos mediante uma excelente formação moral que dê estrutura ao indivíduo, acaba extravasando de seus bordos e causando tragédias como essa.

Paixão, como essas autoridades deveriam saber, deriva do termo grego pathos, que significa exatamente "doença". Dele vêm os demais termos ligados ao mesmo tema, como "patologia" e "patológico". E, como doença da alma, pode acometer homens ou mulheres. Aliás, não são tão raros assim os casos de mulheres que matam seus maridos por ciúmes, exatamente como fez o rapaz de Santo André. Pretender utilizar esse caso para estimular mais desavenças, colocando mulheres contra homens, é, no mínimo, uma irresponsabilidade.
Outra opinião completamente distorcida é a de que o crime decorre da "permissão exagerada" do uso de armas. Mais uma mentira da grossa! Ou será que alguém imagina que o seqüestrador-assassino comprou a sua arma em um estabelecimento comercial autorizado, mediante a apresentação do porte de armas e, ainda por cima, a registrou regularmente? Ele mesmo afirmou que "comprar uma arma é facílimo". E é mesmo. Basta contatar um bandido qualquer, pagar-lhe o preço solicitado e pronto.

Esse papo de desarmamento (que fatalmente voltaria à baila após o "sucesso" da Lei Seca) é conversa mole para boi dormir. O Brasil somente poderá aceitar uma política de desarmamento no dia em que o governo conseguir impedir por completo a entrada de armas contrabandeadas no país. E não só isso. Deverá, primeiro, retirar as armas de todos os bandidos.

Onde já se viu deixar a população desarmada em meio a milhares (ou milhões, talvez) de bandidos que as utilizam para matar cada um de nós? Desproteger os justos enquanto não se toma medida alguma contra os injustos é o cúmulo da injustiça.
Não sejamos hipócritas! Na verdade, o grande responsável pela morte da adolescente Eloá foi o "politicamente correto", esse assassino invisível de valores, que tantas conseqüências desastrosas já acarretou.

Se a sociedade entendesse que o correto é punir o agressor e defender a vida da vítima, ela certamente não estaria morta agora. Seu seqüestrador sim, poderia estar em seu lugar. É exatamente para preservar a vida da vítima em mãos de bandidos como ele que a polícia possui atiradores de escol. Mas ai da polícia se resolvesse se valer de algum desses atiradores para, à custa da vida de seu seqüestrador, salvar a menina-refém! Toda a turma dos Direitos Humanos e dos defensores do Estatuto da Criança e do Adolescente estaria, agora, vociferando contra a instituição.

Essa gente parece não compreender que a partir do momento em que alguém decide, deliberadamente, infringir todas as regras da boa convivência, deve arcar com os custos dessa decisão. Punir os maus e defender as suas vítimas não é favor algum, mas uma obrigação. Até os antigos gregos já sabiam disso.

Ensina Platão que quando Hermes indagou a Zeus se deveria distribuir a arte da justiça e do respeito a todos os homens, indistintamente, este respondeu: "A todos. Que todos os compartilhem, porque as Cidades não poderiam surgir se apenas poucos homens os detivessem, assim como acontece com as outras artes. Aliás, em meu nome, estabeleça como lei que aquele que não sabe compartilhar o respeito e a justiça seja morto como um mal da Cidade".
Mas como há séculos a humanidade vem se afastando cada vez mais dos valores que plasmaram a nossa civilização, a própria vida se encarrega da cobrar-lhe por esse desatino, e de maneira impiedosa. Casos como esse só podem mesmo resultar em tragédias, com imensa dor não apenas para a família das vítimas, como para todos os homens e mulheres de bem que ainda se pautam pelos poucos valores que ainda nos restam.

Mas esses casos não constituem mais novidade alguma. Cada vez se tornam mais freqüentes e também mais violentos. E assim continuará sendo até que a sociedade, cansada de iniqüidades e dos discursos retóricos que lhes dão ensejo, resolva pôr um basta a esse estado de coisas, retomando os valores que permitiram sua agregação. E um deles é, justamente, o de fortalecer (em todos os sentidos) aqueles que, como a polícia, existem para protegê-la.

*A autora é Juíza do Trabalho em Brasíl

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ATAQUE TERRORISTA INDÍGENA À HIDRÉLETRICA EM MATO GROSSO






Escritorio da Compahia




Publicado aqui, porque na midia, Legislativo e Judiciário, não sai nada.






Daqui a pouco, quando estiver como na Colômbia, onde se seqüestram Senadores da República, quem sabe os nossos políticos resolvam tomar uma providência - até lá, só funciona a operação abafa, para não publicar nos jornais. Cada dia que passa, a internet se transforma no real veículo de comunicação democrático.
Fonte: GD

Requiem para as mulheres

Sônia van Dijck

Não tive filha.
Durante a semana, acompanhei, em minha imaginação, graças ao noticiário, a angústia das famílias de Eloá, de Nayara e de Lindemberg. Pensei sempre nas mães impotentes diante da tragédia. Em relação à mãe de Eloá, pensei que via sua filha transformada em objeto de posse de um macho monstruoso, incapaz de aceitar não ser amado, mas sentindo-se com direito de vida e morte sobre a mulher desejada que o rejeitou. Em relação à mãe de Nayara, pensei que essa mulher tem uma filha que é um ser superior, capaz de enfrentar o absurdo para ficar perto da amiga e com ela ser solidária - se eu tivesse tido filha, queria que fosse como Nayara. Pensei na mãe de Lindemberg em seu pasmo ao descobrir que pariu um monstro e que criou, cuidou e alimentou um macho estúpido, possessivo, frio, perverso, que não sabe ouvir um "não" de uma mulher - dela, tive profunda piedade e gostaria de poder consolá-la em seu desespero, em sua desilusão de tão vítima do machismo quanto a menina Eloá - consola-me a certeza de que sua família irá confortá-la em sua profunda decepção diante do macho que trouxe ao mundo.
Mas, espanta-me o viés vicioso da sociedade brasileira, cuja voz se traduz na imprensa e nas emissoras de TV. Desde que, no fim do dia 17, o desfecho trágico previsível foi conhecido, toda a imprensa (apesar de noticiar o estado das meninas vítimas do macho-monstro), passou a dedicar tempo para acusar e discutir se a polícia podia ou não permitir que a menina Nayara voltasse ao apartamento, se a polícia invadiu na hora certa o apartamento, se os disparos aconteceram ou não antes de a polícia explodir a porta e invadir o apartamento, se a polícia deveria ou não ter colocado drogas capazes de dopar o criminoso, se a polícia deveria ou não ter alvejado o criminoso. E é possível que a imprensa e as TVs estejam apenas sendo fiéis à voz das ruas (opinião pública). Como sempre, não se discute o ato criminoso e nem a culpa do bandido - apesar de ser obrigação de todos o andar conforme a Lei. A discussão foi, comodamente, desviada para a periferia do crime publicamente praticado: um macho que não aceitou ser rejeitado pela namorada, resolveu impor seu direito de vida e morte sobre a mulher que lhe disse "não" - os episódios havidos não estavam no scripit do bandido (colegas rapazes no apartamento, a melhor amiga de Eloá no apartamento, na hora de sua imposição de macho imbecil e obcecado pela posse de sua presa Eloá).
No Brasil não se discute e não se apura o crime. A regra é discutir e instaurar inquérito para apurar se o delegado agiu certo, se os policiais abusaram do poder. Por isso, Dantas e outros criminosos estão impunes. Somos especialistas em investigar operações policiais; jamais nos interessam o crime cometido e os criminosos.
Nayara vai se recuperar do tiro recebido - não esquecerá o que viveu. Eloá está morta - melhor do que ter uma vida vegetativa. E ninguém parece interessado em discutir o direito do macho, imbecil e violento em sua impotência de conquistar uma mulher, usar o direito de vida e morte sobre seu objeto de pretensa posse.
É mais cômodo para a sociedade machista ficar discutindo, via imprensa e TVs, se a polícia errou ou acertou nessa ou naquela decisão, do que tratar da questão central: tem o macho direito de ser proprietário da vida da fêmea desejada, em se tratando da sociedade dos seres humanos e não de um bando de aves ou manada de bùfalos? - aliás, aves, búfalos e outros animais têm respeito pelas fêmeas (não podem ser eliminadas, pois delas depende a garantia da sobrevivência da espécie).
A amiga solidária Nayara sobreviveu. Eloá, a namorada que disse "não" a Lindemberg está morta. Que direito tinha/tem Lindemberg sobre a vida de Eloá ou de outra mulher que o recuse? Por que o macho se sente dono da vontade da mulher que ele deseja?
Lindemberg teve cerca de 100 horas para refletir e decidir - e o macho recusado decidiu matar a mulher que não o queria.
Ou a sociedade (via imprensa e TVs) discute o direito de vida e morte do macho sobre a mulher ou continuaremos a ter casos de ex-namoradas, ex-noivas, ex-amantes, ex-esposas assasinadas por machos que não sabem ser Homens.
Maria da Penha sobreviveu, na cadeira de rodas, para ser testemunha e símbolo da violência da sociedade machista.
Jamais educaremos nossos meninos para respeitar a vontade das meninas, se continuarmos a discutir que a polícia agiu certo ou errado ao tentar conter um monstro - o criminoso terá, diante da sociedade dos machos, sua responsabilidade dividida com os erros e acertos da polícia. Isso é fugir do problema central por comodismo de machos.
No caso em foco, Lindemberg premeditou mesmo eliminar Eloá porque ela jamais seria sua presa - ele invadiu o apartamento disposto a se apropriar de sua caça, seu objeto de desejo, seu troféu de macho - saiu no lucro: atirou em duas fêmeas - para invadir, levou 2 armas e munição.
Não sou politicamente correta e nem pretendo ser tal coisa. Sou mulher e não tive filha. Mas, posso supor a dor da mãe de Eloá e a angústia da mãe de Nayara. Quase que consigo sentir o desespero da mãe do criminoso Lindemberg - perdeu o filho duas vezes: 1) será julgado, condenado e ficará preso; 2) descobriu que faz 22 anos que pariu um monstro sem saber. Lembra-me o filme "O bebê de Rosemary" - é um monstro e, ainda assim, pode ser amado pela mãe...
A mãe de Nayara terá o orgulho da coragem e da solidariedade da filha. A mãe de Eloá terá o consolo do pranto. A mãe de Lindemberg terá o desespero de ser sua mãe.
Nossa sociedade vai continuar discutindo a periferia do crime e jamais dirá que o macho não tem direito de vida e morte sobre a mulher, apesar de a Lei dizer, FORMALMENTE, o contrário. Nossa sociedade, jamais dirá que corrupto é criminoso. Que macho violento é crimnoso. Seguirá a tradição de investigar como o crime foi resolvido, a periferia do crime.
Antecipo minhas condolências às mães das próximas vítimas.
Quem discordar de mim, faça o exercício de se imaginar no lugar da mãe de Eloá - a menina-mulher que disse "não" a um macho que queria ser seu dono e senhor. Se for pai, pense na dor do pai da menina-mulher Eloá e na dor do pai do monstro - ele pensou que fez amor com sua esposa e que tinha gerado um filho Homem.




Conheça mais sobre a autora, visite: http://www.soniavandig.com

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O DEVER DA RESISTÊNCIA



Inserção do PT na TV indaga se o prefeito Gilberto Kassab é casado e tem filhos. A cidade inteira sabe que a resposta é "não" e "não". Então por que a pergunta? É óbvio que se tenta fazer um questionamento sub-reptício, covarde como sói na turma, sobre a sua sexualidade, que não interessa a ninguém, a não ser a ele próprio. Seria ridículo sustentar isso ou aquilo, asseverar esta ou aquela condição. Corresponderia a fazer o jogo da canalha que tenta transformar preconceitos em escolha política.

E se ele fosse gay? Isso o impediria de ser o grande prefeito que é? O PT chafurda na lama, na propaganda mais odienta, na escolha mais desprezível, na discriminação mais asquerosa. Ao mesmo tempo em que assim procede, tenta criminalizar o DEM, como se o partido não tivesse direito de existir. É o fim da linha. No partido de Celso Daniel, de Santo André, e de Toninho do PT, de Campinas, tudo é permitido, tudo vale, tudo pode. Eis a campanha que está sob o gerenciamento de Gilberto Carvalho, braço direito de Lula — o mesmo Carvalho que era braço direito de... Celso Daniel.
Alguém poderia indagar: "Mas a própria Marta não foi vitima de preconceito por ter-se separado de Eduardo Suplicy e casado com o argentino Felipe Belisário Wermus?" Eu acho que sim. Já escrevi isso aqui. E também observei à época que seus acertos e seus erros nada tinham a ver com a sua opção. Mas há algumas diferenças aí. Quem levou o drama de alcova do trio para a praça pública foi um dos vértices do triângulo: o marido agravado. Ninguém foi escarafunchar a vida de Marta ou perguntar se ela primeiro se divorciou para, então, ficar com seu novo amor. Mais: Belisário Wermus, que prefere ser chamado de Luís Favre, fez questão se tornar uma espécie de assessor especial de marta e de participar do debate público brasileiro. Kassab não ofereceu a sua vida privada ao escrutínio de ninguém.
Muitos dirão que este texto não deixa de ser conseqüência da estratégia vil do petismo. Errado. A questão está dada. Recebi ontem oito telefonemas de amigos — dois deles de esquerda, eleitores (serão ainda?) de Marta — que estão absolutamente enojados. Os leitores começaram a comentar no blog antes mesmo que eu escrevesse qualquer coisa a respeito. A campanha de Marta comete uma dupla canalhice ética.
A primeira, evidentemente, é especular, sem que lhe tenha sido dada licença, sobre a condição sexual de alguém, o que é inaceitável; a segunda é sugerir que, se fosse verdadeira a ilação, seria uma mácula. Não! Kassab, acreditem, não está sendo pessoalmente atingido. Mas todos os gays do país estão. Marta quer lhes cassar a cidadania com uma campanha covarde e homofóbica, que nem mesmo ousa dizer seu nome. Justo ela, que iniciou a sua carreira política fazendo proselitismo entre os homossexuais. Mais uma farsa se revela — ou uma "bravata", para usar expressão do presidente Lula: os gays serviram para dar visibilidade a Marta Suplicy. Agora, se preciso, ela os manda para a fogueira para conquistar os votos evangélicos. Foram usados e agora são jogados fora. No PT, vale tudo para se eleger. Sempre valeu.
No dia 10 de julho de 2006, o jornal O Globo registrava uma fala emblemática. Indagaram a Marco Aurélio Top Top Garcia, então presidente interino do PT, se não era constrangedor para Lula dividir o palanque com mensaleiros. Sabem o que ele respondeu? "Constrangedor é não ter voto". É o vale-tudo.
Vão silenciar?
Imaginem se um partido considerado "de direita" pela imprensa fizesse com um petista o que a campanha do PT fez ontem com o dito "conservador" Kassab? Vocês já imaginaram a reação da imprensa e das falanges do politicamente correto? Maria Rita Kehl escreveria, claro, um artigo indignadíssimo, mostrando quão suja pode ser a direita... Mas, desta feita, o silêncio deve gritar a pusilanimidade dessa gente. Porque eles não só tem o monopólio da representação de supostas minorias, como também reivindicam o direito de discriminá-las se isso for útil à sua causa. Aliás, em matéria de preconceito, Marta está se tornando um caso de estudo. Ontem, no debate da Band, só faltou pedir que declarem a ilegalidade do DEM (comento num post abaixo).

Por quê?
Vocês viram que a capa de O País dos Petralhas abre este texto. É que essa gente está devidamente caracterizada no livro. Eis os petralhas. Meus leitores sabem da minha indisposição com o que chamo de "minorias profissionais" — sejam gays, pretos, gordos, míopes, magros, mancos, heteros, belos, sei lá o quê. Só indivíduos me interessam. Na sua particularidade.

E, já escrevi aqui, pouco me importa o que fazem na cama desde que as práticas sejam consensuais e excluam crianças e bichos. Não é problema meu. Meus amigos são testemunhas de que jamais comento minha vida privada, por mais próximos que sejam. Nunca! Para lhes salvar a vida, se preciso, dou um rim. Mas não me peçam segredos de alcova. E também não abro espaço para que me contem suas aventuras. Fazer o quê? Sou assim. Quando Lula exaltou a sua virilidade com a Galega logo na primeira noite, quase vomitei. Sou do tipo que transforma, sempre que possível, palavras em imagens... Calculem, então, o que penso da possibilidade de o estado ou um partido tentarem legislar sobre individualidades. Essa é uma prática muito comum do nosso tempo, a que aderiram as esquerdas, agora que não podem mais fazer revolução: politizam o desejo, os anseios, as frustrações de grupos... Tenho horror a esses bandos de discriminados profissionais, escravos das próprias frustrações. E, claro, diz a canalha: "Reacionário!" Eu???
Não! Reacionária é Marta Suplicy. Ela, sim, sob o pretexto de respeitar minorias — de quem queria o voto —, avança, sem qualquer respeito ou pudor, sobre a vida privada de um ndivíduo que nada lhe deve, tampouco explicações.
E concluo
Há questões que são estritamente privadas. E outras têm interesse público. Eu não quero saber se Marta namorou Belisário Wermus só depois de se separar de Suplicy. Aliás, eis outro triângulo amoroso que me embrulha o estômago. Suplicy tratou muito do assunto. Marta falou a respeito num livreco que circula por aí. Eles é que são desabridos. Agora, saber qual é a fonte de renda de Belisário pode ser do interesse da coletividade. O homem é uma figura bastante presente na vida pública brasileira, não? Ele vive mesmo do quê? Quando trabalhava para Duda Mendonça, qual era mesmo a sua especialidade?

Entendo por que O País dos Petralhas está em todas as listas dos livros mais vendidos do país. Lê-lo está se transformando numa espécie de sinal de resistência. Uma resistência não-partidária. Uma resistência cidadã. Uma resistência em nome da civilidade.

O debate da BAND e quem fez o quê
Sim, assisti ao debate de ontem da Band. Mesmo com regras rígidas, um tanto chatinhas, fica mais agradável de ver quando o embate se dá apenas entre dois candidatos. Temos — o jornalismo — de procurar uma maneira que impeça a mentira e o ludíbrio: "Fiz isso e aquilo..." Se não fez, a obrigação do jornalismo é informar o telespectador. Mas como? Não sei — o que não quer dizer que não haja uma resposta.
Quem ganhou? Bem, como sempre, isso fica por conta das pesquisas de opinião. Eu acho que Gilberto Kassab (DEM) teve uma atuação superior à de Marta Suplicy (PT). Parece que sopraram ao ouvido da candidata que a única chance de reverter o quadro é abusando da agressividade. E ela foi fundo. Vai funcionar? Os petistas, aliás, estavam em pé de guerra. O prefeito pediu, e obteve, direito de resposta: a ex-prefeita chamara o adversário de mentiroso ao menos três vezes. É algo injurioso — não uma divergência. A petista também reivindicou o seu tempo, que lhe foi negado. Ela desandou a gritar. Seus partidários também. No intervalo, petistas chegaram a acusar o mediador Boris Casoy de "vendido". Carlos Zarattini, coordenador da campanha de Marta, afirmou aos berros que havia "falcatrua" no debate. É mais uma face do petismo quando em desvantagem.
Preconceito, pelo visto, tornou-se a tônica da campanha petista. Marta dedicou-se a satanizar o DEM, partido do Kassab, que, segundo ela, está desaparecendo no Brasil inteiro. A legenda está prestes a conquistar a prefeitura da maior cidade do país. Mesmo fora do poder federal há seis anos, conquistou 495 prefeituras, apenas 53 a menos do que o superpoderoso PT. Se ganhar em São Paulo, governará uma população e um orçamento superior à soma das seis capitais onde os petistas venceram. Não só: as vitórias mais expressivas do PT se deram em cidades pequenas do Norte e Nordeste — justamente nos grotões. E o grande eleitor do petismo foi um neocoronel chamado Bolsa Família — perverso como todos os coronéis.

Marta investe no preconceito. Afinal, qual é o problema do DEM?
- O partido foi pego extorquindo bicheiro?
- O partido promoveu o mensalão?
- O partido foi pego com dólares na cueca?
- O partido foi flagrado com uma mala de dinheiro tentando comprar um dossiê falso para fraudar uma eleição?
- O partido usou a Casa Civil para montar um dossiê contra adversários políticos?
- O partido promoveu a quebra ilegal do sigilo de um pobre caseiro?
- O partido mantinha em Brasília uma casa de prazeres & negócios, onde São Jorge costuma ser exibido de ponta-cabeça?
- O partido tem algum figurão cujo filho recebeu R$ 10 milhões de uma empresa concessionária de serviço público, de que o BNDES é sócio?
- O partido recebeu dólares de Cuba?
- O partido recebeu recursos das Farc?
- O partido deu a Petrobras de presente para um índio de araque?
- O partido endossa os regimes de força da Bolívia, da Venezuela e do Equador?
- O partido mudou uma lei só para beneficiar uma empresa gigante da telefonia?

- O partido tentou instaurar a censura no país?

- O partido puxa o saco de tudo quanto é ditadura no mundo?

- O partido deu emprego para a mulher de um narcoterrorista?

- O partido apóia uma organização narcoterrorita enquanto trata a pontapés o país que os terroristas ameaçam?

Convenham! Se o DEM tivesse feito tudo isso, deveria ter sido extinto, e seus dirigentes mereceriam estar atrás das grades.
Por Reinaldo Azevedo

Candidatos à prefeitura de São Paulo, Marta e Kassab trocam farpas em debate

Agência Estado 13/10/2008

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) trocaram farpas durante todo o debate realizado pela TV Bandeirantes na noite deste domingo. Todos os temas levantados - Bilhete Único, creches e CEUs, orçamento e crise global - foram usados pelos candidatos para se atacarem.


Marta, que está cerca de 17 pontos atrás do rival segundo a última pesquisa Datafolha, repetiu diversas vezes que precisava lembrar aos eleitores que Kassab "andava" com companhias como Paulo Maluf e Celso Pitta, enquanto ela "andava" com Lula. A candidata do PT buscou o tempo todo colar seu nome ao do presidente.

O atual prefeito e candidato à reeleição Gilberto Kassab rebateu dizendo que a rival tinha em sua campanha a esposa de Delúbio Soares, protagonista do escândalo do Mensalão.

Marta teve dois pedidos de direito de resposta negados e foi vaiada pela platéia ao elogiar o governo Lula.

Durante todo o debate, Marta e Kassab mais apontaram a paternidade de projetos e problemas na administração do outro do que explicaram como pretendem ajudar a cidade de São Paulo nos próximos quatro anos.

Os candidatos discutiram ainda temas como meio ambiente, projetos para portadores de necessidades especiais, trânsito e corredores de ônibus. Kassab apontou taxas criadas pela candidata do PT, como a taxa do lixo, que ele teria extinguido. Marta assumiu erro ao criar os impostos e prometeu que não fará isso novamente se for eleita.

O debate de duas horas terminou com o mesmo clima em que começou, de rivalidade. Kassab falou de sua experiência na gestão da cidade e disse que Marta citava o presidente, mas a cidade recebia mais dinheiro do governo federal agora do que durante a administração do PT.

Marta também falou de sua experiência como prefeita e, mais uma vez citando Lula, avisou que o presidente já teria dito que com ela na prefeitura a história em São Paulo seria outra.

O segundo turno das eleições municipais acontecem no dia 26 de outubro.

Farpas já na chegada

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) chegaram por volta das 20 horas à sede da TV Bandeirantes, em São Paulo, onde participaram do primeiro debate do segundo turno das eleições. Antes do início da transmissão, já trocavam farpas.

Marta voltou a frisar a sua estratégia de comparar biografias, enquanto Kassab disse ter tranqüilidade para discutir qualquer questão de sua vida pessoal e administrativa. "O que é importante nesse debate é que as pessoas possam acreditar no que vai ser proposto e aí tem a ver com a trajetória de cada um e com as promessas cumpridas de cada um", disse a petista. Ela aproveitou para atacar o seu adversário ao dizer que "muitos eleitores não conhecem a associação com o (ex-prefeito da capital) Celso Pitta". A candidata ainda alfinetou o atual prefeito ao associá-lo às gestões de Pitta e Paulo Maluf. "A minha biografia todo mundo conhece", disse Marta.

Frase praticamente idêntica usou Kassab para definir seu passado e mostrando que está disposto a discutir esse assunto com a petista. "A minha vida todos conhecem", afirmou. O prefeito não mostrou preocupação com a entrada de dois grandes cabos eleitorais na campanha de Marta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Questionado sobre como enfrentaria essa tropa de choque, respondeu: "Da mesma maneira que estamos enfrentando até agora. Apresentando propostas, realizações e comparando a minha gestão com a dela. Nada mudará o nosso plano de governo."

Marta minimizou uma inserção de sua campanha veiculada hoje na televisão, que questionava a vida pessoal de Kassab, que é solteiro e não tem filhos. A petista disse não ter visto a propaganda e emendou: "Se não é casado, não tem tanta importância." Visivelmente incomodado, Kassab respondeu à investida de Marta: "Tenho muita tranqüilidade de discutir qualquer questão da minha vida. Formação, profissão e administração." Após essa explicação, terminou a entrevista imediatamente.