Translate

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Supremo fica bem mais sensato com uma faca imaginária no pescoço « Augusto Nunes – VEJA.com




22/12/2011
às 20:09 \ Direto ao Ponto

O Supremo fica bem mais sensato com uma faca imaginária no pescoço

Às nove e meia da noite de 28 de agosto de 2007, o ministro Ricardo Lewandowski chegou ao restaurante em Brasília ansioso por comentar com alguém de confiança a sessão do Supremo Tribunal Federal que tratara da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o escândalo do mensalão. Por ampla maioria, os juízes endossaram o parecer do relator Joaquim Barbosa e decidiram processar os 40 acusados de envolvimento na trama. Sem paciência para esperar o jantar, Lewandowski deixou a acompanhante na mesa, foi para o jardim na parte externa, sacou o celular do bolso do terno e, sem perceber que havia uma repórter da Folha por perto, ligou para um certo Marcelo. Como não parou de caminhar enquanto falava, a jornalista não ouviu tudo o que disse durante a conversa de 10 minutos. Mas qualquer das frases que anotou valia manchete.
“A tendência era amaciar para o Dirceu”, revelou de saída o ministro, que atribuiu o recuo dos colegas a pressões geradas pelo noticiário jornalístico. “A imprensa acuou o Supremo”, queixou-se. Mais algumas considerações e o melhor momento do palavrório: “Todo mundo votou com a faca no pescoço”.  Todo mundo menos ele: o risco de afrontar a opinião pública não lhe reduziu a disposição de amaciar para José Dirceu, acusado de “chefe da organização criminosa”.Lewandowski ─ contrariando o parecer de Joaquim Barbosa, a denúncia do procurador-geral e a catarata de evidências ─ discordou do enquadramento do ex-chefe da Casa Civil por formação de quadrilha. “Não ficou suficientemente comprovada  a acusação”, alegou. O mesmo pretexto animou-o a tentar resgatar também José Genoíno. Ninguém divergiu tantas vezes do voto de Joaquim Barbosa: 12. Foi até pouco, gabou-se na conversa com Marcelo: “Tenha certeza disso. Eu estava tinindo nos cascos”.
Ele está tinindo nos cascos desde 16 de março de 2006, quando chegou ao STF 26 dias antes da denúncia do procurador-geral. Primeiro ministro nomeado por Lula depois do mensalão, Lewandowski ainda não aprendera a ajeitar a toga nos ombros sem a ajuda das mãos quando virou doutor no assunto. Para tornar-se candidato a uma toga, bastou-lhe a influência da madrinha Marisa Letícia, que transmitiu ao marido os elogios que a mãe do promissor advogado vivia fazendo ao filho quando eram vizinhas em São Bernardo. Mas só conseguiu a vaga graças às opiniões sobre o mensalão, emitidas em encontros reservados com emissários do Planalto. Ele sempre soube que Lula não queria indicar um grande jurista. Queria um parceiro de confiança, que o ajudasse a manter em liberdade os bandidos de estimação.
Passados mais de quatro anos, Lewandowski é o líder da bancada governista no STF ─ e  continua tinindo nos cascos, comprovou a  recente entrevista publicada pela Folha. Designado revisor do voto do relator Joaquim Barbosa, aproveitou a amável troca de ideias para comunicar à nação que os mensaleiros não seriam julgados antes de 2013. “Terei que fazer um voto paralelo”, explicou com o ar blasé de quem chupa um Chicabon. “São mais de 130 volumes. São mais de 600 páginas de depoimentos. Tenho que ler volume por volume, porque não posso condenar um cidadão sem ler as provas. Quando eu receber o processo eu vou começar do zero”. Como o relatório de Joaquim Barbosa deveria ficar pronto em março ou abril, como precisaria de seis meses para cumprir a missão, só poderia cloncluir seu voto no fim de 2012. O atraso beneficiaria muitos réus com a prescrição dos crimes, concedeu, mas o que se há de fazer? As leis brasileiras são assim. E assim deve agir um magistrado judicioso.
A conversa fiada foi bruscamente interrompida por Joaquim Barbosa, que estragou o Natal de Lewandowski e piorou o Ano Novo dos mensaleiros com o presente indesejado. Nesta segunda-feira, o ministro entregou ao revisor sem pressa o relatório, concluído no fim de semana, todas as páginas do processo e um lembrete desmoralizante: “Os autos do processo, há mais de quatro anos, estão digitalizados e disponíveis eletronicamente na base de dados do Supremo Tribunal Federal”, lembrou Barboza. Lewandowski, portanto, só vai começar do zero porque quis. De todo modo, o que disse à Folha o obriga a terminar a tarefa no primeiro semestre. Se puder, vai demorar seis meses para formalizar o que já está resolvido há seis anos: vai absolver os chefes da quadrilha por falta de provas.
As sucessivas manobras engendradas para adiar o julgamento confirmam que os pecadores não estão convencidos de que a bancada governista no STF é majoritária. Ficarão menos intranquilos se Cezar Peluso e Ayres Brito, que se aproximam da aposentadoria compulsória, forem substituídos por gente capaz de acreditar que o mensalão não existiu. Para impedir que o STF faça a opção pelo suicídio moral, o Brasil decente deve aprender a lição contida na conversa telefônica de 2007. Já que ficam mais sensatos com a faca no pescoço, os ministros do Supremo devem voltar a sentir a carótida afagada pelo fio da lâmina imaginária.
Editora Abril Copyright © Editora Abril S.A. - Todos os direitos reservados


++++   Afinal o mionistro reconheceu que tem cascos,jã é um bom começo.
  As iluminações são do Editor ressaltando o pessamento e voto ideológico do Ministro que foi noneado por lula  considerando seu baixo saber jurico e sua tendencia para vassalo..
 
Sakineh Ashtiani a vitima do regime muçulmano e seus idiotas seguidores.
O título é do Editor
 
 
Sonia Maria van Dijck Lima sdijck@uol.com.br
29 dez


Caríssimos,
Recebi a informação abaixo. Vejam a notícia.
O cruel regime muçulmano do Irã ficou em silêncio durante meses; deixou chegar o fim do ano 2011 para confirmar a condenação de Sakineh Ashtiani à pena de morte (ainda não decidiu se por apedrejamento ou se por enforcamento). Sakineh está condenada à morte por ser acusada de adultério desde que viúva (diz o governo muçulmano do Irã que ela teria tramado a morte do marido). Vejam na notícia que esta mulher já tem anos de prisão (foi torturada).
Sempre que repassei apelos humanitários em favor de Sakineh, recebi, com tristeza, mensagens grosseiras de feministas petistas e comunistas brasileiras, alegando que se trata de uma questão cultural o fato de considerar o adultério como crime e como passível de pena de morte; uma dessas feministas brasileiras advertiu-me, inclusive, que, ao fazer campanha para salvar Sakineh, eu estou/estava indo contra a Lei de um país estrangeiro e que podia/posso ser acusada de tentar subverter a sociedade de tal país estrangeiro – evidentemente, até receber tais respostas, eu contava que essas feministas petistas e comunistas eram colegas com as quais eu podia ter uma relação amigável e amistosa; descobri, infelizmente, que a crueldade não tem limites e que a opção ideológica faz esquecer até mesmo o que está estabelecido como direito à vida na contemporânea aldeia global do século XXI e até mesmo na legislação brasileira, que não inclui o adultério no Código Penal. Até hoje, posso me imaginar no lugar de Sakineh, sendo apedrejada por essas feministas petistas e comunistas (elas não sabem, mas o Islã não lhes dá o direito de atirar pedras na acusada de adultério, concedendo apenas aos machos o direito de matar a mulher que eles não levaram para a cama/tapete).
Não se trata de argumentar com o simplismo de afirmar que a pena de morte resultante de acusação de adultério é uma questão cultural. Na verdade, trata-se de um atentado contra os direitos humanos – contra a mulher – em pleno século XXI. Trata-se de tomar posição contra o sacrifício da mulher, contra o tratamento inferior concedido à mulher, contra a crueldade de uma sociedade que parou no tempo e é incapaz de admitir o avanço civilizatório, no qual a mulher tem direitos e deveres no seio da sociedade, tais quais aqueles direitos e deveres dos homens.
Estou repassando a notícia (ver abaixo), solicitando que seja amplamente repassada. Às feministas petistas e comunistas rogo que sejam coerentes com seu discurso libertário; peço que apliquem o discurso que defende assassinos e estupradores menores de 18 anos como merecedores dos benefícios que defendem os direitos humanos, agora, em favor de uma mulher condenada à morte por acusação de adultério. Se são tão diligentes em defender criminosos que matam e estupram mulheres, peço que sejam diligentes em defender uma mulher que amou um homem, sendo viúva.
No Brasil (no mundo cristão) são comuns os gestos de solidariedade, de defesa dos oprimidos, dos injustiçados, nessa época de festas natalinas. Pois então, peço a todos que participem desta campanha para salvar Sakineh, e que repassem aos amigos. No Irã (e no mundo islâmico) outras mulheres estão condenadas à morte; por todas elas, devemos ser contra a crueldade do mundo islâmico que teima em afrontar os direitos humanos em pleno século XXI.
Quem abrir a matéria, encontrará um link para assinar a petição em favor de Sakineh – já assinei. É rápido – é um gesto cristão em favor de uma muçulmana – em favor dos direitos humanos. Há também 2 vídeos esclarecedores.
Clicar Sakineh pode ser apredejada até à morte a qualquer momento (vídeo)
Ainda em 2011, podemos salvar uma vítima da crueldade do Islã. Contribua, passando adiante.
Sônia van Dijck

De: Alertas do Google [mailto:googlealerts-noreply@google.com]
Enviada em: quinta-feira, 29 de dezembro de 2011 00:00
Para: sdijck@uol.com.br
Assunto: Alerta do Google - amnistia internacional Sakineh Ashtiani

sábado, 17 de dezembro de 2011

 PSDB pedirá informações sobre viagem de Pimentel

Ministro foi a Genebra, com as despesas pagas com dinheiro público, para representar o Brasil em conferência da OMC, mas não apareceu em reunião

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel
Se juntar mas as mãos ganha um excelente antolho
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (Vanessa Carvalho/News Free/Folhapress)
O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), vai protocolar na próxima semana requerimento de informação pedindo detalhes sobre a viagem do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, a Genebra, na Suíça. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que, na quarta-feira passada, Pimentel faltou a reuniões da Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os requerimentos serão direcionados a Pimentel e ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, solicitando cópia da agenda dos dois no evento da OMC e relatório das atividades realizadas, além de informações sobre a composição da comitiva e os custos da viagem.
O ministro procurou evitar a imprensa em Genebra para não responder a questionamentos sobre sua atividade como consultor nos anos de 2009 e 2010. "É preciso ter informações a respeito para que seja afastada a hipótese de o ministro ter faltado a compromissos de interesse do país para não ser abordado por jornalistas a respeito das denúncias", diz Duarte Nogueira.
(Com Agência Estado)
  Em  sua coluna Um minuto com Agusto Nunes, o articulista de VEJA comenta sobre as últimas(?)  babozeiras do Ministro Merdandante.
Veja a seguir
16/12/2011
às 18:11 \ Direto ao Ponto

Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um pedófilo aposentado poderia brilhar no Ministério da Educação Infantil

Primeiro, Dilma Rousseff fez de conta que Fernando Pimentel mereceu tanto a bolada 

de R$ 1 milhão que ganhou da Fiemg para não fazer nada quanto o prêmio de R$ 130 mil
recebido da fábrica de tubaína que faliu ao seguir os conselhos do ex-prefeito ─ e deu por explicado o inexplicável. Como o truque não funcionou, e como seguiu resolvida a manter
no primeiro escalão o antigo parceiro de vida clandestina, a presidente agora forjou uma
tese que poderia ter evitado o despejo de Antonio Palocci: só valem os pecados que um
ministro comete depois da posse. Antes da chegada ao governo, ficam todos liberados
para tratar a socos e pontapés a lei, os valores morais e os códigos éticos.
Pela Doutrina Rousseff/Pimentel, um serial killer que acabou de sair da cadeia pode
perfeitamente brilhar no Ministério da Justiça, um pedófilo aposentado pode virar um 
excelente ministro da Educação Infantil, um latrocida pode fazer bonito na presidência
do Banco Central. Por que não confiar a um Fernando Pimentel o Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior? Todos os brasileiros com mais de cinco neurônios já entenderam que o buquê de espantos federais inclui um ex-traficante de
influência que mente compulsivamente. Mas no Brasil até aos irrecuperáveis se
oferece uma segunda chance.
“O caso Pimentel não tem nada a ver com o meu governo, tem a ver com ele”, disse
Dilma nessa sexta-feira. Com ele, com o Ministério Público e com o Judiciário. 
“Não é um caso de governo”, insistiu. Faz sentido. É um caso de polícia.
17/12/2011
 às 6:27

Até ministra sueca desmente Pimentel!!!

Por Jamil Chade, no Estadão:
Única autoridade a se encontrar oficialmente com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, na quinta-feira em Genebra, a ministra sueca Ewa Björling deu do encontro versões diferentes da dele. Além disso, ela foi questionada pela imprensa sueca por ter recebido um ministro suspeito de irregularidades.
A ausência de Pimentel, na quinta-feira, de todas as reuniões oficiais ainda é cercada de mistério. Diplomatas foram orientados a não abrir a boca sobre o caso.
Pimentel faltou a todas as reuniões da OMC naquele dia, durante a abertura da conferência ministerial da entidade. Sua cadeira ficou vazia e o único encontro divulgado por sua assessoria foi uma reunião com a delegação sueca, que durou apenas 30 minutos. Mas a versão sobre o tema do encontro varia dependendo do interlocutor.
Segundo o porta-voz de Pimentel, Ronald de Freitas, a venda de caças sueco ao Brasil não foi tratado no encontro. Horas depois, Pimentel dava outra versão, indicando que o assunto tinha sido levantado, mas apenas pela ministra. “Eu disse: vamos ver. As propostas estão sendo examinadas de novo, mas vai ser só no ano que vem”, afirmou.
Ontem, Ewa desmentiu Pimentel. Em declarações ao jornal da Suécia, Svenska Dagbladet, a ministra explicou que foi o brasileiro quem tocou no assunto. “Eu não levantei o tema dos aviões”, contou. “Ele (Pimentel) disse que estão olhando o padrão tecnológico, a questão financeira e as necessidades do Brasil.”
Por Reinaldo Azevedo

24/10/2011
às 5:55

No país da piada pronta - Sarney inspira Lobão a agravar pena de corrupção

Por Andrea Jubê Vianna, no Estadão:
Inspirado em discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que se declarou preocupado com a impunidade, “uma chaga da nossa sociedade”, principalmente nos crimes de homicídio - o senador Lobão Filho (PMDB-MA) promete apresentar nesta semana projeto de lei para transformar a corrupção em crime hediondo.
“O crime de desvio de recurso público na área da saúde, da educação, tem um poder de homicídio em massa. Como uma contribuição à ideia de vossa excelência, pretendo dar entrada nesse projeto”, justificou Lobão, que é filho e suplente de um dos mais antigos e leais aliados de Sarney, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA).
Os crimes hediondos, como homicídio qualificado e tráfico de drogas, não admitem fiança e têm penas mais graves, que devem ser cumpridas em penitenciárias de segurança máxima. Sarney agradeceu a iniciativa de Lobão Filho e se declarou “profundamente gratificado” por ter conseguido sensibilizar o Senado para o problema da impunidade.
Com mais de 50 anos de vida pública, ex-presidente da República e quatro vezes presidente do Senado, José Sarney transformou-se em um dos políticos que mais enfrentaram denúncias nos últimos anos, sem que nenhuma delas o afastasse do poder. Há um mês, Sarney foi alvo de vaias de 100 mil pessoas no Rock in Rio 2011 - puxadas pelo vocalista da banda Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, que lhe dedicou a música “Que país é este?” Em 2009, no comando do Senado pela terceira vez, Sarney foi alvo de 11 representações por quebra de decoro no Conselho de Ética, que acabaram arquivadas, sem abertura das investigações.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

E Sarney, o Nosferatu, pretende continuar no pescoço dos maranhenses mesmo depois de morto

Pobre Maranhão pobre!
Escrevi ontem aqui sobre a proposta da governadora Roseana Sarney de passar a fundação que cuida da hagiografia de seu pai, o senador José Sarney (PMDB-AP), para o estado. Afirmei tratar-se de uma postura que explica por que o estado, que não sofre com a seca, a exemplo de outros estados do Nordeste, tem o pior IDH do país. A tragédia que assola o Maranhão é humana.
Pois bem!
Hoje, 30 dos 42 membros da Assembléia Legislativa, todos da base do governo, aprovaram a estadualização da fundação. Oito votaram contra, e quatro não compareceram. O presidente seccional maranhense da Ordem dos advogados do Brasil, Mario Macieira, disse que a lei 259/11, “aparentemente”, é inconstitucional e que a entidade já estuda a possibilidade de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a aplicação da lei.
Vampiro
Volta e meia, lembro aqui uma frase de Paulo Francis, que indagava quando alguém enfiaria uma estaca (metáfora,viu, Ira-ny?!) no coração de Sarney. Pois é… O cara leva mesmo a sério esse negócio de Nosferatu. A fundação pretende fazer dele um ser, digamos assim, “imorrível”. Mesmo quando já não estiver mais entre os maranhenses, continuará a lhes sugar o sangue por meio dos recursos do Orçamento que serão drenados para a fundação, enquanto o Maranhão ficará esfaimando.
A coisa toda leva jeito de ser ilegal. Ainda que não seja, é asquerosamente imoral.
Por Reinaldo Azevedo
Blogs e Colunistas

LEIAM ABAIXO

Por Reinaldo Azevedo
Share
17/12/2011
 às 6:29

Uma análise absolutamente objetiva e fria da pesquisa CNI-Ibope. Ou: Um governo ruim, mas bom!

Vocês notaram que, para o eleitor, o governo Dilma é ruim, mas é bom? Como? Sim, no post anterior, informa-se que a administração é reprovada pela maioria em SEIS dos NOVE itens analisados. Qual é o “fenômeno”? Fenômeno nenhum! É tudo lógica.
É claro que, estando certo (e não tenho indício nenhum de que não esteja), o resultado da pesquisa CNI-Ibope é excelente para Dilma Rousseff. Posso até achar, e acho, que não é compatível com qualidade e realizações do governo, mas e daí? Isso não muda o fato. É inesperado? Acho que não. Pensemos.
O governo Dilma, sabe-o qualquer especialista — e isso preocupa o próprio Lula, como ele próprio vaza aqui e ali —, é de baixíssima performance. O PAC está empacado; o “Minha Casa, Minha Vida” não anda; as creches não saem do papel; as UPAs ainda estão em regime de “upa-upa, cavalinho Alazão” (é para distrair inocentes…); boa parte das obras de mobilidade da Copa ficará no papel (daí a tentativa de se mudar até a data do recesso escolar); as licitações dos aeroportos tardam e estão enroladas numa barafunda de critérios por causa do preço mínimo… Bem, Dilma é ruim de serviço no médio e no longo prazos e arca, sim, com uma herança nada bendita. Herança de quem? De Lula e dela própria, a gerentona.
Mas isso já chegou à população? Não! A economia, em razão de dificuldades externas, está crescendo a um ritmo muito menor. Isso está sendo percebido nas ruas de maneira clara? Ainda não! Será em algum momento? Depende de duas coisas: a) da duração; b) de o eleitor sentir que há uma alternativa na oposição, tendo onde ancorar suas insatisfações. Ninguém pode responder a questão “a” com certeza, e a “b”, por enquanto, é cabeça de bacalhau. Ninguém viu.
Alguns bobinhos da oposição acham que, se jogarem parados, fazendo o discurso do bom-mocismo, vão seduzir maiorias. Pfffuuuiii!!! Não seduzem ninguém. Como a maioria das pessoas tende a rejeitar o nihilismo — ainda bem! —, fica com suas expectativas encostadas no governo mesmo… Quem não se apresenta para o jogo não recebe a bola. Esse negócio de achar que pode ficar na banheira para fazer o gol nos minutos finais é coisa do futebol de antigamente.
Muito bem! Não há grandes realizações, mas também não há uma piora sensível na qualidade de vida, que possa ser identificada como coisa deste governo — a não ser pela inflação, que volta a incomodar. Mas nada ainda que mobilize as pessoas. Dilma contou neste primeiro ano com uma grande ajuda: a da imprensa — e justamente daquela que aqueles larápios a soldo chamam “golpista”. Ao demitir ministros pegos com a boca na botija com razoável agilidade, ganhou pontos junto à população. A GRANDE REALIZAÇÃO DE DILMA NO PRIMEIRO ANO FOI, VEJAM SÓ, A FAXINA. Dependesse do subjornalismo a soldo, ninguém teria sido demitido, e sua reputação, provavelmente, seria outra. Era o que eles queriam. Afinal, torcem mesmo é pela volta de Dom Lula Sebastião.
A forma como Dilma governa é aprovada, diz a pesquisa, por 72%, e isso contamina, é óbvio, a avaliação que se tem do governo. E é a própria pesquisa que o demonstra. Vamos ver. O governo é aprovado em apenas três áreas:
1) combate à fome e à pobreza (56% a 39%);
2) combate ao desemprego (50% a 45%);
3) meio ambiente (48% a 44%).
Exceção feita ao item 1, a diferença é apertada.
O governo é reprovado pela maioria em nada menos do que seis áreas:
1) Saúde - 67%;
2) impostos - 66%;
3) segurança - 60%;
4) taxa de juros - 56%;
5) combate à inflação - 52%;
6) educação - 51%
Como pode ter taxa tão expressiva de aprovação geral um governo reprovado nos itens tomados individualmente? Ora, fica evidente que Dilma tem sido bem-sucedida em se descolar dos insucessos da própria gestão, como se fosse, de fato, uma gerente durona que está aí para moralizar o processo político e não tivesse nada a ver com ele.
Se souber disso, Barack Obama vai morrer de inveja. A cada vez que, nos EUA, ele ataca os “políticos de Washington” (como se ele tivesse caído da Lua), gostaria de estar justamente na posição em que se encontra Dilma: “Não tenho nada a ver com o que os políticos fazem de errado”. Obama ainda não conseguiu isso. Há fatores que explicam a dificuldade: o eleitorado americano é menos sensível a essa tática do “não tenho nada com isso”; a economia por lá não ajuda.
Mais um ano de crescimento só medíocre, aí pelos 3%, e a reiteração da ineficiência em vários setores podem afetar a imagem de Dilma? Potencialmente, sim! Mas insisto: o eleitorado, para começar a descrer, tem de ancorar a sua descrença — e, pois, a sua crença — em algum lugar. Quem, na oposição, hoje ou daqui a pouco, se oferece como alternativa? O ELEITOR REJEITA O VÁCUO. Se está com o saco cheio de todo mundo, acaba indo para a praça, como ocorreu na Espanha. Se não vai, é porque está convicto de que uma resposta ainda é possível. Não havendo nada no terreno oposicionista a não ser tiro no pé, vai ficando com Dilma mesmo.
A tarefa da oposição já não seria fácil tivesse ela uma boa estratégia! Não tendo… Por que digo isso? Dilma concorrerá à reeleição em ano de Copa do Mundo. Não me refiro ao resultado do torneio, aquela tolice segundo a qual a vitória da Seleção é boa para o governo, e a derrota, ruim. O eleitor não é tonto assim, não! O ponto é outro. Dilma passará todo o segundo semestre de 2013 e o primeiro de 2014 inaugurando obras, algumas muito vistosas, ainda que a Copa vá cobrar o seu preço por muitos anos. É evidente que se trata de uma arma eleitoral poderosa. Será um clima de “Pra Frente Brasil” como não se terá visto desde 1970! Aliás, não se despreze a importância das obras prometidas na excelente avaliação que se tem da presidente.
Os petralhas batem as patinhas e soltam seus guinchinhos, dadas as manifestações que me chegam, achando que, sei lá, vou dormir na pia porque a pesquisa é boa para Dilma. Como se vê, nada perturba meu apego à objetividade. Não estou aqui para ludibriar ninguém. Quanto ao gosto, só para encerrar, não sei por quê, intuo que Lula gosta desses números muito menos do que eu…
Texto originalmente publicado às 19h43 desta sexta
Por Reinaldo Azevedo
17/12/2011
 às 6:27

Até ministra sueca desmente Pimentel!!!

Por Jamil Chade, no Estadão:
Única autoridade a se encontrar oficialmente com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, na quinta-feira em Genebra, a ministra sueca Ewa Björling deu do encontro versões diferentes da dele. Além disso, ela foi questionada pela imprensa sueca por ter recebido um ministro suspeito de irregularidades.
A ausência de Pimentel, na quinta-feira, de todas as reuniões oficiais ainda é cercada de mistério. Diplomatas foram orientados a não abrir a boca sobre o caso.
Pimentel faltou a todas as reuniões da OMC naquele dia, durante a abertura da conferência ministerial da entidade. Sua cadeira ficou vazia e o único encontro divulgado por sua assessoria foi uma reunião com a delegação sueca, que durou apenas 30 minutos. Mas a versão sobre o tema do encontro varia dependendo do interlocutor.
Segundo o porta-voz de Pimentel, Ronald de Freitas, a venda de caças sueco ao Brasil não foi tratado no encontro. Horas depois, Pimentel dava outra versão, indicando que o assunto tinha sido levantado, mas apenas pela ministra. “Eu disse: vamos ver. As propostas estão sendo examinadas de novo, mas vai ser só no ano que vem”, afirmou.
Ontem, Ewa desmentiu Pimentel. Em declarações ao jornal da Suécia, Svenska Dagbladet, a ministra explicou que foi o brasileiro quem tocou no assunto. “Eu não levantei o tema dos aviões”, contou. “Ele (Pimentel) disse que estão olhando o padrão tecnológico, a questão financeira e as necessidades do Brasil.”
Por Reinaldo Azevedo