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domingo, 24 de junho de 2007
GREVE MILITAR
Pelo Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva
Ouvi, estarrecido, no noticiário da TV GLOBO, que uma medida provisória, com a concessão de uma gratificação para controladores de vôo, estaria pronta. Mas só seria enviada ao Congresso, quando fossem resolvidos os problemas com o pessoal envolvido. Cessados os atrasos, retornando os sargentos ao chão de fábrica, digo, aos consoles de controle considera-se que está tudo bem e o governo lhes concede um abono. Em suma, poder-se-á dizer que a primeira greve militar foi bem sucedida e, por isso, deve-se esperar que outras venham a eclodir. Se, na gloriosa Força Aérea Brasileira, dá-se destaque a uma de suas especialidades, como agir quando outras também resolverem parar de executar suas missões em busca do mesmo aumento salarial? Lembro-me de que, nas manifestações das esposas de militares realizadas na Esplanada dos Ministérios, com vistas a reajustes de vencimentos, havia uma faixa que dizia mais ou menos assim: “Voar é fácil, fazer voar é que é difícil.” Parecia um recado aos senhores oficiais aviadores de seus mecânicos, por meio de suas esposas de orçamentos apertados. E se a coisa se alastra para os também gloriosos Exército Brasileiro e Marinha do Brasi? Assistiremos, então, à instalação da anarquia nas Forças Armadas Brasileiras. A quem interessa essa anarquia é trabalho para os órgãos de inteligência das três forças.
Se fizermos um retrospecto de fatos já consumados, evidencia-se que, desde o governo do marxista arrependido FHC, o desgaste imposto aos militares vem num crescendo indisfarçável a começar pela criação do Ministério da Defesa. Analisem-se os ministros nomeados e chega-se à conclusão de que nenhum deles teria condições mínimas para ocupar a pasta. Passou-se a falar, então, nas nefandas indenizações para notórios criminosos e maus patriotas, que tentaram implantar o regime comunista no Brasil. E, do falar, chegaram aos juristas esquerdinhas, aos caçadores de ossadas, aos interessados em patrocínio de causas milionárias, aos muitos milhares de perseguidos e aos bilhões de reais das indenizações. Houve até um humorista que disse que a comunada não queria fazer revolução, mas investimento, isso sim... Contra elas, ao que me lembre, nenhuma reação oficial das Forças Armadas. A exoneração de um Comandante da Força Aérea por ter dito que, se havia algo contra o Ministro da Defesa, devia ser feita a investigação, foi absorvida sem traumas por sua gente, embora todos soubessem que ele estava certo no que expressara. A absorção também foi tranqüila nas forças irmãs. Sucederam-se inúmeras outras demonstrações de desapreço dos governantes e de seus próximos. Inesquecível foi o bocejo da Sra. Ruth Cardoso, em uma parada de 7 de Setembro, como a retratar seu tédio por estar ali vendo aqueles “gorilas” passarem... Condecorações distribuídas, dentro da linha de “convivência dos contrários”, eram retribuídas como o não comparecimento para recebê-las. O discurso do Presidente da República chamando oficiais-generais de “bando” não causou estranheza a nenhum deles e nem se soube de reação no âmbito das forças. O episódio das falsas fotografias do Herzog, que resultou em determinação para um pedido público de desculpas por parte do Comandante do Exército, é tão deprimente que nem merece comentário longo. Contingenciamento de dotações orçamentárias e até mesmo de recursos descontados dos militares para seus fundos de saúde, causando transtornos à administração e constrangimento ao moral dos efetivos, foram e são constantes. Alimentação, peças de reposição, fardamento, armas e munições, um sem fim de carências. Pálidos discursos para ouvidos deliberadamente moucos... Aí, então, a esquerda canalha e revanchista encastelada no poder deduziu: “Esses caras não são de nada! Vamos em frente.” O primeiro teste foi contra um coronel reformado, heróico combatente de terroristas em São Paulo. Processado para que um tribunal o declare, oficialmente, como torturador, ele apelou para seu Comandante e a resposta é que nada podia ser feito porque a coisa estava na Justiça. Outras agressões e desfeitas, até chegar à suprema desfaçatez de glorificar o desertor assassino Carlos Lamarca. Nem adianta mais comentar, tantas foram as manifestações contrárias nos meios de comunicação e até no Congresso Nacional. Só não as vimos nas Forças Armadas.
Assim, de recuo em recuo, de baixar a cabeça, de aceitar o que vier, em nome de uma disciplina e de uma lealdade incompreendida por desleais, chegamos à indisciplina do motim. Ou alguém acha que os de menor patente não sentem que lhes falta comando. Ou alguém acha que um aspirante-a-oficial do Exército está contente, sabendo, pelas tabelas divulgadas pela Internet, que ganha menos do que um soldado (isso mesmo, um soldado) da Polícia Militar de Brasília. Diga-se de passagem, uma boa polícia e paga pelo Governo Federal, o mesmo que remunera o aspirante. Quando o Presidente da República mandou o Ministro do Planejamento e uma funcionária da Casa Civil negociar com controladores amotinados, o Comandante da FAB devia ter saído. Não o fez. Agora, agüente as conseqüências. Quando o Presidente da República exigiu, em curtíssimo prazo, que lhe apresentassem soluções para que não se repetissem os apagões e ninguém lhe deu bola, ele devia ter saído ou exonerado todos os que não obedeceram. Não o fez. Agora, agüente as conseqüências. E o povo? Como a maioria optou pelo desgoverno e pelos escândalos dos primeiros quatro anos petista, agora agüente as conseqüências.
sábado, 23 de junho de 2007
O ultraje e a vergonha têm de ser repelidos!
É notória a incapacidade da Comissão de Anistia para julgar com isenção e imparcialidade, porém, é reconhecida a sua invulgar habilidade de saquear o erário público, destinando fortunas, sem cerimônia e sem critério jurídico, a familiares dos terroristas que traíram o Brasil, cumprindo ações ditadas pelo Movimento Comunista Internacional (MCI).
O objetivo deste Artigo, entretanto, não é criticar venais, mas fazer uma exortação aos integrantes do Exército, companheiros de farda e de ideal. Dirijo-me a homens conscientes, escravos do dever, dedicados à Pátria e obstinados em servi-la com abnegação e desprendimento. É, então, com pesar e desconforto que abordarei o Caso Lamarca, analisando a postura e a leve reação do Exército, se proporcionada à gravidade do agravo e da afronta recebida.
Não posso entender como chefes, já encanecidos no cumprimento do dever e no culto aos sagrados valores morais, pilares de sustentação da hierarquia, da ética e pundonor militar, possam aceitar, apenas demonstrando inquietude, porém sem coragem de tomar uma atitude firme, desassombrada, suficiente para demarcar limites, o despautério do desfecho dado ao caso Lamarca, que, se me parece, teve o objetivo maior de ferir a honra e o brio militar.
É um escárnio, que salpicará com a lama da vergonha o glorioso Exército de Caxias, aceitar que um traidor da Pátria, desertor do Exército, gatuno de armas, assassino e assaltante de bancos, que foi morto em local público e com a arma ao lado do corpo, em condições de reagir, obtenha promoção como prêmio e reconhecimento pelos crimes praticados. Quanto ao pagamento aos familiares do Lamarca, é outro absurdo, porquanto a sua viúva já recebe a pensão regulamentar a que faz jus, no mesmo valor da que é paga às demais viúvas dos militares do seu posto.
Pergunto aos magistrados de todos os Tribunais, como justificar juridicamente que militares abatidos no cumprimento do dever, cumprindo missões impostas pelo escalão superior e a serviço da Pátria, agredida por ações impatrióticas e inconseqüentes de traidores terroristas, ensandecidos pelo propósito de implantar o comunismo no país, sejam olvidados, enquanto, numa afronta venal, não apenas ao Exército, mas à própria Justiça e aos brasileiros, meliantes ou seus familiares têm sido aquinhoados com fortunas?
Qual a razão de a Justiça admitir que uma confraria de inidôneos substitua os legítimos Tribunais nos julgamentos das indenizações pretendidas? Que autoridade moral têm essas caricatas figuras para promover alguém no âmbito do Exército? A mesma falência de autoridade moral tem o Ministro da Justiça, também ex-integrante de Organização Terrorista, para decidir sobre promoção no âmbito do Ministério da Defesa.
Confiar a reação ao ministro da Defesa é esperar milagre, pois em não sendo militar, não cultua os mesmos valores, não tendo compromisso maior com a ética e o pundonor militar.
Disciplina não é subserviência!
Não conheço pessoalmente o Comandante do Exército, mas o sei líder, por isso ainda acredito que com a mesma têmpera, coragem, obstinação e patriotismo demonstrados pelos Comandantes da Revolução de 64, o General Enzo Martins Peri, em nome da dignidade, do brio e da honra da Instituição que comanda, reaja, informando ao Governo e à Nação que o Exército não aceitará, em hipótese alguma, a humilhação de pagar mais aos familiares de Lamarca, e muito menos de promovê-lo, já que em vida, além dos inúmeros crimes praticados, foi um constante motivo de ultraje à farda e à Instituição.
O Exército tem convivido com revanchismos, restrições e contingenciamentos que provocaram efeitos materiais e operacionais. Circunstância bem diferente é aceitar algo que fira as convicções, a honra, a dignidade, o caráter, o orgulho e a ética, valores enraizados no espírito e na mente de cada militar.
Promover Lamarca é ferir o brio do Exército como Instituição Nacional Permanente. Os homens morrem e a Instituição Exército permanece. O Exército é uma Instituição do Estado e não do Governo. As gerações se sucedem, mas o Exército tem de permanecer sólido, íntegro, moralmente puro, impávido, digno e sem máculas. É dever de nossa geração não permitir que nenhum respingo de lama venha poluir, enodoar ou macular o histórico do Exército de Caxias.
A hora é de ação e não mais de palavras, porquanto essas ainda que duras, verdadeiras, candentes e acusatórias, são apenas palavras, incapazes pois de promover ação. E o momento agora, diante de um ultraje e afronta, exige destemor, e não tolerância; independência, e não conivência; firmeza de atitude, e não omissão.
(*) Márcio Matos Viana Pereira - é coronel da reserva do Exército Brasileiro.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Todos temem a guerra mas sequer reconhecem seu som.
Por Sérgio Marino Ribeiro Neves Filho
Apesar do bombardeio de mentiras, nosso sangue ainda sabe que nem sempre uma guerra se faz com morteiros, metralhadoras e granadas. De nossas casas o som da guerra já não se escuta, mas sei que estamos em guerra neste exato momento. Aos que não sabem, o terror é falso, os morteiros acabaram nos anos setenta, e a partir daí só ouve-se o som agudo e estridente das lâminas de papel, tinta e palavras, embora haja sempre uma televisão gritando que iremos morrer.
A melodia silenciosa da terceira guerra parece ter aumentado de volume nos últimos anos. Alguns poucos ouvidos aguçados ainda são capazes de escutar o assovio dos morteiros que ainda caem sobre nossas instituições. Nossos infantes famintos e moribundos por falta de atenção de nosso secular falso comando, lamentam, juntamente aos nossos soldados, a falta de suprimentos e incentivo à manterem-se de pé.
Nossos postos de comunicação estão sitiados pela força inimiga, nossos céus estão paralisados, nosso moral escandalizado, nossos suprimentos acabados, e nossa inteligência perturbada. Todavia, nosso olhar altivo enxerga além das linhas inimigas, e enquanto nossos inimigos andam de peito estufado na crista do país, nos escondemos nas crateras que seus próprios morteiros abriram, segurando com nosso braço forte os alicerces da sociedade brasileira.
Nenhuma guerra é ganha com mercenários.
Fonte: www.averdadesufocada.com
quinta-feira, 21 de junho de 2007
ESCLARECENDO O FORO DE SÃO PAULO
Diante de inúmeras solicitações de leitores/assinantes que pedem esclarecimentos sobre o que é ou representa o perigoso Foro e São Paulo, do qual tenho feito referências em vários artigos, repasso o e-mail que recebi de Graça Salgueiro, com a entrevista concedida à imprensa internacional, por Raúl Reyes, líder guerrilheiro colombiano, que admitiu em visita à Venezuela, que as FARC formam parte do chamado Foro de São Paulo. Vejam a que ele disse e tirem e deduzam como quiserem:
O INÍCIO
Depois da queda do Muro de Berlim, em 1989, e da derrubada do comunismo na ex-União Soviética, Fidel Castro decidiu substituir o apoio que recebia do Bloco Oriental pelo de uma transnacional latino-americana.
Aproveitando o poder parlamentar que tinha o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, Fidel Castro convocou em 1990, junto com Luis Inácio “Lula” da Silva, todos os grupos guerrilheiros da América Latina a uma reunião na cidade de São Paulo.
A DENOMINAÇÃO
Além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, acudiram ao chamado o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México; e várias dezenas mais de grupos guerrilheiros e partidos de esquerda da região que iam se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México. Ali decidiram formar uma organização que se autodenominou Foro de São Paulo.
OS DIRIGENTES
Para dirigi-lo centralizadamente criaram um Estado Maior Civil, dirigido por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge e Frei Betto, entre outros. E um Estado Maior Militar, comandado também pelo próprio Fidel Castro, o líder sandinista Daniel Ortega, e no qual tem um papel importante, o argentino Enrique Gorriarán Merlo.
MERLO
Gorriarán Merlo foi fundador do Exército Revolucionário do Povo (ERP) e, posteriormente, do Movimento Todos pela Pátria (MTP). Gorriarán Merlo é o autor do ataque terrorista de janeiro de 1989 ao regimento de infantaria La Tablada, em Buenos Aires, no qual morreram 39 pessoas, e foi quem encabeçou a esquadra que assassinou Anastasio Somoza em Assunção, Paraguai, em setembro de 1980.
Gorriarán Merlo também organizou a maquinaria militar do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), o mesmo que há três anos e meio tomou a residência do embaixador japonês em Lima.
REVISTA TRIMESTRAL PRÓPRIA
O Foro de São Paulo tem um sistema de comunicação permanente, e até produz uma revista trimestral própria, denominada América Livre. Estabeleceu uma forma sólida e permanente de financiamento, baseada em sequestro, roubo de gado, cobrança de impostos, assaltos a bancos, pirataria, narcotráfico e demais atividades ilegais que rotineiramente praticam os grupos guerrilheiros na América Latina.
DISFARCES
Tendo em vista que o marxismo dos anos sessenta já estava caduco e desprestigiado, os diretores do Foro de São Paulo decidiram adotar formalmente diversos disfarces:
INDIGENISMO -Um deles foi o do indigenismo, ou a suposta luta pelos direitos dos indígenas, para encobrir a formação de grupos guerrilheiros (Exército Zapatista de Libertação Nacional), e também a promoção do separatismo, argumentando que os territórios ocupados pelas tribos indígenas são próprios e não do Estado nacional.
ECOLOGISMO- Outro disfarce foi o do ecologismo radical que, alegando a proteção do meio ambiente, justificou a ação de terroristas que obstaculizaram o avanço do Estado em obras públicas de infra-estrutura como rodovias e tensão elétrica.
TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO- E, finalmente, o de uma versão extremista da chamada Teologia da Libertação (Frei Betto, Leonardo Boff, Paulo Evaristo Arns), com o objetivo de dividir a Igreja Católica e justificar a violência com argumentos supostamente cristãos.
A ENTRADA DE HUGO CHÁVEZ- Segundo um informe da AP, datado em Montevidéu, Hugo Chávez se inscreveu no Foro de São Paulo em 30 de maio de 1995. Isto foi confirmado por Pablo Beltrán, líder do ELN, em uma entrevista realizada pela Globovisión em 17 de novembro de 1999.
FINANÇAS- Há quatro anos o investigador colombiano Jesús E. La Rotta publicou um livro intitulado As Finanças da Subversão Colombiana, no qual revela os resultados de suas investigações sobre as fontes de financiamento das FARC, do ELN e do EPL.
AS SEIS FORMAS DE FINANCIAMENTO- Fazendo uso de numerosos gráficos e tabelas, La Rotta identifica seis formas ou modos gerais por meio dos quais os guerrilheiros colombianos obtêm entrada de dinheiro, a saber:
1- a EXTORSÃO EM MENOR ESCALA, como os impostos, o bilhete e a cobrança de pedágios, de onde obtêm um total de 1.030 milhões de dólares ao ano;
2- - a EXTORSÃO EM GRANDE ESCALA a empresas nacionais e multinacionais nos diversos setores como o petroleiro, agrícola, pecuário, industrial, comercial e financeiro, de onde arrecadam 5.270 milhões de dólares anuais;
3- - o ABIGEATO ou roubo de gado, de onde recolhem 270 milhões de dólares anualmente;
4- os ASSALTOS, por meio dos quais conseguem 400 milhões de dólares ao ano;
5- a PIRATARIA, seja terrestre, fluvial, marítima ou aérea, que lhes rende 150 milhões de dólares em depósitos anuais; e, finalmente
6- o NARCOTRÁFICO, de onde obtêm 1.130 milhões de dólares ao ano. Tudo isso soma U$ 8,250 BILHÕES ao ano, cifra muito superior aos orçamentos de todas as Forças Armadas Nacionais de todos os países andinos.
FECHANDO O CÍRCULO- Todavia, La Rotta admite que se tratam de cifras de 1994, e explica que “os grupos subversivos, em particular as FARC e o ELN, entraram em franco processo de substituição dos cartéis da droga desmantelados e que, cumprido tal processo, se fechará o círculo do enriquecimento quando incorporarem em plenitude o produto global do narcotráfico, que pode representar-lhes depósitos de dinheiro superiores”.
O CARTEL DAS FARC- Poucos meses depois de haver-se publicado o livro de La Rotta, saiu o livro - O Cartel das FARC - , elaborado pelo major colombiano Luis Alberto Villamarín Pulido, o qual alega que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia constituem o terceiro e mais poderoso cartel das drogas.
CAPOS- Embora já existissem provas da vinculação do ELN e das FARC com o narcotráfico, os documentos retidos em 31 de janeiro de 1996 das quadrilhas 14 e 15 das FARC, por tropas da Brigada 12 em Paujil (Caquetá), comprometem ainda mais os guerrilheiros com o tráfico de drogas: aparecem as frequências de VHF e inúmeros telefonemas dos capos do Cartel de Cali, assim como atas de reuniões entre as FARC e os narcotraficantes.
ALÉM FRONTEIRAS- O livro está cheio de afirmações impressionantes, como esta: “A infra-estrutura do cartel das FARC tem todos os elementos de organização e controle próprios dos bandos de mafiosos que inundam o mundo civilizado com o tráfico ilícito de cocaína, com o agravante de que ameaçam camponeses, envolvendo-os com as milícias bolivarianas e o partido comunista clandestino. A ação dos delinqüentes do cartel das FARC ultrapassa as fronteiras nacionais”.
Que tal?
Renan ataca EXTRA mas não explica relações promíscuas
Por Mendonça Neto
O senador Renan Calheiros atribuiu as denúncias contra seu comportamento de homem público sub judice, ao jornal EXTRA, declarando, da presidência do Senado: "Por estas inverdades já processei mais de dez vezes um jornaleco local (Maceió) que até foi obrigado a mudar de nome para fugir da justiça".
Da Redação O senador Renan Calheiros Infere-se de tal declaração que o "jornaleco" incomodou o senador sob investigação e incomodou tanto que foi citado em sua defesa, como se se tratasse de um jornal de influencia em todo o país, e nunca um mero panfleto de província. É verdade que o senador passa grande parte de seu tempo tão precioso, maquinando formas de fechar o modesto "jornaleco" que ele não consegue comprar, mesmo com seu patrimônio de mais de R$ 50 milhões, fruto de sua bem sucedida "carreira". Mas, nem tudo o EXTRA pode, no seu poder descoberto pelo senador da Mendes Junior, que o odeia com todas as forças de sua impotência coronelesca em fechá-lo ou submete-lo à sua vontade e a seu talante. O EXTRA não pode, por exemplo, engravidar uma jornalista e com ela ter um filho adulterino, a quem SÓ RECONHECEU E PAGOU DIREITOS DEBAIXO DE VARA , como ele próprio confessa ao citar Ação de Alimentos ajuizada em Brasília. Ora, se o pai responsável tivesse assumido a paternidade, não haveria ação judicial. O EXTRA não pode pedir a amigos donos de construtora que sejam portadores de pensões, até porque se a pensão é fruto de ação judicial, bastaria o depósito em conta bancária, muito menos constrangedor para a mãe do que ter que ir todo o mês a sede de uma empreiteira. O EXTRA não pode indicar Ministros do governo Lula, que tão facilmente se corrompem, e muito menos, por não ser seu irmão, permitir que o deputado Olavo Calheiros levasse DIVERSAS VEZES, e de surpresa, o sr Zuleido de TAL, para audiências onde cobrava a liberação de verbas consignadas no Orçamento pelos srs Renan Calheiros, Olavo Calheiros e outros. O EXTRA não pode comprar uma casa de praia na cidade de Barra de São Miguel, paraíso turístico de Alagoas, por TRES MILHOES DE REAIS e escritura-la por TREZENTOS MIL, porque seria não só falsidade ideológica como sonegação de impostos, e isto o EXTRA não faz. O EXTRA não pode se dizer dono de 10 mil hectares de terra, inclusive devastando Mata Atlântica, na região de Murici, algumas delas pertencentes a massa falida das antigas usinas São Simeão e Bititinga, porque esta área vale cerca de VINTE E CINCO MILHÕES DE REAIS, e só os irmãos Calheiros poderiam tê-la comprado a "preço tão vil".O EXTRA não pode ter comprado apartamento (Edifício Tartana) num bairro nobre de Maceió, porque não possui a importância para paga-lo de cerca de DOIS MILHÕES DE REAIS.O EXTRA não pode freqüentar as mansões luxuosas do sr Zuleido, porque não o conhece, e se o conhecesse, nunca seria convidado, pois o sr Zuleido só confia para a sua intimidade quem tem poder para retribuir-lhe a "gentileza". O EXTRA não conhece lanchas nem iates e nem recebeu brindes do sr Zuleido, tanto quanto o EXTRA, também, não foi citado nos grampos da polícia Federal, como o foram o senador Renan, seu irmão, e seus aliados Teo Vilela, Adeilson Bezerra, Enéas Alencastro e outros. O EXTRA não pode DETERMINAR INVESTIGAÇÃO OU PRISÃO de ninguém a Policia Federal. O Senador sabe que a PF é subordinada ao Ministério da Justiça e ao Presidente da República. O EXTRA não pode DETERMINAR o que a revista Veja ou jornalistas como Fernando Rodrigues, Ricardo Noblat, Clovis Rossi, Jânio de Freitas, e outros homens acima de qualquer suspeita escrevam . Eles não estão na humilde folha de pagamento deste pobre "jornaleco".O EXTRA não pode usar a cadeira de Presidente do Senado para se proteger dos apartes , como o fez o senador, que abusou do poder, pois as acusações a ele atribuídas o foram na condição de senador e não de presidente do Senado. Deveria, pois, por ética, passar a presidência ao vice, e defender-se da tribuna singular de senador da República. Mas o EXTRA das Alagoas pode ser pequeno e - supremo atrevimento - "fitar os Andes", já que Rui Barbosa foi citado, evidentemente pela boca mais imprópria e descabida, porque Rui notabilizou- se com a frase em que dizia que de tanto ver triunfar as nulidades (e os corruptos) o homem sente vergonha de ser "honesto". O poderoso senador não conseguiu explicar suas relações anti republicanas com empreiteiras que navegam no submundo das negociatas do Orçamento, nem porque, como Senador, tem vínculos tão estreitos com empreiteiros e lobistas.Mas o senador prestou a homenagem da ignomínia à decência, ao confessar que processou por mais de dez vezes o EXTRA, em busca de ressarcimento por danos morais (?) mas não dobrou o "jornaleco", que diferente dos seus comensais, não vende sua opinião n em negocia suas denúncias, e por isso, como nesta última edição, esgotou nas bancas de Maceió. Por falta de dinheiro, não tiramos uma segunda. Nem vamos pedir aos Zuleidos que banquem nossas despesas nem que lancem, do fundo de suas vidas criminosas, o seu patrocínio para o nosso modesto jornal. Jornaleco, senador, será o jornal que o defender de tantos crimes, desde tráfico de influência, formação de quadrilha, desvio de dinheiro público e, até, de omissão de paternidade . Não esqueça, mesmo tendo sido um aluno relapso no curso de Direito, que o calote na pensão de alimentos dá cadeia. Pague direitinho à mãe de seu filho e deixe de fora sua família, sua pobre esposa, usadas como chantagem emocional para desviar o foco de suas transgressões como político e como homem.
Fonte: Jornal Extra - Alagoas
RESERVATIVA E UNIDA
O GRUPO GUARARAPES tem como Objetivos e os persegue sem cessar, a Unidade Nacional com Soberania, Ordem e Progresso, assegurados por Forças Armadas Fortes e Unidas, para a garantia da sobrevivência da Nação.
Veio o novo governo (FHC). Tem início o aumento da CORRUPÇÃO estimulada pela frouxidão das leis e conivência das autoridades. Mais grave do que corrupção foi o início do desmonte das FORÇAS ARMADAS. Criou-se o Ministério da Defesa e nomeou-se para Ministro da pasta um político fracassado. Veio a primeira crise, e de crise em crise foram afastando os Chefes Militares das decisões políticas do País. Foi inculcado na juventude brasileira que o militar era um truculento, um homem sem alma e que só sabia gritar enquanto eles, do novo Poder, eram os salvadores da Pátria. A situação foi invertida. Os brasileiros, que lutaram para salvar a Democracia no Brasil, em 1964, foram eleitos como os vilões e os canalhas e assassinos, que iniciaram a luta armada para a tomada do Poder, em 68, para implantação de uma ditadura comunista, passaram a ser “os santos”. Não é o GRUPO GUARARAPES quem afirma esta verdade. Está no livro “Combate nas Trevas” de JACOB GORENDER, comunista confesso. Hoje, endeusa-se OLGA que era agente secreta da KGB; endeusa-se Prestes que recebia 200 dólares/mês do serviço secreto russo e que veio para o Brasil implantar a revolução, matar brasileiros e, assim, se vai endeusando canalha, ladrão, assassino e a sociedade brasileira assistindo ao descalabro e à derrocada instalar-se no País. Esqueceu-se do grande ensinamento de INDIRA GANDHI:"Com Punho Cerrado Não Se Pode Trocar Um Aperto De Mão".
Muda-se de governo. Sobe o presidente LULA gritando, esbravejando que o Brasil seria novo. Seus asseclas gritavam, ao tempo em que estiveram na oposição, que, com eles no Poder, tudo seria republicano, tudo transparente. Seria o REINO DO CÉU NA TERRA. A corrupção instalou-se nestes últimos cinco anos e assistimos ao dólar ser conduzido em cueca, mala, caixa de whisky e o dinheiro rodando e voando na capital da República, onde o público e o privado chegam a se misturar nas “casas de recursos”. DINHEIRO, SEXO E PODER se entrelaçam de maneiras não republicanas.
Com FHC, teve início a perseguição às Forças Armadas e passou-se a utilizar todas as oportunidades possíveis para premiar aqueles que queriam implantar a ditadura comunista no País, em 35, 64 e 68. Leis que os beneficiavam foram promulgadas e bilhões de reais doados aos que mataram, roubaram, assassinaram, seqüestraram, em nome da “democracia”, com dinheiro público, do contribuinte, com que enchem as suas burras de maneira desavergonhada.
O GRUPO GUARARAPES, durante todo esse tempo, vem chamando a atenção da sociedade brasileira para este assalto aos cofres públicos e alertando que estamos marchando para um regime ditatorial de esquerda, aceleradamente. Vejam que palmas são batidas para o Ditador FIDEL CASTRO, aos criminosos da FARC, e ao ridículo ditador CHÁVEZ; e vejam como se faz, aqui, a perseguição a jornalistas que não rezam por sua cartilha, como Boris Casoy e Arnaldo Jabor; e o apoio a todos os atos que possam desmoralizar as Forças Armadas com o comprometimento da aplicação do Poder Naval, a partir de 2010, o sucateamento da FAB, dela tirando a INFRAERO e o DAC, e o enfraquecimento do Exército, obsoleto, sem condições sequer de defender os tesouros da AMAZÔNIA; e vejam as mais estapafúrdias ações, até implantando a quebra da disciplina e da hierarquia, com o apoio ostensivo e inconseqüente do Presidente da República, no caso do APAGÃO AÉREO; e a criação da tal Força Nacional de Segurança para excluir o Exército da sua missão de manutenção da Lei e da Ordem. Derrama de dinheiro para o MST promover invasões em propriedades privadas. Chegou-se a tal ponto que os escândalos mostram a degradação nos três Poderes da República.
Agora caiu a gota d’água que extravasou o copo. O benefício dado aos familiares do criminoso Carlos Lamarca, criminoso desertor do Exército, assassino frio, ladrão de armas e munições, seqüestrador, assaltante de bancos, inicialmente recebendo proventos do posto de coronel, ao qual foi promovido sem nenhuma base legal, agora com vencimento reajustado de General de Brigada, com pagamento de diferenças atrasadas, e mais 300 mil reais de indenização, Isto é uma BOFETADA na cara das FORÇAS ARMADAS. Aceitar calado a afronta provocativa seria a desmoralização total destas Sagradas Instituições. O GRUPO GUARARAPES pensa como Edmund Burke: “Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada". O mal não pode vencer e é por isso que estamos lutando. Não há nada a temer; só a perda da Honra.
O GRUPO GUARARAPES devolve a BOFETADA aos canalhas no Poder. Temos AMOR PRÓPRIO. O GRUPO GUARARAPES Luta pela dignidade da farda e não aceita que bandidos sejam premiados, dando idéia aos subordinados de que não há mais CHEFES E SIM CHEFETES que se curvam perante mentirosos, traidores como LAMARCA, ladrões e outros nomes que queiram dar.
O GRUPO GUARARAPES não admite aceitar um país onde se endeusa a mentira, se rouba o direito à justiça e se pratica a trapaça. CHEGA!
“A MÁSCARA SÓ SE TIRA NA ÚLTIMA CENA DO ÚLTIMO ATO”! Como afirmou Maquiqvel.
Terminou a comédia. Caiu a máscara! Não temos governo. A anarquia inicia-se dentro do Gabinete da Presidência da República, onde o ocupante maior usa a mentira para se defender. Não é um estadista e sim um medíocre. Um fantoche nas mãos daqueles que desejam implantar um regime de força no País. O caso Lamarca, que fere o PUDONOR E A HONRA MILITAR, é de sua inteira responsabilidade, como o chefe maior, responsável por tudo que se faz ou deixa de fazer no Governo da República, segundo princípio constitucional, e que acoberta seu Ministro da Justiça, um conhecido marxista, leninista e gransmicista. O Presidente Lula não merece mais o nosso respeito, pois o consideramos indigno do cargo que ocupa. Não o consideramos nosso chefe, pois ele não respeita nem cumpre a Lei, não merecendo nossa subordinação.
E ainda, grave é que não temos Ministro da Defesa que defenda as Forças Armadas. É outro inútil, apagado, incompetente, despersonalizado e complexado desde os tempos em que era capacho do Sr. João Goulart. Não merece também respeito, nem consideração, nem nossa subordinação.
COMPANHEIROS DAS FORÇAS ARMADAS! O GRUPO GUARARAPES tem, não só a suposição, mas a consciência de que expressa o pensamento e a revolta da grande maioria dos militares da ativa e da reserva, senão da totalidade. Tem ciência e consciência de que não servimos a homens e sim à Pátria! A declaração do General de Exército Comandante do Leste – Luiz Cesário da Silveira Filho – indica que há uma insatisfação geral e que as BOFETADAS SERÃO DEVOLVIDAS aos que não sabem honrar o cargo que exercem como o Presidente da República, e seus medíocres Ministros da Justiça e da Defesa.
O GRUPO GUARARAPES, EM DEFESA DA HONRA DA NAÇÃO BRASILEIRA, ESPERA QUE AS FORÇAS ARMADAS REVERTAM TAL AFRONTA!
A HONRA OU A MORTE!
Fortaleza, 18 de de junho de 2007
Assinam: Tenente Brigadeiro do Ar Rodopiano de Azevedo Barbalho; General de Exército Domingos Antônio Miguel Gazzineo, General Reformado Francisco Batista Torres de Melo; General de Brigada Reformado Luciano Salgado Campos; General de Brigada Reformado Luis Henrique Domingues; General de Brigada Reformado Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira Neto; Coronel Reformado Flávio Lucinao Costa Lima Gurbel do Amaral, Coronel Reformado Antônio Bastos Gonçalves; Coronel Reformado Francisco Sobreira de Alencar, Coronel Ivo Salvany, Coronel reformado Tarcísio dos Santos Vieira, Coronel Aviador Francisco Bedê, Coronel ReformadoFrancisco Jander de Oliveira, Coronel Reformado José Batista Pinheiro, Coronel PM José Gilson Liberato, Dr. medico Antônio Jorge Acário, Dr. Gregório Valmir de Deus Barros, Coronel Reformado João Bosco Camurça, Major Francisco de Assis Bastos, Dr. José Helder Cordeiro, Glacy Cassou Domingues, pelo Grupo Guararapes Feminino e todos os mais 1.573 companheiros que formam o GRUPO GUARARAPES.
ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº 12 58 93, Cartório do 1º registro de títulos e documentos, em Fortaleza. Somos 1105 CIVIS – 32 OFICIAIS GENERAIS – 335 OFICIAIS SUPERIORES E 101 CAP/TEN. TOTAL 1.573 18 DE JUNHO DE 2007
Batistapinheiro@fortalnet.com.br In memoriam 26 militares e 2 civis www.fortalweb.com.br/grupoguararapes
PAC (Programa de Aceleração da Corrupção)
O PAC deveria ser chamado de “Programa de Aceleração da Corrupção”, pois esta vai de vento em popa. Enquanto o país chafurda na lama, sob o domínio de quadrilhas de todos os matizes e que atuam nos três poderes da república, em favelas e nos movimentos ditos sociais, o Ser Supremo, nosso presidente da república, alheio a tudo, passeia pelo mundo exibindo sua vocação messiânica. Lula é o quinto elemento, aquele que veio para salvar o planeta da autodestruição.
A construção da cidade olímpica destinada a sediar os jogos Pan Americanos, no Rio de Janeiro, deveria ser objeto de mais uma operação da Polícia Federal. Eu sugeriria Operação Malandragem ou Operação Caraca. A conta já ultrapassou em muito o orçamento previsto, algo capaz de deixar o presidente do senado corado. De inveja, não de vergonha.
Enquanto o Rio de Janeiro se prepara para os jogos pan americanos, parte da cidade virou uma praça de guerra, entre a polícia e traficantes. E a situação parece não ter fim, ou seria falta de competência e vontade?
A realização dos jogos no Rio de Janeiro é uma temeridade. Mesmo sabendo do aparato policial militar que será montado, e fará com que a Faixa de Gaza e Bagdá pareçam balneários de veraneio, há o risco da maior confraternização esportiva das Américas transformar-se no inferno astral de Lula o Ser Supremo, e Sérgio Cabral.
Somente num país onde o presidente nada vê e nada sabe e a irresponsabilidade impera a passos largos, poderia se imaginar a realização de tais jogos, justamente no Rio de Janeiro.
Enquanto o PAC (Programa de Aceleração da Corrupção) subtrai dos cofres públicos a bagatela de aproximadamente 40 bilhões de reais por ano, há, no governo, quem defenda e até apresente justificativas convincentes para se manter o salário mísero, digo mínimo, em R$380,00 (trezentos e oitenta reais), sob a caduca e convincente alegação de uma inevitável quebra da previdência.
40 bilhões de reais do orçamento público são, anualmente, escoados, impunemente, através de propinodutos, cuecas, malas, envelopes, depósitos bancários, superfaturamento de licitações arrumadas e “mimos” para contas bancárias e bolsos particulares. Poder-se-ia dizer que é uma PPP (Parceria Pública Privada). Parece que de Pública só mesmo a bufunfa, pois o resto está mais para Privada mesmo.Tudo indica este montante não fazer falta alguma à nação. Nenhum dos envolvidos é condenado. Nenhum centavo retorna ao erário. Enquanto isto verbas são contingenciadas para educação, saúde, segurança e infra-estrutura. Recursos para desenvolver o país e melhorar a qualidade de vida do povo são liberados a conta-gotas, mas para o assistencialismo parasitário estatal e para a corrupção, o ladrão da caixa-d’água jorra dia e noite sem parar. O cofre do governo também parece ter ladrão, só não me arrisco a fazer metáforas.
O PAC (Programa de Aceleração da Corrupção), convenhamos, está sendo extremamente generoso aos amigos e fiéis companheiros, além de propiciar a distribuição do jabaculê de uma forma justa, bem democrática e social.
Até o irmão do Ser Supremo, levou um xeque-mate. Não perdeu tempo o Ministro da Justiça em apregoar que, num estado democrático todos são investigados. Me pergunto, quando será minha vez? Ou ele próprio. Estaria o Sr Ministro já se precavendo de um futuro próximo?
É claro que essa história do irmão do Ser Supremo não vai dar em nada, mas o marketing é óbvio, Duda Mendonça que o diga. Incautos exclamarão: ”Puxa vida, nem o irmão do presidente foi aliviado”. E isto fará do Ser Supremo, ainda mais supremo e único, absoluto. Lula o quinto elemento, o magnânimo que ainda sai em defesa dos acusados mostrando toda sua benevolência. Afinal, são todos companheiros e não inimigos.
Casualmente ou não, o Ser Supremo encontra-se fora do país, portanto está novamente blindado. As instituições apodrecem, mas o Ser Supremo, está acima de qualquer suspeita.
Como disse Mikhail Bukunin, anarquista russo do século XIX:
"O governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, compor-se-á de operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado, não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo".
Quem duvida disso não conhece a natureza humana.
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quarta-feira, 20 de junho de 2007
"Um fato jornalístico". -A CPM F, é só um começo de conversa -
Ainda não se sabe se ela vai contar oporquê do recato e do silêncio nos 12 anos do seu exílio - a maior parte do tempo na Espanha. Revendo meus arquivos, encontrei: -Há alguns anos foi realizado no Fórum da Cidade do Rio de Janeiro o seminário "DEMOCRACIA, IMPRENSA E JUDICIÁRIO" promovido pela Escola de Magistratura do Rio de Janeiro. Eis um registro: "O assunto que rendeu mais controvérsia no Seminário foi a forma como a imprensa brasileira era condescendente com o, então, Presidente daRepública "FHC"... A questão entrou em pauta quando um jurista citou como exemplo de Conivência jornalística o romance do presidente Fernando Henrique Cardoso com a jornalista da TV Globo Miriam Dutra. Muitos advogados presentes ao evento não sabiam do fato e reagiram com surpresa e indignação quando um jornalista afirmou que toda a imprensa brasileira sabia disso. E naqueles oito anos de governo ninguém tocou no assunto. (por que será, não é?). Muito antes de ser presidente, Fernando Henrique sempre foi um conhecido garanhão da política brasileira. As mulheres sempre ficaram encantadas com o seu charme e sua pose de estadista.Em Brasília, o escritório de FHC também era utilizado como garçonière, para usar uma expressão da geração dele.. Era no escritório-garçoniére que o então candidato à Presidência da República mantinha encontros com uma de suas amantes, a correspondente da TV Globo em Brasília Miriam Dutra. Quando FHC cresceu nas pesquisas para presidente, a ambiciosa jornalista, pensando no seu futuro pessoal e profissional aplicou aquele velho golpe que louras oxigenadas costumam dar em pagodeiros e jogadores defutebol. Deu uma "chave" em FHC e engravidou. A jornalista passou a carregar um furo de reportagem em seu próprio ventre. Um filho daquele que seria o próximo presidente da República doBrasil. Ao saber que a amante estava grávida, Fernando Henrique entrou em pânico. Afinal, como diria o outro Fernando, aquilo era nitroglicerina pura. Mas a mídia nacional ficava calada. FHC tentou convencer a amante a fazer um aborto, riu na cara dele. A mulher não ia jogar fora o seu pé de meia, sua caderneta de poupança... Foi aí que entrou em ação a operação abafa. Como ela era correspondente da Globo, imediatamente foi transferida para a Espanha, com um salário milionário, (quem será que financiava tudoisso?) sem obrigação de fazer nada. Apenas ficar calada e quietinha, ganhando seus milhões e cuidando do filho do presidente. (outro enganador). Atualmente a jornalista Miriam Dutra vive na Espanha, com o filho caçula do presidente. Uma funcionária do jornalismo global diz que às vezes ela liga para o Brasil a fim de fazer exigências, tratando a todos como se fossem seus empregados. "Ela se comporta como se fosse a verdadeira primeira dama!" Vejamos o que diz Kika Martins a respeito do caso: "Tomás Dutra Schmidt, filho não assumido de Fernando Henrique Cardosoe Miriam Dutra Schmidt (a Miriam Dutra, ex-repórter do Jornal Nacional em Brasília), nasceu no dia 26 de setembro de 1991, conforme certidão de nascimento do Cartório Marcelo Ribas (Brasília - DF). Vive hoje com sua mãe e tia em um dos mais caros e sofisticados bairros da Europa, em Barcelona na Espanha. Agora se vocês querem saber como isso nunca foi notícia na grande imprensa, leiam Caros Amigos - ano IV número 37 - abril de 2000. A matéria é assinada por Palmério Dória e outros. O título é: "Um fato jornalístico". A pergunta é quanto custou este silêncio? A portaria do Ministério da Fazenda 04/1994, por exemplo, que isentatodos os meios de comunicação "e sua cadeia produtiva" da CPMF, ContribuiçãoProvisória sobre Movimentação Financeira, é só um começo de conversa. E o Proer da Mídia no final do ano 2000 custou US$ 3 bilhões ou US$ 6bilhões, um ajuste de contrato. Agora bom mesmo é procurar no Siafi o quantofoi efetivamente gasto em propaganda no Orçamento Federal de 1994 a 2002".Alguém topa fazer isso? Bom, acho que a conivência está, em parte, explicada. Mas que custoucaro pra todos nós, isso é verdade. É por essa e por outras que acontribuição provisória (CPMF) foi reajustada no governo FHC: para cobririsenções providenciais. Até parece que todos nós, brasileiros, somos pais dessa criança. E agora reaparece na Mídia outra criança despesa escandalosa... cujo Pai é oPresidente do Senado Renan Calheiros. Quem paga tudo isso???? A quem interessa tantos escândalos e corrupção??? Enquanto a mídia pega a sua granaolha só que bacana o que me aconteceu: "Estava jogando sinuca uma nega maluca me apareceu vinha com o filho no colo dizendo: toma que o filho é seu" O nosso cancioneiro popular sempre esteve a frente dos fatos, não?
O RECIBO É UM DIREITO DE QUEM PAGA.
Paralelamente vem causado um estranheza muito grande, a indignação com que vem atuando o Senador Almeida Lima, desde o início do imbróglio Renam, passando a imagem de indignado e intransigente defensor do Presidente do Senado, que diga-se de passagem tem o desplante de permanecer na qualidade de Presidente do Congresso, atuando nas coxias e intervindo nos trabalhos, em defesa própria.
Essa mudança só poderia ser compreendida pelos perseverantes assistentes da TV Senado se o Senador estives fazendo uma previa auto defesa, o que esperamos não se configure.
A atitude de defesa e acobertamento de seus pares, não é uma novidade no Senado, assim como é, muito mais na Câmara.
Renam responde a muito, processo por grilagem de terra, movido inclusive por um irmão. São terras na área que serão alagadas quando da obra de uma represa em Alagoas, e é claro que a finalidade não será criação de peixes, e sim as indenizações que virão, do sempre vitima, o erário. O certo é que os Três 'Podreres' estão contaminados. O número de autoridades respondendo processos, os mais diversos, acabaram por generalizar a corrupção. O STF de guardião da Justiça, se transformou em guardião de Processo, alguns engavetados a mais de 40 anos. Presos pelo Supremo são em números tão ridículos, que se considerando custo e beneficio sua existência é dispensável, mesmo porque quase sempre nem chega a julgar coisa alguma. Seus membros são nomeado por notável saber jurídico, julgam por notável subserviência ideologia. Não é Graus?
SÓ O EXÉRCITO DÁ SALVAÇÃO
Caboré
terça-feira, 19 de junho de 2007
A ELITE BRASILEIRA ESTÁ NA UTI
Promoção de Carlos Lamarca e indenizações a seus familiares
Pelo Cel R1 Aluísio Madruga de Moura e Souza
Não tenho dúvidas que já nos idos de 1985, portanto ainda no século passado, as elites brasileiras já se encontravam gravemente enfermas. E de lá até os dias atuais esta enfermidade se agravou, sendo certo que não estamos falando de moléstia, achaque ou doença física. Daí a gravidade da afirmação, pelo fato de que a enfermidade da qual falamos atingiu índices alarmantes. Afirmo, sem medo de errar, que atingiu índices insuportáveis para a população brasileira. Também não falo de enfermidade econômica e sim daquela que a história tem demonstrado, em determinados momentos da vida da humanidade, ter se apoderado de várias civilizações destruindo-as. É isto que a elite brasileira está fazendo com o nosso Brasil, ou seja, destruindo-o. Atingida como um todo pela enfermidade moral, as nossas elites já não se envergonham de nada, com destaque para as nossas elites políticas. Com sua desfaçatez, imoralidade e irresponsabilidade, estão produzindo uma “cultura de lixo atômico” que já contaminou toda a sociedade e, em particular os mais jovens.
Constituída pelo mundo das máquinas e da tecnologia sem alma, impregnada dos erros do passado, e totalmente dividida, a sociedade moderna e em particular a brasileira, desagrega-se, dia após dia, como resultado da desvalorização e, muitas das vezes, do rompimento com as regras tradicionais que dão consistência à vida. O seu elemento básico, o ser humano, está dominado de vícios e defeitos que estão impedindo o desenvolvimento da personalidade das pessoas para as formas superiores de vida, tornando os indivíduos e sobretudo os que formam hoje as nossas elites, indivíduos mesquinhos, avarentos, desumanos, corruptos e, acima de tudo, odiosos entre sí.
No passado, Aléxis Carel, francês prêmio Nobel de Medicina, autor dentre outros da famosa obra “O Homem, Este desconhecido” fez a seguinte declaração: “Este mundo será o que dele nós fizermos. Temos que escolher: ou o caos, a ruína, a escravidão, ou o duro trabalho de reconstrução de nós próprios; ou a satisfação de nossos apetites e de nossos caprichos, ou a obediência estrita às regras da conduta racional da vida; ou o bem, ou o mal”.
Hoje, um dia de junho de 2007, afirmamos com toda convicção que a enfermidade moral feriu de morte as elites brasileiras, que estão no poder e essas com suas ações deletérias contaminaram nossa sociedade como um todo. O Brasil está na UTI e de lá dificilmente sairá. A solução seria pela via da educação do povo como um todo, o que levaria muitos anos. E para esta solução já não há tempo. A injustiça e a fome, para a grande maioria, aí estão, enquanto uma pequena minoria, que tudo pode, beneficia-se sendo corrompida e corrompendo. Basta estar acompanhando a mídia para constatar o que afirmo.
Nossas elites já não representam os anseios da Nação. Representam, isto sim, seus interesses próprios, de seus parentes e comparsas, visando benefícios imediatos, sem nenhum tipo de preocupação com os problemas do País . Por outro lado, os governos pós 1985, também não estão interessados em detectar os verdadeiros anseios da Nação e em elaborar planos e projetos que atendam às aspirações populares. Agissem as elites como seria o normal, não estaríamos assistindo exemplos lastimáveis de corrupção, falta de decoro parlamentar e de segurança que atingiram índices intoleráveis. A saúde pública está um caos, com alguns hospitais universitários correndo o risco de fecharem. Centenas e centenas de doentes de baixa renda não conseguem ser atendidos, o que chega ser uma desumanidade. Mas nossas autoridades governamentais, em todos os níveis, ou seja, Federais, Estaduais e Municipais estão muito pouco preocupadas com estes fatos já que elas não enfrentam estes problemas.
Enquanto isto, as atuais autoridades que compõem a cúpula das Forças Armadas estão em estado de lassidão. E o exemplo mais gritante e recente desta situação diz respeito ao julgamento e concessão de anistia, além do aumento de pensão vitalícia à Maria Pavan Lamarca, viúva do desertor do Exército Brasileiro, ex-capitão Carlos Lamarca, pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Inclusive, com o voto de um representante das Forças Armadas.
Será que esse representante, tinha o direito de desconhecer que Lamarca foi um traidor, desertor, ladrão de material bélico do Exército, seqüestrador, terrorista e assassino? Será que ele desconhece que Lamarca optou por entrar em combate com companheiros de farda? Ou ele conhece a vergonhosa história de Lamarca e assim mesmo foi favorável?
A conclusão e julgamento desta Comissão é uma mentira cínica e desavergonhada!
Agora Lamarca não é mais um desertor! Passou a ser um homem que foi injustiçado. Foi promovido ao posto de coronel sem nem mesmo ter cursado a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), por opção própria, já que desertou.
Será que a Comissão desconhecia que cursar a EsAO sempre foi condição básica para o militar ser promovido a oficial superior ?
Será que o Alto-Comando tentou esclarecer à Comissão sobre os pré-requisitos para um capitão chegar à coronel ou nem sequer foi avisado ?
Será que os órgãos de Inteligência do Exército não alertaram as autoridades competentes sobre esse detalhe de nossa carreira?
Será que essa Comissão tem autoridade para promover oficiais das Forças Armadas?
Será que vamos ter que engolir mais um sapo na crença ingênua da possibilidade de uma “ convivência sadia entre contrários”? Esqueceram-se da composição deste atual desgoverno?
Agora estamos, nós das Forças Armadas , não com um sapo, mas com um elefante atravessado na garganta.
A Comissão que é composta de notórios comunistas e terroristas colocou a opção nas mãos das Forças Armadas - aceitar ou não tal afronta às leis, compete aos Senhores Oficiais que fazem parte do Alto-Comando das três Forças, mas em particular, ao Alto- Comando do Exército.
Senhores Comandantes das três Forças, trata-se da honra do Exército e de todos nós militares. Não existe outro caminho a não ser dizer! Não! Não! e Não! Entrem com uma ação na Justiça. A promoção é competência da Força a que Lamarca pertencia, antes de desertar!
Afinal de contas, todos os senhores, como nós, fizeram um juramento que não pode ser esquecido. É só dizer a quem de direito com muita firmeza: basta! Esse elefante não passa pela nossa garganta porque contraria as leis vigentes neste País. Trata-se de provocação inaceitável e um insulto a população brasileira. Lamarca foi um desertor das fileiras do Exército. Abandonou posto, função e emprego. Roubou o armamento pertencente a Nação que estava sobre sua responsabilidade, assassinou em mais de uma oportunidade e realizou vários atos de terrorismo, em nome de uma ideologia contrária aos nossos princípios democráticos.
E porque indenizar sua família , que, fugiu para Cuba, voluntariamente, no dia em que Lamarca traiu seu juramento, seus colegas de farda e desertou do quartel levando as armas que o Brasil lhe confiou.
O autor publicou os livros:
Guerrilha do Araguaia – Revanchismo – A grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada.
sábado, 16 de junho de 2007
UMA INDÚSTRIA MUITO PRÓSPERA
Mais uma vez o inconformismo e o revanchismo raivoso da esquerda reminiscente da chamada luta armada e o terrorismo dos anos de 1970 volta a se manifestar trazendo às luzes da mídia a triste lembrança do ex-capitão e desertor Carlos Lamarca. Não só para lembrar a figura do falso herói mas também para “juntar o útil ao agradável”, engrossando indenizações e pensões de sua viúva e de seus descendentes já aquinhoados pela estranha Comissão da Anistia.
E, neste processo, ganham outros associados como alguns poucos advogados que se especializaram neste tipo de processo administrativo e monopolizam as ações. Hoje já são milhares de pessoas que receberam os benefícios de anistiados. Outras se valeram da alegação de vítimas e de prejudicados da ditadura para também receberem grossas indenizações.
Agora é reclamada pela família Lamarca, a pensão correspondente ao posto de general, a um ex-oficial que, dolosamente, desertou com um sargento, levando armas retiradas furtivamente de sua própria unidade. Antes de se tornar terrorista da Vanguarda Popular Revolucionária, Carlos Lamarca já se tinha feito réu de crime militar. Espantoso é que na citada Comissão de Anistia há um oficial do Exército que parece não ter a sensibilidade para perceber a violação dos valores éticos militares que se pretende perpetrar e com ela concordar.
Assim, a suposta reparação de injustiças passadas se está inserindo na onda de espertezas e de corrupção que assola o Brasil, que desmoraliza a Nação, enriquecendo os desonestos e, agora, os descendentes de um terrorista ladrão, algoz e assassino.
O Presidente do Clube Militar não pode deixar de manifestar a sua indignação e a dos sócios a quem representa, diante de mais uma tentativa de revanchismo e de esperteza. Manifesta ainda a esperança de que haja uma reação cívica dos brasileiros que ainda crêem na Democracia Representativa e na Justiça. Dos brasileiros que hoje estão dominados pelos sentimentos de horror, vergonha e de temor pelo futuro deste País.
Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo
Presidente do Clube militar
AINDA NÃO VIMOS O FUNDO DO POÇO, MAS AGUARDEM...
Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Nos últimos meses, timidamente, quase de soslaio, lampejos de luz iluminam e desnudam a diáfana e transparente história das investidas comunistas no Brasil – a verdadeira. Heróis guerrilheiros, por breves momentos postam–se nus de suas inverídicas loas, e sua portentosa empáfia queda–se ao rés do chão, de onde nunca deveria ter saído.
Quase que envergonhados surgem fatos, desnudam-se versões e emergem contradições – São reflexões de eméritos intelectuais, uns poucos, civis, é verdade, mas pasmem, eles existem.
Na medida em que os tentáculos do PT, insidiosamente, se aboletam no Poder Estatal, na medida em que implícita e explicitamente, ocorre uma gama de ações institucionalizadas para inibir, e mesmo impedir qualquer reação no presente e no futuro, os mais atentos colocam suas barbas de molho e, enquanto podem, - denunciam.
Quanto aos militares, contáveis nos dedos da mão, uns por idealismo ou por pura indignação, outros por temerem a ignomínia da injustiça, atreveram-se a contar e a difundir, apesar do deserto moral nacional, da indiferença de uma sociedade sem qualquer prurido - a verdade – porém, nada mais desprestigiado do que a verdade.
No Brasil de hoje, se a mentira tem pernas curtas; a verdade, nem pernas tem.
Contudo, não apenas pelas ações do governo, que apontam na direção de uma “ditadura branca”, costurada nas entrelinhas dos interesses escusos, no viés das leis, nas suas brechas, nas indenizações escandalosas, eivadas de argumentos esdrúxulos que cobrem de benesses caricatos guerrilheiros, na rede viciosa de um compadrio abjeto, que demonstra que esta terra tem dono, e não somos nós os brasileiros, e sim uma súcia de malandros - por tudo isso e muito mais, pois eles, incontáveis e tenebrosos, proliferam como protagonistas dos escândalos – alguns nacionalistas retiraram a venda dos olhos e, aturdidos, começam a denunciar, a gritar, a gemer e a temer pelo futuro desta pátria.
Hoje, às escancaras, o revanchismo, ao invés de recolher-se, mostra–se revigorado, mais atrevido. E com razão, pois goza do apoio institucional. Nos próximos dias será aberto um Foro ou uma Mostra Pública que pretende narrar e expor os anos da “ditadura militar”. O Projeto, um libelo contra os militares, de achincalhe aos Presidentes do período militar, promete ser uma obra de arte no desvirtuamento dos mais nobres valores militares. O deplorável evento tem como patrocinadores, além de conhecidas entidades mascaradas de propugnadoras dos direitos humanos, na realidade instrumentos para a desmoralização das Forças Armadas, a Petrobras e a Caixa Econômica, entre outras, e destilará veneno e sua ideologia por este Brasil afora.
Estamos diante da propaganda oficial do governo do PT – é a institucionalização do revanchismo. Importa recordar, quantas vezes, os chefes militares, cobertos de boa vontade e boas intenções, e sabemos que no inferno pululam os bem intencionados, inibiram demonstrações, que enalteciam as lutas contra a subversão, alegando que o momento não era adequado.
Como não era adequado, à época investir contra as tentativas que beneficiaram os familiares do Capitão Lamarca e a ele próprio, um desertor e frio assassino, sob qualquer prisma da Legislação Militar e, portanto, sujeito aos rigores das leis castrenses. Na época, pouco ou nada fizeram. Amedrontada e encolhida, a Instituição manchada, vilipendiada e violentada aceitou o fato consumado.
Assim, o desertor dormiu Capitão e hoje, após muitos crimes, acordou “General”. Incorporou – se ao bando.
Credo! Que bofetada. Ou cusparada?
Sabemos, e o bom senso determina, que em algumas circunstâncias, mais vale calar. Não replicar para evitar tréplicas e seus desdobramentos. Ainda mais, considerando-se que, qualquer defesa ou resposta não desfrutaria de mesmo espaço na mídia.
Contudo, seria o Exército Brasileiro capaz de, em contraponto, rebater com justa indignação as tentativas de glorificar um crápula, que violou acintosamente os seus cânones, seus paradigmas? Seria capaz de montar uma mostra itinerante para esclarecer a opinião pública? Uma mostra que poderia ter diversas seções, salientando as obras realizadas pelos governos militares; colocando às claras as ações subversivas, os assassinatos e atentados perpretados; um Projeto de cidadania que enaltecesse a vida ilibada dos Presidentes militares, que não se locupletaram com as benesses do poder, que não perpetuaram parentes e protegidos sob o manto da mãe - pátria; destacando as vitimas dos criminosos e o seu descaso por parte das autoridades; que evidenciasse a verdadeira imagem dos subversivos, seus credos e intenções, as suas polpudas e injustas indenizações; que promovesse os livros, os artigos, que narram a verdadeira historia? Quem sabe?
Dizem que, até o menor animal, quando acuado, reage. De minha parte, tenho dúvidas.
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sexta-feira, 15 de junho de 2007
PEQUENA BIOGRAFIA DE UM DESERTOR TRAIDOR DA PÁTRIA
O título é nosso, o julgamos mais apropriado a figura medíocre, de um desertor e ladrão de armamentos sob sua guarda, mesmo porque nunca passou de um hediondo assassino.
Embora tratado algumas vezes como Capitão Lamarca, em realidade um desertor não leva em seu ato o posto ao qual pertenceu, passando apenas a figurar como desertor, fugitivo da Justiça Militar, enquanto não punido, o seu crime de traição a Pátria é um crime continuado, considerar que nessas condições, tivesse o marginal, direitos as promoções, é antes de tudo um ato de extrema burrice jurídica, se não facciosa e imoral, o que é próprio de seus seguidores, hoje empoleirados no governo. Nessas condições qualquer Supremo Tribunal, por mais infiltrado que se encontre, há de dar o remédio jurídico capaz de sanar a injustiça para com os verdadeiros militares que se veem igualados a marginais e terroristas, em suas carreiras.
O trabalho no recolhimento das informações sobre sua biografia e da nossa brilhante articulista
Cristina Fontenelles.
Cabore
biografia do cidadão para cujos herdeiros todos nós brasileiros contribuiremos, com os impostos que pagamos, para indenizar.
Carlos Lamarca
Filho de um sapateiro e de uma dona-de-casa, Carlos Lamarca nasceu, em 1937, no Rio de Janeiro, onde viveu no morro de São Carlos, até os 17 anos, com os pais, os irmãos e uma irmã de criação - Maria Pavan. Em meados da década de 50, entusiasmou-se com a carreira militar e, depois de ser reprovado por duas vezes nos exames, finalmente, em 1955, ingressou como aluno na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre. Três anos depois, estava matriculado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), onde, clandestinamente e fora dos limites da AMAN, participou de grupos de estudo do marxismo-leninismo, tornando-se um simpatizante do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Ainda cadete, em 1958, Lamarca engravida a própria irmã de criação e os dois casam-se, secretamente (cadetes não podem ser casados), no ano seguinte, indo morar no Campo do Santana (Centro – RJ). No dia 5 de maio de 1960, nasce César Lamarca, primeiro filho do casal. Nesse mesmo ano, Lamarca sai Aspirante, classificado em 46º lugar numa turma de 57 cadetes, e vai servir em Osasco (SP), no 4º Regimento de Infantaria em Quitaúna. No livro "Iara Iavelberg: uma vida de engajamento político-cultural, de Hélio Daniel Cordeiro, há o relato de que Maria Pavan sofria de uma misteriosa doença nos rins que consumia todo o salário do marido. Entretanto, além de estar viva até hoje, ela engravidou no início de 1962, antes de Lamarca partir, já como Segundo Tenente, para o Oriente Médio, em missão junto às forças da ONU, na ocupação do canal de Suez, de onde só retornaria, no ano seguinte, já depois do nascimento da criança – Cláudia Lamarca – em outubro de 1962.
No contra-golpe de 31 de março de 1964, o Tenente Lamarca estava servindo na 6ª Cia PE, em Porto Alegre. Na época, ele já transitava com desenvoltura pelas esquerdas. Não foi por outro motivo que, na noite de um sábado de dezembro daquele ano, como oficial-de-dia, facilitou, deliberadamente, a fuga do Capitão da Aeronáutica Alfredo Ribeiro Daudt, que estava preso por subversão. Embora o inquérito aberto para apurar o caso não tenha chegado a conclusões definitivas, Lamarca foi movimentado, em dezembro de 1965, para o 4º RI, em Quitaúna (RJ) -seu antigo quartel. Lá reencontra velhos amigos, como o cabo José Mariane e o sargento Darcy Rodrigues, todos eles militantes de esquerda.
Carlos Lamarca é promovido a Capitão em agosto de 1967 - ano em que retoma os estudos sobre marxismo e em que a idéia de guerrilha se consolida em seus planos. Em dezembro de 1968, depois de estabelecer conversações com a Ação Libertadora Nacional (ALN) e com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Lamarca, juntamente com o sargento Darcy, ingressa na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e, de imediato, cria uma célula clandestina da VPR dentro do quartel. Na época, Lamarca era o instrutor de tiro da Unidade, apesar de nunca ter conseguido, com revólver calibre .38, média maior do que 78 no tiro de precisão. O sargento Darcy desviava do quartel munição e granadas, falsificando documentos sobre o gasto nos treinamentos. Conseguiu desviar 2 mil tiros para municiar os 9 FAL que haviam sido roubados pela VPR, em 22 de junho de 1968, no assalto ao Hospital Geral de São Paulo, no Cambuci.
Convencidos de que a guerrilha no campo seria uma possibilidade concreta se conseguissem mais armas, Lamarca e Darcy (e Mariane, também da VPR) resolveram rouba-las do quartel. O planejamento da ação, marcada para os dias 25 e 26 de janeiro de 1969, foi intenso e meticuloso, prevista para ser realizada nos dias, inclusive com a especificação detalhada de quem deveria matar quem. Entretanto, a prisão de quatro militantes da VPR e a descoberta, em Itapecerica da Serra, do caminhão que estava sendo pintado com as cores do Exército, para fim de facilitar o roubo do armamento, determinaram a antecipação do assalto, que acabou acontecendo no dia 24 de janeiro. Naquele dia, Lamarca entra com sua própria Kombi no quartel e retira 63 fuzis FAL, três metralhadoras INA, uma pistola .45 e farta munição. Com 31 anos, Carlos Lamarca desertava do Exército e ingressava na clandestinidade.
Dali, dirigiu-se para a casa de Onofre Pinto, a fim de despedir-se de sua esposa, Maria Pavan, e do casal de filhos que, naquela mesma noite, embarcaram para Cuba, via Roma, junto com a família de Darcy Rodrigues. A esposa e os filhos de Lamarca viveram na Cuba de Fidel por quase 11 anos, de onde só retornaram, em 1979, depois da Anistia. Na verdade, o filho, César Lamarca viria a ser tenente do exército cubano.
Despachada a família, Lamarca passou a poder desfrutar livremente da companhia de sua amante Iara Iavelberg. Ao contrário do que se divulga, não foi em 1969,após a deserção de Lamarca, que os dois se encontraram. Na verdade, quando Iara ainda era uma adolescente, eles tiveram um encontro fugaz. Reencontraram-se nos primeiros meses de 1968, quando Iara dava aulas teóricas sobre Lênin e a teoria marxista para militantes da esquerda em Quitaúna e. Lamarca ensinava Carl von Clausewitz, o grande teórico dos conflitos bélicos que disse: "a guerra é a continuação da política por outros meios."
Ela nasceu em 1944, em uma abastada família de judeus paulistanos. Casou-se em 1960, aos 16 anos, com Samuel Halberkon, um médico da comunidade. Separou-se três anos depois e aderiu à militância política. Estudou psicologia na Universidade de São Paulo e virou professora. Era alta, loira, tinha os olhos claros, grandes, e um rosto com sardas. Vaidosa, cuidava muito bem do corpo, dos cabelos e das roupas, hábitos inusitados para a esquerda da época. Separada, passou a exercitar o amor livre e as relações fugazes – entre seus namorados, o então líder estudantil José Dirceu. Era o comportamento comum entre as elites em Paris, Ipanema e Jardins. Chamava-se revolução sexual e fazia parte do contexto de libertação da mulher.
Depois de um Congresso realizado em abril de 1969, numa cidade do litoral paulista, Lamarca foi eleito um dos cinco membros do Comando Nacional (CN) e a VPR reiniciou as ações armadas. A primeira delas foi na tarde de 09 de maio, quando Lamarca comandou o assalto simultâneo aos bancos Federal Itaú Sul-Americano e Mercantil de São Paulo, na Rua Piratininga, bairro da Mooca. Na operação, o gerente Norberto Draconetti foi esfaqueado e o guarda-civil Orlando Pinto Saraiva, que teria tentado reagir ao assalto, foi morto com dois tiros disparados por Lamarca - um na nuca e outro na testa.
A fama de Lamarca fez com que sua aparência física o transformasse num alvo fácil de ser reconhecido. Lamarca resolveu mudar. Em julho de 1969, trocou todos os dentes superiores e realizou uma operação plástica, na qual reduziu o nariz e suavizou os sulcos marcantes que tinha na testa e na face. A operação foi feita no Rio de Janeiro, de onde Lamarca viajou de volta para São Paulo, logo após tirar nova identidade.
No início de dezembro de 1969, a VPR adquiriu um sítio, distante 4 quilômetros da BR-116. A partir de janeiro de 1970, os militantes foram chegando para o treinamento. Já eram 18 guerrilheiros, quando, em 27 de fevereiro, Chizuo Ozawa, o "Mário Japa", que sabia a localização da área foi preso. Se falasse, estragaria tudo. Preocupado em libertá-lo, Lamarca seqüestrou, Em 11 de março, o Cônsul do Japão, Nobuo Okuchi, que acabou sendo trocado por "Mário Japa" e mais cinco presos. Mas, no início de abril, dezenas de dirigentes e de militantes da VPR foram presos e Lamarca decidiu desmobilizar a área, evacuando os militantes em três grupos. Entretanto, dois dias depois, quando somente 8 militantes já haviam fugido, chegaram as primeiras tropas da "Operação Registro".
No dia 8 de maio, noite do Dia das Mães, depois de mais de duas semanas de cerco, Lamarca e mais 6 militantes emboscaram cerca de 20 homens da Polícia Militar de São Paulo, chefiados pelo Tenente Alberto Mendes Júnior - que decidiu entregar-se como refém, desde que seus subordinados, feridos, pudessem receber auxílio médico.
Na noite seguinte, 2 guerrilheiros acabaram se extraviando do grupo. Sem saber disso e não tendo os dois reaparecido, depois de andarem um dia e meio, Lamarca acusou o Ten Mendes de tê-los traído e de ter causado a morte dos dois companheiros. Um "tribunal revolucionário", condenou o Tenente à morte. Um dos terroristas, Yoshitane Fujimore, com a coronha do fuzil, desferiu violentos golpes na cabeça do Tenente que, caído e com a base do crânio partida, gemia e se contorcia de dor. Outro terrorista, Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe mais golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Ten Mendes foi enterrado. Lamarca responsabilizou-se pelo assassinato. Em 08 de setembro, o terrorista Ariston Oliveira Lucena foi preso e apontou o local onde o Tenente Mendes estava enterrado, relatando o ocorrido. As fotografias tiradas atestaram o horrendo crime cometido. A mãe do Tenente entrou em estado de choque e ficou paralítica por quase três anos. Quando o crime foi descoberto e divulgado, a VPR emitiu o seguinte comunicado "Ao Povo Brasileiro": "A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O Tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado."
Em meados de junho, Lamarca, em reunião com Joaquim Câmara Ferreira ("Toledo"), da ALN, e Devanir José de Carvalho ("Henrique"), do MRT, estabeleceu a lista dos 40 prisioneiros que seriam trocados pelo Embaixador alemão, seqüestrado em 11 de junho de 1970. No início de outubro, o casal Lamarca e Iara foi descansar, durante dois meses, numa casa alugada em Rio D'Ouro, pequeno lugarejo perto de Teresópolis (RJ).
Ali, Lamarca pôde escrever vários documentos teóricos de orientação à VPR e, à revelia da "frente" composta com a ALN, o PCBR, o MR-8 e o MRT, decidiu executar o seqüestro do Embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher. Então, na manhã de 07 de dezembro de 1970, numa rua estreita e de mão única, que ligava o bairro de Laranjeiras ao Flamengo, depois de bloquear o carro do Embaixador, Lamarca bateu no vidro da janela onde estava o segurança Hélio Carvalho de Araújo, um Agente da Polícia Federal, abriu a porta e disparou dois tiros com um revólver "Smith & Wesson" calibre .38, cano longo, a uma distância de um metro: o 1º tiro atingiu o teto do carro e o 2º as costas do Agente que viria a falecer três dias depois, no Hospital Miguel Couto.
O Embaixador passou 40 dias no cativeiro, até que, em 13 de janeiro de 1971, 70 presos, escoltados por 3 agentes da Polícia Federal, decolavam do Galeão num Boeing da Varig, com destino a Santiago do Chile.
Em 22 de março de 1971, Lamarca, através do documento "Ao Comando da VPR", apresentou o seu "pedido de desligamento em caráter irrevogável", e, pouco depois já estava no MR-8. Ele e Iara passaram os meses de abril, maio e junho escondendo-se de "aparelho" em "aparelho", até que foram para o sertão da Bahia, onde se separaram, definitivamente – Iara foi para Salvador e Lamarca para Itaberaba e Ibotirama. Jamais se veriam novamente. Iara Iavelberg foi encontrada a 20 de agosto, em um apartamento da Pituba, Salvador. Segundo os militares, quando se viu cercada, conseguiu escapar para o apartamento vizinho e trancou-se no banheiro. A versão oficial é a de que Iara teria dado um tiro no próprio peito, aos 27 anos, enquanto um soldado tentava arrombar a porta do banheiro. Sua família, contudo, levanta a hipótese de ela ter sido executada.
Lamarca deixou um diário como legado, redigido durante seu exílio na caatinga baiana. São 39 trechos, redigidos entre 8 de julho e 16 de agosto de 1971 (um por dia), endereçados a Iara. O diário jamais chegou à destinatária. Foi entregue pelo capitão ao militante João Lopes Salgado, codinome "Fio", e depois foi repassado ao militante César Queiroz Benjamim, o "Menininho", na época com 17 anos. Em 21 de agosto, Benjamim estava num carro, entre as praias de Ipanema e Leblon, quando foi abordado por uma blitz da PM. Acabou escapando durante a revista. Mas, no carro, ficaram os companheiros, uma maleta com roupas, uma arma e um envelope lacrado - o diário de Lamarca estava dentro deste envelope.
Quando soube da morte de Iara, dias depois, Lamarca teria perdido a vontade de prosseguir na luta. Foi encontrado em 17 de setembro por uma patrulha comandada pelo major Nilton Cerqueira. O ex-capitão estava desanimado, fraco, desnutrido e doente. Os dois militantes, que descansavam à sombra de uma árvore, perto do arruado de Pintada, município de Oliveira dos Brejinhos, à voz de prisão, tentaram sacar de suas armas. Uma série de tiros pôs fim a Lamarca, aos 33 anos, e a José Campos Barreto. O major e o ex-capitão ainda chegaram a manter um rápido diálogo.
Cerqueira indagou pelo nome: "Capitão Carlos Lamarca!", identificou-se. A seguir perguntou onde estariam sua mulher e filhos: "Em Cuba", respondeu. A última das perguntas: "Você sabe que é um traidor do Exército brasileiro?" Lamarca não respondeu, segundo Cerqueira. De acordo com um militar que acompanhou os acontecimentos, a desfeita de Lamarca teria sido pior. Balançou os ombros e braços, no gesto de quem quer dizer "e daí?", e tentou se levantar dando as costas à patrulha. Terminou fuzilado no chão pelo major Cerqueira. Segundo a autópsia, no estômago e nos intestinos do capitão Lamarca só havia capim. Da aventura, só restaram as mensagens jamais entregues à musa inspiradora.
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Christina Fontenelle
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segunda-feira, 11 de junho de 2007
O SUPREMO A MUITO NÃO SUPRE
Responsável pelo julgamento das maiores autoridades do país, o Supremo Tribunal Federal abriu, desde o ano de 1968, um total de 137 processos criminais contra deputados, senadores, ministros e presidentes da República, mas não condenou um deles sequer desde então. As acusações vão do desvio de verbas públicas e evasão de divisas a até homicídios. Há processos que tramitaram por mais de uma década sem conclusão. O ministro do STF Joaquim Barbosa admite que o tribunal não tem estrutura para julgar o volume de ações que chega à mais alta corte do país anualmente. "O tribunal recebe cem mil casos por ano, centenas deles dificílimos e urgentíssimos. É evidente que um tribunal como este não está preparado para minúcias de processos criminais", diz. Para os magistrados, o fim do foro privilegiado é a única solução para desafogar o Supremo, mas não há sinais de que o Congresso pretenda aprovar lei nesse sentido.O Globo, do Rio, publica em sua edição de hoje uma destacada matéria sobre o assunto. Segundo o jornal, "a morosidade do Supremo, mergulhado em um mar de ações, leva réus a se livrarem dos processos sem que haja julgamento". Não faltam casos de autoridades beneficiadas pela prescrição dos crimes. A impunidade é alimentada pelo foro privilegiado, que dá a autoridades o direito de só serem investigadas e processadas no STF. O cenário leva especialistas a dizer que é quase impossível um processo criminal chegar ao fim. "O quadro é preocupante, não há nem condenação nem absolvição. O Supremo, assim como os demais tribunais superiores, não foi estruturado para produzir provas, ouvir testemunhas e conduzir processos" — diz o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, Rodrigo Collaço. O levantamento feito por O Globo - sobre os processos criminais - só considera as ações movidas pelo Ministério Público Federal e exclui aquelas relacionadas a crimes de opinião, como injúria difamação e calúnia, e os chamado delitos leves, como desacato. Entre os processos que tramitaram no STF, há de tudo: acusações de desvio de verbas, evasão de divisas, corrupção e até homicídios e um caso de seqüestro. Os escândalos de corrupção pipocavam quando uma nova lei surgia como tábua de salvação. A partir de 1992, ano do impeachment de Fernando Collor, todo agente público flagrado recebendo propina, desviando recursos ou enriquecendo à custa desses crimes estaria sujeito a penas mais duras e responderia por isso na Justiça comum. Sem privilégios. Passados 15 anos, a Lei de Improbidade Administrativa debuta deixando as promessas para trás e se consolidando como a mais nova marca da impunidade no país. Embora não haja estatísticas oficiais, um cruzamento de dados inédito revela que menos de 7% das autoridades processadas por improbidade administrativa foram condenadas - quase sempre políticos de pouca expressão.
Fonte : http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?idnoticia=8043
ONGs mamando no governo BRASÍLIA - O jornalista Pedro do Couto produziu, esta semana, um dos mais elucidativos e contundentes artigos dos últimos anos, abordando tema situado acima e além das tertúlias partidárias. Chocou os seus leitores com um número abominável: existem no Brasil, hoje, 206 mil Organizações Não-Governamentais, funcionando ou fingindo funcionar, a maioria recebendo verbas públicas federais, estaduais e municipais. Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União conclui que, de 2002 a 2006, o número de ONGs no Brasil passou de 22 mil para 206 mil. Por que, indaga o jornalista, registrou-se uma elevação de 1.180% dessas entidades? Seria o maior fenômeno de filantropia em toda a história universal. Na realidade, acrescenta, caracteriza-se uma ponte ligando as administrações públicas ao mundo dos negócios. Será possível que tantas ONGs possam resolver ou, ao menos, equacionar problemas governamentais? Convenhamos, e os comentários agora são deste repórter, se existem ONGs sérias, que dedicam excelentes serviços à sociedade, também é certo que se multiplicam picaretagens de toda espécie, formadas para mamar nas tetas dos governos, muitas vezes através de amigos, parentes, correligionários, partidários e similares dos governantes. Sem discriminar nenhum partido, mas quantas ONGs o PT patrocina ou foram criadas por seus filiados maiores e menores? E nos estados onde o poder está em mãos do PMDB, do DEM, do PSDB e outros? Os resultados fariam corar um frade de pedra, se ainda existissem frades de pedra entre nós. E falamos apenas de partidos, mas também poderíamos falar de religiões variadas, entre tantos outros grupos sociais. Rotulam-se de "não governamentais", mas por que, em maioria, vão buscar recursos nos cofres do estado, fora da iniciativa privada? Acresce que essas ONGs não prestam contas às administrações públicas que as privilegiam e, em muitos casos, dedicam boa parte do dinheiro recebido para remunerar regiamente seus fundadores e dirigentes. Enquanto isso, por mais que tente, o senador Heráclito Fortes não consegue ver instalada a CPI já constituída por sua iniciativa, para investigar as ONGs. Influência assim nos trabalhos parlamentares, raras vezes se vê. Numa hora em que a Polícia Federal encontra-se sob fogo batido do Congresso, dos políticos e dos empresários, seria bom que formasse uma espécie de megaoperação para investigar, senão as 206 mil ONGs, ao menos, por amostragem, algumas centenas delas. Já que a Receita Federal está impedida de examinar as contas dessas entidades, que tal a Secretaria do Tesouro mandar elencar pelo menos no plano federal quantos milhões, ou bilhões, escoam pelo ralo, a serviço de interesses muitas vezes sadios, mas, outro tanto, de escusos? E nos estados? Nos municípios? Estamos assistindo e convivendo com um dos maiores escândalos da atualidade, infelizmente passando ao largo dos meios de comunicação e demais organismos de controle social. Não haverá que generalizar, valendo repetir que ONGs da maior dignidade também funcionam entre nós, servindo para minorar agruras dos menos favorecidos. Das crianças desamparadas, por exemplo. Até dos índios, ainda que se torne necessário desbastar esse imenso cipoal, onde ONGs estrangeiras (outro capítulo de horror) atuam para erodir a soberania nacional, considerando tribos como nações e pretendendo, com toda certeza, dar passos céleres no rumo da internacionalização da Amazônia. Ou trabalhando para impedir o desenvolvimento do Pantanal através de falsas preocupações, como a da extinção do peixinho dourado de barbas negras, argumento utilizado para interromper as obras da hidrovia que ligaria Cáceres ao Rio da Prata. O quanto de carga poderia ser escoado por essa estrada líquida, capaz de servir, na via oposta, para a chegada do desenvolvimento, da educação e da saúde para as comunidades ribeirinhas? A gente nem sabe a que ministério recorrer para limitar a ação das más ONGs. Dos Transportes? Da Integração Nacional? Do Desenvolvimento? Não fosse o comentário atribuído ao general De Gaulle e o alerta do jornalista Pedro do Couto se destinaria a despertar o País inteiro. Pelo menos, o presidente Lula.
O CASO CARLINHOS
O caso Carlinhos é um dos mais conhecidos e misteriosos crimes do país. O garoto de 10 anos, Carlos Ramires da Costa, foi seqüestrado em agosto de 1973 e até hoje, mais de trinta anos depois, ainda não foi encontrado.
Ih! Errei! Não é para escrever sobre o Carlinhos seqüestrado, e sim, sobre o Carlinhos seqüestrador, o grande herói da esquerda brasileira, Carlos Ilitch Lamarca, dirigente da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Carlinhos, recentemente promovido a General de contracheque, foi agraciado, em 1995, com a Merdalha Chico Mendes de Resistência e, até a data de hoje, não recebeu a honraria. A comenda foi criada, em 1988, por iniciativa do Grupo Tortura Nunca Mais / RJ, com a intenção de se contrapor à homenagem feita pelo EB, que naquele ano, concedeu a Medalha do Pacificador, a notórios elementos ligados à tortura e ao aparato de repressão. A cerimônia realizou-se nas dependências do DOI I / RJ, local famoso pelas torturas e assassinatos ocorridos durante a cruel, daninha, maldosa, maléfica, ruim, covarde, etc,etc,etc....ditadura.
Com a promoção de Carlinhos, o Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL), por intermédio deste Diretor-Geral - fui reabilitado (é outra história) - propôs fazer a entrega da Merdalha Chico Mendes à família Lamarca, também em uma solenidade militar, no pátio de formatura do 4º Batalhão de Infantaria Leve, em Osasco / SP, de onde o patriarca, na tarde de sexta-feira, 24 de janeiro de 1969, roubou 63 FAL, 3 metralhadoras INA, uma pistola .45 e farta munição.
Houve grita por parte de alguns: Aldebert, Aranha, Augusto César, Brucutu, Bezerra, Buzanelli, Catatau, Costa B da Silva, Ênio, Gêmeos de Intendência, Ioshio, Junqueira, M Barros, Maurício, Morgero, Moezer, Perenha, Ronaldos (2), Silveiro, Walber e outros não aceitaram a homenagem. Eu, particularmente, sou contra toda essa onda favorável à Sra Maria Pavan, já que o Carlinhos mandou Dona Maria para Cuba, com as crianças, para “ficar” com a Iara Iavelberg, uma psicóloga, militante da VPR e casada com um médico.
Para mim, quem deveria ter direito a essa Pensão Militar é o marido abandonado da Iara e não a Dona Maria, pois o instituidor ao virar “de cujus” não vivia mais com ela, nem com a Iara, que recém havia suicidado. Quando muito, pessoalmente, acho que a pensão poderia ser dividida, mas como Dona Maria é sócia antiga do FUNPAPOL e das que mais contribui, tenho que raciocinar como dirigente do Fundo e dar-lhe total apoio.
Estamos aguardando o posicionamento do Ministro da Justiça e do Noço Guia para desencadearmos a cerimônia no quartel do 4º BIL, Batalhão Raposo Tavares, Lembro aos leitores que, o FUNPAPOL já encaminhou ao Comando do Exército uma proposta de mudança da denominação histórica, de modo que aquela Unidade do EB passe a ser conhecida como BATALHÃO COMANDANTE LAMARCA, cujo estandarte histórico terá a seguinte descrição heráldica:
“Forma retangular, tipo bandeira universal. Campo de verde, cor representativa da Arma de Infantaria. Ao centro do campo, uma elipse de roxo, representativa da desesperança e da desonra, com uma hiena de preto, símbolo da fraqueza, da traição e da covardia, carregada de três respingos de fezes, alusivos aos assassinatos cometidos covardemente pelo desertor Carlos Lamarca. Uma orla de cor branca contorna a elipse na metade de sua parte superior e contém o dístico “BATALHÃO COMANDANTE LAMARCA”, em letras verdes e debruadas de amarelo-diarréia”.
Demos início aos preparativos do “script” da cerimônia, tomando por base uma festa comemorativa do Dia da Infantaria, ocorrida no 20º BIB, Curitiba / PR, em 1979. Naquela ocasião, o responsável pela formatura, fê-la baseada nos três ferimentos sofridos pelo Brigadeiro Sampaio, quando da Batalha do Tuiuti. Aqui entre nós, foi a mais demorada e sacal que vi na minha vida, fiquei a imaginar como seria se Sampaio tivesse sido atingido por uma rajada de metralhadora?
“Script”:
- Dão entrada no Pátio de Formatura do 4º BIL as seguintes autoridades:
- Sra Dilma Vana Rousseff, militante da Política Operária (POLOP), do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e fundadora da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P); atualmente é Ministra-Chefe da Casa Civil do Noço Guia e sócia do FUNPAPOL;
- Sr Franklin de Souza Martins, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), da Dissidência Guanabara (DI/GB) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro-8. Foi presidente do DCE/UFRJ e vice-presidente da UNE. Como integrante da Direção-Geral do MR-8, em 1969, participou do seqüestro do embaixador dos EUA; atualmente é o Ministro da Comunicação Social do Noço Guia e sócio do FUNPAPOL;
- Sr Aloysio Nunes Ferreira Filho, militante do PCB e da Ação Libertadora Nacional (ALN). Participou do assassinato do Capitão do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler e do seqüestro do Embaixador americano Charles Burke Elbrick. Foi motorista particular de Carlos Marighela, líder da ALN. Aproveitando seu “exílio” em Paris, filiou-se ao Partido Comunista Francês. Na Argélia, negociou com as autoridades daquele país para que comunistas brasileiros recebessem treinamento militar. Pelo PSDB elegeu-se deputado estadual, vice-governador de São Paulo e deputado federal. No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi Secretário Geral da Presidência da República e Ministro da Justiça; atualmente é o Secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo e sócio do FUNPAPOL; e,
- Fernando Damatta Pimentel, militante da COLINA, VAR-P e VPR. Aos 19 anos chefiou o assalto a um carro forte do Banco do Brasil e participou da fracassada tentativa de seqüestro do cônsul dos EUA, em Porto Alegre / RS; atualmente, é o Prefeito de Belo Horizonte, pelo PT.
- A presente cerimônia tem como finalidade realizar a solene entrega da Merdalha Chico Mendes “in Memorian” ao bravo militar desertor Carlos Lamarca.
- Serão prestadas as honras militares à Exma Sra Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Vana Rousseff.
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- Leitura do Curriculum Vitae do agraciado, o Desertor Lamarca:
Carlinhos nasceu em 27 de outubro de 1937. Carioca experto, cresceu no Morro de São Carlos, no Rio de Janeiro, de onde saiu, em 1955, após ter sido reprovado em dois concursos, para a Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre. Seus professores bobearam e, três anos depois, estava matriculado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).
Burrinho, mas muito forte, bem dotado fisicamente, descontava nas corridas o que não conseguia nos estudos; assim sendo, conseguiu não ser o último classificado e foi, para a vergonha da Turma de 1960, declarado aspirante-a-oficial da Arma de Infantaria, em dezembro daquele ano, tendo sido designado para servir no quartel do 4º Regimento de Infantaria (4ºRI), em Quitaúna / SP.
Numa noite de um sábado de dezembro de 1964, já na 6ª Cia PE Porto Alegre / RS, quando de oficial-de-dia, Carlinhos facilitou a fuga do Capitão da Aeronáutica Alfredo Ribeiro Daudt, que estava preso por subversão. (Como curiosidade, o capitão “araújo” fez sua proposta para ser sócio do FUNPAPOL, em 30/09/2002. A proposta sempre é devolvida).
Retornando a esta casa (4º RI), em dezembro de 1965, o futuro desertor reencontrou seu amigo e nosso sócio, o Sargento Darcy Rodrigues, com quem montou uma célula clandestina da VPR no quartel, em 1968. Neste mesmo ano, na formatura matinal de sua Companhia (acho que era a CPP 2), na fatídica quarta-feira, 26 de junho, nosso herói chorou diante de seus subordinados pela morte do Sd Mário Kosel Filho, que tinha sido vitimado por uma ação terrorista da VPR. Esse cara era muito FDP (desculpem)!
Após ter aliviado a reserva de armamento de sua subunidade, na tarde de 24 de janeiro de 1969, Carlinhos foi para a casa do ex-Sgt Onofre Pinto, dirigente da VPR, a fim de despedir-se de sua irmã adotiva Maria Pavan - com quem tinha casado ainda cadete, por tê-la engravidado - e de seus dois filhos, que embarcaram naquela mesma noite para Cuba, abrindo caminho para Carlinhos ir viver um “affair” com sua amante Iara Iavelberg.
No 4º RI, embora Carlinhos não fizesse parte do time dos mais simpáticos, em função de seu mau-caráter, de sua falta de companheirismo e também pela sua incompetência profissional, houve mais de uma ocasião em que os oficiais se reuniram, fizeram uma “vaquinha” e o ajudaram a sair de dificuldades financeiras.
Falando de sua “competência” profissional, não podemos deixar de citar avaliações feitas por seus subordinados na VPR:
"... era teoricamente despreparado e politicamente sem experiência... tinha frieza e intuição... era autoritário e não gostava de ser contrariado..." segundo Ariston Oliveira Lucena - que com ele participou do assassinato do Tenente Mendes, em Registro, publicadas em entrevista no "Jornal do Brasil" de 22 de setembro de 1988;
“O Cap Lamarca não possui um QI satisfatório, à altura de ser um líder revolucionário. É um elemento de caráter volúvel, não tem posição definida, suas decisões são tomadas seguindo suas tendências emocionais. Suas qualidades militares são limitadas, tem limites de aproveitamento prático do conhecimento técnico que possui. É pouco engenhoso. O valor político que possui para ser um líder de esquerda lhe foi dado pela imprensa (interessada ou não). As suas façanhas são limitadas e são raras, todavia é elemento audacioso.” Escrito de próprio punho por José Araújo da Nóbrega, ex-sargento do Exército e militante da VPR, em maio de 1970.
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Qual a relação dos três ferimentos de Sampaio com a formatura do Carlinhos? Simples. Pensei relatar - tal qual naquela solenidade sacal, onde as três agruras do velho Brigadeiro foram exaustivamente exploradas - os três frios e covardes assassinados perpetrados pelo traidor Carlos Lamarca. Mas desisti, preferi deixar um relato sucinto:
Assassinato nº 1: Na tarde de 09 de maio de 1969, durante um assalto a banco o traidor matou o guarda-civil, Orlando Pinto Saraiva, com dois tiros, um na nuca e outro na testa.
Assassinato nº 2: Em 10 de maio de 1970 o infame cafajeste presidiu um “tribunal revolucionário", que condenou à morte e executou a coronhadas o refém Tenente Alberto Mendes Junior.
Assassinato nº 3: Na manhã de 07 de dezembro de 1970, durante o seqüestro do Embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, o desertor Lamarca atirou nas costas do Agente da Polícia Federal Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer três dias depois.
Tive que deixar os preparativos da solenidade, pois fui chamado às pressas à Direção-Geral do FUNPAPOL para tratar de uma nova demanda. Nossos advogados estão entrando com um processo na Comissão de Anistia, a fim de conseguir uma reparação do Estado, a conseqüente pensão e a promoção na reserva de um ex-militar, o Sr Marcelo Soares de Medeiros, também conhecido como Marcelo PQD.
O meu telefone não pára, diversos militares estão me ligando, indignados com a posição do FUNPAPOL no Caso Carlinhos. Nada posso fazer. Chegaram, inclusive, a citar que, com os desmandos e as provocações que estão acontecendo, este Governo vai acabar reabilitando Virgulino Lampião, visto que sua bisneta foi uma das transportadoras da tocha do PAN, em Alagoas. A todos respondi, lembrando as sábias palavras de uma ministra do Noço Guia:
- Já que ela (a bisneta) a tocha traz, relaxa e goza!
(*) Jacornélio é um desesperançado boquiaberto brasileiro, paracaidista boliviano do 3º Batalhão (não salta nem da torre), ex-cangaceiro e Diretor-Geral do Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL).
Revisão: Paul Word Spin Org Writer
Brasília, 17 de junho de 2007.
e-mail: jacornelio@bol.com.br e jacorneliomg@hotmail.com