por José Luis Sávio Costa*
em 30 de Dezembro de 2006
“Cadetes! Sois a esperança de um Brasil inteligente”, diz a canção da Academia Militar e nós, velhos soldados, relembramos tempos passados com olhar no futuro que almejamos para nosso país.
Com saudade lembramos momentos simples, porém cheios de significados para nossas recordações. Lembramos as letras das canções que nos embalaram nas emoções de jovens e nos carregam dando força para suportar um presente que nos aflige.
Recordamos as canções das Armas cantadas com vibração e as cadências firmes de coturnos e botas a marcar as entradas nas entre-alas, após as duras jornadas de instrução. O comando de fora de forma, com o grito de guerra da Arma ou Serviço reboando com força e crença, ainda soam em nossas memórias, apesar das decepções que são legadas na atualidade por omissos Chefes.
Relembramos e sentimos tristeza, ainda que esperançosos de novos tempos que resgatem valores que sempre defendemos ao longo de nossas vidas militares, no Juramento a Bandeira, no Compromisso ao Primeiro Posto, e nas despedidas dos companheiros sacrificados em missões recebidas e hoje esquecidas ou omitidas nas solenidades que, por anos e mais anos, perfilados cultuamos.
A primeira chama, agora, foi acesa pelo Comando e alunos da Escola Preparatória de Cadetes ao escolher o nome do Exmº. Sr. Presidente Emílio Garrastazu Médici como Patrono da Turma deste ano, por certo contrariando o pensamento do omisso Comandante da Força Terrestre. Esperamos que o exemplo cale no fundo do coração e das mentes dos jovens militares. Médici legou um passado onde a corrupção nunca teve abrigo e manteve nosso País imune da chaga terrorista, tornando-se alvo predileto da sanha revanchista. Cultuamos sua memória como cultuamos a de Líderes que nos levaram à jornada de 31 de Março de 1964 e nas lutas travadas em áreas urbanas e rurais para a manutenção da lei e da ordem.
Nestes momentos em que se aproxima um novo ano pedimos, em nome dos que honraram e honram seus juramentos em defesa da Democracia, representadas em nossas Constituições, um futuro mais ameno que este marcado pela corrupção, pela má gestão dos bens públicos imposta a todos nós pelo Apedeuta que nos governa, dizendo não saber o que sempre soube muito bem.
A “Mão Amiga” estendida pelo Comandante da Força em sua mensagem de Natal, por certo serviu e ajudou a muitos irmãos necessitados, mas afagou e cumprimentou ex-terroristas e corruptos. O “Braço Forte” bem adestrado, em sintonia com um estranho senso de justiça, manteve embainhada a Espada, na atualidade símbolo da força omissa na defesa de companheiros que ao seu tempo cumpriram ordens. Prevaleceu o bom senso, no diálogo com corruptos e na intenção harmonizadora com os que desrespeitam a lei, nunca para dissuadir as ameaças às nossas instituições democráticas e ao nosso patrimônio.
Cadetes e jovens militares – “Ides comandar, aprendei a obedecer!” Mas não façam deste lema, incrustado em letras douradas e à vista de todos no Pátio Ten Moura, a obediência aos desmandos, a aceitação da corrupção e que envergonha pretéritos e solenes compromissos juramentados à sombra de nosso auriverde pendão.
Dai a nós, velhos soldados, a esperança de melhores dias e estaremos lado a lado em qualquer tipo de luta, cabelos brancos, braços ainda fortes e mãos amigas que não se vendem ao poder corrompido que nos fere.
Um Ano Novo feliz aos soldados do Brasil que não se omitem!
* Cel Ref do Exército Brasileiro, dedicou-se às áreas de: Segurança Nacional e Segurança Interna; Inteligência, Contra Inteligência e Operações de Inteligência; Subversão e Contra-subversão.
Publicado originalmente em © 2006 MidiaSemMascara.org
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sábado, 30 de dezembro de 2006
quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
Exportação de matérias-primas: um suicídio econômico
Por Roque Joaquim Volkweiss,desembargador do TJRS e prof. de Direito Financeiro e de Direito Tributário.
Torna-se oportuna, sempre que se fala em reforma tributária, a reflexão sobre as suas causas. Não me deterei, aqui, na eventual falta de experiência dos escolhidos ou indicados para a gestão da coisa pública, mas nas reais fontes da receita tributária que, não só devem ser preservadas, como também estimuladas.
É antiga e clássica, na economia política e nas finanças públicas, a regra de que um país somente deve exportar, sem imposto, seus produtos industrializados, prontos para uso e consumo, e, com raríssimas exceções, suas matérias-primas. As razões são óbvias: a exportação de matérias-primas tanto esgota as reservas internas de um país como desestimula a criação de novas indústrias e a manutenção das existentes, com a conseqüente falta de geração de empregos e de receitas tributárias.
Contudo, há dez anos vem o Brasil adotando uma suicida política de exportar, sem imposto e a preço vil, porquanto desagregadas de mão-de-obra e de impostos, todas as suas matérias-primas (petróleo, minério, carne, madeira, couro, pedras, grãos, resinas, tecidos, fios e fibras têxteis, lãs, frutas, algodão, etc.). Já não mais se exportam combustíveis, vigas ou chapas de ferro, móveis, roupas ou calçados prontos, mas o petróleo bruto, o minério, a madeira, a fibra têxtil e o couro que lhes dão origem.
Com essa suicida e equivocada política brasileira os produtos que os países industrializam com nossas matérias-primas são imediatamente exportados, ou para o próprio Brasil (aqui concorrendo com nossa parca produção industrial), ou para outros países, onde concorrem diretamente com as exportações de poucos produtos prontos que ainda conseguimos exportar.
Exemplos atuais de países importadores de nossas matérias-primas são a China e a Índia, que, com o nosso couro, industrializam calçados e outros artefatos que, a baixíssimo custo, exportam para os Estados Unidos e outros países, que, em conseqüência, deixam de importar os que produzimos.
Outro exemplo está nas restantes indústrias calçadistas dos Municípios de Novo Hamburgo e arredores, que, por enfrentarem a escancarada concorrência do calçado importado daqueles países, feito com o nosso couro, aqui vendido pela metade do preço, terminam fechando as suas portas!Onde, afinal, a origem legal dessa equivocada política brasileira? Sem dúvida alguma, na conhecida e apocalíptica Lei Kandir¨ (Lei Complementar nº. 87/96, que, em seu art. 3º, inc. II, liberou da incidência do ICMS estadual todas as exportações de matérias-primas) e na Emenda Constitucional nº. 42/03, que, via § 2º, inciso X, alínea ¨a¨, do seu art. 155, incluiu na nossa lei maior, como derradeiro golpe de misericórdia ao nosso desenvolvimento nacional, essa malfadada não-incidência tributária, ao mesmo tempo em que a União declarou, também, a não-incidência do seu Imposto de Exportação sobre as mesmas matérias-primas.Essa assassina política vem prejudicando, a olhos vistos e cada vez mais, não só as empresas e o povo brasileiro, mas também o próprio Poder Público: este, por deixar de arrecadar impostos necessários à sua sobrevivência, e, as empresas, por não disporem de matérias-primas para o seu desenvolvimento, e, o povo, por não haver geração de empregos.
É fácil de entender, mas só para os que realmente querem: quanto mais empresas, mais empregos; quanto mais empregos, maior a renda; e quanto maior a renda, maior o consumo!Assim, claro resta que a verdadeira causa do engessamento do desenvolvimento da economia brasileira está unicamente nas exportações, - a ¨troco de banana¨ e a preço vil, euforicamente disputadas pelos países mais pobres do mundo -, de todas as suas matérias-primas que, ademais, não são eternas.
A propósito: o que fará o Brasil quando se esgotarem suas reservas naturais, como o minério e o petróleo? Certamente as comprará de outros países, então a preço de ouro, ficando então mais dependente das importações do que, hoje,das suas exportações.
Essa predatória política brasileira faz lembrar o conhecido filme estrelado por Arnold Schwarzenegger: ¨O Exterminador do Futuro¨. E é para lá que estamos caminhando se nenhuma providência for imediatamente tomada!Não vejo outra solução para reverter essa nefasta situação que só um cego não vê, senão manter aqui as nossas matérias-primas para, agregando-lhes mão-de-obra, exportá-las já industrializadas, aí sim, sem tributos, e, paralelamente, permitindo a exportação de matérias-primas somente se forem tributadas ou, sem tributação, e sempre em caráter provisório e eventual, se excedentes e perecíveis. Essa conscientização é absolutamente necessária, com a continuada pressão das indústrias e de suas lideranças, porque o Brasil não é celeiro de um mundo que, hoje, debocha da nossa falta de experiência em matéria de economia e finanças públicas!
Chega de exportação de impostos! O povo brasileiro quer e precisa de trabalho para sobreviver e, principalmente, quer ver, de uma vez por todas, retomado o nosso crescimento econômico! Urge, pois, sejam revogados os textos legais que declararam imunes a impostos, sem exceções, nossas exportações de matérias-primas, com o que estará o Governo, de um lado, não só estimulando a criação de novas empresas produtoras, mas também a manutenção e o crescimento das já existentes, com a conseqüente geração de novos empregos e de maiores receitas tributárias, e, de outro lado, abandonando definitivamente a sua surrada, falsa e enganosa cantilena de que a economia brasileira está crescendo, e, ao mesmo tempo, transformando em realidade a sua prometida criação de novos empregos e o seu programa ¨fome zero¨, hoje mais para ¨chinês¨ ver
(*) E.mail: Imprensa@tj.rs.gov.br Publicado em www.espaçovital.com.br
Torna-se oportuna, sempre que se fala em reforma tributária, a reflexão sobre as suas causas. Não me deterei, aqui, na eventual falta de experiência dos escolhidos ou indicados para a gestão da coisa pública, mas nas reais fontes da receita tributária que, não só devem ser preservadas, como também estimuladas.
É antiga e clássica, na economia política e nas finanças públicas, a regra de que um país somente deve exportar, sem imposto, seus produtos industrializados, prontos para uso e consumo, e, com raríssimas exceções, suas matérias-primas. As razões são óbvias: a exportação de matérias-primas tanto esgota as reservas internas de um país como desestimula a criação de novas indústrias e a manutenção das existentes, com a conseqüente falta de geração de empregos e de receitas tributárias.
Contudo, há dez anos vem o Brasil adotando uma suicida política de exportar, sem imposto e a preço vil, porquanto desagregadas de mão-de-obra e de impostos, todas as suas matérias-primas (petróleo, minério, carne, madeira, couro, pedras, grãos, resinas, tecidos, fios e fibras têxteis, lãs, frutas, algodão, etc.). Já não mais se exportam combustíveis, vigas ou chapas de ferro, móveis, roupas ou calçados prontos, mas o petróleo bruto, o minério, a madeira, a fibra têxtil e o couro que lhes dão origem.
Com essa suicida e equivocada política brasileira os produtos que os países industrializam com nossas matérias-primas são imediatamente exportados, ou para o próprio Brasil (aqui concorrendo com nossa parca produção industrial), ou para outros países, onde concorrem diretamente com as exportações de poucos produtos prontos que ainda conseguimos exportar.
Exemplos atuais de países importadores de nossas matérias-primas são a China e a Índia, que, com o nosso couro, industrializam calçados e outros artefatos que, a baixíssimo custo, exportam para os Estados Unidos e outros países, que, em conseqüência, deixam de importar os que produzimos.
Outro exemplo está nas restantes indústrias calçadistas dos Municípios de Novo Hamburgo e arredores, que, por enfrentarem a escancarada concorrência do calçado importado daqueles países, feito com o nosso couro, aqui vendido pela metade do preço, terminam fechando as suas portas!Onde, afinal, a origem legal dessa equivocada política brasileira? Sem dúvida alguma, na conhecida e apocalíptica Lei Kandir¨ (Lei Complementar nº. 87/96, que, em seu art. 3º, inc. II, liberou da incidência do ICMS estadual todas as exportações de matérias-primas) e na Emenda Constitucional nº. 42/03, que, via § 2º, inciso X, alínea ¨a¨, do seu art. 155, incluiu na nossa lei maior, como derradeiro golpe de misericórdia ao nosso desenvolvimento nacional, essa malfadada não-incidência tributária, ao mesmo tempo em que a União declarou, também, a não-incidência do seu Imposto de Exportação sobre as mesmas matérias-primas.Essa assassina política vem prejudicando, a olhos vistos e cada vez mais, não só as empresas e o povo brasileiro, mas também o próprio Poder Público: este, por deixar de arrecadar impostos necessários à sua sobrevivência, e, as empresas, por não disporem de matérias-primas para o seu desenvolvimento, e, o povo, por não haver geração de empregos.
É fácil de entender, mas só para os que realmente querem: quanto mais empresas, mais empregos; quanto mais empregos, maior a renda; e quanto maior a renda, maior o consumo!Assim, claro resta que a verdadeira causa do engessamento do desenvolvimento da economia brasileira está unicamente nas exportações, - a ¨troco de banana¨ e a preço vil, euforicamente disputadas pelos países mais pobres do mundo -, de todas as suas matérias-primas que, ademais, não são eternas.
A propósito: o que fará o Brasil quando se esgotarem suas reservas naturais, como o minério e o petróleo? Certamente as comprará de outros países, então a preço de ouro, ficando então mais dependente das importações do que, hoje,das suas exportações.
Essa predatória política brasileira faz lembrar o conhecido filme estrelado por Arnold Schwarzenegger: ¨O Exterminador do Futuro¨. E é para lá que estamos caminhando se nenhuma providência for imediatamente tomada!Não vejo outra solução para reverter essa nefasta situação que só um cego não vê, senão manter aqui as nossas matérias-primas para, agregando-lhes mão-de-obra, exportá-las já industrializadas, aí sim, sem tributos, e, paralelamente, permitindo a exportação de matérias-primas somente se forem tributadas ou, sem tributação, e sempre em caráter provisório e eventual, se excedentes e perecíveis. Essa conscientização é absolutamente necessária, com a continuada pressão das indústrias e de suas lideranças, porque o Brasil não é celeiro de um mundo que, hoje, debocha da nossa falta de experiência em matéria de economia e finanças públicas!
Chega de exportação de impostos! O povo brasileiro quer e precisa de trabalho para sobreviver e, principalmente, quer ver, de uma vez por todas, retomado o nosso crescimento econômico! Urge, pois, sejam revogados os textos legais que declararam imunes a impostos, sem exceções, nossas exportações de matérias-primas, com o que estará o Governo, de um lado, não só estimulando a criação de novas empresas produtoras, mas também a manutenção e o crescimento das já existentes, com a conseqüente geração de novos empregos e de maiores receitas tributárias, e, de outro lado, abandonando definitivamente a sua surrada, falsa e enganosa cantilena de que a economia brasileira está crescendo, e, ao mesmo tempo, transformando em realidade a sua prometida criação de novos empregos e o seu programa ¨fome zero¨, hoje mais para ¨chinês¨ ver
(*) E.mail: Imprensa@tj.rs.gov.br Publicado em www.espaçovital.com.br
A MORTE DE FIDEL
por Ipojuca Pontes 26/12/2006
“- Qual o país mais próximo do inferno?
- Cuba.
- Não, o Haiti. Cuba é o inferno...” – humor cubano.
Fidel Castro está clinicamente morto. Considerado o mais velho tirano da América Latina, desde julho de 2001 (há mais de cinco anos, portanto) quando, durante um dos seus enfadonhos discursos, teve breve desmaio, boa parte do mundo desconfiou que ele estava indo pro beleléu.
Em outubro de 2004, durante ato público na província de Santa Clara, depois de desabar de um estrado diante de câmeras de televisão, Fidel fraturou perna e braço, passando a se locomover em cadeiras de rodas. No final de 2005, especialista da agência americana de inteligência, CIA, ao examinar inúmeras imagens de Fidel, disse que ele sofria do mal de Parkinson, doença degenerescente cuja característica externa é o tremor de mãos. Para contestar a CIA, fingindo indignação, o tirano fez o que mais gostava: mentir. Assim, numa aula inaugural da Universidade de Havana, acusou o imperialismo ianque de querer matá-lo antes do tempo: “Eu me sinto melhor do que nunca!”Não era bem assim e a CIA tinha razão: em meados de 2006, depois de participar de reunião do Mercosul em Córdoba, Argentina, Fidel anunciou que ia fazer cirurgia para estancar uma hemorragia no intestino, em conseqüência do “stress” da viagem. Como previsto, Castro, em 31 de julho, passou o reinado ao irmão (alcoólatra) Raul e não mais apareceu em público. Ou melhor: fez duas aparições na TV, em outubro, uma delas, já esquálido, ao lado do herdeiro Hugo Chávez. A camarilha do PC cubano, alegando “recomendação médica”, adiou para 2 de dezembro as comemorações dos seus 80 anos (e os 50 anos do desembarque do iate em Cuba), que deveria ser festejado a 13 de agosto, data em que Fidel nasceu. Ainda assim, ele não compareceu às solenidades anunciadas. E também não compareceu, em Havana, à Cúpula do Movimento dos Países Não-alinhados, um aríete ideológico usado para atacar, desde sempre, os EUA. Como em geral ocorre com todo egocrata comunista, o entorno do poder tratou de esconder a verdade: Fidel está “clinicamente morto” desde quarta-feira, 20, dez dias após a morte de outro ditador, mais brando, o General Pinochet. Antes, o jornal britânico The Independent, publicou que ele sofria de câncer terminal (tumor no estomago) e não emplacaria o Natal (acertou na mosca). Em seguida, um agente da CIA, John Negroponte, garantiu que sua morte era questão de mês. Por sua vez, o noticiário informava que Chávez tinha recebido carta de Fidel felicitando-o pela reeleição – coisa, no entanto, feita em papel datilografado, e não por manuscrito, como habitualmente fazia o tirano. No entremeio, em entrevista concedida ao Los Angeles Times, Alina Revuelta, filha de Fidel residente nos EUA junto a dois milhões de exilados cubanos, declarou que ele viveu os dias de pré-agonia orando com fervor ao lado de padres jesuítas. Castro teria participado de sessões de magia negra, trazendo do Haiti um feiticeiro do “vodu”, culto parecido com o nosso conhecidíssimo candomblé. De fato, “El Caballo” não queria entregar os pontos. Por que a camarilha do PC cubano esconde a morte clínica de Castro? Por dois motivos: primeiro, por não saber precisamente o que fazer, visto que facções, dentro do governo, se dividem entre abrir um pouco ou fechar ainda mais o regime policial vigente. Na prática, a ilha nunca esteve tão controlada, com exército, agentes da DGI (Dirécion General de Inteligência) e a polícia fechando o cerco sobre a população que, há décadas, mantém culto obrigatório ao Deus-tirano. Como agirá o povo de Cuba depois de anunciada oficialmente a morte de Castro? Ficará inerte? Irá se insurgir? A ilha-cárcere vai tolerar mais décadas de fome e miséria? (Em particular, desconfio que sim).O segundo motivo diz respeito à própria vontade do ditador. Antes da morte clínica, Fidel teria recomendado ao irmão Raul e círculos do poder, que mantivessem sua imagem ligada ao mito de El Cid, o Campeador, cavaleiro espanhol que ganhou batalha depois de morto e com o qual desejava ser identificado. A idéia básica é sustentar que “El Comandante vuelta”. E o esquema armado pelo tirano funciona bem: conseguiu até lograr uma delegação parlamentar (democrata) americana que saiu de Cuba, sem vê-lo, certa de que o morto-vivo vai reassumir o seu papel de Líder Máximo. Em Recordações da Casa dos Mortos, Dostoievski, o escritor que mergulhou nos recônditos da alma humana, sagrou em letra de forma que a tirania - o ato de governar pela opressão - é um hábito: “Ela tem a propriedade de se desenvolver, e se dilata a tal ponto que acaba virando doença”. Fidel Castro, basta examinar, foi o exemplo perfeito do doente sanguinário que, no propósito de “salvar” Cuba da “exploração ianque”, levou o povo cubano ao espaço contínuo da fome, repressão e horror, mantendo-se no poder pelo jugo sinistro dos expurgos, fuzilamentos em massa e prisões nos campos de concentração. Ele foi o responsável direto pelo desaparecimento, tortura e morte de mais de 50 mil pessoas, como registra, inquestionável, o Livro Negro do Comunismo, de Stéphane Courtois (Bertrand do Brasil, Rio, 1999).Devo acrescentar ainda que não escrevo por ouvir dizer. Estive duas vezes na ilha-cárcere e vi de perto como funciona o regime totalitário articulado pela vontade de Castro e o aparato ideológico do Partido Comunista, impondo às massas uma vida de indigência, em que o mínimo - por exemplo, o simples direito de ir e vir - é tido como crime hediondo. Para Fidel Castro, o tirano, só um milagre. Que a terra lhe seja pesada.
PS – Este artigo deveria ser publicado quando a camarilha do PC cubano enterrasse de vez o corpo do ditador. Mas antecipo o obituário certo de que vai demorar meses para que a cúpula cubana, na sua estratégia de explorar o cadáver, considere Fidel Castro clinicamente morto.
Fonte: www.diogocasagrande.com.br
Recomendo: Leitura diária deste site
Nascimento
“- Qual o país mais próximo do inferno?
- Cuba.
- Não, o Haiti. Cuba é o inferno...” – humor cubano.
Fidel Castro está clinicamente morto. Considerado o mais velho tirano da América Latina, desde julho de 2001 (há mais de cinco anos, portanto) quando, durante um dos seus enfadonhos discursos, teve breve desmaio, boa parte do mundo desconfiou que ele estava indo pro beleléu.
Em outubro de 2004, durante ato público na província de Santa Clara, depois de desabar de um estrado diante de câmeras de televisão, Fidel fraturou perna e braço, passando a se locomover em cadeiras de rodas. No final de 2005, especialista da agência americana de inteligência, CIA, ao examinar inúmeras imagens de Fidel, disse que ele sofria do mal de Parkinson, doença degenerescente cuja característica externa é o tremor de mãos. Para contestar a CIA, fingindo indignação, o tirano fez o que mais gostava: mentir. Assim, numa aula inaugural da Universidade de Havana, acusou o imperialismo ianque de querer matá-lo antes do tempo: “Eu me sinto melhor do que nunca!”Não era bem assim e a CIA tinha razão: em meados de 2006, depois de participar de reunião do Mercosul em Córdoba, Argentina, Fidel anunciou que ia fazer cirurgia para estancar uma hemorragia no intestino, em conseqüência do “stress” da viagem. Como previsto, Castro, em 31 de julho, passou o reinado ao irmão (alcoólatra) Raul e não mais apareceu em público. Ou melhor: fez duas aparições na TV, em outubro, uma delas, já esquálido, ao lado do herdeiro Hugo Chávez. A camarilha do PC cubano, alegando “recomendação médica”, adiou para 2 de dezembro as comemorações dos seus 80 anos (e os 50 anos do desembarque do iate em Cuba), que deveria ser festejado a 13 de agosto, data em que Fidel nasceu. Ainda assim, ele não compareceu às solenidades anunciadas. E também não compareceu, em Havana, à Cúpula do Movimento dos Países Não-alinhados, um aríete ideológico usado para atacar, desde sempre, os EUA. Como em geral ocorre com todo egocrata comunista, o entorno do poder tratou de esconder a verdade: Fidel está “clinicamente morto” desde quarta-feira, 20, dez dias após a morte de outro ditador, mais brando, o General Pinochet. Antes, o jornal britânico The Independent, publicou que ele sofria de câncer terminal (tumor no estomago) e não emplacaria o Natal (acertou na mosca). Em seguida, um agente da CIA, John Negroponte, garantiu que sua morte era questão de mês. Por sua vez, o noticiário informava que Chávez tinha recebido carta de Fidel felicitando-o pela reeleição – coisa, no entanto, feita em papel datilografado, e não por manuscrito, como habitualmente fazia o tirano. No entremeio, em entrevista concedida ao Los Angeles Times, Alina Revuelta, filha de Fidel residente nos EUA junto a dois milhões de exilados cubanos, declarou que ele viveu os dias de pré-agonia orando com fervor ao lado de padres jesuítas. Castro teria participado de sessões de magia negra, trazendo do Haiti um feiticeiro do “vodu”, culto parecido com o nosso conhecidíssimo candomblé. De fato, “El Caballo” não queria entregar os pontos. Por que a camarilha do PC cubano esconde a morte clínica de Castro? Por dois motivos: primeiro, por não saber precisamente o que fazer, visto que facções, dentro do governo, se dividem entre abrir um pouco ou fechar ainda mais o regime policial vigente. Na prática, a ilha nunca esteve tão controlada, com exército, agentes da DGI (Dirécion General de Inteligência) e a polícia fechando o cerco sobre a população que, há décadas, mantém culto obrigatório ao Deus-tirano. Como agirá o povo de Cuba depois de anunciada oficialmente a morte de Castro? Ficará inerte? Irá se insurgir? A ilha-cárcere vai tolerar mais décadas de fome e miséria? (Em particular, desconfio que sim).O segundo motivo diz respeito à própria vontade do ditador. Antes da morte clínica, Fidel teria recomendado ao irmão Raul e círculos do poder, que mantivessem sua imagem ligada ao mito de El Cid, o Campeador, cavaleiro espanhol que ganhou batalha depois de morto e com o qual desejava ser identificado. A idéia básica é sustentar que “El Comandante vuelta”. E o esquema armado pelo tirano funciona bem: conseguiu até lograr uma delegação parlamentar (democrata) americana que saiu de Cuba, sem vê-lo, certa de que o morto-vivo vai reassumir o seu papel de Líder Máximo. Em Recordações da Casa dos Mortos, Dostoievski, o escritor que mergulhou nos recônditos da alma humana, sagrou em letra de forma que a tirania - o ato de governar pela opressão - é um hábito: “Ela tem a propriedade de se desenvolver, e se dilata a tal ponto que acaba virando doença”. Fidel Castro, basta examinar, foi o exemplo perfeito do doente sanguinário que, no propósito de “salvar” Cuba da “exploração ianque”, levou o povo cubano ao espaço contínuo da fome, repressão e horror, mantendo-se no poder pelo jugo sinistro dos expurgos, fuzilamentos em massa e prisões nos campos de concentração. Ele foi o responsável direto pelo desaparecimento, tortura e morte de mais de 50 mil pessoas, como registra, inquestionável, o Livro Negro do Comunismo, de Stéphane Courtois (Bertrand do Brasil, Rio, 1999).Devo acrescentar ainda que não escrevo por ouvir dizer. Estive duas vezes na ilha-cárcere e vi de perto como funciona o regime totalitário articulado pela vontade de Castro e o aparato ideológico do Partido Comunista, impondo às massas uma vida de indigência, em que o mínimo - por exemplo, o simples direito de ir e vir - é tido como crime hediondo. Para Fidel Castro, o tirano, só um milagre. Que a terra lhe seja pesada.
PS – Este artigo deveria ser publicado quando a camarilha do PC cubano enterrasse de vez o corpo do ditador. Mas antecipo o obituário certo de que vai demorar meses para que a cúpula cubana, na sua estratégia de explorar o cadáver, considere Fidel Castro clinicamente morto.
Fonte: www.diogocasagrande.com.br
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Nascimento
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
Vendo a safadeza passar...
por José Luis Sávio Costa
em 24 de dezembro de 2006
Para início de conversa, não sou político nem habito os arredores do Poder corrupto do PT e sua base aliada, detestando os militares que por fraqueza de caráter são incapazes de honrar passados juramentos feitos no início da carreira militar.
Os partidos políticos brasileiros têm demonstrado ao longo de suas existências uma fraqueza congênita que se aguça em momentos de crise, quando seus supostos princípios fenecem diante do oportunismo e da desfaçatez que domina seus quadros dirigentes nos mais diversos níveis. A moldura é válida para todos os partidos políticos independentes de seus padrões ideológicos, uma mera fantasia de seus programas e resoluções políticas.
Isto é válido de forma mais patente para os partidos marxistas, que se dizendo programáticos nunca o foram.
Desde 1922 com a criação do Partido Comunista do Brasil, Seção da Internacional Comunista, berço do PCB-Partidão agora com seus militantes albergados em várias siglas partidárias, envergonhados pelo fracasso do socialismo real endeusado até a desintegração do Movimento Comunista Internacional, as esquerdas marxistas revolucionárias demonstraram, claramente, nas suas trilhas históricas os erros de suas projeções proclamadas como assentadas na ciência sobre o conhecimento e a transformação revolucionária, sobre as leis do desenvolvimento da sociedade, a natureza e o pensamento humano (Extraído do Breve Dicionário Político, Editorial Progresso, Moscou, 1980).
Erraram nas análises das conjunturas internacionais e nacionais de todas as crises que vivenciaram, tateando em busca de suas supostas projeções científicas de um devir revolucionário, sempre desmentido logo adiante por suas inescapáveis derrotas nas lutas políticas que marcaram e marcam suas trajetórias.
Sempre falharam, ou na visualização das condições objetivas que seus teóricos viam marcando o cenário internacional e nacional da conjuntura, ou falharam levados por uma visão estrábica das condições subjetivas que os incentivava para uma luta política descabida e sem retorno. Suas críticas e autocríticas são páginas de hipocrisia nas tentativas de justificar as derrotas inapeláveis que atestam estes fatos.
Escravos dos pensamentos de seus mestres sempre culpavam e culpam suas deficiências pessoais; jamais o conteúdo alienado das bases de seus auto-enganos – a letra e forma dos escritos de Marx, Engels, Lênin, Trotski, Mao, Gramsci e seus copiadores nacionais de pouco ou quase nenhum talento, a não ser como artífices de regimes totalitários que assinalam os países que adotam regimes comunistas ou que marcham alienados para um destino semelhante aos que feneceram.
Sempre tive a sensação de que o indefinível socialismo petista repousa na sua incapacidade de definir as condições objetivas da sociedade brasileira, atadas às visões das várias facções que se digladiam em seus Diretórios Nacional e Estaduais. Estas facções são escravas de origens mais populistas do que as misturas marxistas desconexas que dizem defender, imbróglio de difícil resultante para montagem de qualquer cenário coerente, mesmo que suas análises fossem só de uma das suas variantes ditas marxistas - por si só, até hoje incapazes de definir qualquer coisa –; no fim, o subjetivismo impera em soluções de compromisso sem solução definitiva, para nossa felicidade.
Estes capengas ideológicos fazem da imoralidade, da corrupção, da desinformação o palco de suas tragicomédias diárias e são acompanhados por um séqüito de parceiros sem caráter, mal intencionados, companheiros de viagem, cínicos aduladores do Poder petista.
Com Lula à frente e os Marco Aurélio Garcia, Dilma Ana Roussef e assemelhados, formam um cortejo de fazer corar tantas outras bandalheiras que empurram nosso país para um poço sem fim, com o beneplácito dos que deveriam resguardar a Constituição, mantendo a paz e a ordem.
Destino de difícil prognóstico para o nosso Brasil.
Na atualidade seus ícones são Chávez e Fidel e a estratégia e tática estão assentadas em Gramsci e caterva, adaptados ao cenário latino-americano pela ideóloga Marta Harnecker que vive em Havana desde 1974. Viúva de Manuel “Barbaroja” Piñero Losada, ex-articulador dos movimentos guerrilheiros latino-americanos, Marta Harnecker dirige em Cuba justamente um centro de estudos que orienta as organizações dedicadas à luta política na “sociedade civil organizada”, que não foge à ótica gramsciana - o Centro de Recuperación y Difusión de la Memoria Histórica del Movimiento Popular Latinoamericano.
Desde 1922 estamos vendo as esquerdas obedecendo a um blá-blá-blá vindo do exterior. E nós, o que fazemos? Vemos a safadeza passar com a anuência dos que deviam varrer do país o lulismo e seus asseclas. Até quando?
Fonte: © 2006 MidiaSemMascara.org
em 24 de dezembro de 2006
Para início de conversa, não sou político nem habito os arredores do Poder corrupto do PT e sua base aliada, detestando os militares que por fraqueza de caráter são incapazes de honrar passados juramentos feitos no início da carreira militar.
Os partidos políticos brasileiros têm demonstrado ao longo de suas existências uma fraqueza congênita que se aguça em momentos de crise, quando seus supostos princípios fenecem diante do oportunismo e da desfaçatez que domina seus quadros dirigentes nos mais diversos níveis. A moldura é válida para todos os partidos políticos independentes de seus padrões ideológicos, uma mera fantasia de seus programas e resoluções políticas.
Isto é válido de forma mais patente para os partidos marxistas, que se dizendo programáticos nunca o foram.
Desde 1922 com a criação do Partido Comunista do Brasil, Seção da Internacional Comunista, berço do PCB-Partidão agora com seus militantes albergados em várias siglas partidárias, envergonhados pelo fracasso do socialismo real endeusado até a desintegração do Movimento Comunista Internacional, as esquerdas marxistas revolucionárias demonstraram, claramente, nas suas trilhas históricas os erros de suas projeções proclamadas como assentadas na ciência sobre o conhecimento e a transformação revolucionária, sobre as leis do desenvolvimento da sociedade, a natureza e o pensamento humano (Extraído do Breve Dicionário Político, Editorial Progresso, Moscou, 1980).
Erraram nas análises das conjunturas internacionais e nacionais de todas as crises que vivenciaram, tateando em busca de suas supostas projeções científicas de um devir revolucionário, sempre desmentido logo adiante por suas inescapáveis derrotas nas lutas políticas que marcaram e marcam suas trajetórias.
Sempre falharam, ou na visualização das condições objetivas que seus teóricos viam marcando o cenário internacional e nacional da conjuntura, ou falharam levados por uma visão estrábica das condições subjetivas que os incentivava para uma luta política descabida e sem retorno. Suas críticas e autocríticas são páginas de hipocrisia nas tentativas de justificar as derrotas inapeláveis que atestam estes fatos.
Escravos dos pensamentos de seus mestres sempre culpavam e culpam suas deficiências pessoais; jamais o conteúdo alienado das bases de seus auto-enganos – a letra e forma dos escritos de Marx, Engels, Lênin, Trotski, Mao, Gramsci e seus copiadores nacionais de pouco ou quase nenhum talento, a não ser como artífices de regimes totalitários que assinalam os países que adotam regimes comunistas ou que marcham alienados para um destino semelhante aos que feneceram.
Sempre tive a sensação de que o indefinível socialismo petista repousa na sua incapacidade de definir as condições objetivas da sociedade brasileira, atadas às visões das várias facções que se digladiam em seus Diretórios Nacional e Estaduais. Estas facções são escravas de origens mais populistas do que as misturas marxistas desconexas que dizem defender, imbróglio de difícil resultante para montagem de qualquer cenário coerente, mesmo que suas análises fossem só de uma das suas variantes ditas marxistas - por si só, até hoje incapazes de definir qualquer coisa –; no fim, o subjetivismo impera em soluções de compromisso sem solução definitiva, para nossa felicidade.
Estes capengas ideológicos fazem da imoralidade, da corrupção, da desinformação o palco de suas tragicomédias diárias e são acompanhados por um séqüito de parceiros sem caráter, mal intencionados, companheiros de viagem, cínicos aduladores do Poder petista.
Com Lula à frente e os Marco Aurélio Garcia, Dilma Ana Roussef e assemelhados, formam um cortejo de fazer corar tantas outras bandalheiras que empurram nosso país para um poço sem fim, com o beneplácito dos que deveriam resguardar a Constituição, mantendo a paz e a ordem.
Destino de difícil prognóstico para o nosso Brasil.
Na atualidade seus ícones são Chávez e Fidel e a estratégia e tática estão assentadas em Gramsci e caterva, adaptados ao cenário latino-americano pela ideóloga Marta Harnecker que vive em Havana desde 1974. Viúva de Manuel “Barbaroja” Piñero Losada, ex-articulador dos movimentos guerrilheiros latino-americanos, Marta Harnecker dirige em Cuba justamente um centro de estudos que orienta as organizações dedicadas à luta política na “sociedade civil organizada”, que não foge à ótica gramsciana - o Centro de Recuperación y Difusión de la Memoria Histórica del Movimiento Popular Latinoamericano.
Desde 1922 estamos vendo as esquerdas obedecendo a um blá-blá-blá vindo do exterior. E nós, o que fazemos? Vemos a safadeza passar com a anuência dos que deviam varrer do país o lulismo e seus asseclas. Até quando?
Fonte: © 2006 MidiaSemMascara.org
domingo, 24 de dezembro de 2006
Quousque tandem abutere patientia nostra?
Prezados Companheiros
Segundo email que recebi, abordando o conteúdo de palestra do Comandante do EB, se confirmam minhas previsões pessimistas de que:
1. Durante esse próximo ano de 2.007 não haverá nenhum reajuste dos vencimentos dos militares.
2. A paridade entre ativa e reserva deverá ser extinta, durante este novo mandato do Lulla, sob a alegação de que em vários países sul americanos e europeus isso não existe mais, e o déficit-rombo da previdência está na ordem de 1 trilhão de reais.
São decisões desse mesmo governo, que concede isenção do imposto de renda e vultosas indenizações aos anistiados (inclusive os que nunca haviam sido cassados, como o próprio presidente), enquanto os privilegiados do legislativo e do judiciário se locupletam às custas dos combalidos recursos públicos, exauridos em várias modalidades de corrupção que se multiplicam graças à impunidade assegurada pelo acobertamento das autoridades responsáveis.
Cabe-me somente perguntar onde estavam as razões dos entusiásticos aplausos de pé que o sapo barbudo recebeu, no auditório lotado do Clube de Aeronáutica, durante sua campanha eleitoral, em 2.002 ?
Ajudaram o homem a se eleger. Agora vão se ferrar.
Quousque tandem abutere patientia nostra?
Fonte preservada.
Segundo email que recebi, abordando o conteúdo de palestra do Comandante do EB, se confirmam minhas previsões pessimistas de que:
1. Durante esse próximo ano de 2.007 não haverá nenhum reajuste dos vencimentos dos militares.
2. A paridade entre ativa e reserva deverá ser extinta, durante este novo mandato do Lulla, sob a alegação de que em vários países sul americanos e europeus isso não existe mais, e o déficit-rombo da previdência está na ordem de 1 trilhão de reais.
São decisões desse mesmo governo, que concede isenção do imposto de renda e vultosas indenizações aos anistiados (inclusive os que nunca haviam sido cassados, como o próprio presidente), enquanto os privilegiados do legislativo e do judiciário se locupletam às custas dos combalidos recursos públicos, exauridos em várias modalidades de corrupção que se multiplicam graças à impunidade assegurada pelo acobertamento das autoridades responsáveis.
Cabe-me somente perguntar onde estavam as razões dos entusiásticos aplausos de pé que o sapo barbudo recebeu, no auditório lotado do Clube de Aeronáutica, durante sua campanha eleitoral, em 2.002 ?
Ajudaram o homem a se eleger. Agora vão se ferrar.
Quousque tandem abutere patientia nostra?
Fonte preservada.
Res loquentur nobis tacentibus
Por Maria Helena Rubinato de Souza
Res loquentur nobis tacentibus (Sêneca, De Beneficiis 2.11.6). (Os fatos falarão, mesmo que fiquemos calados)
Desde o dia em que o deputado Inocêncio de Oliveira deitou latim para comemorar o agrado que a Mesa da Câmara fazia aos seus, bradando “Habemus aumento!”, não me sai da cabeça o presente que recebi do Antonio Romane, amigo virtual que devo ao Blog do Noblat. O Romane, que sabe tudo sobre palavras, me forneceu o endereço de uma verdadeira Caverna do Ali Babá em matéria de provérbios e citações em várias línguas. Inclusive latim. Daí tirei o título que uso hoje, para comemorar com vocês a volta do parafuso: a prova inconteste que, ao contrário do que certas autoridades andaram comemorando, a opinião pública é forte e não desapareceu sob os escombros políticos dos últimos anos. As notícias correm, se espalham, permeiam a sociedade, naquilo que os americanos chamam de ‘grapevine’, gíria para comunicação boca a boca, rumores que se propagam com o vento. O maior formador de opinião é o próprio povo e disso se esqueceram nossas autoridades. Quem gosta de História há de se lembrar de uma época gloriosa da História de Portugal: o período da Ínclita Geração, como ficou conhecida a geração dos filhos do rei dom João I e da rainha Felipa de Lencastre, fundadores da Dinastia de Avis. Seis filhos, todos Príncipes Perfeitos, entre os quais o extraordinário Henrique, o Navegador. Pois bem, por um desses acasos do destino, quiseram os céus que em Brasília houvesse, neste momento, um Príncipe da Igreja por nome Dom João Braz de Avis que, na Missa de Natal rezada dentro do Congresso Nacional, disse em seu sermão: “Como aceitar que um parlamentar brasileiro receba mais de R$ 800 por dia, quando boa parte das pessoas que representa é obrigada a viver com R$ 12 por dia? Como aceitar que o poder Judiciário legisle em alguns casos a seu favor sem demonstrar sensibilidade para o povo para o qual as leis são feitas e interpretadas? Atitudes como as que temos visto nestes dias matam o espírito de Natal”. Os brasileiros, mais uma vez, agradecem à Casa de Avis. Não creio que haja muito mais a dizer a respeito dessa imoral tentativa de aumento escorchante que o Congresso quis se conceder. Fica aquela sensação amarga: só o PSOL foi imediatamente contra, essa é que é a verdade! Contudo, ainda bem que outros acordaram a tempo e se rebelaram contra esse ato indigno. Agora, é esperar que eles, ao adiarem a decisão, obrigados pelo clamor da opinião pública, não estejam contando com nossa pouca memória. Não vamos nos esquecer. Ainda um lembrete: comparar os subsídios – elegante eufemismo para salários – dos juízes do STF com os do Congresso, só pode ser mais uma tentativa de fazer do cargo de deputado e senador, uma carreira. Não é. São ocupações transitórias, que dependem do voto do eleitor e independem, infelizmente, de qualquer graduação ou conhecimentos. Já os juízes trazem consigo anos de estudo, investem muito em suas carreiras e, além de serem em número reduzido, não podem servir 8 anos e se aposentar com pensões baseadas em encantadores subsídios que receberam por tão pouco tempo. A opinião pública, que nada mais é do que a opinião que a sociedade forma a respeito dos mais variados assuntos, está começando a sair da letargia em que ficou. Um de nossos maiores formadores de opinião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gigante dos palanques e dos microfones, se esqueceu de um dado vital: qualquer descuido pode ser fatal, quando se está lidando com multidões. O Congresso Nacional, ao absolver seus mensaleiros e sanguessugas, também desprezou a tal da opinião pública. Pior, deu-a por morta! Pois sim! Ledo engano. Nossa sociedade vem agüentando poucas e boas em nome da opinião formada justamente ao ouvir o operário, o sindicalista, o candidato e presidente Lula. Descobrir que se enganou, é doloroso. Continua preferindo achar que outros erraram, menos ela. Mas, tomem cuidado, ela começa a acordar. Volto à atitude feia do deputado Inocêncio, aliás nome papal. Quem mandou ele misturar a eleição de um papa com aquele ato obsceno da Mesa da Câmara? Pois saiba o deputado que Nuntio vobis gaudium maximum: habemus vox populi! E ele que corra atrás da tradução.
Fonte: Blog do Noblat e DiegoCasagrandeRecomenda
Recomendamos a leitura diária de ambos Colunistas
JCNascimento
Res loquentur nobis tacentibus (Sêneca, De Beneficiis 2.11.6). (Os fatos falarão, mesmo que fiquemos calados)
Desde o dia em que o deputado Inocêncio de Oliveira deitou latim para comemorar o agrado que a Mesa da Câmara fazia aos seus, bradando “Habemus aumento!”, não me sai da cabeça o presente que recebi do Antonio Romane, amigo virtual que devo ao Blog do Noblat. O Romane, que sabe tudo sobre palavras, me forneceu o endereço de uma verdadeira Caverna do Ali Babá em matéria de provérbios e citações em várias línguas. Inclusive latim. Daí tirei o título que uso hoje, para comemorar com vocês a volta do parafuso: a prova inconteste que, ao contrário do que certas autoridades andaram comemorando, a opinião pública é forte e não desapareceu sob os escombros políticos dos últimos anos. As notícias correm, se espalham, permeiam a sociedade, naquilo que os americanos chamam de ‘grapevine’, gíria para comunicação boca a boca, rumores que se propagam com o vento. O maior formador de opinião é o próprio povo e disso se esqueceram nossas autoridades. Quem gosta de História há de se lembrar de uma época gloriosa da História de Portugal: o período da Ínclita Geração, como ficou conhecida a geração dos filhos do rei dom João I e da rainha Felipa de Lencastre, fundadores da Dinastia de Avis. Seis filhos, todos Príncipes Perfeitos, entre os quais o extraordinário Henrique, o Navegador. Pois bem, por um desses acasos do destino, quiseram os céus que em Brasília houvesse, neste momento, um Príncipe da Igreja por nome Dom João Braz de Avis que, na Missa de Natal rezada dentro do Congresso Nacional, disse em seu sermão: “Como aceitar que um parlamentar brasileiro receba mais de R$ 800 por dia, quando boa parte das pessoas que representa é obrigada a viver com R$ 12 por dia? Como aceitar que o poder Judiciário legisle em alguns casos a seu favor sem demonstrar sensibilidade para o povo para o qual as leis são feitas e interpretadas? Atitudes como as que temos visto nestes dias matam o espírito de Natal”. Os brasileiros, mais uma vez, agradecem à Casa de Avis. Não creio que haja muito mais a dizer a respeito dessa imoral tentativa de aumento escorchante que o Congresso quis se conceder. Fica aquela sensação amarga: só o PSOL foi imediatamente contra, essa é que é a verdade! Contudo, ainda bem que outros acordaram a tempo e se rebelaram contra esse ato indigno. Agora, é esperar que eles, ao adiarem a decisão, obrigados pelo clamor da opinião pública, não estejam contando com nossa pouca memória. Não vamos nos esquecer. Ainda um lembrete: comparar os subsídios – elegante eufemismo para salários – dos juízes do STF com os do Congresso, só pode ser mais uma tentativa de fazer do cargo de deputado e senador, uma carreira. Não é. São ocupações transitórias, que dependem do voto do eleitor e independem, infelizmente, de qualquer graduação ou conhecimentos. Já os juízes trazem consigo anos de estudo, investem muito em suas carreiras e, além de serem em número reduzido, não podem servir 8 anos e se aposentar com pensões baseadas em encantadores subsídios que receberam por tão pouco tempo. A opinião pública, que nada mais é do que a opinião que a sociedade forma a respeito dos mais variados assuntos, está começando a sair da letargia em que ficou. Um de nossos maiores formadores de opinião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gigante dos palanques e dos microfones, se esqueceu de um dado vital: qualquer descuido pode ser fatal, quando se está lidando com multidões. O Congresso Nacional, ao absolver seus mensaleiros e sanguessugas, também desprezou a tal da opinião pública. Pior, deu-a por morta! Pois sim! Ledo engano. Nossa sociedade vem agüentando poucas e boas em nome da opinião formada justamente ao ouvir o operário, o sindicalista, o candidato e presidente Lula. Descobrir que se enganou, é doloroso. Continua preferindo achar que outros erraram, menos ela. Mas, tomem cuidado, ela começa a acordar. Volto à atitude feia do deputado Inocêncio, aliás nome papal. Quem mandou ele misturar a eleição de um papa com aquele ato obsceno da Mesa da Câmara? Pois saiba o deputado que Nuntio vobis gaudium maximum: habemus vox populi! E ele que corra atrás da tradução.
Fonte: Blog do Noblat e DiegoCasagrandeRecomenda
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JCNascimento
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
O HEROI E GURU DE LULA E UM MATADOR COVARDE
Raul a esquerda
e Fidel. atraz preparam uma das 17 mil vitimas do Ditador comunista.
Havana,Cuba, Setembro de 1960: Angel Perez Herrera, Padeiro, em seus últimos instantes. Ao fundo os corpos fuzilados da "leva" anterior. Com tantas ordens de fuzilamento na consciência, acho que ninguém gostaria de estar na pele de "El Comandante Fidel" ao enfrentar a própria morte.
* Fidel ditador de Cuba, assassino frio e contumaz, se mantem no poder, simplesmente eliminando os adversários politicos. Essa mente doentia de caráter violento e vingativo, capaz de mandar fuzilar seus próprios irmãos, é hoje o Lider dos presidentes de esquerda e comunistas da America do Sul, O Presidente Lula e Chaves são uns dos mais entusiastas dessa Ditadura, assim como são capazes de repudiar qualqueer ditadura que não seja de suas ideologias.
Assim sendo , em contraposição as manifestações coachadas pelo sapo barbubo, de condenação ao General Pinochet, por supostas três mil mortes durante sua gestão a frente do Governo do Chile, o subserviente, distribuidor de Bolsa Família e alimentador de ONG fria, ideólogo da corrupção, é incapaz de se referir e condenar, mesmo diante de fotos e relatos de exilados políticos, nos USA que comprovam não sómente os fuzilamnetos por motivos políticos, como ter Fidel se apoderado dos bens das vitimas, tornando-se uma das grandes riquezas, enquanto Ditador do povo mais pobre e escravizado do mundo.
Como não poderia deixar de ser, o famigerado ( que o Diabo em breve vai levar) tem como admiradores duas figuras não menos odientas, ambas escolhidas para dirigir a Casa Cívil.
Não duvidem se após Fidel descer ao inferno, o Lulatico decrete luto oficial e Bandeira a meio pau, numa apologia ao crime.
Não duvidem também se milhares delas permanecerem no alto dos mastro.
Vamos ver que tamanho tem a vara do molusco, para cutucar o gorila.
Caboré
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
O LEGADO DE PINOCHET
12.12, 17h28 por Márcio C. Coimbra, de Madri, Espanha.
Enquanto o corpo do General Pinochet é velado em Santiago, correm o mundo manifestações praticamente no mesmo tom: encerrou-se um período trágico da história do Chile.
Como sempre tenho tendência a duvidar da opinião politicamente correta, faço o mesmo neste caso. Ao fim e ao cabo qual foi o legado de Pinochet?
Vamos voltar ao Chile do início da década de 70. Salvador Allende foi escolhido Presidente indiretamente em segundo turno pelo Congresso Pleno em 1970,
Economicamente seu governo se mostrava um desastre. A inflação alcançava três dígitos, agravada pela emissão de moeda sem controle, produção e abastecimentos paralisados em razão de uma série de greves, sabotagens, invasões de terras e fábricas, com anuência presidencial. Ausência de liberdade de imprensa, perseguição de jornalistas que questionavam o modelo esquerdista, restrição da liberdade de reunião e associação, desemprego, ausência de investimentos, déficit público, controle de preços, intervenções nos bancos e no mercado de ações. Um modelo de planificação socialista de controle total da economia estava em curso. Allende preparava o comunismo. Torturas e execuções de pessoas contrárias ao regime também ocorreram. Como resultado, o governo socialista era uma calamidade. O Chile se mostrava cada vez mais enfraquecido institucionalmente. Allende foi responsável por dirigir o país ao caos no intuito de transformar o Chile em um país comunista, sob os auspícios de Moscou, com a ajuda de Svyatoslav Kuznetsov, agente da KGB Soviética que patrocinava pessoalmente o Presidente socialista
Esta era a situação do Chile em 1973.
Este era o governo do Chile em 1973.
Um governo que perseguia, torturava e matava em prol da revolução socialista patrocinada por Moscou e comandada por Allende. O Congresso ainda tentou um último movimento para conter as violações constitucionais da esquerda, aprovando uma moção que acusava o Presidente de cometer violações à Constituição. O Chile se encaminhava para o caos e a implementação de uma real ditadura socialista, comandada por Allende, quando o General Pinochet entrou em cena para conter a situação.
Os jornais são unânimes, como disse no início do artigo, em condenar o governo que sucedeu Allende, entretanto, sem voltar seus olhos para os horrores que sua Presidência produziu. Este artigo de modo algum justifica os atos cometidos por Pinochet, entretanto alerta: as esquerdas que atacam e acusam o mandatário chileno nos dias de hoje não possuem moral para fazê-lo. Pelo menos enquanto apoiarem ditaduras execráveis e cruéis, violadoras dos Direitos Humanos, como a de Fidel Castro em Cuba e de Kim Jong Ill na Coréia do Norte, assim como apoiaram o governo autoritário de Allende. Se hoje se calam frente a regimes sanguinários em curso que ainda ceifam vidas, não possuem autoridade moral para julgar Pinochet. O que tem feito o juiz espanhol Baltazar Garzón para salvar a vida de espanhóis encarcerados em prisões imundas na China? O que tem feito a Anistia Internacional e Federação Internacional dos Direitos Humanos pelos russos torturados por Putin na Chechênia? Ou pela vida meninas africanas que tem o clitóris arrancado por autoridades socialistas e religiosas para que não sintam prazer? O liberalismo econômico aplicado por Pinochet foi determinante para o retorno do Chile a democracia. Isto mostra a coerência da teoria de Milton Friedman, ou seja, somente existe democracia realmente em uma sociedade quando o controle da economia reside nas mãos da população. Assim, onde existem governos que continuam a exercer alta tributação e controle econômico, pode-se até votar, mas o governo conduz o destino dos votos pelo controle da economia. Portanto, a liberdade na economia chilena implementada por Pinochet e mantida por seus sucessores, levou o Chile invariavelmente de volta a democracia na década de 90. Enquanto isso, no resto da América Latina, a pobreza aumenta na medida em que governos controlam a economia, resultando em democracias formais que apenas chancelam o desejo de seus governantes, na sua maioria populistas.Não me coloco no rol das pessoas que dizem ser o fim de um período trágico da história do Chile. Sem Pinochet, talvez o derramamento de sangue fosse infinitamente pior, em especial quando avaliamos o ocorrido em regimes socialistas similares aos que Allende desejava para o Chile.
A restauração das liberdades devem ser creditadas exclusivamente a Pinochet, determinadas pelo liberalismo econômico implementado. A via do socialismo, por meio da intervenção econômica, certamente desviaria o Chile de qualquer chance de alcançar a liberdade, posto que Allende nunca foi um democrata. O legado de Pinochet está claro, somente os cegos pela ideologia marxista não enxergam ou não desejam enxergar, até porque para os socialistas, a única tortura justificável é aquela que é cometida em prol de sua própria ideologia, como em Cuba, onde Castro já exterminou mais de 35.000 pessoas.
Postagem original: Diego Casagrande
Leia a coluna diária de
Diego Caasagrande : www.blogdodiego.com.br
Enquanto o corpo do General Pinochet é velado em Santiago, correm o mundo manifestações praticamente no mesmo tom: encerrou-se um período trágico da história do Chile.
Como sempre tenho tendência a duvidar da opinião politicamente correta, faço o mesmo neste caso. Ao fim e ao cabo qual foi o legado de Pinochet?
Vamos voltar ao Chile do início da década de 70. Salvador Allende foi escolhido Presidente indiretamente em segundo turno pelo Congresso Pleno em 1970,
Economicamente seu governo se mostrava um desastre. A inflação alcançava três dígitos, agravada pela emissão de moeda sem controle, produção e abastecimentos paralisados em razão de uma série de greves, sabotagens, invasões de terras e fábricas, com anuência presidencial. Ausência de liberdade de imprensa, perseguição de jornalistas que questionavam o modelo esquerdista, restrição da liberdade de reunião e associação, desemprego, ausência de investimentos, déficit público, controle de preços, intervenções nos bancos e no mercado de ações. Um modelo de planificação socialista de controle total da economia estava em curso. Allende preparava o comunismo. Torturas e execuções de pessoas contrárias ao regime também ocorreram. Como resultado, o governo socialista era uma calamidade. O Chile se mostrava cada vez mais enfraquecido institucionalmente. Allende foi responsável por dirigir o país ao caos no intuito de transformar o Chile em um país comunista, sob os auspícios de Moscou, com a ajuda de Svyatoslav Kuznetsov, agente da KGB Soviética que patrocinava pessoalmente o Presidente socialista
Esta era a situação do Chile em 1973.
Este era o governo do Chile em 1973.
Um governo que perseguia, torturava e matava em prol da revolução socialista patrocinada por Moscou e comandada por Allende. O Congresso ainda tentou um último movimento para conter as violações constitucionais da esquerda, aprovando uma moção que acusava o Presidente de cometer violações à Constituição. O Chile se encaminhava para o caos e a implementação de uma real ditadura socialista, comandada por Allende, quando o General Pinochet entrou em cena para conter a situação.
Os jornais são unânimes, como disse no início do artigo, em condenar o governo que sucedeu Allende, entretanto, sem voltar seus olhos para os horrores que sua Presidência produziu. Este artigo de modo algum justifica os atos cometidos por Pinochet, entretanto alerta: as esquerdas que atacam e acusam o mandatário chileno nos dias de hoje não possuem moral para fazê-lo. Pelo menos enquanto apoiarem ditaduras execráveis e cruéis, violadoras dos Direitos Humanos, como a de Fidel Castro em Cuba e de Kim Jong Ill na Coréia do Norte, assim como apoiaram o governo autoritário de Allende. Se hoje se calam frente a regimes sanguinários em curso que ainda ceifam vidas, não possuem autoridade moral para julgar Pinochet. O que tem feito o juiz espanhol Baltazar Garzón para salvar a vida de espanhóis encarcerados em prisões imundas na China? O que tem feito a Anistia Internacional e Federação Internacional dos Direitos Humanos pelos russos torturados por Putin na Chechênia? Ou pela vida meninas africanas que tem o clitóris arrancado por autoridades socialistas e religiosas para que não sintam prazer? O liberalismo econômico aplicado por Pinochet foi determinante para o retorno do Chile a democracia. Isto mostra a coerência da teoria de Milton Friedman, ou seja, somente existe democracia realmente em uma sociedade quando o controle da economia reside nas mãos da população. Assim, onde existem governos que continuam a exercer alta tributação e controle econômico, pode-se até votar, mas o governo conduz o destino dos votos pelo controle da economia. Portanto, a liberdade na economia chilena implementada por Pinochet e mantida por seus sucessores, levou o Chile invariavelmente de volta a democracia na década de 90. Enquanto isso, no resto da América Latina, a pobreza aumenta na medida em que governos controlam a economia, resultando em democracias formais que apenas chancelam o desejo de seus governantes, na sua maioria populistas.Não me coloco no rol das pessoas que dizem ser o fim de um período trágico da história do Chile. Sem Pinochet, talvez o derramamento de sangue fosse infinitamente pior, em especial quando avaliamos o ocorrido em regimes socialistas similares aos que Allende desejava para o Chile.
A restauração das liberdades devem ser creditadas exclusivamente a Pinochet, determinadas pelo liberalismo econômico implementado. A via do socialismo, por meio da intervenção econômica, certamente desviaria o Chile de qualquer chance de alcançar a liberdade, posto que Allende nunca foi um democrata. O legado de Pinochet está claro, somente os cegos pela ideologia marxista não enxergam ou não desejam enxergar, até porque para os socialistas, a única tortura justificável é aquela que é cometida em prol de sua própria ideologia, como em Cuba, onde Castro já exterminou mais de 35.000 pessoas.
Postagem original: Diego Casagrande
Leia a coluna diária de
Diego Caasagrande : www.blogdodiego.com.br
domingo, 17 de dezembro de 2006
Bandeira a meio pau, jamais
Produzido por Paulo Carvalho Espíndola
Extrato do que publicou a “Folha de São Paulo”, em 12 Dez 06:
“O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, disse nesta segunda-feira que o Tribunal deve descartar a aprovação com ressalvas. 'O que é aprovação com ressalva? Qual é a extensão da ressalva? Eu disse e repito: não há oportunidade para coluna do meio', disse. 'Nós devemos sempre buscar a correção de rumos. E aí entendo que a correção de rumos excomunga a aprovação com ressalvas.'Na semana passada, o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, disse que o partido vai considerar 'natural' se o TSE aprovar com ressalvas as contas da campanha do presidente Lula à reeleição. 'É natural que haja ressalvas, o importante é que sejam aprovadas' ”.
É esse o clima que cerca a diplomação de Luiz Ignácio Lula da Silva a mais quatro anos na condução dos destinos do Brasil. Por aquilo que se depreende da “correção e probidade” das contas da campanha para a reeleição de Lula, vemos que o novo governo já se inicia sob a égide da corrupção e do jeitinho criminoso, uma vez que as suas suspeitas contas foram aprovadas, nesta noite de 12 Dez 06, sob ressalvas, contrariando tudo o quê homens sérios da última instância da justiça eleitoral consideram como regular e legítimo.
Dizem que no julgamento prevaleceu o medo da ameaça de revolta dos “movimentos sociais”, caso Lula fosse impedido de ser empossado por crime eleitoral. Os ministros dessa superior instância de justiça estariam temerosos de que as Instituições encarregadas de garantir a lei e a ordem, neste caso, estariam amortecidas pela leniência de seus comandantes, que não têm mostrado a menor coragem de reagir à desmoralização e ao aparvalhamento das Forças Armadas.
Coisa de um Brasil subjugado pela submissão do correto pelo desonesto, na malfadada ética de que os fins justificam os meios. Aliás, quem assim o faz - aqueles a quem os militares derrotaram na luta fratricida -, devem muito à Justiça, perpetuando suas trapaças e crimes nos inúmeros escândalos a que o país assistiu neste ano de 2006. E tem gente que diz que nada sabe, que nada viu, que nada tem a dizer...
Morreu o ex- Presidente do Chile, o General Augusto Pinochet. Morreu um homem que dedicou a sua vida por seu país, legando-lhe, ao entregar o poder, o mais expressivo desempenho econômico da América Latina.
Segundo a imprensa, morreu o ditador cruel, que teria imposto ao Chile um regime de barbárie.
Enquanto isso, há duas semanas, a imprensa ocupou-se a comentar as comemorações de Cuba do 50° aniversário do golpe marxista, que levou esse país a quarenta e sete anos de uma das mais ditaduras de que se tem notícia no mundo.
Dos nossos jornalistas sobraram as loas ao “presidente” Fidel, ao “comandante” Castro, enquanto que a Augusto Pinochet só se referem ao “sanguinário” ditador.
Sabem, mas omitem que Castro é um dos maiores matadores da história contemporânea, amparado e sustentado pelo fantasma de Stalin - este sim - o maior assassino da História.
Voltando às coisa do Brasil, o governo não teve nenhuma manifestação protocolar acerca da morte do Presidente Augusto Pinochet. Muito pelo contrário, o apedeuta, por certo assinando declarações de um dos seus asseclas - como ele, certamente, pensionista de uma régia indenização de ex-perseguido político -, não disse nada, como sempre, mas pretendeu exorcizar o “ditador” que se foi, desconsiderando expressiva parcela do povo chileno, que pranteia a morte de um grande líder.
Fica agora a dúvida, que me parece muito grave.
Morto Pinochet, nada de honraria o governo brasileiro leva em conta; muito ao contrário, joga-lhes pedras e impropérios.
Fidel Castro, ao que tudo indica, está perto do fim.
O que fará o governo Lula, diante da morte desse “grande estadista”, que está em vias de ir-se ?
Com certeza, decretará luto oficial por não sei quanto tempo? Não vou me espantar se o número de dias extrapolar o que manda o cerimonial.
Bandeira a meio pau na morte de Fidel Castro?
Quem for, verdadeiramente brasileiro democrata, milico ou não, haverá de descumprir o decreto de render homenagem a um déspota.
A Bandeira deve ficar lá no cimo do mastro.
A Bandeira do Brasil não é monopólio dessa gente.
É hora de ver. Chega de ser politicamente correto.
É hora de concitar a todos os que têm o privilégio de hastear a Bandeira de recusar-se a essa indignidade.
Viva o Brasil.
Fonte www.ternuma.com.br
Recomendo a visita.
Extrato do que publicou a “Folha de São Paulo”, em 12 Dez 06:
“O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, disse nesta segunda-feira que o Tribunal deve descartar a aprovação com ressalvas. 'O que é aprovação com ressalva? Qual é a extensão da ressalva? Eu disse e repito: não há oportunidade para coluna do meio', disse. 'Nós devemos sempre buscar a correção de rumos. E aí entendo que a correção de rumos excomunga a aprovação com ressalvas.'Na semana passada, o tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, disse que o partido vai considerar 'natural' se o TSE aprovar com ressalvas as contas da campanha do presidente Lula à reeleição. 'É natural que haja ressalvas, o importante é que sejam aprovadas' ”.
É esse o clima que cerca a diplomação de Luiz Ignácio Lula da Silva a mais quatro anos na condução dos destinos do Brasil. Por aquilo que se depreende da “correção e probidade” das contas da campanha para a reeleição de Lula, vemos que o novo governo já se inicia sob a égide da corrupção e do jeitinho criminoso, uma vez que as suas suspeitas contas foram aprovadas, nesta noite de 12 Dez 06, sob ressalvas, contrariando tudo o quê homens sérios da última instância da justiça eleitoral consideram como regular e legítimo.
Dizem que no julgamento prevaleceu o medo da ameaça de revolta dos “movimentos sociais”, caso Lula fosse impedido de ser empossado por crime eleitoral. Os ministros dessa superior instância de justiça estariam temerosos de que as Instituições encarregadas de garantir a lei e a ordem, neste caso, estariam amortecidas pela leniência de seus comandantes, que não têm mostrado a menor coragem de reagir à desmoralização e ao aparvalhamento das Forças Armadas.
Coisa de um Brasil subjugado pela submissão do correto pelo desonesto, na malfadada ética de que os fins justificam os meios. Aliás, quem assim o faz - aqueles a quem os militares derrotaram na luta fratricida -, devem muito à Justiça, perpetuando suas trapaças e crimes nos inúmeros escândalos a que o país assistiu neste ano de 2006. E tem gente que diz que nada sabe, que nada viu, que nada tem a dizer...
Morreu o ex- Presidente do Chile, o General Augusto Pinochet. Morreu um homem que dedicou a sua vida por seu país, legando-lhe, ao entregar o poder, o mais expressivo desempenho econômico da América Latina.
Segundo a imprensa, morreu o ditador cruel, que teria imposto ao Chile um regime de barbárie.
Enquanto isso, há duas semanas, a imprensa ocupou-se a comentar as comemorações de Cuba do 50° aniversário do golpe marxista, que levou esse país a quarenta e sete anos de uma das mais ditaduras de que se tem notícia no mundo.
Dos nossos jornalistas sobraram as loas ao “presidente” Fidel, ao “comandante” Castro, enquanto que a Augusto Pinochet só se referem ao “sanguinário” ditador.
Sabem, mas omitem que Castro é um dos maiores matadores da história contemporânea, amparado e sustentado pelo fantasma de Stalin - este sim - o maior assassino da História.
Voltando às coisa do Brasil, o governo não teve nenhuma manifestação protocolar acerca da morte do Presidente Augusto Pinochet. Muito pelo contrário, o apedeuta, por certo assinando declarações de um dos seus asseclas - como ele, certamente, pensionista de uma régia indenização de ex-perseguido político -, não disse nada, como sempre, mas pretendeu exorcizar o “ditador” que se foi, desconsiderando expressiva parcela do povo chileno, que pranteia a morte de um grande líder.
Fica agora a dúvida, que me parece muito grave.
Morto Pinochet, nada de honraria o governo brasileiro leva em conta; muito ao contrário, joga-lhes pedras e impropérios.
Fidel Castro, ao que tudo indica, está perto do fim.
O que fará o governo Lula, diante da morte desse “grande estadista”, que está em vias de ir-se ?
Com certeza, decretará luto oficial por não sei quanto tempo? Não vou me espantar se o número de dias extrapolar o que manda o cerimonial.
Bandeira a meio pau na morte de Fidel Castro?
Quem for, verdadeiramente brasileiro democrata, milico ou não, haverá de descumprir o decreto de render homenagem a um déspota.
A Bandeira deve ficar lá no cimo do mastro.
A Bandeira do Brasil não é monopólio dessa gente.
É hora de ver. Chega de ser politicamente correto.
É hora de concitar a todos os que têm o privilégio de hastear a Bandeira de recusar-se a essa indignidade.
Viva o Brasil.
Fonte www.ternuma.com.br
Recomendo a visita.
sábado, 16 de dezembro de 2006
DESOBEDIÊNCIA CIVIL
15.12, 17h52
Por Rodrigo Constantino
"There will never be a really free and enlightened State, until the State comes to recognize the individual as a higher and independent power, from which all its own power and authority are derived, and treats him accordingly”. (Henry David Thoreau)
Henry David Thoreau escreveu um livro chamado Desobediência Civil para protestar contra a guerra que os Estados Unidos realizavam contra o México em 1846. Thoreau influenciou bastante o pensamento liberal americano, e era um forte defensor da idéia que o melhor governo é aquele que governa menos, ou seja, que mais respeita as liberdades individuais. Durante a guerra, Thoreau preferiu ser preso a pagar seus impostos, já que ele entendia que estaria contribuindo para a guerra caso transferisse recursos para o governo. Ele tomou esta decisão de forma consciente, e se sentiu muito mais livre na cadeia que seus concidadãos soltos, que eram, na verdade, escravos e cúmplices de um governo injusto. Seria o mesmo que perguntarem se é preferível ir preso ou matar uma criança. Nesse caso extremo, a resposta parece óbvia, e a grande maioria optaria pela primeira alternativa. É muito parecido, apenas fica mais sutil perceber que seu dinheiro está contribuindo diretamente para todas as atrocidades que o governo comete, já que dinheiro não possui carimbo.É impossível ver a notícia deste indecente aumento que o Congresso aprovou recentemente para os próprios deputados e não lembrar de Thoreau. O ultraje é flagrante, e um Congresso envolto em inúmeros escândalos parece rir da cara dos otários pagadores de impostos, que por eufemismo são chamados de contribuintes. O abuso é total, e os deputados ignoram completamente a opinião pública, já sabendo da curta memória dos eleitores e da completa impunidade nesse país. O salário direto de um deputado passará para quase R$ 25 mil mensais, num país onde a renda média do setor privado, que paga a conta, oscila perto de R$ 1 mil. O custo total com um deputado, somando todos os benefícios indiretos, fica na casa de meio milhão de reais por ano. Uma verdadeira fortuna! Isso para que os deputados brinquem de “mensalão” e “sanguessugas”, desviando bilhões do erário, sabendo que nada será punido. O corporativismo no Congresso é total. Os deputados brigam por poder, mas na hora de proteger a categoria, a união faz a força, e os otários pagam a conta. Essa conta irá aumentar, pelo efeito cascata dessa medida, em quase R$ 2 bilhões por ano. Brasília já é, de longe, a maior renda per capita do país. O governo, em nome da luta contra a desigualdade social, é o maior concentrador de renda que existe.O povo virou servo e o Estado virou patrão, uma completa inversão dos valores. O dinheiro tomado na marra dos pagadores de impostos, que já soma 40% do PIB, não vai para as funções básicas do governo, como prover segurança, garantir o império das leis, e se for o caso, investir na educação básica, na saúde e em infra-estrutura. O dinheiro acaba, na verdade, no bolso dos políticos corruptos, no assistencialismo usado para a compra de votos, no financiamento de grupos criminosos como o MST, curiosamente chamados de “movimentos sociais”, no sustento de ONGs corruptas ou defensoras dos interesses dos próprios governantes, no “mensalão”, na compra de dossiês contra opositores, no suborno da mídia “chapa branca”, nos sindicatos poderosos etc. Enfim, uma classe toma o poder e passa a extorquir, ainda que legalmente, outra classe. A luta de classes, portanto, existe, mas diferente do que acreditava Marx, ela não se dá entre capitalista e proletários, mas entre pagadores e consumidores de impostos. O abuso de poder dos governantes é total, e o avanço sobre o bolso e as liberdades dos indivíduos é assustador. Quem de fato gera riqueza nesse país é assaltado diariamente, mas a espoliação é legal, ocorre à luz do dia, e por aquele que deveria justamente proteger a propriedade privada. A sorte dos governantes é que o povo brasileiro é passivo demais, ao que tudo indica. Além disso, mostrou também pouca integridade moral nas últimas eleições, estabelecendo seu preço para vender a alma ao diabo, variando apenas na magnitude entre pobres e ricos. O que assusta é que a desgraça anunciada do país é infligida pelo próprio povo. A reação dificilmente será a de indignação verdadeira, salvo as raras e honrosas exceções. Provavelmente isso tudo estará esquecido nas próximas eleições, e o político que prometer um novo privilégio leva o voto. Os deputados sabem que não estão correndo grandes riscos, pois o pacato cidadão brasileiro não irá partir para a desobediência civil nem puni-los no voto que seja. Em outros lugares do mundo, pode ser que tamanho abuso por parte dos políticos acabasse em sangue, em linchamento público. Aqui, tudo acaba em pizza. Mas os perigos para o Estado de Direito no longo prazo são claros, pois cada vez o descrédito maior no Congresso poderá levar mais e mais pessoas a considerar que a existência do próprio se faz desnecessária. Um ambiente desses é propício para golpes autoritários. Estaremos então a um passo de uma ditadura, ainda que disfarçada de “democracia participativa”. Estamos enveredando por esta rota da servidão faz algum tempo...E o que as pessoas íntegras e mais esclarecidas podem fazer diante deste sombrio cenário? Uma das alternativas, sem dúvida, é lutar, principalmente no campo das idéias, tentando mostrar o que está acontecendo de fato, e quem é o verdadeiro inimigo do indivíduo, o lobo em pele de cordeiro. Mas é uma luta desigual, que muitas vezes desanima. Outra opção, sem dúvida adotada por muitos, é simplesmente sair do país, e deixar que os parasitas tenham cada vez menos hospedeiros para explorar. Não parece o ideal, mas é impossível condenar quem assim faz. Por fim, uma alternativa mais radical e infelizmente cada vez mais tentadora é seguir o caminho de Thoreau, e partir para a desobediência civil. Não mais compactuar com a espoliação estatal, sonegar impostos, ignorar as tantas leis injustas desse país. Não é uma visão confortante, posto que situa-se próxima demais do caos anárquico. Mas infelizmente, parece ser o que os políticos estão incentivando e incitando, com tanto desrespeito aos pagadores de impostos do país. Espero que o mal maior possa ser evitado.
Tenho minhas dúvidas...
Credito:
http://rodrigoconstantino.blogspot.com
Por Rodrigo Constantino
"There will never be a really free and enlightened State, until the State comes to recognize the individual as a higher and independent power, from which all its own power and authority are derived, and treats him accordingly”. (Henry David Thoreau)
Henry David Thoreau escreveu um livro chamado Desobediência Civil para protestar contra a guerra que os Estados Unidos realizavam contra o México em 1846. Thoreau influenciou bastante o pensamento liberal americano, e era um forte defensor da idéia que o melhor governo é aquele que governa menos, ou seja, que mais respeita as liberdades individuais. Durante a guerra, Thoreau preferiu ser preso a pagar seus impostos, já que ele entendia que estaria contribuindo para a guerra caso transferisse recursos para o governo. Ele tomou esta decisão de forma consciente, e se sentiu muito mais livre na cadeia que seus concidadãos soltos, que eram, na verdade, escravos e cúmplices de um governo injusto. Seria o mesmo que perguntarem se é preferível ir preso ou matar uma criança. Nesse caso extremo, a resposta parece óbvia, e a grande maioria optaria pela primeira alternativa. É muito parecido, apenas fica mais sutil perceber que seu dinheiro está contribuindo diretamente para todas as atrocidades que o governo comete, já que dinheiro não possui carimbo.É impossível ver a notícia deste indecente aumento que o Congresso aprovou recentemente para os próprios deputados e não lembrar de Thoreau. O ultraje é flagrante, e um Congresso envolto em inúmeros escândalos parece rir da cara dos otários pagadores de impostos, que por eufemismo são chamados de contribuintes. O abuso é total, e os deputados ignoram completamente a opinião pública, já sabendo da curta memória dos eleitores e da completa impunidade nesse país. O salário direto de um deputado passará para quase R$ 25 mil mensais, num país onde a renda média do setor privado, que paga a conta, oscila perto de R$ 1 mil. O custo total com um deputado, somando todos os benefícios indiretos, fica na casa de meio milhão de reais por ano. Uma verdadeira fortuna! Isso para que os deputados brinquem de “mensalão” e “sanguessugas”, desviando bilhões do erário, sabendo que nada será punido. O corporativismo no Congresso é total. Os deputados brigam por poder, mas na hora de proteger a categoria, a união faz a força, e os otários pagam a conta. Essa conta irá aumentar, pelo efeito cascata dessa medida, em quase R$ 2 bilhões por ano. Brasília já é, de longe, a maior renda per capita do país. O governo, em nome da luta contra a desigualdade social, é o maior concentrador de renda que existe.O povo virou servo e o Estado virou patrão, uma completa inversão dos valores. O dinheiro tomado na marra dos pagadores de impostos, que já soma 40% do PIB, não vai para as funções básicas do governo, como prover segurança, garantir o império das leis, e se for o caso, investir na educação básica, na saúde e em infra-estrutura. O dinheiro acaba, na verdade, no bolso dos políticos corruptos, no assistencialismo usado para a compra de votos, no financiamento de grupos criminosos como o MST, curiosamente chamados de “movimentos sociais”, no sustento de ONGs corruptas ou defensoras dos interesses dos próprios governantes, no “mensalão”, na compra de dossiês contra opositores, no suborno da mídia “chapa branca”, nos sindicatos poderosos etc. Enfim, uma classe toma o poder e passa a extorquir, ainda que legalmente, outra classe. A luta de classes, portanto, existe, mas diferente do que acreditava Marx, ela não se dá entre capitalista e proletários, mas entre pagadores e consumidores de impostos. O abuso de poder dos governantes é total, e o avanço sobre o bolso e as liberdades dos indivíduos é assustador. Quem de fato gera riqueza nesse país é assaltado diariamente, mas a espoliação é legal, ocorre à luz do dia, e por aquele que deveria justamente proteger a propriedade privada. A sorte dos governantes é que o povo brasileiro é passivo demais, ao que tudo indica. Além disso, mostrou também pouca integridade moral nas últimas eleições, estabelecendo seu preço para vender a alma ao diabo, variando apenas na magnitude entre pobres e ricos. O que assusta é que a desgraça anunciada do país é infligida pelo próprio povo. A reação dificilmente será a de indignação verdadeira, salvo as raras e honrosas exceções. Provavelmente isso tudo estará esquecido nas próximas eleições, e o político que prometer um novo privilégio leva o voto. Os deputados sabem que não estão correndo grandes riscos, pois o pacato cidadão brasileiro não irá partir para a desobediência civil nem puni-los no voto que seja. Em outros lugares do mundo, pode ser que tamanho abuso por parte dos políticos acabasse em sangue, em linchamento público. Aqui, tudo acaba em pizza. Mas os perigos para o Estado de Direito no longo prazo são claros, pois cada vez o descrédito maior no Congresso poderá levar mais e mais pessoas a considerar que a existência do próprio se faz desnecessária. Um ambiente desses é propício para golpes autoritários. Estaremos então a um passo de uma ditadura, ainda que disfarçada de “democracia participativa”. Estamos enveredando por esta rota da servidão faz algum tempo...E o que as pessoas íntegras e mais esclarecidas podem fazer diante deste sombrio cenário? Uma das alternativas, sem dúvida, é lutar, principalmente no campo das idéias, tentando mostrar o que está acontecendo de fato, e quem é o verdadeiro inimigo do indivíduo, o lobo em pele de cordeiro. Mas é uma luta desigual, que muitas vezes desanima. Outra opção, sem dúvida adotada por muitos, é simplesmente sair do país, e deixar que os parasitas tenham cada vez menos hospedeiros para explorar. Não parece o ideal, mas é impossível condenar quem assim faz. Por fim, uma alternativa mais radical e infelizmente cada vez mais tentadora é seguir o caminho de Thoreau, e partir para a desobediência civil. Não mais compactuar com a espoliação estatal, sonegar impostos, ignorar as tantas leis injustas desse país. Não é uma visão confortante, posto que situa-se próxima demais do caos anárquico. Mas infelizmente, parece ser o que os políticos estão incentivando e incitando, com tanto desrespeito aos pagadores de impostos do país. Espero que o mal maior possa ser evitado.
Tenho minhas dúvidas...
Credito:
http://rodrigoconstantino.blogspot.com
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
TURMA GENERAL EMILIO CARRASTAZU MÉDICE
Clube Militar parabeniza os formandos da Escola Preparatória de Cadetes do ano de 2006 pela conclusão dessa etapa fundamental na carreira militar que ora iniciam. Destaca, por oportuno, que a escolha da homenagem foi de exclusiva decisão dos jovens militares, fato que ganha importância pela justeza da lembrança ao insígne general. Recorda, ainda, que ao alçar-se Presidente da República, o Gen Emílio Garrastazu Médici soube conduzir o País com firmeza e equilíbrio, levando-o a atingir os mais altos índices de desenvolvimento registrados em nossa História.
TURMA GENERAL EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI - 2006
Al Jasson Em 4 de dezembro de 1905, em Bagé, Rio Grande do Sul, nascia Emílio Garrastazu Médici, filho de Emílio Médici e Júlia Garrastazu Médici, homem cuja brilhante trajetória de militar e estadista foi pautada pela dedicação sem par, através do constante aprimoramento pessoal e profissional. Esse esforço foi sendo merecidamente reconhecido pelas promoções que galgou e das responsabilidades que foi assumida nas nomeações para as importantes tarefas que lhe foram confiadas.Em 1961, foi promovido ao posto de General-de-Brigada e, logo depois, assumiu o comando da Academia Militar das Agulhas Negras, local onde, na madrugada de 31 de março de 1964, impediu o derramamento de sangue de irmãos evitando o choque entre as tropas do I e do II Exército. Após o movimento, acumulando uma sucessão de glórias, comandou o III Exército e assumiu a Presidência do País, cargos em que demonstrou vigor, competência, integridade pátrio.Como estadista, no posto mais alto da República, durante os anos de 1969 a 1974, conduziu o país a um patamar jamais alcançado no cenário internacional, com significativa e estrutural melhora na economia do Brasil.Assim foi o General Emílio Garrastazu Médici, que, ao longo da carreira, deixou-nos inúmeros exemplos de nobreza de caráter, coerência de atitudes, patriotismo, humildade, honradez e generosidade; virtudes tão preciosas, que cultivou durante a vida toda.A turma 2006 rejubila-se ao homenagear tão valoroso militar e estadista, desejando que esse exemplo de amor à Pátria e de compromisso com os mais altos valores da Nação Brasileira sejam partilhadas pelos futuros oficiais do Exército Brasileiro que ora iniciam sua caminhada.
Parabens aos futuros Oficiais do Glorioso Exército Brasileiro.
Na certeza de que, em defesa da Patria, seja onde for, chegaremos junto.
Reservativa
TURMA GENERAL EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI - 2006
Al Jasson Em 4 de dezembro de 1905, em Bagé, Rio Grande do Sul, nascia Emílio Garrastazu Médici, filho de Emílio Médici e Júlia Garrastazu Médici, homem cuja brilhante trajetória de militar e estadista foi pautada pela dedicação sem par, através do constante aprimoramento pessoal e profissional. Esse esforço foi sendo merecidamente reconhecido pelas promoções que galgou e das responsabilidades que foi assumida nas nomeações para as importantes tarefas que lhe foram confiadas.Em 1961, foi promovido ao posto de General-de-Brigada e, logo depois, assumiu o comando da Academia Militar das Agulhas Negras, local onde, na madrugada de 31 de março de 1964, impediu o derramamento de sangue de irmãos evitando o choque entre as tropas do I e do II Exército. Após o movimento, acumulando uma sucessão de glórias, comandou o III Exército e assumiu a Presidência do País, cargos em que demonstrou vigor, competência, integridade pátrio.Como estadista, no posto mais alto da República, durante os anos de 1969 a 1974, conduziu o país a um patamar jamais alcançado no cenário internacional, com significativa e estrutural melhora na economia do Brasil.Assim foi o General Emílio Garrastazu Médici, que, ao longo da carreira, deixou-nos inúmeros exemplos de nobreza de caráter, coerência de atitudes, patriotismo, humildade, honradez e generosidade; virtudes tão preciosas, que cultivou durante a vida toda.A turma 2006 rejubila-se ao homenagear tão valoroso militar e estadista, desejando que esse exemplo de amor à Pátria e de compromisso com os mais altos valores da Nação Brasileira sejam partilhadas pelos futuros oficiais do Exército Brasileiro que ora iniciam sua caminhada.
B R A S I L
Parabens aos futuros Oficiais do Glorioso Exército Brasileiro.
Na certeza de que, em defesa da Patria, seja onde for, chegaremos junto.
Reservativa
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
CONCILIAÇÃO EM SUA NOVA VERSÃO
Pode tudo, pois é hora da conciliação.
Ternuma Regional Brasília
Por Carlos Alberto Cordella
Estamos passando por um momento conciliatório. O presidente da República quer conciliar com os militares e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica concordam como cordeiros indo para o abate. A chamada conciliação de mão única. Conciliar é por em boa harmonia, congraçar, reconciliar.
O caso envolvendo o Cel Ustra numa ardilosa e arquitetada mentira, baseada em puro revanchismo e torpeza, ganhou novos contornos quando a força ao qual serviu durante maior parte de sua vida, com lealdade e honra, o deixou entregue aos abutres revelando a falta de coragem e surpreendente omissão daqueles que têm por dever defender seus subordinados e não o de alegar que o momento não seria oportuno para uma tomada de posição. É hora de conciliação.
O mínimo que se esperava era, justamente, uma tomada de posição firme e honesta defendendo o Cel Ustra que, quando chamado ao cumprimento do dever não hesitou ou demonstrou a mesma omissão e fraqueza de princípios, dos atuais chefes militares.
Quando se esperava do Cel Ustra o posicionamento firme, característico de um chefe militar, lá estava ele pronto a cumprir com seu dever.
Já, alguns preferem optar pelo momento conciliatório e não se envolver neste assunto que não lhes diz respeito, pois a hora não é oportuna. Quando seria esta hora oportuna?
Pergunto o que teria acontecido se o Cel Ustra quando designado comandante do DOI-CODI, do II Exército, na década de 70, tivesse optado pela conciliação e respondesse a seus superiores que o momento não era oportuno para comandar aquele órgão de segurança?
Como explicar isto aos novos oficiais? Stédile com certeza apresentaria uma explicação lógica. Vá lá e cumpra com seu dever e no futuro não espere nada da força, pois se tiver que ser jogado aos abutres estará sozinho e sem o apoio de seus camaradas.
Este exemplo passado, por alguns integrantes da força, sugere uma nova geração de oficiais e futuros comandantes. Uma geração de subservientes apáticos e sem firmeza de propósitos, para não dizer com todas as letras uma geração talhada pela covardia e sem princípios éticos.
Aprende-se nas escolas militares que, durante o combate, soldados só contarão com o apoio e a ajuda de uns aos outros, de sua coragem e preparo profissional, nada além disso.
Como fica essa situação quando uns não confiarem nos outros?
Teremos um exército ou um bando de lacaios?
Quem defenderá a nação de seus opressores caso este momento se apresente como se apresentou no passado?
Qual a garantia que soldados terão de estarem cumprindo com seu dever e que ordens são para serem cumpridas e não questionadas ou as ordens deverão ser expedidas com reconhecimento de firma e somente após aprovação de uma comissão designada para tal?
Quem os defenderá dos abutres?
Quando este momento ocorrer os pilares de sustentação da instituição militar, a hierarquia e disciplina, terão desabado e nada mais restará a não ser um bando. Aí só vejo como solução chamar o Stédile.
Talvez quando Lula em um almoço recente oferecido por oficiais generais referiu-se a estes como um bando já estava antevendo o futuro daqueles chefes.
Quando o Ministro da Defesa convoca sargentos para uma reunião desconsiderando a hierarquia militar e refere-se a um brigadeiro chamando-o, por completa ignorância e descaso, de coronel já há indícios que os militares estão perdendo o respeito próprio e que dificilmente poderão contar com seus camaradas, o que dizer dos outros.
Cada um estará entregue a própria sorte.
Estamos diante de flagrante desrespeito ao estado de direito e a democracia onde os companheiros do dissimulado apedeuta mor tentam burlar as leis e derrubar a lei de anistia em vigor a quase trinta anos. Não há dúvida que os ataques, covardes e intencionais, a pessoa do Cel Ustra, tem apenas como objetivo a derrubada da lei de anistia e dissimuladamente envolver os incautos com a conversa mole da conciliação. Assim eles dizem em seus pronunciamentos. Estamos diante de um processo conciliatório de mão única onde o lema é: vamos conciliar com nossos desafetos, desde que estes estejam sentados no banco dos réus.
TERRORISMO NUNCA MAIS
Ternuma Regional Brasília
Por Carlos Alberto Cordella
Estamos passando por um momento conciliatório. O presidente da República quer conciliar com os militares e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica concordam como cordeiros indo para o abate. A chamada conciliação de mão única. Conciliar é por em boa harmonia, congraçar, reconciliar.
O caso envolvendo o Cel Ustra numa ardilosa e arquitetada mentira, baseada em puro revanchismo e torpeza, ganhou novos contornos quando a força ao qual serviu durante maior parte de sua vida, com lealdade e honra, o deixou entregue aos abutres revelando a falta de coragem e surpreendente omissão daqueles que têm por dever defender seus subordinados e não o de alegar que o momento não seria oportuno para uma tomada de posição. É hora de conciliação.
O mínimo que se esperava era, justamente, uma tomada de posição firme e honesta defendendo o Cel Ustra que, quando chamado ao cumprimento do dever não hesitou ou demonstrou a mesma omissão e fraqueza de princípios, dos atuais chefes militares.
Quando se esperava do Cel Ustra o posicionamento firme, característico de um chefe militar, lá estava ele pronto a cumprir com seu dever.
Já, alguns preferem optar pelo momento conciliatório e não se envolver neste assunto que não lhes diz respeito, pois a hora não é oportuna. Quando seria esta hora oportuna?
Pergunto o que teria acontecido se o Cel Ustra quando designado comandante do DOI-CODI, do II Exército, na década de 70, tivesse optado pela conciliação e respondesse a seus superiores que o momento não era oportuno para comandar aquele órgão de segurança?
Como explicar isto aos novos oficiais? Stédile com certeza apresentaria uma explicação lógica. Vá lá e cumpra com seu dever e no futuro não espere nada da força, pois se tiver que ser jogado aos abutres estará sozinho e sem o apoio de seus camaradas.
Este exemplo passado, por alguns integrantes da força, sugere uma nova geração de oficiais e futuros comandantes. Uma geração de subservientes apáticos e sem firmeza de propósitos, para não dizer com todas as letras uma geração talhada pela covardia e sem princípios éticos.
Aprende-se nas escolas militares que, durante o combate, soldados só contarão com o apoio e a ajuda de uns aos outros, de sua coragem e preparo profissional, nada além disso.
Como fica essa situação quando uns não confiarem nos outros?
Teremos um exército ou um bando de lacaios?
Quem defenderá a nação de seus opressores caso este momento se apresente como se apresentou no passado?
Qual a garantia que soldados terão de estarem cumprindo com seu dever e que ordens são para serem cumpridas e não questionadas ou as ordens deverão ser expedidas com reconhecimento de firma e somente após aprovação de uma comissão designada para tal?
Quem os defenderá dos abutres?
Quando este momento ocorrer os pilares de sustentação da instituição militar, a hierarquia e disciplina, terão desabado e nada mais restará a não ser um bando. Aí só vejo como solução chamar o Stédile.
Talvez quando Lula em um almoço recente oferecido por oficiais generais referiu-se a estes como um bando já estava antevendo o futuro daqueles chefes.
Quando o Ministro da Defesa convoca sargentos para uma reunião desconsiderando a hierarquia militar e refere-se a um brigadeiro chamando-o, por completa ignorância e descaso, de coronel já há indícios que os militares estão perdendo o respeito próprio e que dificilmente poderão contar com seus camaradas, o que dizer dos outros.
Cada um estará entregue a própria sorte.
Estamos diante de flagrante desrespeito ao estado de direito e a democracia onde os companheiros do dissimulado apedeuta mor tentam burlar as leis e derrubar a lei de anistia em vigor a quase trinta anos. Não há dúvida que os ataques, covardes e intencionais, a pessoa do Cel Ustra, tem apenas como objetivo a derrubada da lei de anistia e dissimuladamente envolver os incautos com a conversa mole da conciliação. Assim eles dizem em seus pronunciamentos. Estamos diante de um processo conciliatório de mão única onde o lema é: vamos conciliar com nossos desafetos, desde que estes estejam sentados no banco dos réus.
TERRORISMO NUNCA MAIS
O Cúmulo da hipocrisia presidencial (Caboré)
Por Jorge Serrão - Alertatotal
O presidente Lula da Silva quer anular qualquer oposição, mesmo silenciosa, que venha de dentro dos quartéis. Por isso, fez três recomendações aos comandantes militares.
Primeiro que contenham quaisquer insatisfações contra o governo.
Segundo, que permaneçam neutros em situações críticas - como a da recente quebra de hierarquia militar, em que o Ministro da Defesa, Waldir Pires, recebeu sargentos da Aeronáutica, passando por cima do comandante da FAB, Tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Bueno, que recebeu um apoio formal, depois negado oficialmente, do comandante do Exército, General Francisco de Albuquerque.
Terceiro, para que os altos comandos da Aeronáutica, Marinha e Exército contemporizem com os críticos internos, evitando intrigas que possam vazar e respingar no governo.
A contrapartida do governo para o "silêncio obsequioso" dos chefes militares será a promessa de mais investimentos para as forças armadas, no segundo mandato, além da garantia de que os militares não serão afetados por quaisquer medidas macro-econômicas que venham a serem tomadas pelo governo. O problema de Lula é que os militares, idealistas, não costumam aceitar "moedas de troca".
Além disso, Lula deixou livres os alto-comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para que façam a escolha de seus futuros comandantes. Lula só escolherá o Ministro da Defesa, que poderá até ser um civil, embora tudo indique que será um militar com visão e ação política.
Os militares se irritam com a estratégia petista de incentivar a sindicalização de militares de patentes mais baixa, além de apoiar e incentivar, em surdina, o movimento denominado "Capitanismo", que faz uma série de reivindicações no âmbito das três forças.
Outra orientação difícil de empurrar goela abaixo dos oficiais de alta patente é a aproximação estratégica com a Venezuela. Os novos chefes militares foram aconselhados a concordar com a política do governo de formar um bloco de atuação com as demais forças armadas da América Latina. Os militares encaram com ressalvas o fato de que Hugo Chávez, como comandante militar do Foro de São Paulo e agora do Bloco Regional de Poder Popular, seja o orientador da política regional para as Forças Armadas.
Lula quer que os militares brasileiros aceitem tal orientação sem reclamar.
Ignorando a tradicional postura militar brasileira, o novo ministro da Defesa deverá seguir tal orientação regional para a Defesa.
No momento, o nome mais cotado para ocupar o ministério da Defesa é o General de Exército Alberto Mendes Cardoso, que criou a ABIN e o Gabinete de Segurança Institucional no governo FHC.
Mas existem chances de o cargo ser ocupado por outro militar de tripla articulação: política-ideológica (à direita e à esquerda), e no setor empresarial de Ciência & Tecnologia. Trata-se do ex-presidente do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro-do-ar Sérgio Xavier Ferolla.
Respeitado nas três forças, pois foi comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), o militar é visto com extrema simpatia pelo governo petista, depois de dar seu apoio público ao Movimento dos Sem Terra, em recente artigo na Folha de São Paulo.
Ferolla também está prestigiado entre os petistas por ter dado uma palestra na mesa de debates sobre "Soberania da Pátria Grande e Defesa Militar", ao lado do General Raúl Baduel, ministro da Defesa da Venezuela, na reunião para a criação do "Bloco Regional de Poder Popular" (BRPP), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, cidade de Sucre, na Bolívia.
Se ele não emplacar o Ministério da Defesa, poderá ocupar ou indicar alguém de sua confiança para comandar a área de ciência e tecnologia do governo, voltada para o setor aeroespacial, que é sua especialidade. Já a indicação do General Cardoso, considerado um militar diplomático, seria uma tentativa de composição com os tucanos.
A indicação de Marta Suplicy para o cargo da Defesa é mera especulação.
Além de Ferolla, outros nomes menos cotados, porém possíveis, para a Defesa são o de Marco Aurélio Garcia e do presidente da Câmara, Aldo Rebelo. Mas a posição ideológica de ambos, bem definida, poderia ser considerada um confronto com as forças armadas.
Muitos oficiais da ativa (manifestando-se nos bastidores) e da reserva (manifestando-se publicamente) não enxergam com bons olhos a recente tentativa de "revanchismo" contra os militares. A ação é simbolizada pela tentativa de processo civil, promovida pelo Movimento Tortura Nunca Mais, contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que é o líder do Movimento Terrorismo Nunca Mais.
O Comando do Exército alega que, "como o assunto está tramitando na Justiça, o Exército Brasileiro não se pronunciará".
Mas as "legiões" estão atentas e de prontidão para o "respeito à Constituição".
E o governo sabe muito bem disto.
Velhas idéias, Novas armações.
A proposta de criação do Novo Bloco Regional de Poder Popular é uma nova velha idéia já defendida desde a criação do Foro de São Paulo, em 1990.
Participaram da fundação do Foro e seguem nele: Fidel Castro (quem convocou o grupo), Lula e o PT, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México.
Também compõem o Foro de São Paulo 153 grupos guerrilheiros e dezenas de partidos de esquerda da região que foram se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México.
Planos de Chávez.
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, coronel Hugo Chávez, promete investir US$ 30 milhões de dólares para construir 20 bases militares na Bolívia.
Elas ficarão situadas nas cinco fronteiras com o Chile, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil.
As instalações ficarão sob a responsabilidade de militares venezuelanos, porém sob a supervisão e consultoria de militares> cubanos, além de contar com a cumplicidade de oficiais bolivianos.
Detonem o Ustra.
O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra enviou um e-mail ao Alerta Total para ressaltar que o processo movido contra ele é "revanchismo" e pessoal.
Ustra contesta, com fotos, a versão de seus acusadores de que uma das suas acusadoras, Criméia Alice Schmidt de Almeida, tenha sido vítima de torturas antes e após o nascimento de seu filho.
Ustra relata que Criméia ficou presa no DOI/SP, durante 24 dias e depois foi enviada para Brasília, que era a área encarregada de combater a Guerrilha do Araguaia.
Criméia afirma que, em Brasília, continuou sendo torturada até a hora do nascimento da criança, ocorrido em 13 de fevereiro de 1973, após ter permanecido abandonada, em uma cela na prisão, durante mais de 20 horas em trabalho de parto.
Prova fotográfica.
Ustra derruba as acusações de Criméia com fotos:
"Vejam a fotografia, onde Criméia aparece com o filho recém nascido, em fotografia tirada no Hospital Militar de Brasília, após o parto. Reparem as suas roupas, o seu olhar de felicidade junto com o filho. Será que essa moça, pela sua aparência, parece ter sido torturada há pouco tempo? Reparem nas roupas de seu filho, bem vestido. Pois o enxoval dessa criança foi comprado pelo Exército, por ordem do General Bandeira, comandante da Brigada onde Criméia estava presa. Aliás, esse enxoval foi entregue a Criméia por D. Lea Bandeira, esposa do General Bandeira, quando foi visitá-la no Hospital. Criméia se refere a essa visita como sendo da esposa do General Kruel e que segundo ela se "tornou mais tarde a prova do episódio tenebroso. Analisem a fotografia do batizado do filho de Criméia, feito pelo Capelão Militar. Vejam o semblante dos padrinhos, familiares de Criméia, Será que o Exército que a "torturou" teria a preocupação de organizar esse batizado?".
"Justiçamento" na Justiça.
Dia 7 de novembro, Ustra viajou a São Paulo para ser ouvido no processo movido contra ele pela família Teles (Maria Amélia, César, Janaína, Edson Luis), além de sua irmã Criméia Alice Schmidt de Almeida. No dia 8 de novembro, destaca que deveria ser ouvido pelo Juiz da 23ª Vara Cível, segundo intimação recebida. "Não compareci ao Tribunal por deliberação de meu advogado, após o mesmo ter tomado conhecimento do despacho do Juiz que a seguir transcrevo:
1 - Como os autores renunciaram à colheita do depoimento pessoal do réu, não vê o Juízo fundamento para aplicar o artigo 342 do CPC. Portanto, essa prova não será colhida,
2 - Fls. 354, item 5: defiro. Int. SP, 01- 11.2006. Como não poderia ser ouvido, meu advogado julgou por bem que eu não comparecesse ao Fórum, onde um grupo de aproximadamente 70 militantes, companheiros dos autores, encontrava-se reunido".
Se fosse, segundo informações da segurança do Fórum, Ustra corria o risco de ser "ovacionado" (isto é, ter ovos podres atirados contra si pelos democratas que o acusam).
Versão do Estadão.
O jornal Estado de São Paulo deste domingo publicou uma versão de Brilhante Ustra para os fatos de que vem sendo acusado.> Palavras do coronel, na noite de sexta-feira passada, durante uma palestra na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), em São Paulo:
"Eu nunca fui um torturador. Sempre procurei tratar os presos lá no DOI com dignidade e humanidade. Foi isso que eu fiz com as presas e os jovens de lá. Tratava-os como brasileiros que estavam do outro lado. Minha função era o comando. O interrogatório era outra coisa".
"Não é possível aplicar a Convenção de Genebra (convenção que regulamenta entre outras coisas o tratamento a prisioneiros de guerra) na guerra contra o terrorismo. Em nenhum país assolado pela guerra suja do terrorismo a convenção foi aplicada. Eles não usam uniformes, praticam atos de terrorismo contra inocentes e não respeitam as leis da guerra. É fácil falar de tortura, mas só quem estava à frente do combate tem o direito de falar sobre isso".
"Eu não fugi. Eu estava no escritório do meu advogado às 12 horas, quando ele me disse: 'O senhor não vai depor porque a outra parte abdicou do seu depoimento.' Renunciaram ao meu direito de depor para não ouvirem a verdade que ia dizer lá (Ustra se refere ao processo movido pela família Telles). Mas eu vou dizer. Em 28 de novembro de 1972, nós estávamos na cola do PC do B, que tinha uma estrutura montada em São Paulo para mandar militantes ao Araguaia. Nós tínhamos de evitar isso para que eles não virassem uma Farc. Batemos então na gráfica do PC do B. Lá estavam a Amélia, o César, a Criméia e duas crianças. Eu disse: 'Tragam os adultos para cá e levem as crianças ao Juizado de Menores.' Perguntei aos presos se eles tinham parentes em São Paulo e eles disseram que tinham em Belo Horizonte. Era um delegado. Mas uma sargento da PM se ofereceu para ficar com as crianças até elas serem entregues ao tio. E o bobalhão aqui permitiu que os pais vissem as crianças diariamente". "Nós estamos em plena Lei da Anistia e eu estou sendo processado como o comandante de uma unidade militar quando a lei diz que quem deveria apreciar meus atos é a Justiça Militar. Estou sendo processado por um crime em uma Vara Cível. O que eles querem com esse processo contra mim é acabar com a Lei da Anistia. É o primeiro passo. O objetivo deles é também receber indenizações".> "Com a reeleição de Lula, o Brasil caminha a passos largos para a implantação de uma República Socialista. O presidente já falou que gostaria de fazer uma Constituinte. Nós temos de respeitar essa democracia pela qual lutamos e as nossa leis têm de ser respeitadas". "O principal objetivo do Foro de São Paulo, do qual o PT faz parte, é tornar o Brasil socialista. Os cargos mais importantes são dos companheiros. O controle da mídia é indispensável, daí o conselho nacional de jornalismo. O controle educacional se fará por meio da reforma universitária. Agregam-se a isso as ações do MST, verdadeiro exército, é o braço armado do PT. Só lhe falta armas de fogo que, com o apoio das Farc, seriam facilmente obtidas. Devemos comparar a situação atual com a de pré-64, o Foro de São Paulo a Tricontinental, Hugo Chávez com Fidel, Lula com João Goulart, o MST com as Ligas Camponesas e João Pedro Stédile com Francisco Julião. Conclua agora para onde o Brasil está caminhando".
Legiões se rebelam.
O processo contra Ustra desencadeou uma ampla mobilização de oficiais das Forças Armadas - já fora da ativa - em apoio ao réu. O pilar da argumentação dos oficiais solidários ao coronel é que a Lei de Anistia (1979) beneficiou não apenas os opositores condenados judicialmente, mas também os funcionários dos governos militares, ainda que não tenham sido alvo de ações na Justiça.
"Não existe anistia só de um lado; a anistia só vale para eles?".
A pergunta é do general-de-divisão (três estrelas) reformado Francisco Batista Torres de Melo, coordenador do Grupo Guararapes. Sediada em Fortaleza, a associação reúne 463 oficiais das Forças Armadas (32 generais) e 1.020 civis. Um manifesto do Grupo Guararapes considera a ação contra Ustra "descabida" e uma "afronta" à Lei de Anistia, de 1979.
Afronta à lei.
"O processo é quase uma aberração".
A opinião é do General-de-exército da reserva Gilberto Barbosa de Figueiredo.
"A lei valeu para os dois lados. Depois dela, o processo não cabe. É a mesma coisa que querer julgar alguém que assaltou um banco. Zerou o jogo. Não vai mais ser julgado por crime que cometeu na época".
O General Figueiredo preside o Clube Militar, no Rio de Janeiro.
Crimes do outro lado.
O advogado Paulo Esteves, defensor de Ustra, segue a mesma linha:
"A moeda tem dois lados com idêntica possibilidade de propositura de ações. É o que a anistia buscou evitar. Há pessoas na administração pública que têm contra si imputações [por atitudes] que não são das mais corretas. O processo traz à baila um assunto que não interessa a ninguém".
O advogado se refere a crimes de assalto, seqüestro e morte cometidos por militantes da esquerda armada.
A Verdade Sufocada.
Levantamento promovido por Ustra calcula em 120 os mortos e 330 os feridos em ações de guerrilha e terrorismo. Atualmente, o coronel se dedica a divulgar seu livro "A Verdade Sufocada", com a versão sobre os anos de poder militar e os crimes da esquerda.
O Pires falou...
Militares da reserva criticam o "esquecimento" por parte do Alto Comando do Exército das palavras do então Ministro, General Walter Pires, na gestão presidencial João Batista de Oliveira Figueiredo:
"Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia".
F I M
Recomendamos: Ouça também o Alerta Total no seu computador.http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal
O presidente Lula da Silva quer anular qualquer oposição, mesmo silenciosa, que venha de dentro dos quartéis. Por isso, fez três recomendações aos comandantes militares.
Primeiro que contenham quaisquer insatisfações contra o governo.
Segundo, que permaneçam neutros em situações críticas - como a da recente quebra de hierarquia militar, em que o Ministro da Defesa, Waldir Pires, recebeu sargentos da Aeronáutica, passando por cima do comandante da FAB, Tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos Bueno, que recebeu um apoio formal, depois negado oficialmente, do comandante do Exército, General Francisco de Albuquerque.
Terceiro, para que os altos comandos da Aeronáutica, Marinha e Exército contemporizem com os críticos internos, evitando intrigas que possam vazar e respingar no governo.
A contrapartida do governo para o "silêncio obsequioso" dos chefes militares será a promessa de mais investimentos para as forças armadas, no segundo mandato, além da garantia de que os militares não serão afetados por quaisquer medidas macro-econômicas que venham a serem tomadas pelo governo. O problema de Lula é que os militares, idealistas, não costumam aceitar "moedas de troca".
Além disso, Lula deixou livres os alto-comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para que façam a escolha de seus futuros comandantes. Lula só escolherá o Ministro da Defesa, que poderá até ser um civil, embora tudo indique que será um militar com visão e ação política.
Os militares se irritam com a estratégia petista de incentivar a sindicalização de militares de patentes mais baixa, além de apoiar e incentivar, em surdina, o movimento denominado "Capitanismo", que faz uma série de reivindicações no âmbito das três forças.
Outra orientação difícil de empurrar goela abaixo dos oficiais de alta patente é a aproximação estratégica com a Venezuela. Os novos chefes militares foram aconselhados a concordar com a política do governo de formar um bloco de atuação com as demais forças armadas da América Latina. Os militares encaram com ressalvas o fato de que Hugo Chávez, como comandante militar do Foro de São Paulo e agora do Bloco Regional de Poder Popular, seja o orientador da política regional para as Forças Armadas.
Lula quer que os militares brasileiros aceitem tal orientação sem reclamar.
Ignorando a tradicional postura militar brasileira, o novo ministro da Defesa deverá seguir tal orientação regional para a Defesa.
No momento, o nome mais cotado para ocupar o ministério da Defesa é o General de Exército Alberto Mendes Cardoso, que criou a ABIN e o Gabinete de Segurança Institucional no governo FHC.
Mas existem chances de o cargo ser ocupado por outro militar de tripla articulação: política-ideológica (à direita e à esquerda), e no setor empresarial de Ciência & Tecnologia. Trata-se do ex-presidente do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro-do-ar Sérgio Xavier Ferolla.
Respeitado nas três forças, pois foi comandante da Escola Superior de Guerra (ESG), o militar é visto com extrema simpatia pelo governo petista, depois de dar seu apoio público ao Movimento dos Sem Terra, em recente artigo na Folha de São Paulo.
Ferolla também está prestigiado entre os petistas por ter dado uma palestra na mesa de debates sobre "Soberania da Pátria Grande e Defesa Militar", ao lado do General Raúl Baduel, ministro da Defesa da Venezuela, na reunião para a criação do "Bloco Regional de Poder Popular" (BRPP), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, cidade de Sucre, na Bolívia.
Se ele não emplacar o Ministério da Defesa, poderá ocupar ou indicar alguém de sua confiança para comandar a área de ciência e tecnologia do governo, voltada para o setor aeroespacial, que é sua especialidade. Já a indicação do General Cardoso, considerado um militar diplomático, seria uma tentativa de composição com os tucanos.
A indicação de Marta Suplicy para o cargo da Defesa é mera especulação.
Além de Ferolla, outros nomes menos cotados, porém possíveis, para a Defesa são o de Marco Aurélio Garcia e do presidente da Câmara, Aldo Rebelo. Mas a posição ideológica de ambos, bem definida, poderia ser considerada um confronto com as forças armadas.
Muitos oficiais da ativa (manifestando-se nos bastidores) e da reserva (manifestando-se publicamente) não enxergam com bons olhos a recente tentativa de "revanchismo" contra os militares. A ação é simbolizada pela tentativa de processo civil, promovida pelo Movimento Tortura Nunca Mais, contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que é o líder do Movimento Terrorismo Nunca Mais.
O Comando do Exército alega que, "como o assunto está tramitando na Justiça, o Exército Brasileiro não se pronunciará".
Mas as "legiões" estão atentas e de prontidão para o "respeito à Constituição".
E o governo sabe muito bem disto.
Velhas idéias, Novas armações.
A proposta de criação do Novo Bloco Regional de Poder Popular é uma nova velha idéia já defendida desde a criação do Foro de São Paulo, em 1990.
Participaram da fundação do Foro e seguem nele: Fidel Castro (quem convocou o grupo), Lula e o PT, o Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC); a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG); a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador; o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México.
Também compõem o Foro de São Paulo 153 grupos guerrilheiros e dezenas de partidos de esquerda da região que foram se juntando ao longo dos anos, como o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do México.
Planos de Chávez.
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, coronel Hugo Chávez, promete investir US$ 30 milhões de dólares para construir 20 bases militares na Bolívia.
Elas ficarão situadas nas cinco fronteiras com o Chile, Peru, Paraguai, Argentina e Brasil.
As instalações ficarão sob a responsabilidade de militares venezuelanos, porém sob a supervisão e consultoria de militares> cubanos, além de contar com a cumplicidade de oficiais bolivianos.
Detonem o Ustra.
O Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra enviou um e-mail ao Alerta Total para ressaltar que o processo movido contra ele é "revanchismo" e pessoal.
Ustra contesta, com fotos, a versão de seus acusadores de que uma das suas acusadoras, Criméia Alice Schmidt de Almeida, tenha sido vítima de torturas antes e após o nascimento de seu filho.
Ustra relata que Criméia ficou presa no DOI/SP, durante 24 dias e depois foi enviada para Brasília, que era a área encarregada de combater a Guerrilha do Araguaia.
Criméia afirma que, em Brasília, continuou sendo torturada até a hora do nascimento da criança, ocorrido em 13 de fevereiro de 1973, após ter permanecido abandonada, em uma cela na prisão, durante mais de 20 horas em trabalho de parto.
Prova fotográfica.
Ustra derruba as acusações de Criméia com fotos:
"Vejam a fotografia, onde Criméia aparece com o filho recém nascido, em fotografia tirada no Hospital Militar de Brasília, após o parto. Reparem as suas roupas, o seu olhar de felicidade junto com o filho. Será que essa moça, pela sua aparência, parece ter sido torturada há pouco tempo? Reparem nas roupas de seu filho, bem vestido. Pois o enxoval dessa criança foi comprado pelo Exército, por ordem do General Bandeira, comandante da Brigada onde Criméia estava presa. Aliás, esse enxoval foi entregue a Criméia por D. Lea Bandeira, esposa do General Bandeira, quando foi visitá-la no Hospital. Criméia se refere a essa visita como sendo da esposa do General Kruel e que segundo ela se "tornou mais tarde a prova do episódio tenebroso. Analisem a fotografia do batizado do filho de Criméia, feito pelo Capelão Militar. Vejam o semblante dos padrinhos, familiares de Criméia, Será que o Exército que a "torturou" teria a preocupação de organizar esse batizado?".
"Justiçamento" na Justiça.
Dia 7 de novembro, Ustra viajou a São Paulo para ser ouvido no processo movido contra ele pela família Teles (Maria Amélia, César, Janaína, Edson Luis), além de sua irmã Criméia Alice Schmidt de Almeida. No dia 8 de novembro, destaca que deveria ser ouvido pelo Juiz da 23ª Vara Cível, segundo intimação recebida. "Não compareci ao Tribunal por deliberação de meu advogado, após o mesmo ter tomado conhecimento do despacho do Juiz que a seguir transcrevo:
1 - Como os autores renunciaram à colheita do depoimento pessoal do réu, não vê o Juízo fundamento para aplicar o artigo 342 do CPC. Portanto, essa prova não será colhida,
2 - Fls. 354, item 5: defiro. Int. SP, 01- 11.2006. Como não poderia ser ouvido, meu advogado julgou por bem que eu não comparecesse ao Fórum, onde um grupo de aproximadamente 70 militantes, companheiros dos autores, encontrava-se reunido".
Se fosse, segundo informações da segurança do Fórum, Ustra corria o risco de ser "ovacionado" (isto é, ter ovos podres atirados contra si pelos democratas que o acusam).
Versão do Estadão.
O jornal Estado de São Paulo deste domingo publicou uma versão de Brilhante Ustra para os fatos de que vem sendo acusado.> Palavras do coronel, na noite de sexta-feira passada, durante uma palestra na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), em São Paulo:
"Eu nunca fui um torturador. Sempre procurei tratar os presos lá no DOI com dignidade e humanidade. Foi isso que eu fiz com as presas e os jovens de lá. Tratava-os como brasileiros que estavam do outro lado. Minha função era o comando. O interrogatório era outra coisa".
"Não é possível aplicar a Convenção de Genebra (convenção que regulamenta entre outras coisas o tratamento a prisioneiros de guerra) na guerra contra o terrorismo. Em nenhum país assolado pela guerra suja do terrorismo a convenção foi aplicada. Eles não usam uniformes, praticam atos de terrorismo contra inocentes e não respeitam as leis da guerra. É fácil falar de tortura, mas só quem estava à frente do combate tem o direito de falar sobre isso".
"Eu não fugi. Eu estava no escritório do meu advogado às 12 horas, quando ele me disse: 'O senhor não vai depor porque a outra parte abdicou do seu depoimento.' Renunciaram ao meu direito de depor para não ouvirem a verdade que ia dizer lá (Ustra se refere ao processo movido pela família Telles). Mas eu vou dizer. Em 28 de novembro de 1972, nós estávamos na cola do PC do B, que tinha uma estrutura montada em São Paulo para mandar militantes ao Araguaia. Nós tínhamos de evitar isso para que eles não virassem uma Farc. Batemos então na gráfica do PC do B. Lá estavam a Amélia, o César, a Criméia e duas crianças. Eu disse: 'Tragam os adultos para cá e levem as crianças ao Juizado de Menores.' Perguntei aos presos se eles tinham parentes em São Paulo e eles disseram que tinham em Belo Horizonte. Era um delegado. Mas uma sargento da PM se ofereceu para ficar com as crianças até elas serem entregues ao tio. E o bobalhão aqui permitiu que os pais vissem as crianças diariamente". "Nós estamos em plena Lei da Anistia e eu estou sendo processado como o comandante de uma unidade militar quando a lei diz que quem deveria apreciar meus atos é a Justiça Militar. Estou sendo processado por um crime em uma Vara Cível. O que eles querem com esse processo contra mim é acabar com a Lei da Anistia. É o primeiro passo. O objetivo deles é também receber indenizações".> "Com a reeleição de Lula, o Brasil caminha a passos largos para a implantação de uma República Socialista. O presidente já falou que gostaria de fazer uma Constituinte. Nós temos de respeitar essa democracia pela qual lutamos e as nossa leis têm de ser respeitadas". "O principal objetivo do Foro de São Paulo, do qual o PT faz parte, é tornar o Brasil socialista. Os cargos mais importantes são dos companheiros. O controle da mídia é indispensável, daí o conselho nacional de jornalismo. O controle educacional se fará por meio da reforma universitária. Agregam-se a isso as ações do MST, verdadeiro exército, é o braço armado do PT. Só lhe falta armas de fogo que, com o apoio das Farc, seriam facilmente obtidas. Devemos comparar a situação atual com a de pré-64, o Foro de São Paulo a Tricontinental, Hugo Chávez com Fidel, Lula com João Goulart, o MST com as Ligas Camponesas e João Pedro Stédile com Francisco Julião. Conclua agora para onde o Brasil está caminhando".
Legiões se rebelam.
O processo contra Ustra desencadeou uma ampla mobilização de oficiais das Forças Armadas - já fora da ativa - em apoio ao réu. O pilar da argumentação dos oficiais solidários ao coronel é que a Lei de Anistia (1979) beneficiou não apenas os opositores condenados judicialmente, mas também os funcionários dos governos militares, ainda que não tenham sido alvo de ações na Justiça.
"Não existe anistia só de um lado; a anistia só vale para eles?".
A pergunta é do general-de-divisão (três estrelas) reformado Francisco Batista Torres de Melo, coordenador do Grupo Guararapes. Sediada em Fortaleza, a associação reúne 463 oficiais das Forças Armadas (32 generais) e 1.020 civis. Um manifesto do Grupo Guararapes considera a ação contra Ustra "descabida" e uma "afronta" à Lei de Anistia, de 1979.
Afronta à lei.
"O processo é quase uma aberração".
A opinião é do General-de-exército da reserva Gilberto Barbosa de Figueiredo.
"A lei valeu para os dois lados. Depois dela, o processo não cabe. É a mesma coisa que querer julgar alguém que assaltou um banco. Zerou o jogo. Não vai mais ser julgado por crime que cometeu na época".
O General Figueiredo preside o Clube Militar, no Rio de Janeiro.
Crimes do outro lado.
O advogado Paulo Esteves, defensor de Ustra, segue a mesma linha:
"A moeda tem dois lados com idêntica possibilidade de propositura de ações. É o que a anistia buscou evitar. Há pessoas na administração pública que têm contra si imputações [por atitudes] que não são das mais corretas. O processo traz à baila um assunto que não interessa a ninguém".
O advogado se refere a crimes de assalto, seqüestro e morte cometidos por militantes da esquerda armada.
A Verdade Sufocada.
Levantamento promovido por Ustra calcula em 120 os mortos e 330 os feridos em ações de guerrilha e terrorismo. Atualmente, o coronel se dedica a divulgar seu livro "A Verdade Sufocada", com a versão sobre os anos de poder militar e os crimes da esquerda.
O Pires falou...
Militares da reserva criticam o "esquecimento" por parte do Alto Comando do Exército das palavras do então Ministro, General Walter Pires, na gestão presidencial João Batista de Oliveira Figueiredo:
"Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia".
F I M
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sábado, 9 de dezembro de 2006
VIVA O TERRORISMO!
08.12, 17h48
por Rodrigo Constantino
por Rodrigo Constantino
“É sumamente melancólico - porém não irrealista - admitir-se que no albor dos anos 60 este grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios de sangue’...” (Roberto Campos)
A Comissão de Anistia aprovou uma indenização para os ex-guerrilheiros Jessie Jane e Colombo Vieira de Souza, assim como para outros cinco familiares do casal. A indenização de Colombo, sozinha, chega a R$ 100 mil.
Eles ficaram conhecidos pela tentativa frustrada de seqüestrar um avião em 1970, no aeroporto do Galeão. Na operação, ela simulou estar grávida e carregava armas escondidas no corpo. Ele trazia uma arma no sapato. Na troca de tiros com os policiais, dois guerrilheiros morreram, e o comandante do avião ficou ferido. Eles eram membros da ALN, e passaram 9 anos na cadeia. De terroristas, hoje gozam da condição de anistiados políticos.O caso do casal não é isolado. Vários que lutavam pela transformação do Brasil numa enorme Cuba naqueles anos terríveis viraram vítimas e usaram um governo no mínimo complacente para extrair da população verdadeiras fortunas como forma de indenização. É preciso expor os fatos verdadeiros, para que ex-terroristas não passem por pobres vítimas da ditadura. A realidade é outra, bem diferente. Vamos abrir todos os documentos da época da ditadura! Os seguidores de Marighella não buscavam uma democracia, mas sim pretendiam adotar uma ditadura que faria a dos militares parecer brincadeira de criança. Basta observar o que Fidel fez com Cuba nesses quase 50 anos de regime de terror. Como disse Roberto Campos, “comparados ao carniceiro profissional do Caribe, os militares brasileiros parecem escoteiros destreinados apartando um conflito de subúrbio”. Não há motivo para inocentar os abusos dos militares durante nossa ditadura. Mas isso não significa distorcer a realidade, deixar de reconhecer que os comunistas não eram inofensivos cidadãos que lutavam pela democracia, mas sim potenciais terroristas que desejavam uma revolução armada. O risco era bastante real, e basta observar a quantidade de nações que nesta época caíram nas garras comunistas. A tensão era crescente durante o fraco governo de Jango, com clara guinada em direção ao comunismo. Diante da estação da Central do Brasil, mais de 100 mil manifestantes protestavam com faixas como “Reconhecimento da China Popular”, “PCB – Teus Direitos São Sagrados”, “Abaixo com as Companhias Estrangeiras”, “Trabalhadores Querem Armas para Defender o Seu Governo” e “Jango – Defenderemos as Reformas a Bala”. A classe média teve uma reação em cadeia contra essa radicalização estimulada pelo próprio governo.Leonel Brizola, cunhado de Jango, defendeu a substituição do Congresso por uma Constituinte repleta de trabalhadores camponeses, sargentos e oficiais nacionalistas. Goulart assinou um decreto, em 1964, desapropriando todas as terras num raio de dez quilômetros dos eixos das rodovias e ferrovias federais para sua “reforma agrária”, assim como encampou as refinarias de petróleo privadas, em outro decreto. Foi anunciado o tabelamento dos aluguéis. O governo estava em crise, apelando para a intimidação, enquanto a economia afundava. A inflação fora de 50% em 1962 para 75% no ano seguinte. Os primeiros meses de 1964 projetavam uma taxa anual de 140%, a maior do século. A economia registrava uma contração na renda per capita pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. As greves duplicaram, de 154 em 1962 para 302 em 1963. Jango nomeou o almirante Paulo Mário da Cunha Rodrigues, próximo ao Partido Comunista. O Congresso mostrava-se disposto a bloquear os projetos de reforma. Luiz Carlos Prestes, ligado ao Partido Comunista, chegou a defender a dissolução do Congresso. Um golpe, de um dos lados, parecia iminente e inevitável. Tancredo chegou a prever que os passos de Jango levariam a uma luta armada. O governador pernambucano esquerdista, Miguel Arraes, declarou estar certo de um golpe, “de lá ou de cá”. Brizola repetia que “se não dermos o golpe, eles o darão contra nós”. Jango, na China, discursava sobre o socialismo no Brasil. A famosa Revolta dos Marinheiros foi como uma gota no copo d’água lotado. Ocorreu uma quebra de hierarquia militar. O cabo Anselmo liderou a revolta, que resultou na demissão do ministro da Marinha, almirante Sílvio Mota, por tentar reprimi-lo. Eis o contexto do “golpe” de 64, levando-se em conta ainda o cenário internacional da Guerra Fria.Fora isso, vale ressaltar que a intensificação do terror comunista veio antes mesmo do famoso AI-5, que lançou a “linha dura”. Antes deste ato, já estavam no currículo dos comunistas o assassinato de pessoas como o Major do Exército da então Alemanha Ocidental, Edward Von Westernhagen, em 1968, e do Capitão do Exército norte-americano Charles Rodney Chandler, em São Paulo, no mesmo ano, além de confrontos violentos com o grupo de Marighela, que deixaram vários feridos e alguns mortos. Uma agência do Citibank sofreu tentativa de arrombamento e coquetéis Molotov foram atirados na sede do Jornal O Estado de São Paulo. O AI-5 só foi assinado depois disso tudo.Não obstante todos esses fatos, os esquerdistas posam hoje de vítimas inocentes, e arrancam milhares dos contribuintes via indenizações imorais. Não dá para esperar algo muito diferente de um governo que abriga vários desses ex-criminosos, incluindo uma assaltante de banco como importante ministra. Um governo que ajudou a fundar o Foro de São Paulo ao lado do ditador cubano e de terroristas como as FARC, não poderia agir de forma diferente mesmo. Um presidente que é mui amigo de Chávez e do próprio Fidel, não teria como fazer diferente. A família do soldado Mário Kozel Filho, que teve o corpo despedaçado num atentado terrorista perpetrado pela Vanguarda Popular Revolucionária em 1969, recebeu em 2003 uma pensão de R$ 330. Enquanto isso, os comunistas terroristas recebem guarida na Comissão de Anistia, além de indenizações que chegam a dezenas de milhares. Eis os critérios de “justiça” do nosso governo. Para as verdadeiras vítimas, migalhas. Para os seqüestradores, polpudas quantias, quando não um poderoso ministério.
No Brasil, o crime compensa, se for em nome do comunismo.
Eis a mensagem que o governo transmite:
viva o terrorismo!
LENDA URBANA
LENDA URBANA
Geraldo Almendra
01/12/2006
“A questão dos altos salários do Poder Judiciário não passa de lenda urbana". Mulher bonita, elegante, vaidosa, em princípio dotada de profunda competência e conhecimento da Ciência Jurídica, e sempre se produzindo com primor invejável para exercer suas atividades de togada no plenário do STF e aparecer nos noticiários da plim-plim.
Desta senhora, escutou-se pelas telas da sócia incondicional dos podres poderes constituídos - a TV Globo - a expressão de um pensamento, preconceituoso na sua essência, que exprime, de certa forma, que nossos anseios de uma sociedade mais justa, são simplesmente formatados a partir dos mexericos de lendas urbanas.
Seguindo o raciocínio dessa virtuosa do pensamento jurídico, e extrapolando suas palavras por uma lógica de um Estado prevaricador, fruto dos "modus operandi, faciendi e vivendi" do fascismo prostituto e canalha, que explicam a razão de tanta impunidade, imoralidade, falta de ética no poder público, e uma grotesca e renitente injustiça social assassina, se torna necessário enfatizar que a sociedade deve reavaliar outras muitas "lendas urbanas" que nos angustiam e que precisam "ser desfeitas".
Deve ser lenda urbana que o Brasil é um dos países que tem apresentado, depois do regime militar, um dos poderes executivos públicos mais corruptos e mais incompetentes do mundo, apesar de receberem os melhores salários e mordomias da pirâmide social entre os países desenvolvidos, mesmo que o nosso país continue se situando com mais de duas décadas de atraso social e econômico em relação a esses mesmos países, sem se falar, obviamente, nos já costumeiros pacotes especiais e malas ou cuecas cheias de dinheiro não declarado, roubado dos contribuintes, grana que rola em aeroportos, em gabinetes particulares ou públicos, ou nas reuniões com prostitutas "refinadas", para a alegria de "alguns mais atrevidos", canalhas da nossa podre República.
Deve ser lenda urbana que o Ministro da Justiça do desgoverno petista foi sempre muito mais um criminalista dedicado à defesa corporativista dos corruptos e prostitutos da política protegidos pela máfia do fascismo, do que um efetivamente alguém cuidando da Justiça do país.
Deve ser lenda urbana que o presidente da República é um deficiente mental, visual e auditivo, pois nada do que acontece ao seu redor, no que diz respeito aos sistemáticos escândalos de corrupção do seu desgoverno, lhe é perceptível, mesmo que seus melhores amigos já tenham sido denunciados pelo Procurador-Geral da República como pertencentes à gang dos 40 que, obviamente, nunca serão punidos pela nossa "Justiça Superior".
Deve ser lenda urbana que o Brasil tem um dos piores resultados educacionais do ensino fundamental e médio dos países pesquisados pelos organismos internacionais, e está formatando, com a falência da educação pública, uma sociedade cada vez mais ignorante na sua base de manipulação política, base fundamental para a implantação do fascismo populista em nosso país.
Deve ser lenda urbana que nossa academia e nosso meio artístico se prostituíram ao aplaudir a falta de ética e de moralidade do petismo, dando-lhes o status de formas válidas de fazer política, para que os picaretas antigos - antes inimigos, agora amigos do peito - e os novos canalhas da mesma picaretagem, possam curtir, "ad extremum", as sinecuras e as proteções corporativistas oferecidas pelo fascismo corporativista canalha.
Deve ser lenda urbana que o projeto de preservação da pobreza - a bolsa-família e suas ramificações - estão transformando mais de 40 milhões de cidadãos, direta ou indiretamente, em escravos do Estado em troca de votos, e favorecendo a formação de uma massa de desempregados ou vagabundos por opção, para ganhar a "aposentadoria" perpétua da bolsa família.
Deve ser lenda urbana que aproximadamente 90 % da população têm uma renda média mensal per capita de menos de um salário mínimo enquanto algumas centenas de magistrados ganham mais de 90 salários mínimos e parlamentares custam para o Estado mais de 400 salários mínimos por mês.
Deve ser lenda urbana que o país não tem infra-estrutura econômica para crescer de forma autosustentada mais de 3,5 % ano e que está se aproximando da anomia social e da falência financeira do poder público, mesmo com uma das maiores cargas tributárias do planeta.
Deve ser lenda urbana que o dinheiro para os investimentos necessários ao crescimento do país somente aparecerá se for dado um calote na dívida pública/poupança e se os grandes empresários passarem a olhar seu país como sua pátria, e não mais como um objeto de desejo para acumulação de poder para a preservação das oligarquias políticas de uma elite dirigente decadente, e de riqueza ilimitada para o seu patrimônio pessoal e familiar.
Deve ser lenda urbana que nunca os cidadãos de menor poder aquisitivo, especialmente os aposentados, estiveram tão endividados para favorecer o pífio crescimento do país através de um consumo proibitivo, motivado pelas covardes campanhas de empréstimos contingenciados em folha de pagamento feitas pelo desgoverno petista, o que está colocando muitas famílias em estado de privação e endividadas até 36 meses com banqueiros que enriquecem sem parar com a desgraça do país.
Deve ser lenda urbana que nos desgovernos petistas os ricos estão ficando cada vez mais ricos e a nova classe da burguesia petista tomou conta de milhares de empregos no Estado - grande provedor de sinecuras -, enquanto os pobres foram transformados em escravos da bolsa-família.
Deve ser lenda urbana que os corruptos e ladrões do dinheiro público têm aval dos Tribunais Superiores para mentir descaradamente diante das instâncias investigativas que apuram seus crimes de hedionda traição à Pátria, sendo a regra é que continuem livres, leves e soltos, dizendo aos quatro ventos que o idiota do contribuinte é que vai pagar suas "contas".
Deve ser lenda urbana que os maiores assassinos do povo são os canalhas da corrupção que subtraem os recursos do Estado que deveriam estar sendo investidos em saneamento, segurança, saúde e educação.
Deve ser lenda urbana que o Poder Executivo está sob o comando do mais sórdido filho da serpente da prostituição da política que colocou o país afundado em um mar de lama da corrupção, da imoralidade pública, do corporativismo sórdido e da falta de Ética.
Deve ser lenda urbana que o Poder Legislativo está sendo comparado com as Vitrines de Amsterdã por causa da incontrolável prostituição da política onde todos se vendem em troca de preservação de poder e empregos.
Deve ser lenda urbana que o Poder Judiciário é o poder mais corporativista e mais corrupto dos podres Poderes da República.
Deve ser lenda urbana que o filho do presidente da República tem sido beneficiado descaradamente pelo corporativismo público privado, enriquecendo cada vez mais e já sendo apelidado de "Bill Gates" da prostituição da política.
Deve ser lenda urbana que a impunidade da máfia da corrupção se deve fundamentalmente às "cartas de alforria" do corporativismo aos corruptos e ladrões do dinheiro dos contribuintes - escravos da falta de ética e da imoralidade pública que são assinadas pelo sórdido submundo da prostituição política entre os podres Poderes da República, submundo este que toma conta do controle dos trâmites das investigações sobre as sistemáticas e redundantes denúncias de corrupção dos desgovernos corruptos e prevaricadores.
Deve ser lenda urbana que fomos novamente vítimas de mais um grotesco estelionato eleitoral em outubro de 2006, que pode perfeitamente ser traduzido pela seguinte frase do mais sórdido filho dos ovos da serpente da prostituição da política: "Não me pergunte o que é ainda, que eu não sei, e não me pergunte a solução,que eu não a tenho, mas vou encontrar, porque o país precisa crescer".
Deve ser lenda urbana que nossas Forças Armadas - graças à profunda irresponsabilidade e traição à pátria, que têm sido praticados pelos governos pós-regime militar- estão inoperantes e sem condições de defender o país do avanço do fascismo e da transformação do país em um Estado Comunista de Direito.
Deve ser lenda urbana que nas nossas fronteiras com a Venezuela e Colômbia serão instaladas bases militares com moderno armamento e aviões de guerra de longo alcance para subjugar o Brasil à esquerda comunista decadente que está tomando conta da América Latina.
A única coisa que não é lenda urbana - temos absoluta certeza -, é que somos uma coletividade de covardes, palhaços e imbecis, que assistem apáticos e passivos a destruição do nosso país por canalhas que se apossaram do poder público e das corruptas relações público-privadas onde vale tudo, até "dançar homem com homem e mulher com mulher".
O que também não é lenda urbana é que essa gente sórdida da política prostituída está transformando o Brasil através de um grotesco fascismo populista redistribuidor da pobreza e da ignorância educacional e cultural, em um Estado Comunista de Direito, com a elite salarial - salários, benefícios e mordomias - do poder público, "lenda urbana" para a elegante togada do STF, já decidida a se manter no seu pedestal de sócios permanentes do fascismo petista, que condena a sociedade trabalhar mais de cinco meses por ano para sustentar uma corja de corruptos, incompetentes e traidores de nossa pátria.
Finalmente temos que concluir que o Brasil é uma "lenda urbana" - a lenda do país do futuro, um "futuro" de injustiças sociais sempre presente que somente agracia com suas benesses do bem-estar, da riqueza e do luxo, a canalha da corrupção, os "doutores" da incompetência na gestão do Estado, e seus cúmplices-lacaios das elites dirigentes público-privadas, deixando para os imbecis e palhaços dos eleitores e contribuintes passivos, ou comprados pela corrupção, e para os ignorantes comprados pelo projeto de preservação da pobreza, a tarefa de trabalharem mais de cinco meses por ano para sustentar as mordomias e felicidades dos seus canalhas algozes.
"Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele só o levará ate onde outros foram" (Alexandre Graham Bell)
Geraldo Almendra
01/12/2006
“A questão dos altos salários do Poder Judiciário não passa de lenda urbana". Mulher bonita, elegante, vaidosa, em princípio dotada de profunda competência e conhecimento da Ciência Jurídica, e sempre se produzindo com primor invejável para exercer suas atividades de togada no plenário do STF e aparecer nos noticiários da plim-plim.
Desta senhora, escutou-se pelas telas da sócia incondicional dos podres poderes constituídos - a TV Globo - a expressão de um pensamento, preconceituoso na sua essência, que exprime, de certa forma, que nossos anseios de uma sociedade mais justa, são simplesmente formatados a partir dos mexericos de lendas urbanas.
Seguindo o raciocínio dessa virtuosa do pensamento jurídico, e extrapolando suas palavras por uma lógica de um Estado prevaricador, fruto dos "modus operandi, faciendi e vivendi" do fascismo prostituto e canalha, que explicam a razão de tanta impunidade, imoralidade, falta de ética no poder público, e uma grotesca e renitente injustiça social assassina, se torna necessário enfatizar que a sociedade deve reavaliar outras muitas "lendas urbanas" que nos angustiam e que precisam "ser desfeitas".
Deve ser lenda urbana que o Brasil é um dos países que tem apresentado, depois do regime militar, um dos poderes executivos públicos mais corruptos e mais incompetentes do mundo, apesar de receberem os melhores salários e mordomias da pirâmide social entre os países desenvolvidos, mesmo que o nosso país continue se situando com mais de duas décadas de atraso social e econômico em relação a esses mesmos países, sem se falar, obviamente, nos já costumeiros pacotes especiais e malas ou cuecas cheias de dinheiro não declarado, roubado dos contribuintes, grana que rola em aeroportos, em gabinetes particulares ou públicos, ou nas reuniões com prostitutas "refinadas", para a alegria de "alguns mais atrevidos", canalhas da nossa podre República.
Deve ser lenda urbana que o Ministro da Justiça do desgoverno petista foi sempre muito mais um criminalista dedicado à defesa corporativista dos corruptos e prostitutos da política protegidos pela máfia do fascismo, do que um efetivamente alguém cuidando da Justiça do país.
Deve ser lenda urbana que o presidente da República é um deficiente mental, visual e auditivo, pois nada do que acontece ao seu redor, no que diz respeito aos sistemáticos escândalos de corrupção do seu desgoverno, lhe é perceptível, mesmo que seus melhores amigos já tenham sido denunciados pelo Procurador-Geral da República como pertencentes à gang dos 40 que, obviamente, nunca serão punidos pela nossa "Justiça Superior".
Deve ser lenda urbana que o Brasil tem um dos piores resultados educacionais do ensino fundamental e médio dos países pesquisados pelos organismos internacionais, e está formatando, com a falência da educação pública, uma sociedade cada vez mais ignorante na sua base de manipulação política, base fundamental para a implantação do fascismo populista em nosso país.
Deve ser lenda urbana que nossa academia e nosso meio artístico se prostituíram ao aplaudir a falta de ética e de moralidade do petismo, dando-lhes o status de formas válidas de fazer política, para que os picaretas antigos - antes inimigos, agora amigos do peito - e os novos canalhas da mesma picaretagem, possam curtir, "ad extremum", as sinecuras e as proteções corporativistas oferecidas pelo fascismo corporativista canalha.
Deve ser lenda urbana que o projeto de preservação da pobreza - a bolsa-família e suas ramificações - estão transformando mais de 40 milhões de cidadãos, direta ou indiretamente, em escravos do Estado em troca de votos, e favorecendo a formação de uma massa de desempregados ou vagabundos por opção, para ganhar a "aposentadoria" perpétua da bolsa família.
Deve ser lenda urbana que aproximadamente 90 % da população têm uma renda média mensal per capita de menos de um salário mínimo enquanto algumas centenas de magistrados ganham mais de 90 salários mínimos e parlamentares custam para o Estado mais de 400 salários mínimos por mês.
Deve ser lenda urbana que o país não tem infra-estrutura econômica para crescer de forma autosustentada mais de 3,5 % ano e que está se aproximando da anomia social e da falência financeira do poder público, mesmo com uma das maiores cargas tributárias do planeta.
Deve ser lenda urbana que o dinheiro para os investimentos necessários ao crescimento do país somente aparecerá se for dado um calote na dívida pública/poupança e se os grandes empresários passarem a olhar seu país como sua pátria, e não mais como um objeto de desejo para acumulação de poder para a preservação das oligarquias políticas de uma elite dirigente decadente, e de riqueza ilimitada para o seu patrimônio pessoal e familiar.
Deve ser lenda urbana que nunca os cidadãos de menor poder aquisitivo, especialmente os aposentados, estiveram tão endividados para favorecer o pífio crescimento do país através de um consumo proibitivo, motivado pelas covardes campanhas de empréstimos contingenciados em folha de pagamento feitas pelo desgoverno petista, o que está colocando muitas famílias em estado de privação e endividadas até 36 meses com banqueiros que enriquecem sem parar com a desgraça do país.
Deve ser lenda urbana que nos desgovernos petistas os ricos estão ficando cada vez mais ricos e a nova classe da burguesia petista tomou conta de milhares de empregos no Estado - grande provedor de sinecuras -, enquanto os pobres foram transformados em escravos da bolsa-família.
Deve ser lenda urbana que os corruptos e ladrões do dinheiro público têm aval dos Tribunais Superiores para mentir descaradamente diante das instâncias investigativas que apuram seus crimes de hedionda traição à Pátria, sendo a regra é que continuem livres, leves e soltos, dizendo aos quatro ventos que o idiota do contribuinte é que vai pagar suas "contas".
Deve ser lenda urbana que os maiores assassinos do povo são os canalhas da corrupção que subtraem os recursos do Estado que deveriam estar sendo investidos em saneamento, segurança, saúde e educação.
Deve ser lenda urbana que o Poder Executivo está sob o comando do mais sórdido filho da serpente da prostituição da política que colocou o país afundado em um mar de lama da corrupção, da imoralidade pública, do corporativismo sórdido e da falta de Ética.
Deve ser lenda urbana que o Poder Legislativo está sendo comparado com as Vitrines de Amsterdã por causa da incontrolável prostituição da política onde todos se vendem em troca de preservação de poder e empregos.
Deve ser lenda urbana que o Poder Judiciário é o poder mais corporativista e mais corrupto dos podres Poderes da República.
Deve ser lenda urbana que o filho do presidente da República tem sido beneficiado descaradamente pelo corporativismo público privado, enriquecendo cada vez mais e já sendo apelidado de "Bill Gates" da prostituição da política.
Deve ser lenda urbana que a impunidade da máfia da corrupção se deve fundamentalmente às "cartas de alforria" do corporativismo aos corruptos e ladrões do dinheiro dos contribuintes - escravos da falta de ética e da imoralidade pública que são assinadas pelo sórdido submundo da prostituição política entre os podres Poderes da República, submundo este que toma conta do controle dos trâmites das investigações sobre as sistemáticas e redundantes denúncias de corrupção dos desgovernos corruptos e prevaricadores.
Deve ser lenda urbana que fomos novamente vítimas de mais um grotesco estelionato eleitoral em outubro de 2006, que pode perfeitamente ser traduzido pela seguinte frase do mais sórdido filho dos ovos da serpente da prostituição da política: "Não me pergunte o que é ainda, que eu não sei, e não me pergunte a solução,que eu não a tenho, mas vou encontrar, porque o país precisa crescer".
Deve ser lenda urbana que nossas Forças Armadas - graças à profunda irresponsabilidade e traição à pátria, que têm sido praticados pelos governos pós-regime militar- estão inoperantes e sem condições de defender o país do avanço do fascismo e da transformação do país em um Estado Comunista de Direito.
Deve ser lenda urbana que nas nossas fronteiras com a Venezuela e Colômbia serão instaladas bases militares com moderno armamento e aviões de guerra de longo alcance para subjugar o Brasil à esquerda comunista decadente que está tomando conta da América Latina.
A única coisa que não é lenda urbana - temos absoluta certeza -, é que somos uma coletividade de covardes, palhaços e imbecis, que assistem apáticos e passivos a destruição do nosso país por canalhas que se apossaram do poder público e das corruptas relações público-privadas onde vale tudo, até "dançar homem com homem e mulher com mulher".
O que também não é lenda urbana é que essa gente sórdida da política prostituída está transformando o Brasil através de um grotesco fascismo populista redistribuidor da pobreza e da ignorância educacional e cultural, em um Estado Comunista de Direito, com a elite salarial - salários, benefícios e mordomias - do poder público, "lenda urbana" para a elegante togada do STF, já decidida a se manter no seu pedestal de sócios permanentes do fascismo petista, que condena a sociedade trabalhar mais de cinco meses por ano para sustentar uma corja de corruptos, incompetentes e traidores de nossa pátria.
Finalmente temos que concluir que o Brasil é uma "lenda urbana" - a lenda do país do futuro, um "futuro" de injustiças sociais sempre presente que somente agracia com suas benesses do bem-estar, da riqueza e do luxo, a canalha da corrupção, os "doutores" da incompetência na gestão do Estado, e seus cúmplices-lacaios das elites dirigentes público-privadas, deixando para os imbecis e palhaços dos eleitores e contribuintes passivos, ou comprados pela corrupção, e para os ignorantes comprados pelo projeto de preservação da pobreza, a tarefa de trabalharem mais de cinco meses por ano para sustentar as mordomias e felicidades dos seus canalhas algozes.
"Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele só o levará ate onde outros foram" (Alexandre Graham Bell)
quinta-feira, 7 de dezembro de 2006
CORRUPÇÃO ESTIGMA DO GOVERNO LULA
Itaperuna - RJ, 06 de dezembro de 2006
PETROBRAS – PETRÓLEO BRASILEIRO S.A.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
MINISTRA DILMA ROUSSEFF- PRESIDENTE
O Governo de nosso corrupto país contemplou a empresa White Martins com o mais promissor “cartório” que se tem notícia: o “cartório” da produção e comercialização de Gás Natural Liquefeito (GNL). Contemplou, Excelência, permitindo que fosse parido um monstro: a sociedade “Petrobras + White Martins”.
Em outras palavras, o Governo privilegiou o grupo norte-americano Praxair Inc. – proprietário da totalidade das ações da White Martins – com a concessão de todos os serviços relativos à produção e comercialização de GNL. Por mais incrível que possa parecer, tal grupo se beneficiará mais de nosso GNL que a própria Petrobras. Na realidade, a sociedade poderá até mesmo ser deficitária e, simultaneamente, proporcionar substanciais lucros à sua sócia majoritário, a empresa White Martins.
É como se, nos primórdios da indústria petrolífera, o Governo Brasileiro tivesse se associado à Esso para a comercialização de derivados de petróleo em nosso mercado interno. Imaginemos que, nessa hipotética sociedade, a Esso fosse a sócia majoritária com 60% das quotas, cabendo os restantes 40% ao Governo Brasileiro. Imaginemos, ainda, que essa sociedade tivesse um capital simbólico. Imaginemos, também, que essa sociedade sem capital tivesse contratado a sua sócia majoritária para a totalidade dos serviços relativos ao objetivo da sociedade: refino do petróleo em refinaria de propriedade da Esso, armazenamento dos derivados em tanques da Esso e transporte para os clientes em carretas da Esso. Resumidamente, a Esso lucraria sobre todos os serviços desde o refino até a entrega ao consumidor, o Governo lucraria sobre a venda do petróleo bruto e ambos lucrariam sobre a comercialização dos derivados, proporcionalmente a suas quotas, ou seja, 60% para a Esso e 40% para o Governo.
Nada mais parecido com essa hipotética sociedade, Ministra Dilma Rousseff, que a sociedade “Petrobras +White Martins”.
É de se ressaltar que as acusações segundo as quais a sociedade “Petrobras + White Martins” é altamente lesiva ao interesse público foram levadas ao conhecimento das mais diversas autoridades por instituições respeitáveis como o Ministério Público Federal, a OAB e o Sindipetro. Entre as autoridades que receberam tais acusações, encontram-se o Presidente da Petrobras José Eduardo Dutra, o Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, a Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) Elizabeth Farina, a Ouvidora Geral da União Eliana Pinto e o Presidente Lula.
Ressalte-se, também, que do Gabinete Pessoal da Presidência da República informaram por meio do documento (ANEXO I) que o Presidente Lula não interferia no funcionamento de empresas e órgãos vinculados ao governo federal.
Ressalte-se, ainda, que em 17/11/05, encaminhei à Ouvidora-Geral da União Eliana Pinto a correspondência (ANEXO II) atendendo a um Oficio por meio do qual me foi solicitado complementação da denúncia por mim feita contra a sociedade em questão.
Atente bem, Ministra Dilma Rousseff: V.Exª. é a Presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Portanto, V.Exª. não pode se manter alheia a esta comprometedora situação. V.Exª. tem que saber, inclusive, que o jornal do Sindipetro publicou matéria sobre a sociedade em questão. E, na matéria, Excelência, pode ser vista uma charge bastante sugestiva: um homem com uma mala recheada de dinheiro; na mala, em destaque, o nome “White Martins”. Maior desmoralização, impossível.
Por que o termo “cartório” da produção e comercialização de Gás Natural Liquefeito?
Porque, seguramente, nenhuma outra empresa se aventurará nesse ramo de negócios. Que empresa, irá se arriscar a competir com a gigante formada pela união da monopolista da matéria-prima com a dominadora do mercado nacional de Oxigênio, Nitrogênio e Gás Carbônico?
Deve-se destacar que a engenharia da criação da sociedade foi genial. Tendo como sócias a White Martins, com 60% das quotas, e a Petrobras Gás S.A. – Gaspetro (empresa do sistema Petrobras) com os restantes 40% das quotas, criou-se a empresa denominada GNL-Gemini Comercialização e Logística de Gás Ltda com o capital social de apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais). E a empresa Gemini contratou a sócia majoritária White Martins para a totalidade dos serviços necessários a alcançar seu objetivo social. Ou, mais rigorosamente, para os serviços discriminados no item 3.2 do Acordo de Quotistas, a saber:
“logística do fornecimento de gás natural liquefeito aos clientes da Sociedade, desde a planta de liquefação de propriedade da White Martins, na qual será produzido o gás natural liquefeito a ser comercializado pela Sociedade, até o ponto de entrega aos clientes, incluindo o transporte, o controle de estoques dos clientes, a definição e otimização das rotas de entrega, manutenção das carretas e tanques criogênicos e dos equipamentos utilizados na prestação dos serviços aqui contemplados.”
Referida contratação – sem licitação e com favorecimento – é flagrantemente lesiva aos cofres públicos e só não será prorrogada indefinidamente se a White Martins não quiser. Detalhes da vergonhosa armação podem ser vistos na anexa carta por mim encaminhada ao Presidente da Diretoria Executiva da Petrobras José Sérgio Gabrielli em 27/11/06 (ANEXO III).
Resumidamente, a White Martins venderá todos os serviços de liquefação, armazenamento e transporte do Gás Natural Liquefeito que for consumido no país para a Gemini, empresa da qual é sócia majoritária.
Além disso, terá como sócia uma empresa que tem a capacidade de alavancar negócios e influenciar decisões como a Petrobras. É o verdadeiro paraíso empresarial.
A ninguém é dado o direito de negar, Ministra Dilma Rousseff: o Governo contemplou a notória espoliadora dos cofres públicos com o paraíso empresarial.
Agora, só resta montar uma força-tarefa para evitar que tal empresa não ataque os cofres da Petrobras como atacou os cofres do Exército Brasileiro, do Hospital do Câncer e dos consumidores de um modo geral (via “Cartel do Oxigênio”).
A propósito de influenciar decisões, qualquer pessoa que tomou conhecimento dos problemas enfrentados pela White Martins para incorporar a empresa Líquid Carbonic sabe que dificilmente o CADE aprovaria uma sociedade que aumentasse ainda mais o poder de mercado da White Martins, se o outro sócio não fosse a influente Petrobras.
Sobre a aprovação da sociedade pelo CADE, acusei o seguinte fato: para forçar o CADE julgar a aprovação da sociedade diante de um fato consumado, astuciosamente, lançaram na mídia uma intensa propaganda, como se a sociedade já fosse irreversível. E, na propaganda enganosa, destacavam-se os logotipos da Petrobras, do Ministério de Minas e Energia e do Governo Federal. Ou seja, com essa malandragem, o CADE estava sendo, praticamente, obrigado a participar de uma farsa: julgar a aprovação de uma sociedade que já era considerada um fato consumado pelo Governo.
Excelentíssima Ministra, conforme se vê na anexa carta encaminhada ao Dr. Gabrielli, solicitei que fossem determinadas providências para que eu tivesse acesso aos documentos licitatórios (editais, mapas de preços, etc.) correspondentes às aquisições dos gases Oxigênio, Acetileno, Nitrogênio, Óxido Nitroso, Gás Carbônico e Ar Comprimido, demandados pela Petrobras na cidade do Rio de Janeiro e vizinhança nos anos de 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001. Devido à importância de tais documentos para uma mais profunda análise da situação, solicito seu apoio ao meu pedido, que foi feito amparado no artigo 63 da Lei 8666/93.
No aguardo de um posicionamento, coloco-me à disposição para eventuais informações.
Atenciosamente,
João Batista Pereira Vinhosa
Signatário: João Batista Pereira Vinhosa – Rua 10 de Maio, 446 – Itaperuna-RJ – Cep.: 28 300-000
Tel.: (22) 3822-0126 – E-mail: joaovinhosa@hotmail.com
PETROBRAS – PETRÓLEO BRASILEIRO S.A.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
MINISTRA DILMA ROUSSEFF- PRESIDENTE
O Governo de nosso corrupto país contemplou a empresa White Martins com o mais promissor “cartório” que se tem notícia: o “cartório” da produção e comercialização de Gás Natural Liquefeito (GNL). Contemplou, Excelência, permitindo que fosse parido um monstro: a sociedade “Petrobras + White Martins”.
Em outras palavras, o Governo privilegiou o grupo norte-americano Praxair Inc. – proprietário da totalidade das ações da White Martins – com a concessão de todos os serviços relativos à produção e comercialização de GNL. Por mais incrível que possa parecer, tal grupo se beneficiará mais de nosso GNL que a própria Petrobras. Na realidade, a sociedade poderá até mesmo ser deficitária e, simultaneamente, proporcionar substanciais lucros à sua sócia majoritário, a empresa White Martins.
É como se, nos primórdios da indústria petrolífera, o Governo Brasileiro tivesse se associado à Esso para a comercialização de derivados de petróleo em nosso mercado interno. Imaginemos que, nessa hipotética sociedade, a Esso fosse a sócia majoritária com 60% das quotas, cabendo os restantes 40% ao Governo Brasileiro. Imaginemos, ainda, que essa sociedade tivesse um capital simbólico. Imaginemos, também, que essa sociedade sem capital tivesse contratado a sua sócia majoritária para a totalidade dos serviços relativos ao objetivo da sociedade: refino do petróleo em refinaria de propriedade da Esso, armazenamento dos derivados em tanques da Esso e transporte para os clientes em carretas da Esso. Resumidamente, a Esso lucraria sobre todos os serviços desde o refino até a entrega ao consumidor, o Governo lucraria sobre a venda do petróleo bruto e ambos lucrariam sobre a comercialização dos derivados, proporcionalmente a suas quotas, ou seja, 60% para a Esso e 40% para o Governo.
Nada mais parecido com essa hipotética sociedade, Ministra Dilma Rousseff, que a sociedade “Petrobras +White Martins”.
É de se ressaltar que as acusações segundo as quais a sociedade “Petrobras + White Martins” é altamente lesiva ao interesse público foram levadas ao conhecimento das mais diversas autoridades por instituições respeitáveis como o Ministério Público Federal, a OAB e o Sindipetro. Entre as autoridades que receberam tais acusações, encontram-se o Presidente da Petrobras José Eduardo Dutra, o Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, a Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) Elizabeth Farina, a Ouvidora Geral da União Eliana Pinto e o Presidente Lula.
Ressalte-se, também, que do Gabinete Pessoal da Presidência da República informaram por meio do documento (ANEXO I) que o Presidente Lula não interferia no funcionamento de empresas e órgãos vinculados ao governo federal.
Ressalte-se, ainda, que em 17/11/05, encaminhei à Ouvidora-Geral da União Eliana Pinto a correspondência (ANEXO II) atendendo a um Oficio por meio do qual me foi solicitado complementação da denúncia por mim feita contra a sociedade em questão.
Atente bem, Ministra Dilma Rousseff: V.Exª. é a Presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Portanto, V.Exª. não pode se manter alheia a esta comprometedora situação. V.Exª. tem que saber, inclusive, que o jornal do Sindipetro publicou matéria sobre a sociedade em questão. E, na matéria, Excelência, pode ser vista uma charge bastante sugestiva: um homem com uma mala recheada de dinheiro; na mala, em destaque, o nome “White Martins”. Maior desmoralização, impossível.
Por que o termo “cartório” da produção e comercialização de Gás Natural Liquefeito?
Porque, seguramente, nenhuma outra empresa se aventurará nesse ramo de negócios. Que empresa, irá se arriscar a competir com a gigante formada pela união da monopolista da matéria-prima com a dominadora do mercado nacional de Oxigênio, Nitrogênio e Gás Carbônico?
Deve-se destacar que a engenharia da criação da sociedade foi genial. Tendo como sócias a White Martins, com 60% das quotas, e a Petrobras Gás S.A. – Gaspetro (empresa do sistema Petrobras) com os restantes 40% das quotas, criou-se a empresa denominada GNL-Gemini Comercialização e Logística de Gás Ltda com o capital social de apenas R$ 10.000,00 (dez mil reais). E a empresa Gemini contratou a sócia majoritária White Martins para a totalidade dos serviços necessários a alcançar seu objetivo social. Ou, mais rigorosamente, para os serviços discriminados no item 3.2 do Acordo de Quotistas, a saber:
“logística do fornecimento de gás natural liquefeito aos clientes da Sociedade, desde a planta de liquefação de propriedade da White Martins, na qual será produzido o gás natural liquefeito a ser comercializado pela Sociedade, até o ponto de entrega aos clientes, incluindo o transporte, o controle de estoques dos clientes, a definição e otimização das rotas de entrega, manutenção das carretas e tanques criogênicos e dos equipamentos utilizados na prestação dos serviços aqui contemplados.”
Referida contratação – sem licitação e com favorecimento – é flagrantemente lesiva aos cofres públicos e só não será prorrogada indefinidamente se a White Martins não quiser. Detalhes da vergonhosa armação podem ser vistos na anexa carta por mim encaminhada ao Presidente da Diretoria Executiva da Petrobras José Sérgio Gabrielli em 27/11/06 (ANEXO III).
Resumidamente, a White Martins venderá todos os serviços de liquefação, armazenamento e transporte do Gás Natural Liquefeito que for consumido no país para a Gemini, empresa da qual é sócia majoritária.
Além disso, terá como sócia uma empresa que tem a capacidade de alavancar negócios e influenciar decisões como a Petrobras. É o verdadeiro paraíso empresarial.
A ninguém é dado o direito de negar, Ministra Dilma Rousseff: o Governo contemplou a notória espoliadora dos cofres públicos com o paraíso empresarial.
Agora, só resta montar uma força-tarefa para evitar que tal empresa não ataque os cofres da Petrobras como atacou os cofres do Exército Brasileiro, do Hospital do Câncer e dos consumidores de um modo geral (via “Cartel do Oxigênio”).
A propósito de influenciar decisões, qualquer pessoa que tomou conhecimento dos problemas enfrentados pela White Martins para incorporar a empresa Líquid Carbonic sabe que dificilmente o CADE aprovaria uma sociedade que aumentasse ainda mais o poder de mercado da White Martins, se o outro sócio não fosse a influente Petrobras.
Sobre a aprovação da sociedade pelo CADE, acusei o seguinte fato: para forçar o CADE julgar a aprovação da sociedade diante de um fato consumado, astuciosamente, lançaram na mídia uma intensa propaganda, como se a sociedade já fosse irreversível. E, na propaganda enganosa, destacavam-se os logotipos da Petrobras, do Ministério de Minas e Energia e do Governo Federal. Ou seja, com essa malandragem, o CADE estava sendo, praticamente, obrigado a participar de uma farsa: julgar a aprovação de uma sociedade que já era considerada um fato consumado pelo Governo.
Excelentíssima Ministra, conforme se vê na anexa carta encaminhada ao Dr. Gabrielli, solicitei que fossem determinadas providências para que eu tivesse acesso aos documentos licitatórios (editais, mapas de preços, etc.) correspondentes às aquisições dos gases Oxigênio, Acetileno, Nitrogênio, Óxido Nitroso, Gás Carbônico e Ar Comprimido, demandados pela Petrobras na cidade do Rio de Janeiro e vizinhança nos anos de 1997, 1998, 1999, 2000 e 2001. Devido à importância de tais documentos para uma mais profunda análise da situação, solicito seu apoio ao meu pedido, que foi feito amparado no artigo 63 da Lei 8666/93.
No aguardo de um posicionamento, coloco-me à disposição para eventuais informações.
Atenciosamente,
João Batista Pereira Vinhosa
Signatário: João Batista Pereira Vinhosa – Rua 10 de Maio, 446 – Itaperuna-RJ – Cep.: 28 300-000
Tel.: (22) 3822-0126 – E-mail: joaovinhosa@hotmail.com
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
T O R T U R A
Tortura...
por Márcio Del Cístia em 30 de novembro de 2006
Resumo: O que resta aos falastrões delatores e ressentidos, senão acusar seus inimigos - testemunhas de sua abjeta covardia e insignificância - de "torturadores brutais"?
Há anos, lá por ’95 ou ’96, bem antes desta Era do Exu de Quatro Dedos, reencontrei um amigo de infância. Colegas de grupo escolar na minúscula cidadezinha, fôramos unha-e-carne no gosto por caçadas de estilingue e pescarias nas barrancas do Itararé, vivendo a liberdade larga e aventureira de garotos do interior. Juntos, fumamos o primeiro Castelões, um horrível arrebenta-peito da moda. Ombro a ombro, peitamos os ‘nazistas lazarentos’ em ferozes batalhas de mamonas e vezes sem conta esfolamos as magras bundinhas galopando em pêlo no combate aos sioux, apaches, seminoles – no melhor estilo de Hopalong Cassidy. Chegado o tempo de colégio fui enviado para um internato e ele para outro, muito longe. Sua família mudou-se e nunca mais nos cruzamos. Até então.
Após fraternas amabilidades, usuais nestes momentos (Quiuspa, cara! Como cê tá véio! - E ocê ainda mais feio do que era, magrelo!...) secamos chopes e atualizamos biografias.
Ele seguira carreira militar, especializando-se em Inteligência, alegação comprovada pela quantidade de informações saborosas sobre bastidores pessoais de personalidades então proeminentes.
Na época, criava-se a Comissão de Desaparecidos Políticos abrigando pedidos de indenizações aos inocentes pobrezinhos esquerdóticos, brutalmente torturados ao tempo do regime militar pelos gorilões verde-oliva do DOI-CODI. E perguntei-lhe sobre os métodos de tortura.
Ainda me ecoa na memória a vasta gargalhada em resposta. Entre surtos de riso divertido, à medida que antigas cenas lhe acorriam, narrou suas experiências nos interrogatórios dos ‘guerrilheiros’:
“- Nosso problema era fazê-los calar, não falar...
Eram uns pobres diabos apavorados para quem a ficha da realidade começava a cair e que, para a maioria de nós, profissionais, inspiravam pena e até impulsos de proteção. Podíamos perceber que haviam sido seduzidos e manipulados por líderes carismáticos do movimento e canalhamente usados para buchas de canhão e produção de “mártires” úteis à propaganda. Não tinham solidez em suas convicções, nem consciência do que fosse uma condição de guerra com os riscos pessoais que acarreta. Haviam vivido sonhos tontos de adolescentes entre nuvens de maconha, fumos marxistas e pregações leninistas; suas fantasias de ações terríveis, bravura e sacrifícios heróicos desmoronavam fácil ante o choque da realidade crua... Acho que se viam como guerreiros duros quando usavam armas contra civis desarmados, mas a distância entre as grandiosas imagens oníricas de si mesmos e sua verdade pessoal era tristemente enorme...
Não tortura, mas apenas medo soltava-lhes as línguas. Contavam tudo em detalhes, entregavam sofregamente os companheiros fornecendo nomes, apelidos, descrições, endereços, planos... Sua ânsia de livrar a própria cara acusando ‘irmãos de guerrilha’ divertia alguns dos nossos, mas mesmos estes acabavam sentindo dó ante tanta fraqueza de caráter. Nós éramos profissionais. Sabíamos bem das diferenças entre combate e ilusão.Também conhecíamos o medo mas, o pavor sem controle deles, nos envergonhava. Acho que nunca entenderam que éramos soldados... acho que nunca foram capazes de entender o que seja ser um soldado.
Uma vez soltos, precisavam apresentar desculpas aos companheiros, já que temiam – e com razão – serem justiçados como ‘traidores’. Daí as histórias de torturas e sevícias pelos monstros-milicos, tanto mais terríveis os ‘sofrimentos’ relatados quanto maiores e mais detalhados houvessem sido os relatórios fornecidos sobre seus ‘camaradas revolucionários’. Ademais, como é inevitável em tais tipos de caráter, muitos deles desenvolveram ódio feroz contra nós, testemunhas a contra gosto de sua covardia.
Alguns, de perfil depressivo, após entregar até o mais distante dos amigos comunistas, caíam em si dando-se conta do que haviam feito, das prováveis conseqüências a esperar de seus companheiros – e tentavam o suicídio.
Com a pena que nos inspiravam estes coitados, perigosos na sua burrice armada e desembestada, crescia-nos a indignação contra aqueles que os manipulavam, os intelectuais comunistas, sempre a cuidadosa e prudente distância da ação e do perigo. É fácil ser valente, sentadinho lá no Comédie Française ou num café de Estocolmo.
Sabe? Acho que falhamos com nosso país ao permitir a estes saírem livres e impolutos. Não chegar ao extremo de afogá-los num banho de sangue como os comunas usam fazer quando assumem o Poder, mas nem mesmo abrimos aos brasileiros a verdade a respeito destes caras, de sua absoluta falta de escrúpulos, da descarada ânsia por poder pessoal, da destrutividade e crueldade de que são capazes; como resultado aí estão outra vez, em plena força, com a corda toda e manhas novas.”
Devagar, a tarde de maio, luminosa e fresca, se fez noite. Lembrando compromissos que nos aguardavam, pagamos os chopes, trocamos abraços. Vê barcos que se cruzam na imensidão do mar, fomos cada qual à sua vida e nunca mais nos falamos. Soube que deu baixa e que iria sair do país. Onde anda, o que pensa dos eventos atuais, ignoro. Mas me lembro dele a cada novo avanço esquerdopata contra o Cel. Ustra e a Lei da Anistia:
“O que os comunistas não perdoam ao Pinochet, ainda mais que a derrocada de seus delírios castro-leninistas, é ele ter elevado o Chile à condição de país de primeiro mundo com receitas liberais. Cê quer apostar que a consciência e memória do enorme avanço sócio-econômico produzido aqui pela administração dos militares vão desaparecer sob o rótulo calhorda de “anos de chumbo”? Ou que a honradez e honestidade daqueles oficiais que deixaram o Poder tão pobres quanto o eram ao assumi-lo, vão ser esquecidas sob acusações de arbítrio e tortura? Conheço os comunas de perto, pela frente e por dentro.
Não irão parar de mentir, corromper e de tentar afogar-nos na sua demência totalitária.”
Não apostei.
por Márcio Del Cístia em 30 de novembro de 2006
Resumo: O que resta aos falastrões delatores e ressentidos, senão acusar seus inimigos - testemunhas de sua abjeta covardia e insignificância - de "torturadores brutais"?
Há anos, lá por ’95 ou ’96, bem antes desta Era do Exu de Quatro Dedos, reencontrei um amigo de infância. Colegas de grupo escolar na minúscula cidadezinha, fôramos unha-e-carne no gosto por caçadas de estilingue e pescarias nas barrancas do Itararé, vivendo a liberdade larga e aventureira de garotos do interior. Juntos, fumamos o primeiro Castelões, um horrível arrebenta-peito da moda. Ombro a ombro, peitamos os ‘nazistas lazarentos’ em ferozes batalhas de mamonas e vezes sem conta esfolamos as magras bundinhas galopando em pêlo no combate aos sioux, apaches, seminoles – no melhor estilo de Hopalong Cassidy. Chegado o tempo de colégio fui enviado para um internato e ele para outro, muito longe. Sua família mudou-se e nunca mais nos cruzamos. Até então.
Após fraternas amabilidades, usuais nestes momentos (Quiuspa, cara! Como cê tá véio! - E ocê ainda mais feio do que era, magrelo!...) secamos chopes e atualizamos biografias.
Ele seguira carreira militar, especializando-se em Inteligência, alegação comprovada pela quantidade de informações saborosas sobre bastidores pessoais de personalidades então proeminentes.
Na época, criava-se a Comissão de Desaparecidos Políticos abrigando pedidos de indenizações aos inocentes pobrezinhos esquerdóticos, brutalmente torturados ao tempo do regime militar pelos gorilões verde-oliva do DOI-CODI. E perguntei-lhe sobre os métodos de tortura.
Ainda me ecoa na memória a vasta gargalhada em resposta. Entre surtos de riso divertido, à medida que antigas cenas lhe acorriam, narrou suas experiências nos interrogatórios dos ‘guerrilheiros’:
“- Nosso problema era fazê-los calar, não falar...
Eram uns pobres diabos apavorados para quem a ficha da realidade começava a cair e que, para a maioria de nós, profissionais, inspiravam pena e até impulsos de proteção. Podíamos perceber que haviam sido seduzidos e manipulados por líderes carismáticos do movimento e canalhamente usados para buchas de canhão e produção de “mártires” úteis à propaganda. Não tinham solidez em suas convicções, nem consciência do que fosse uma condição de guerra com os riscos pessoais que acarreta. Haviam vivido sonhos tontos de adolescentes entre nuvens de maconha, fumos marxistas e pregações leninistas; suas fantasias de ações terríveis, bravura e sacrifícios heróicos desmoronavam fácil ante o choque da realidade crua... Acho que se viam como guerreiros duros quando usavam armas contra civis desarmados, mas a distância entre as grandiosas imagens oníricas de si mesmos e sua verdade pessoal era tristemente enorme...
Não tortura, mas apenas medo soltava-lhes as línguas. Contavam tudo em detalhes, entregavam sofregamente os companheiros fornecendo nomes, apelidos, descrições, endereços, planos... Sua ânsia de livrar a própria cara acusando ‘irmãos de guerrilha’ divertia alguns dos nossos, mas mesmos estes acabavam sentindo dó ante tanta fraqueza de caráter. Nós éramos profissionais. Sabíamos bem das diferenças entre combate e ilusão.Também conhecíamos o medo mas, o pavor sem controle deles, nos envergonhava. Acho que nunca entenderam que éramos soldados... acho que nunca foram capazes de entender o que seja ser um soldado.
Uma vez soltos, precisavam apresentar desculpas aos companheiros, já que temiam – e com razão – serem justiçados como ‘traidores’. Daí as histórias de torturas e sevícias pelos monstros-milicos, tanto mais terríveis os ‘sofrimentos’ relatados quanto maiores e mais detalhados houvessem sido os relatórios fornecidos sobre seus ‘camaradas revolucionários’. Ademais, como é inevitável em tais tipos de caráter, muitos deles desenvolveram ódio feroz contra nós, testemunhas a contra gosto de sua covardia.
Alguns, de perfil depressivo, após entregar até o mais distante dos amigos comunistas, caíam em si dando-se conta do que haviam feito, das prováveis conseqüências a esperar de seus companheiros – e tentavam o suicídio.
Com a pena que nos inspiravam estes coitados, perigosos na sua burrice armada e desembestada, crescia-nos a indignação contra aqueles que os manipulavam, os intelectuais comunistas, sempre a cuidadosa e prudente distância da ação e do perigo. É fácil ser valente, sentadinho lá no Comédie Française ou num café de Estocolmo.
Sabe? Acho que falhamos com nosso país ao permitir a estes saírem livres e impolutos. Não chegar ao extremo de afogá-los num banho de sangue como os comunas usam fazer quando assumem o Poder, mas nem mesmo abrimos aos brasileiros a verdade a respeito destes caras, de sua absoluta falta de escrúpulos, da descarada ânsia por poder pessoal, da destrutividade e crueldade de que são capazes; como resultado aí estão outra vez, em plena força, com a corda toda e manhas novas.”
Devagar, a tarde de maio, luminosa e fresca, se fez noite. Lembrando compromissos que nos aguardavam, pagamos os chopes, trocamos abraços. Vê barcos que se cruzam na imensidão do mar, fomos cada qual à sua vida e nunca mais nos falamos. Soube que deu baixa e que iria sair do país. Onde anda, o que pensa dos eventos atuais, ignoro. Mas me lembro dele a cada novo avanço esquerdopata contra o Cel. Ustra e a Lei da Anistia:
“O que os comunistas não perdoam ao Pinochet, ainda mais que a derrocada de seus delírios castro-leninistas, é ele ter elevado o Chile à condição de país de primeiro mundo com receitas liberais. Cê quer apostar que a consciência e memória do enorme avanço sócio-econômico produzido aqui pela administração dos militares vão desaparecer sob o rótulo calhorda de “anos de chumbo”? Ou que a honradez e honestidade daqueles oficiais que deixaram o Poder tão pobres quanto o eram ao assumi-lo, vão ser esquecidas sob acusações de arbítrio e tortura? Conheço os comunas de perto, pela frente e por dentro.
Não irão parar de mentir, corromper e de tentar afogar-nos na sua demência totalitária.”
Não apostei.
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