Por Maria Joseita Silva Brilhante Ustra
Matéria publicada no site www.averdadesufocada.com
Um certo juiz italiano, tão cuidadoso com o destino dos seus compatriotas, deveria saber o que esses estrangeiros estavam fazendo no Brasil, imuiscuindo-se em nossos problemas internos, incentivando a subversão e praticando atos de terrorismo. Imaginem se os países que tiveram seus filhos mortos ou molestados por terroristas brasileiros resolvessem seguir o exemplo da Itália. Por isonomia, teríamos mandados de prisão também a tais criminosos, advindos de várias partes do mundo.
Vejamos alguns casos:
Estados Unidos: pelo assassinato, a sangue frio, do capitão Charles Chandler, na frente de sua mulher e de três filhos menores, quando saía de casa para ir à faculdade, em São Paulo.
Mandados de prisão seriam emitidos para:
Julgamento e condenação à morte:
Onofre Pinto - desaparecido
João Quartin de Moraes
Ladilas Dowbor
Levantamento:
Dulce Souza Maia
Execução:
Pedro Lobo de Oliveira,
Diógenes José de Carvalho Oliveira ( Diógenes do PT ),
Marco Antonio Braz de Carvalho - morto.
Além desses, a justiça americana teria um grupo grande para pedir a prisão :
Somente no seqüestro do embaixador americano ( crime não prescrito, porque considerado hediondo), seriam:
Franklin de Souza Martins
Cid Queiroz Benjamin
Fernando Paulo Nagle Gabeira
Cláudio Torres da Silva
Sérgio Rubens de Araújo Torres
Antônio de Freitas Silva
Joaquim Câmara Ferreira - morto
Virgílio Gomes da Silva - morto
Manoel Cyrillo de Oliveira Netto
Paulo de Tarso Venceslau
Helena Bocayuva Khair
Vera Silvia Araújo de Magalhães
João Lopes Salgado
José Sebastião Rios de Moura.
Imaginem, teríamos mandados de prisão de brasileiros vindos de várias partes do mundo:
Inglaterra:
pelo assassinato de David A. Cuthberg, marinheiro inglês, de 19 anos ,que visitava o Brasil com sua fragata, e que foi assassinado apenas porque estava fardado e a farda "representava o imperialismo inglês".
Autores do "justiçamento"
Flávio Augusto Neves Leão Salles, ALN;
Antônio Carlos Nogueira Cabral , ALN -morto
Aurora Maria do Nascimento Furtado,ALN -morto
Adair Gonçalves Reis , ALN -Lígia Salgado da Nóbrega, VAR-Palmares -morta
Hélcio da Silva, VAR- Pal
Carlos Alberto Salles VAR-Palmares;
James Allen Luz, da VAR-Palmares; morto
Getúlio de Oliveira Cabral , do PCBR; - morto
Dinamarca :
pelo assassinato, em uma emboscada, de Henning Albert Boilesen;
Levantamento :
Devanir José de Carvalho, - morto (1)
Dimas Antônio Casemiro, - morto (2)
Gilberto Faria Lima
José Dan de Carvalho,
Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz,
Gregório Mendonça,
Laerte Dorneles Méliga
Participaram da execução de Boilesen:
Joaquim Alencar Seixas - morto
Dimas Antônio Casemiro -morto (2)
Yuri Xavier Pereira - morto
Antônio Sergio de Matos - morto
José Milton Barbosa - morto (3)
Gilberto Faria Lima
Alemanha :
pelo assassinato do major alemão Edward Ernest Tito Otto Maximilian von Westernhagen;
João Lucas Alves, - morto
Severino Viana Collon - morto
e mais um terceiro militante, até hoje não identificado.
Alemanha:
pelo seqüestro do embaixador Ehrenfried von Hollenben:
José Roberto Gonçalves Resende
Eduardo Leite - morto (4)
Herbert Eustáquio de Carvalho
Roberto Chagas da Silva
José Maurício Gradel
Sônia Eliane Lafoz
José Milton Barbosa - morto (3)
Jesus Parede Soto
Alex Polari de Alverga
Maurício Guilherme da Silveira -morto
Gerson Theodoro de Oliveira - Morto
Alfredo Hélio SyrkisTereza Ângelo
Manoel Henrique Ferreira
Japão:
pelo seqüestro do Cônsul Nobuo OkuchiLadislas Dowbor- coordenador da ação Liszt Benjamin Vieira
Marco Antônio Lima Dourado
Mário de Freitas Gonçalves
Joelson Crispim; - morto
Osvaldo Soares
José Raimundo da Costa - morto
Denise Peres Crispim
Eduardo Leite - morto
Fernando KolleritzDevanir
José de Carvalho - morto (1)
Plínio Petersen Pereira
José Rodrigues
Ângelo Júnior.
Suiça:
pelo seqüestro do embaixador Giovanni Enrico Bucher
Carlos Lamarca - comandante; - morto
Alex Polari de Alverga
Inês Etienne Romeu
Gerson Theodoro de Oliveira - morto
Herbert Eustáquio de Carvalho
Adair Gonçalves Reis
Maurício Guilherme da Silveira - morto
José Roberto Gonçalves de Rezende
Alfredo Hélio Syrkis
Tereza Ângelo
Agora, imaginem a quantidade de brasileiros que teriam prisão decretada por tribunais estrangeiros.
O que diria o ministro especial da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que defendeu ontem em Brasília a anulação da Lei de Anistia.
Quantos figurões deste atual governo e do governo anterior não estarão enquadrados nos ditos "crimes políticos", a que se referiu o ministro?
Ou ele pensa que os crimes cometidos por seus companheiros de ideologia ficariam impunes com a revogação da Lei ?
Ou ele pensa que, com a essa revogação, os assaltos, os atentados a bomba, os seqüestros, os "justiçamentos", os 120 assassinatos cometidos pelos terroristas serão perdoados?
Como seria, ministro, na sua visão unilateral , comprometida pelo seu viés ideológico?
Somente os que combateram aqueles que queriam implantar no Brasil uma ditadura nos moldes de Cuba, seriam punidos?
Ou os terroristas também seriam execrados perante a opinião pública; seus crimes seriam expostos; e suas verdadeiras intenções finalmente confessadas? Também seriam proibidos de ocupar funções nos governos, como acontece agora com quem os combateu?
E algumas indenizações voltariam para os cofres públicos? E as penas daqueles, que já haviam sido julgados, seriam aplicadas imediatamente?
É, ministro, são tantas dúvidas que, melhor seria , antes de sugerir soluções para situações tão sérias, estudasse melhor os problemas que viriam pela frente, a começar pelo desmonte do governo a que pertence...
Observação : As pessoas dadas como mortas foram pesquisadas no livro "dos filhos desse solo' de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio
Visite o site www.averdadesufocada.com e leia a entrevista do filho de Charles Chandler a respeito do assassinato de seu
Nota do editor de RESERVATIVA: As iluminações e cores são nossas, não constam do originaL, que pode ser lido no site acima referido,inclusive com fotos do Cap. Charles Chandler e de seu filho, acrescentada ainda de uma entrevista do filho de Charles Chandler sobre o assassinato de seu pai.
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sábado, 29 de dezembro de 2007
Itália exige punição
27/12 -
Autor do mais exaustivo estudo sobre a repressão a militantes de esquerda no Cone Sul nos anos 70, liderada pelo Chile, o jornalista norte-americano John Dinges afirma, em palestra na USP, que a participação do Brasil na operação se limitou a fornecer informações e a treinar agentes estrangeiros
Por Cláudio Dantas Sequeira - Equipe do Correio Braziliense- 26/12/2007 - página 16
Juiz pede extradição de 146 militares que teriam participadp da Operação Condor, entre eles 13 brasileiros, como o falecido ex-presidente João Batista Figueiredo . Requisição deve ser rejeitada pelo governo.
"Não estou preocupado com a Justiça italiana. Se quiser processar, processa; se quiser pedir extradição, peça. Podem fazer o que quiser, eu não estou interessado nisso." A frase, dita ao Correio de maneira lacônica , expressa a indiferença do coronel reformado Carlos Alberto Ponzi sobre a odem de captura internacional expedida por um magistrado italiano. Ponzi, que chefiou o Serviço Nacional de Informações ( SNI) no Rio Grande do Sul, no início da década de 1980, é um dos 13 brasileiros que integram a longa lista de 146 militares e civis sul-americanos contra os quais o juiz Giancarlo Capaldo assinou mandados de busca e prisão na segunda-feira, véspera de Natal. Ao todo, foram arrolados na causa 61 argentinos, 32 uruguaios, 22 chilenos, sete bolivianos e sete paraguaios, além de quatro peruanos." (...) "
Observação do site:
Não temos conhecimento de fonte fidedigna para informar com convicção sobre a chamada " Operação Condor". Mas, para quem não tem idéia do que chamam " Operação Condor" , vamos a uma pequena e muito simples explicação do que se trata.
Pelo que temos pesquisado em documentos, em depoimentos de pessoas que procuramos ouvir, mais o que tem sido publicado na mídia - tirando os exageros- , chegamos a conclusão do seguinte:
Atendendo a orientação da Organização Latino-Americana de Solidariedade - OLAS -, cuja sede era em Cuba, as organizações subversivo-terroristas atuavam, em conjunto, em vários países da América do Sul, tentando implantar o regime comunista, seguindo o modelo cubano.
Os militantes brasileiros, normalmente saíam do Brasil, para cursos de técnicas de guerrilhas, fabricação de bombas e armas na China, União Soviética e Cuba, via Argentina, Bolívia, Uruguai e Chile. Na volta, em grande quantidade, já treinados, voltavam ao Brasil, clandestinamente, pelos mesmos países, trazendo armas e dólares, enviados pelos governos desses países, que davam todo apoio à luta armada, principalmente Fidel Castro. No período em que esperavam a ida ou a volta, participavam ativamente dos atos terroristas nos países onde se encontravam . O mesmo acontecia com os terroristas estrangeiros aqui no Brasil.
A Operação Condor representou um esforço cooperativo entre os Serviços de Inteligência e Segurança dos países que estavam sofrendo com a luta armada. Os governos trocavam informações para combater o terrorismo e a subversão , tentando impedir a implantação do regime comunista em seus países .
Hoje é sabido e reconhecido pelos próprios ex-terroristas que o objetivo da luta armada era a implantação de regime semelhante ao de Cuba. Desejo ardente, que, até os dias de hoje, continua em alguns fanáticos ( Foro de São Paulo, MST, Vila Campesina e outros ) ,que planejam transformar a América Latina em União das Repúblicas Socialistas da América Latina - URSAL -, como a antiga União Soviética.
Observação do site: A matéria Vítimas da repressão enumera 32 vítimas no Uruguai, quando na realidade, o número foi superior a 1000. Convém esclarecer também, que, das 380 vítimas no Brasil, algumas morreram em acidente de carro; casos de cancer na Alemanha; "justiçamentos" pelos próprios companheiros de subversão; conflitos agrários; mortes por acidentes com a própria arma; mortes em treinamentos e transporte de explosivos; morte em acidente de moto em Paris, acidente de carro na França, parada cardíaca no Uruguai, suicídios na Alemanha e na França.
Visite o site www.averdadesufocada.com e deixe seu comentário
Autor do mais exaustivo estudo sobre a repressão a militantes de esquerda no Cone Sul nos anos 70, liderada pelo Chile, o jornalista norte-americano John Dinges afirma, em palestra na USP, que a participação do Brasil na operação se limitou a fornecer informações e a treinar agentes estrangeiros
Por Cláudio Dantas Sequeira - Equipe do Correio Braziliense- 26/12/2007 - página 16
Juiz pede extradição de 146 militares que teriam participadp da Operação Condor, entre eles 13 brasileiros, como o falecido ex-presidente João Batista Figueiredo . Requisição deve ser rejeitada pelo governo.
"Não estou preocupado com a Justiça italiana. Se quiser processar, processa; se quiser pedir extradição, peça. Podem fazer o que quiser, eu não estou interessado nisso." A frase, dita ao Correio de maneira lacônica , expressa a indiferença do coronel reformado Carlos Alberto Ponzi sobre a odem de captura internacional expedida por um magistrado italiano. Ponzi, que chefiou o Serviço Nacional de Informações ( SNI) no Rio Grande do Sul, no início da década de 1980, é um dos 13 brasileiros que integram a longa lista de 146 militares e civis sul-americanos contra os quais o juiz Giancarlo Capaldo assinou mandados de busca e prisão na segunda-feira, véspera de Natal. Ao todo, foram arrolados na causa 61 argentinos, 32 uruguaios, 22 chilenos, sete bolivianos e sete paraguaios, além de quatro peruanos." (...) "
Observação do site:
Não temos conhecimento de fonte fidedigna para informar com convicção sobre a chamada " Operação Condor". Mas, para quem não tem idéia do que chamam " Operação Condor" , vamos a uma pequena e muito simples explicação do que se trata.
Pelo que temos pesquisado em documentos, em depoimentos de pessoas que procuramos ouvir, mais o que tem sido publicado na mídia - tirando os exageros- , chegamos a conclusão do seguinte:
Atendendo a orientação da Organização Latino-Americana de Solidariedade - OLAS -, cuja sede era em Cuba, as organizações subversivo-terroristas atuavam, em conjunto, em vários países da América do Sul, tentando implantar o regime comunista, seguindo o modelo cubano.
Os militantes brasileiros, normalmente saíam do Brasil, para cursos de técnicas de guerrilhas, fabricação de bombas e armas na China, União Soviética e Cuba, via Argentina, Bolívia, Uruguai e Chile. Na volta, em grande quantidade, já treinados, voltavam ao Brasil, clandestinamente, pelos mesmos países, trazendo armas e dólares, enviados pelos governos desses países, que davam todo apoio à luta armada, principalmente Fidel Castro. No período em que esperavam a ida ou a volta, participavam ativamente dos atos terroristas nos países onde se encontravam . O mesmo acontecia com os terroristas estrangeiros aqui no Brasil.
A Operação Condor representou um esforço cooperativo entre os Serviços de Inteligência e Segurança dos países que estavam sofrendo com a luta armada. Os governos trocavam informações para combater o terrorismo e a subversão , tentando impedir a implantação do regime comunista em seus países .
Hoje é sabido e reconhecido pelos próprios ex-terroristas que o objetivo da luta armada era a implantação de regime semelhante ao de Cuba. Desejo ardente, que, até os dias de hoje, continua em alguns fanáticos ( Foro de São Paulo, MST, Vila Campesina e outros ) ,que planejam transformar a América Latina em União das Repúblicas Socialistas da América Latina - URSAL -, como a antiga União Soviética.
Observação do site: A matéria Vítimas da repressão enumera 32 vítimas no Uruguai, quando na realidade, o número foi superior a 1000. Convém esclarecer também, que, das 380 vítimas no Brasil, algumas morreram em acidente de carro; casos de cancer na Alemanha; "justiçamentos" pelos próprios companheiros de subversão; conflitos agrários; mortes por acidentes com a própria arma; mortes em treinamentos e transporte de explosivos; morte em acidente de moto em Paris, acidente de carro na França, parada cardíaca no Uruguai, suicídios na Alemanha e na França.
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Ministro apóia Justiça italiana e prega revogação da Lei de Anistia Para Vannucchi, País deve enquadrar-se a tratados internacionais e ajudar no proce
28/12/2007
O ministro especial da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defendeu ontem, em Brasília, a anulação da Lei de Anistia e disse que os tribunais brasileiros precisam se adaptar aos tratados de direitos humanos assinados pelo País que condenam crimes políticos e prática de tortura. “Haverá um momento de se resolver uma parada complicadíssima: as leis brasileiras à luz dos tratados internacionais de que o País é parte. Realmente, um país como o Brasil, que está reivindicando assento no Conselho de Segurança da ONU, não pode ter leis que colidem com os tratados. Isso é pressuposto”, afirmou, em entrevista ao Estado.Vannuchi considerou positiva a ação da Justiça italiana. Ele lembrou que o Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário, condena os crimes cometidos por motivação política. E ressaltou que a Convenção da Organização das Nações Unidas também tem posição contundente contra a tortura. “Esses instrumentos são poderosos para anular a Lei de Anistia, e o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) nunca foi suscitado. A única consulta até hoje sobre a legalidade dessa Lei de Anistia foi feita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esse não é o tribunal constitucional do Brasil.” E ressaltou que o processo da Justiça italiana trata de episódio ocorrido em março de 1980, que não está coberto pela Lei de Anistia, que é de agosto de 1979. O ministro disse que o País tem de se modernizar do ponto de vista dos direitos, perder o medo de discutir o passado e ir “à raiz das coisas, com moderação e serenidade”. “Ninguém quer criar nenhum problema para as Forças Armadas. Agora, o direito à memória e à verdade é inegociável. Se deve ter punição ou não, isso terá de ser decidido em última instância pelo Supremo.” Vannuchi anunciou que a Justiça italiana pedirá ainda a condenação dos responsáveis por outra morte ocorrida nos anos de chumbo: a do guerrilheiro Libero Giancarlo Castiglia, nascido na Itália e morto durante as operações na guerrilha do Araguaia. O embaixador da Itália em Brasília já manifestou interesse na localização dos restos mortais de Castiglia para repatriação. PEDIDO FORMALLogo após interrogar Nestor Jorge Fernandez Troccoli, ex-membro do serviço secreto da Marinha uruguaia, o procurador da República italiano, Giancarlo Capaldo, informou ontem, em Roma, que o ministro da Justiça, Tarso Genro, receberá nas próximas horas pedido formal de extradição dos brasileiros acusados de participação na Operação Condor.Desde 1999, Cataldo investiga os crimes atribuídos aos regimes militares latino-americanos durante as décadas de 70 e 80. Tudo teve início quando as famílias de 25 vítimas italianas apresentaram denúncias e recorreram à Justiça de seu país.Na segunda-feira, a juíza Luisanna Figliolia pediu a custódia cautelar de 140 pessoas supostamente envolvidas na Operação Condor, entre elas 13 brasileiros, 61 argentinos, 22 chilenos e 32 uruguaios. Inicialmente a lista reunia mais de 200 indiciados, mas com o passar dos anos o número se reduziu porque alguns morreram. É o caso, por exemplo, do general Walter Pires, ministro do Exército durante o governo de João Baptista Figueiredo.Entre os brasileiros estão Carlos Alberto Ponzi, ex-chefe do SNI em Porto Alegre; Agnello de Araújo Brito, ex-superintendente da Polícia Federal do Rio; Antônio Bandeira, ex-comandante do 3° Exército; Henrique Domingues, ex-comandante do Estado-Maior do 3° Exército; Luís Macksen de Castro Rodrigues, ex-superintendente da PF no Rio Grande do Sul; João Oswaldo Leivas Job, ex-secretário de Segurança no Rio Grande do Sul; Átila Rohrsetzer, ex-diretor da Divisão Central de Informações; Marco Aurélio da Silva Reis, ex-diretor do Dops no Rio Grande do Sul; Octávio de Medeiros, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI); Euclydes de Oliveira Figueiredo Filho, ex-comandante do 1º Exército, e Edmundo Murgel, ex-secretário de Segurança no Rio. Os brasileiros são acusados de colaborar com o seqüestro e a morte de Horacio Domingo Campiglia e com a Operação Condor, esquema de repressão que uniu os regimes militares da América do Sul. “O teor da colaboração dos países latino-americanos envolvidos na Operação Condor será um indício do respeito que possuem pelos direitos humanos”, disse Capaldo.Giancarlo Maniga, advogado de algumas das famílias de vítimas italianas, afirmou ao Estado que elas “esperam que seja feita justiça e os responsáveis por páginas obscuras da história sejam punidos, salvando pelo menos a memória de seus parentes”. Por enquanto, apenas um dos acusados, o uruguaio Troccoli, que continua a declarar-se inocente, está preso. Outros expoentes citados na lista de Capaldo são o ex-general argentino Jorge Rafael Videla, o almirante argentino Emilio Eduardo Massera e o uruguaio Jorge Maria Bordaberry.
Fonte: Estado de S. Paulo
O ministro especial da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defendeu ontem, em Brasília, a anulação da Lei de Anistia e disse que os tribunais brasileiros precisam se adaptar aos tratados de direitos humanos assinados pelo País que condenam crimes políticos e prática de tortura. “Haverá um momento de se resolver uma parada complicadíssima: as leis brasileiras à luz dos tratados internacionais de que o País é parte. Realmente, um país como o Brasil, que está reivindicando assento no Conselho de Segurança da ONU, não pode ter leis que colidem com os tratados. Isso é pressuposto”, afirmou, em entrevista ao Estado.Vannuchi considerou positiva a ação da Justiça italiana. Ele lembrou que o Estatuto de Roma, do qual o Brasil é signatário, condena os crimes cometidos por motivação política. E ressaltou que a Convenção da Organização das Nações Unidas também tem posição contundente contra a tortura. “Esses instrumentos são poderosos para anular a Lei de Anistia, e o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) nunca foi suscitado. A única consulta até hoje sobre a legalidade dessa Lei de Anistia foi feita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Esse não é o tribunal constitucional do Brasil.” E ressaltou que o processo da Justiça italiana trata de episódio ocorrido em março de 1980, que não está coberto pela Lei de Anistia, que é de agosto de 1979. O ministro disse que o País tem de se modernizar do ponto de vista dos direitos, perder o medo de discutir o passado e ir “à raiz das coisas, com moderação e serenidade”. “Ninguém quer criar nenhum problema para as Forças Armadas. Agora, o direito à memória e à verdade é inegociável. Se deve ter punição ou não, isso terá de ser decidido em última instância pelo Supremo.” Vannuchi anunciou que a Justiça italiana pedirá ainda a condenação dos responsáveis por outra morte ocorrida nos anos de chumbo: a do guerrilheiro Libero Giancarlo Castiglia, nascido na Itália e morto durante as operações na guerrilha do Araguaia. O embaixador da Itália em Brasília já manifestou interesse na localização dos restos mortais de Castiglia para repatriação. PEDIDO FORMALLogo após interrogar Nestor Jorge Fernandez Troccoli, ex-membro do serviço secreto da Marinha uruguaia, o procurador da República italiano, Giancarlo Capaldo, informou ontem, em Roma, que o ministro da Justiça, Tarso Genro, receberá nas próximas horas pedido formal de extradição dos brasileiros acusados de participação na Operação Condor.Desde 1999, Cataldo investiga os crimes atribuídos aos regimes militares latino-americanos durante as décadas de 70 e 80. Tudo teve início quando as famílias de 25 vítimas italianas apresentaram denúncias e recorreram à Justiça de seu país.Na segunda-feira, a juíza Luisanna Figliolia pediu a custódia cautelar de 140 pessoas supostamente envolvidas na Operação Condor, entre elas 13 brasileiros, 61 argentinos, 22 chilenos e 32 uruguaios. Inicialmente a lista reunia mais de 200 indiciados, mas com o passar dos anos o número se reduziu porque alguns morreram. É o caso, por exemplo, do general Walter Pires, ministro do Exército durante o governo de João Baptista Figueiredo.Entre os brasileiros estão Carlos Alberto Ponzi, ex-chefe do SNI em Porto Alegre; Agnello de Araújo Brito, ex-superintendente da Polícia Federal do Rio; Antônio Bandeira, ex-comandante do 3° Exército; Henrique Domingues, ex-comandante do Estado-Maior do 3° Exército; Luís Macksen de Castro Rodrigues, ex-superintendente da PF no Rio Grande do Sul; João Oswaldo Leivas Job, ex-secretário de Segurança no Rio Grande do Sul; Átila Rohrsetzer, ex-diretor da Divisão Central de Informações; Marco Aurélio da Silva Reis, ex-diretor do Dops no Rio Grande do Sul; Octávio de Medeiros, ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI); Euclydes de Oliveira Figueiredo Filho, ex-comandante do 1º Exército, e Edmundo Murgel, ex-secretário de Segurança no Rio. Os brasileiros são acusados de colaborar com o seqüestro e a morte de Horacio Domingo Campiglia e com a Operação Condor, esquema de repressão que uniu os regimes militares da América do Sul. “O teor da colaboração dos países latino-americanos envolvidos na Operação Condor será um indício do respeito que possuem pelos direitos humanos”, disse Capaldo.Giancarlo Maniga, advogado de algumas das famílias de vítimas italianas, afirmou ao Estado que elas “esperam que seja feita justiça e os responsáveis por páginas obscuras da história sejam punidos, salvando pelo menos a memória de seus parentes”. Por enquanto, apenas um dos acusados, o uruguaio Troccoli, que continua a declarar-se inocente, está preso. Outros expoentes citados na lista de Capaldo são o ex-general argentino Jorge Rafael Videla, o almirante argentino Emilio Eduardo Massera e o uruguaio Jorge Maria Bordaberry.
Fonte: Estado de S. Paulo
JUNTA COORDENADORA REVOLUCIONARIA Y LA OPERACION CÓNDOR
Ternuma Regional Brasília
Pelo General de Divisão Ref Agnaldo Del Nero Augusto
A partir de 1967 nosso País enfrentou uma Guerra Irregular conduzida por cerca de vinte organizações de corte comunista (stalinistas, trotskistas, maoístas, castristas...). Apoiadas do exterior haviam se preparado para a luta armada, realizando o adestramento de seus militantes, propiciando-lhes treinamento em técnicas de guerrilha em Cuba, na China e na URSS, nesta ordem de importância.
Considerando as condições objetivas favoráveis e a existência de países pertencentes ao Movimento Comunista Internacional, que atendendo a sua estratégia, estavam interessados em incentivá-las e dispostos a apoiá-las no recurso à violência, haviam optado pela luta armada, que caracteriza-se pelo emprego deliberado e abrangente da violência como instrumento para a tomada do poder.
O ingresso nessa situação excepcional é uma decisão decorrente da vontade política na sua essência. É o momento decisivo em que se mudam de pacíficos para violentos os meios empregados para atingir o objetivo político – a transformação da estrutura socioeconômica da sociedade, a implantação do regime de seus sonhos. O regime da justiça social, que sua propaganda tornara privilegio do regime comunista, um regime totalitário. Um regime sanguinário que exterminou milhões de pessoas onde foi implantado. Quem toma essa grave decisão deve avaliar todas as suas conseqüências e responder por ela. É o momento em que se inicia a guerra.
O País começava a enfrentar uma guerra não declarada, clandestina e sem limites, conduzida à sorrelfa, por uma decisão política unilateral das organizações comunistas atuantes no País. Inicia-se com os atentados terroristas. Em pouco tempo, mais de cinqüenta atentados tinham sido realizados, a maioria em São Paulo, tendo como alvo quartéis, jornais considerados favoráveis ao Governo ou anticomunistas, meios de transporte coletivo, residências de autoridades e representações diplomáticas. Milhões de cruzeiros roubados, vultosos danos materiais à propriedade pública e privada. Dezenas de assaltos a bancos e carros pagadores para expropriação de fundos. Assaltos a pedreiras para roubo de dinamite e cordéis detonantes e diversos assaltos a casas de armas e a quartéis para roubo de armas e munições. Assassinatos de pessoas inocentes alheias a esse embate. Greves políticas, inclusive com a invasão de fábricas e feitura de reféns.
Em julho de 1968, as passeatas acompanhadas de depredações de edifícios públicos e estabelecimentos bancários e comerciais, incêndio de viaturas, ocupação de faculdades e enfrentamento aberto à polícia ganhavam caráter de sublevação. Movidas por slogans e palavras de ordem engendradas pelas organizações comunistas que atuavam no seu seio ajudavam a dissimular o verdadeiro objetivo dessas organizações. Assassinatos de pessoas inocentes ou mesmo inimigos que, no eufemismo cínico das esquerdas eram classificados como " justiçamentos", assim como atentados a autoridades e representações diplomáticas, constituíam uma forma de amedrontar a população, de testar o amadurecimento e o grau de aceitação dos movimentos e incentivar a desobediência civil e até mesmo de verificar a capacidade repressora da autoridade legal. Esse conjunto caracteriza a eclosão da guerrilha urbana que, normalmente, culmina em insurreições.
Várias organizações terroristas haviam selecionado áreas propícias para a guerrilha rural e adquirido sítios que lhes servisse de apoio, algumas haviam iniciado o trabalho de campo, assentando seus militantes nessas áreas. Pelo menos o PC do B iniciara a guerrilha rural e outras organizações estavam prestes a deflagrá-la. A guerra irregular é, de qualquer maneira, uma guerra. É guerra real não um substituto da guerra, nem uma operação que se aproxima da guerra – ou qualquer outra expressão que se pudesse usar numa circunscrição semântica (...) É a guerra promovida fora dos quadros das convenções, na qual leis e normas criadas para a guerra convencional não são aplicáveis ou só são aplicáveis em nível periférico. Quem a promove não conhece quaisquer obrigações, pois nada o submete à obediência da lei civil, da lei internacional, e não há o que o submeta à lei da guerra.
Nos regimes democráticos, o combate a esse tipo de guerra conduzirá o Governo a um dilema: impor certas restrições ao Estado de direito ou correr sério risco de ser derrotado, com todas as conseqüências que essa derrota implicará para o regime e para a população, que tem a obrigação de proteger. E essa guerra não afeta o Estado de Direito, a vida? O Brasil decidiu se defender e conduzia as ações necessárias com êxito crescente e o mínimo de constrangimento à população ordeira. Todavia, nos anos 70, essas ações recrudesceram, com seqüestros de autoridades estrangeiras por cuja segurança o Pais é responsável, seqüestros de aeronaves e outros atos de terror.
Não era só o Brasil que sofria esses ataques das organizações subversivas comunistas, mas boa parte dos países latino-americanos estavam envolvidos com essas ações deletérias. Nessas circunstâncias, experiências e informações eram trocadas pelos países atingidos pelo mesmo mal por meio de Conferências Bilaterais. Mas também se aprende com o inimigo. A Internacional Comunista não fazia uma rígida coordenação dos países comunistas, que para ingresso na organização deveriam cumprir as 21 condições que impunha? A Organização Latino Americana de Solidariedade- OLAS, não se propunha a coordenar a luta armada de seus 27 afilhados latino-americanos, inclusive o Brasil? Cuba, além da Tricontinental, instrumento de coordenação revolucionária, não oferecia preparo e apoio financeiro às atividades guerrilheiras desses países? E não criara a Organização Continental Latino Americana de Estudantes ( OCLAE), para cooptar estudantes, orientar e apoiar suas entidades em atividades subversivas?
As organizações terroristas latino-americanas eram apoiadas pela Junta de Coordenação Revolucionária - JCR. Por seu intermédio, trocavam experiências e apoio, particularmente para a circulação de terroristas, na suas idas e vindas dos treinamentos guerrilheiros e para suas ações em terceiros países. O que pretendiam os "italianos", membros da organização subversiva comunista Montoneros, ao ingressarem ilegalmente no País? Que crime há em tê-los prendido? O Brasil não enviou há pouco para Cuba os atletas participantes do PAN? Alguém se importou em saber se estão vivos, ou com o que pode acontecer com eles? Algum jornal colocou chamativas manchetes em primeira página? Se desaparecem o generoso governo esquerdista vai indenizar suas famílias, como indenizou as italianas?
Visite o site www.ternuma.com.br
Pelo General de Divisão Ref Agnaldo Del Nero Augusto
A partir de 1967 nosso País enfrentou uma Guerra Irregular conduzida por cerca de vinte organizações de corte comunista (stalinistas, trotskistas, maoístas, castristas...). Apoiadas do exterior haviam se preparado para a luta armada, realizando o adestramento de seus militantes, propiciando-lhes treinamento em técnicas de guerrilha em Cuba, na China e na URSS, nesta ordem de importância.
Considerando as condições objetivas favoráveis e a existência de países pertencentes ao Movimento Comunista Internacional, que atendendo a sua estratégia, estavam interessados em incentivá-las e dispostos a apoiá-las no recurso à violência, haviam optado pela luta armada, que caracteriza-se pelo emprego deliberado e abrangente da violência como instrumento para a tomada do poder.
O ingresso nessa situação excepcional é uma decisão decorrente da vontade política na sua essência. É o momento decisivo em que se mudam de pacíficos para violentos os meios empregados para atingir o objetivo político – a transformação da estrutura socioeconômica da sociedade, a implantação do regime de seus sonhos. O regime da justiça social, que sua propaganda tornara privilegio do regime comunista, um regime totalitário. Um regime sanguinário que exterminou milhões de pessoas onde foi implantado. Quem toma essa grave decisão deve avaliar todas as suas conseqüências e responder por ela. É o momento em que se inicia a guerra.
O País começava a enfrentar uma guerra não declarada, clandestina e sem limites, conduzida à sorrelfa, por uma decisão política unilateral das organizações comunistas atuantes no País. Inicia-se com os atentados terroristas. Em pouco tempo, mais de cinqüenta atentados tinham sido realizados, a maioria em São Paulo, tendo como alvo quartéis, jornais considerados favoráveis ao Governo ou anticomunistas, meios de transporte coletivo, residências de autoridades e representações diplomáticas. Milhões de cruzeiros roubados, vultosos danos materiais à propriedade pública e privada. Dezenas de assaltos a bancos e carros pagadores para expropriação de fundos. Assaltos a pedreiras para roubo de dinamite e cordéis detonantes e diversos assaltos a casas de armas e a quartéis para roubo de armas e munições. Assassinatos de pessoas inocentes alheias a esse embate. Greves políticas, inclusive com a invasão de fábricas e feitura de reféns.
Em julho de 1968, as passeatas acompanhadas de depredações de edifícios públicos e estabelecimentos bancários e comerciais, incêndio de viaturas, ocupação de faculdades e enfrentamento aberto à polícia ganhavam caráter de sublevação. Movidas por slogans e palavras de ordem engendradas pelas organizações comunistas que atuavam no seu seio ajudavam a dissimular o verdadeiro objetivo dessas organizações. Assassinatos de pessoas inocentes ou mesmo inimigos que, no eufemismo cínico das esquerdas eram classificados como " justiçamentos", assim como atentados a autoridades e representações diplomáticas, constituíam uma forma de amedrontar a população, de testar o amadurecimento e o grau de aceitação dos movimentos e incentivar a desobediência civil e até mesmo de verificar a capacidade repressora da autoridade legal. Esse conjunto caracteriza a eclosão da guerrilha urbana que, normalmente, culmina em insurreições.
Várias organizações terroristas haviam selecionado áreas propícias para a guerrilha rural e adquirido sítios que lhes servisse de apoio, algumas haviam iniciado o trabalho de campo, assentando seus militantes nessas áreas. Pelo menos o PC do B iniciara a guerrilha rural e outras organizações estavam prestes a deflagrá-la. A guerra irregular é, de qualquer maneira, uma guerra. É guerra real não um substituto da guerra, nem uma operação que se aproxima da guerra – ou qualquer outra expressão que se pudesse usar numa circunscrição semântica (...) É a guerra promovida fora dos quadros das convenções, na qual leis e normas criadas para a guerra convencional não são aplicáveis ou só são aplicáveis em nível periférico. Quem a promove não conhece quaisquer obrigações, pois nada o submete à obediência da lei civil, da lei internacional, e não há o que o submeta à lei da guerra.
Nos regimes democráticos, o combate a esse tipo de guerra conduzirá o Governo a um dilema: impor certas restrições ao Estado de direito ou correr sério risco de ser derrotado, com todas as conseqüências que essa derrota implicará para o regime e para a população, que tem a obrigação de proteger. E essa guerra não afeta o Estado de Direito, a vida? O Brasil decidiu se defender e conduzia as ações necessárias com êxito crescente e o mínimo de constrangimento à população ordeira. Todavia, nos anos 70, essas ações recrudesceram, com seqüestros de autoridades estrangeiras por cuja segurança o Pais é responsável, seqüestros de aeronaves e outros atos de terror.
Não era só o Brasil que sofria esses ataques das organizações subversivas comunistas, mas boa parte dos países latino-americanos estavam envolvidos com essas ações deletérias. Nessas circunstâncias, experiências e informações eram trocadas pelos países atingidos pelo mesmo mal por meio de Conferências Bilaterais. Mas também se aprende com o inimigo. A Internacional Comunista não fazia uma rígida coordenação dos países comunistas, que para ingresso na organização deveriam cumprir as 21 condições que impunha? A Organização Latino Americana de Solidariedade- OLAS, não se propunha a coordenar a luta armada de seus 27 afilhados latino-americanos, inclusive o Brasil? Cuba, além da Tricontinental, instrumento de coordenação revolucionária, não oferecia preparo e apoio financeiro às atividades guerrilheiras desses países? E não criara a Organização Continental Latino Americana de Estudantes ( OCLAE), para cooptar estudantes, orientar e apoiar suas entidades em atividades subversivas?
As organizações terroristas latino-americanas eram apoiadas pela Junta de Coordenação Revolucionária - JCR. Por seu intermédio, trocavam experiências e apoio, particularmente para a circulação de terroristas, na suas idas e vindas dos treinamentos guerrilheiros e para suas ações em terceiros países. O que pretendiam os "italianos", membros da organização subversiva comunista Montoneros, ao ingressarem ilegalmente no País? Que crime há em tê-los prendido? O Brasil não enviou há pouco para Cuba os atletas participantes do PAN? Alguém se importou em saber se estão vivos, ou com o que pode acontecer com eles? Algum jornal colocou chamativas manchetes em primeira página? Se desaparecem o generoso governo esquerdista vai indenizar suas famílias, como indenizou as italianas?
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CARTA AO SR PRESIDENTE DA OAB / DF
Dr Wadih Damous
Mui digno Presidente da OAB / RJ
Li no portal TERRA que o senhor teria dito que "ignorar crimes da ditadura é covardia", e que "É de se esperar, agora, que o governo brasileiro conduza a sua própria investigação e puna os culpados. Torturas e assassinatos políticos são crimes imprescritíveis e não devem dar causa a surtos de nacionalismo extemporâneos".
O senhor me deixou preocupado, pois não vejo razão para levarmos pessoas do porte de patriotas, tais como, Franklin Martins e Fernando Gabeira à barra dos Tribunais, acusando-os do hediondo crime de seqüestro.
Não me passa pela cabeça a idéia de ressuscitar Carlos Lamarca e manchar seu nome com a acusação de torturar, o então Tenente da Polícia Militar Alberto Mendes Juinor, matando-o, em 10 de maio de 1970.
O senhor não vai querer que o anistiado Diógenes José Carvalho de Oliveira, também conhecido como Diógenes do PT, só porque descarregou, à queima roupa, os seis tiros de seu Taurus .38 no Capitão do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler, em 12 de outubro de 1968, ao realizar uma ação de justiçamento contra uma pessoa cujo único mal, realizado até então, era ter nascido nos EEUU, seja julgado por assassinato político.
Tendo a certeza de que deve ter havido um ruído de interpretação de suas palavras, fico na esperança da despreocupação com a tal possibilidade aventada.
Saudações, Jacornélio
Mui digno Presidente da OAB / RJ
Li no portal TERRA que o senhor teria dito que "ignorar crimes da ditadura é covardia", e que "É de se esperar, agora, que o governo brasileiro conduza a sua própria investigação e puna os culpados. Torturas e assassinatos políticos são crimes imprescritíveis e não devem dar causa a surtos de nacionalismo extemporâneos".
O senhor me deixou preocupado, pois não vejo razão para levarmos pessoas do porte de patriotas, tais como, Franklin Martins e Fernando Gabeira à barra dos Tribunais, acusando-os do hediondo crime de seqüestro.
Não me passa pela cabeça a idéia de ressuscitar Carlos Lamarca e manchar seu nome com a acusação de torturar, o então Tenente da Polícia Militar Alberto Mendes Juinor, matando-o, em 10 de maio de 1970.
O senhor não vai querer que o anistiado Diógenes José Carvalho de Oliveira, também conhecido como Diógenes do PT, só porque descarregou, à queima roupa, os seis tiros de seu Taurus .38 no Capitão do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler, em 12 de outubro de 1968, ao realizar uma ação de justiçamento contra uma pessoa cujo único mal, realizado até então, era ter nascido nos EEUU, seja julgado por assassinato político.
Tendo a certeza de que deve ter havido um ruído de interpretação de suas palavras, fico na esperança da despreocupação com a tal possibilidade aventada.
Saudações, Jacornélio
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Democracia escatológica e presidentes idem
Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
11-12-2007
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
Escatologia: segundo o dicionário, “tratado sobre excrementos”.
Escatologia: segundo o dicionário, “tratado sobre excrementos”.
Pelo que tenho ouvido e lido nos últimos dias, não tenho dúvida em afirmar que vivemos na América Latrina.
Por que isso, se somos detentores da melhor e única arma que sustenta a verdadeira Democracia? Votamos mal, na verdade, imergindo os nossos países da saudosa América Latina na vala fétida de que tanto reclamamos. Reclamamos de quê. Por ventura reagimos, para valer, diante de tanta excrescência?
Vi, com estupor, as declarações de Hugo Chávez, o virtual ditador da Venezuela, que qualificaram a sua recente derrota no referendo popular sobre as “reformas” na Constituição desse país.
Chávez, dando curso à sua volúpia pela tirania, não poupou palavras e nem educação, classificando o seu tropeço como vitória de “mierda” das oposições. Ocorre que o povo venezuelano disse não às pretensões desse ditador ainda de fraldas. Talvez, nesse episódio, um povo tenha mostrado a sua aversão ao ditador. Ainda é cedo para conclusões. O opressor prepara-se para tirar as fraldas e, evidentemente, com a maior certeza, despejará na nação venezuelana os dejetos da fralda do seu socialismo bolivariano. Terá valido de quê a manifestação da maioria do eleitorado venezuelano se nesse país o voto não é obrigatório e se Chávez detém o controle o Legislativo, do Judiciário e das Forças Armadas? Antevejo milhões de ovelhas rumo à tosquia de um tirano imbecil.
No Brasil, Lula, o aspirante a ditador de fraldas, recentemente, referiu-se a Chávez como um grande democrata, lançando um repto aos seus opositores a levantar um só argumento que contradiga a condição do “líder” venezuelano como guardião da Democracia. O que é ser democrata para Lula?
A renovação da CPMF, vergonhosamente, é a maior aspiração do nosso “governante”. Imposto draconiano, essa excrescência não é obra do seu governo, é verdade. Lula “foi um dos mais radicais opositores” dessa coisa no governo Fernando Henrique Cardoso. Afinal, isso, orçado em cerca de quarenta bilhões de reais ao ano, a CPMF confere ao presidente brasileiro a capacidade de pagar as esmolas das suas bolsas e a patrocinar mensalões e a contribuir, generosamente, com os “movimentos sociais” em que desponta o movimento dos “pobrezinhos” sem-terra. Isso tudo com o dinheiro furtado do povo brasileiro, em detrimento da saúde e da educação, que a “Constituição Cidadã” de 1988 foi jurada a nos garantir, a despeito do então deputado Luís Ignácio Lula da Silva recusar-se a aprová-la.
Deste modo, o nosso “presidente” assume a sua condição de “metamorfose ambulante”. Os seus prosélitos e ele mesmo tratarão, como tratam, de iludir o povo brasileiro, dizendo que o ontem não é hoje e que o futuro virá sob o seu bastão de grande líder popular.
Tudo farinha do mesmo saco!
Lula, Hugo Chávez, Evo Moralez fazem parte da grande trama urdida nos bastidores do Foro de São Paulo.
Perdoem-me os paulistas, mas foi em São Paulo que inicialmente foi defecada tanta escatologia.
Visite o nosso site: www.ternuma.com.br
Por que isso, se somos detentores da melhor e única arma que sustenta a verdadeira Democracia? Votamos mal, na verdade, imergindo os nossos países da saudosa América Latina na vala fétida de que tanto reclamamos. Reclamamos de quê. Por ventura reagimos, para valer, diante de tanta excrescência?
Vi, com estupor, as declarações de Hugo Chávez, o virtual ditador da Venezuela, que qualificaram a sua recente derrota no referendo popular sobre as “reformas” na Constituição desse país.
Chávez, dando curso à sua volúpia pela tirania, não poupou palavras e nem educação, classificando o seu tropeço como vitória de “mierda” das oposições. Ocorre que o povo venezuelano disse não às pretensões desse ditador ainda de fraldas. Talvez, nesse episódio, um povo tenha mostrado a sua aversão ao ditador. Ainda é cedo para conclusões. O opressor prepara-se para tirar as fraldas e, evidentemente, com a maior certeza, despejará na nação venezuelana os dejetos da fralda do seu socialismo bolivariano. Terá valido de quê a manifestação da maioria do eleitorado venezuelano se nesse país o voto não é obrigatório e se Chávez detém o controle o Legislativo, do Judiciário e das Forças Armadas? Antevejo milhões de ovelhas rumo à tosquia de um tirano imbecil.
No Brasil, Lula, o aspirante a ditador de fraldas, recentemente, referiu-se a Chávez como um grande democrata, lançando um repto aos seus opositores a levantar um só argumento que contradiga a condição do “líder” venezuelano como guardião da Democracia. O que é ser democrata para Lula?
A renovação da CPMF, vergonhosamente, é a maior aspiração do nosso “governante”. Imposto draconiano, essa excrescência não é obra do seu governo, é verdade. Lula “foi um dos mais radicais opositores” dessa coisa no governo Fernando Henrique Cardoso. Afinal, isso, orçado em cerca de quarenta bilhões de reais ao ano, a CPMF confere ao presidente brasileiro a capacidade de pagar as esmolas das suas bolsas e a patrocinar mensalões e a contribuir, generosamente, com os “movimentos sociais” em que desponta o movimento dos “pobrezinhos” sem-terra. Isso tudo com o dinheiro furtado do povo brasileiro, em detrimento da saúde e da educação, que a “Constituição Cidadã” de 1988 foi jurada a nos garantir, a despeito do então deputado Luís Ignácio Lula da Silva recusar-se a aprová-la.
Deste modo, o nosso “presidente” assume a sua condição de “metamorfose ambulante”. Os seus prosélitos e ele mesmo tratarão, como tratam, de iludir o povo brasileiro, dizendo que o ontem não é hoje e que o futuro virá sob o seu bastão de grande líder popular.
Tudo farinha do mesmo saco!
Lula, Hugo Chávez, Evo Moralez fazem parte da grande trama urdida nos bastidores do Foro de São Paulo.
Perdoem-me os paulistas, mas foi em São Paulo que inicialmente foi defecada tanta escatologia.
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
PARA ONDE VAI CHÁVEZ?
09/12/2007 Poe Nivaldo Cordeiro
A Folha de São Paulo de hoje dá conta de que Hugo Chávez está formando sua AS, tropa de assalto civil que passou a treinar regularmente práticas militares. São 200 mil homens em armas, contingente que cresce a cada período. Nenhum ditador cria uma força formidável dessas para fazer guerra externa ou apenas para vê-la desfilar nas datas nacionais. Será usada como Hitler usou sua SA, depois transformada em SS: para acabar com os inimigos internos, com as possíveis dissidências, para praticar o mal em larga escala, para pôr em movimento a máquina de assassinatos políticos.
O treinamento dessa força envolve forte doutrinação ideológica comunista e o culto à personalidade do “Chefe”. Velho filme que passa por coisa nova.
Na mesma edição a Folha informa-nos que a ação guerrilheira cresceu em território venezuelano, sendo que a população residente tem sido vítima de seus achaques. A Venezuela tornou-se território livre de todos os revolucionários armados latino-americanos. Isso também não é brincadeira de criança, é uma ação organizada das milícias revolucionárias sob a orientação do Foro de São Paulo. Nunca devemos perder de vista que o criador e líder do FSP é o PT e Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo passa pelo Planalto Central.
A boa notícia da semana é que ficou claro que Chávez só não “melou” o resultado do plebiscito que lhe derrotou porque o Alto Comando das Forças Armadas do país não permitiu. Essa foi a sua derrota real. Felizmente ainda há uma instância de ordem conduzida racionalmente na Venezuela e isso é uma novidade. Havia a impressão de que Chávez, oriundo do meio militar, havia neutralizado os generais. Parece que não, o que é uma grande notícia. Restabelecer a ordem perdida e pôr comunistas para correr tem sido o papel das Forças Armadas de todas as nações Sul-Americanas desde sempre.
O ponto é que não há uma situação de equilíbrio estabilizado das forças políticas em ação e também não é da personalidade do ditador ter paciência e contemplação com os seus opositores, mesmo que esses eventualmente sejam do Alto Comando. Virá o murro na mesa e o enfrentamento, na primeira oportunidade. Descambar para a violência em larga escala é um passo lógico e esperado. Será o caminho sem volta da guerra civil?
As notícias dão conta de que a desordem econômica é crescente, com focos de desabastecimento ocorrendo todos os dias. Desordem não combina com preços baixos e nem com a estabilidade dos preços. É preciso muito mais do que receitas de petróleo para fazer uma economia prosperar, a começar pelo respeito à instituição da propriedade privada e pelo império do Estado de Direito. É tudo que não há na Venezuela, logo a desordem deverá continuar.
Torço para que a oposição permaneça unida e se articule com a cúpula militar. É imperativo neutralizar imediatamente o ditador. Cada dia que passar com ele no poder aumenta as chances de a explosão da violência política acontecer. Quem viver verá.
Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.net
A Folha de São Paulo de hoje dá conta de que Hugo Chávez está formando sua AS, tropa de assalto civil que passou a treinar regularmente práticas militares. São 200 mil homens em armas, contingente que cresce a cada período. Nenhum ditador cria uma força formidável dessas para fazer guerra externa ou apenas para vê-la desfilar nas datas nacionais. Será usada como Hitler usou sua SA, depois transformada em SS: para acabar com os inimigos internos, com as possíveis dissidências, para praticar o mal em larga escala, para pôr em movimento a máquina de assassinatos políticos.
O treinamento dessa força envolve forte doutrinação ideológica comunista e o culto à personalidade do “Chefe”. Velho filme que passa por coisa nova.
Na mesma edição a Folha informa-nos que a ação guerrilheira cresceu em território venezuelano, sendo que a população residente tem sido vítima de seus achaques. A Venezuela tornou-se território livre de todos os revolucionários armados latino-americanos. Isso também não é brincadeira de criança, é uma ação organizada das milícias revolucionárias sob a orientação do Foro de São Paulo. Nunca devemos perder de vista que o criador e líder do FSP é o PT e Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo passa pelo Planalto Central.
A boa notícia da semana é que ficou claro que Chávez só não “melou” o resultado do plebiscito que lhe derrotou porque o Alto Comando das Forças Armadas do país não permitiu. Essa foi a sua derrota real. Felizmente ainda há uma instância de ordem conduzida racionalmente na Venezuela e isso é uma novidade. Havia a impressão de que Chávez, oriundo do meio militar, havia neutralizado os generais. Parece que não, o que é uma grande notícia. Restabelecer a ordem perdida e pôr comunistas para correr tem sido o papel das Forças Armadas de todas as nações Sul-Americanas desde sempre.
O ponto é que não há uma situação de equilíbrio estabilizado das forças políticas em ação e também não é da personalidade do ditador ter paciência e contemplação com os seus opositores, mesmo que esses eventualmente sejam do Alto Comando. Virá o murro na mesa e o enfrentamento, na primeira oportunidade. Descambar para a violência em larga escala é um passo lógico e esperado. Será o caminho sem volta da guerra civil?
As notícias dão conta de que a desordem econômica é crescente, com focos de desabastecimento ocorrendo todos os dias. Desordem não combina com preços baixos e nem com a estabilidade dos preços. É preciso muito mais do que receitas de petróleo para fazer uma economia prosperar, a começar pelo respeito à instituição da propriedade privada e pelo império do Estado de Direito. É tudo que não há na Venezuela, logo a desordem deverá continuar.
Torço para que a oposição permaneça unida e se articule com a cúpula militar. É imperativo neutralizar imediatamente o ditador. Cada dia que passar com ele no poder aumenta as chances de a explosão da violência política acontecer. Quem viver verá.
Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.net
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
TV PT
Feliz cidadão brasileiro: Rejubile-se! Você que já tem um governo competente, agora vai ter uma rede de TV onde o governo do PT vai falar direto com você. Nada de histórias de mensalão, nada de compra de deputados, nada de trapalhadas e vexames em viagens ao exterior, nada de aparelhamento do estado com "companheiros" despreparados e todas essas coisas que só interessam à imprensa das elites.
Não perca, companheiro! Acaba de ser divulgada a programação do primeiro dia da rede pública de TV:
6:30 MST Rural - apresentação José Rainha e João Pedro Stédile.
7:00 Quatro Dedos de Prosa - papo-cabeça com o Presidente Lula. 7:30 Ela fala! - Marisa Letícia comanda um programa de variedades. Hoje o tema será jardinagem: " Como fazer uma estrela vermelha no seu jardim".
8:00 Turismo e Sexualidade - Com a ministra Marta Suplicy.
9:00 Moda Brasil - Marisa Letícia - que realmente fala! - retorna hoje com o tema " Bolsas, um acessório indispensável", abordando as bolsas-família, esmola, bandido etc.
10:00 Filme - "Apertem os Cintos, os Controladores de vôo sumiram!" - estrelando Valdir Pires e Grande Elenco.
12:00 PAC man - Estrelando Guido Mantega, embrulhando mais um pacote.
13:00 PT Music - Com Lula, Mantega, Vicentinho e o Coral dos línguas-presas.
13:30 Casos de Polícia - Cada dia um caso novo dos últimos 4 anos (a programação já está pronta até 2059!). Episódio de hoje: " O churrasqueiro da Granja do torto". Amanhã : " Espiando a conta do caseiro". Aguarde as mini-séries com Roberto Jefferson, José Dirceu, Delúbio Soares, Antônio Palocci e muito, mas muito mais...!
14:00 A Escolinha do Professor Luizinho - Com o próprio. 14:30 Vale a pena ver de novo - Repetindo as reformas ministeriais de Lula.
15:00 Filme : "Querida, encolhi o PIB!" - Com o ganhador do "oscar": Lula da Silva.
17:00 Sessão Contos de Fada : Episódio de hoje: "Nunca antes na História desse País" - Narração: Lulinha paz e amor. 19:00 Pequenas Empresas Grandes Negócios - Como ficar milionário em um mandato. A incrível história do monitor de Zoológico que se tornou mega-empresário do dia para a noite. Estrelando: Lulinha.
19:30 "O gás acabou" - Novela estrelada por Evo Morales. 20:00 Jornal Sensacional - As notícias sobre as realizações do PT. Nunca antes nesse país se fez um programa de humor negro igual.
21:00 Novela - "Páginas do Diário Oficial" - (impróprio para menores).
22:00 Filme - "Os bom companhêro" - com Lula, de novo.
22:30 O Companheiro Aprendiz - Um grupo de jovens companheiros luta para decidir quem vai descolar um cargo vitalício num ministério em Brasília, comandado por Zé Dirceu. 23:00 Mini-Série - Voltas ao mundo em 8 anos: as viagens maravilhosas do companheiro Lula. Cada dia um vexame em um país diferente.
00:00 Filosofando - Se o mundo é uma bola, futebol é exemplo pra tudo. Apresentação Luís Inácio.
2:00 Filme - "O Estado Sou Eu - a história de Luís XIV do Brasil" . Estrelando Lula de novo.
4:00 Comando da Madrugada - ao vivo do Pontal do Paranapanema, com a programação do MST para as invasões do dia.
Não perca, companheiro! Acaba de ser divulgada a programação do primeiro dia da rede pública de TV:
6:30 MST Rural - apresentação José Rainha e João Pedro Stédile.
7:00 Quatro Dedos de Prosa - papo-cabeça com o Presidente Lula. 7:30 Ela fala! - Marisa Letícia comanda um programa de variedades. Hoje o tema será jardinagem: " Como fazer uma estrela vermelha no seu jardim".
8:00 Turismo e Sexualidade - Com a ministra Marta Suplicy.
9:00 Moda Brasil - Marisa Letícia - que realmente fala! - retorna hoje com o tema " Bolsas, um acessório indispensável", abordando as bolsas-família, esmola, bandido etc.
10:00 Filme - "Apertem os Cintos, os Controladores de vôo sumiram!" - estrelando Valdir Pires e Grande Elenco.
12:00 PAC man - Estrelando Guido Mantega, embrulhando mais um pacote.
13:00 PT Music - Com Lula, Mantega, Vicentinho e o Coral dos línguas-presas.
13:30 Casos de Polícia - Cada dia um caso novo dos últimos 4 anos (a programação já está pronta até 2059!). Episódio de hoje: " O churrasqueiro da Granja do torto". Amanhã : " Espiando a conta do caseiro". Aguarde as mini-séries com Roberto Jefferson, José Dirceu, Delúbio Soares, Antônio Palocci e muito, mas muito mais...!
14:00 A Escolinha do Professor Luizinho - Com o próprio. 14:30 Vale a pena ver de novo - Repetindo as reformas ministeriais de Lula.
15:00 Filme : "Querida, encolhi o PIB!" - Com o ganhador do "oscar": Lula da Silva.
17:00 Sessão Contos de Fada : Episódio de hoje: "Nunca antes na História desse País" - Narração: Lulinha paz e amor. 19:00 Pequenas Empresas Grandes Negócios - Como ficar milionário em um mandato. A incrível história do monitor de Zoológico que se tornou mega-empresário do dia para a noite. Estrelando: Lulinha.
19:30 "O gás acabou" - Novela estrelada por Evo Morales. 20:00 Jornal Sensacional - As notícias sobre as realizações do PT. Nunca antes nesse país se fez um programa de humor negro igual.
21:00 Novela - "Páginas do Diário Oficial" - (impróprio para menores).
22:00 Filme - "Os bom companhêro" - com Lula, de novo.
22:30 O Companheiro Aprendiz - Um grupo de jovens companheiros luta para decidir quem vai descolar um cargo vitalício num ministério em Brasília, comandado por Zé Dirceu. 23:00 Mini-Série - Voltas ao mundo em 8 anos: as viagens maravilhosas do companheiro Lula. Cada dia um vexame em um país diferente.
00:00 Filosofando - Se o mundo é uma bola, futebol é exemplo pra tudo. Apresentação Luís Inácio.
2:00 Filme - "O Estado Sou Eu - a história de Luís XIV do Brasil" . Estrelando Lula de novo.
4:00 Comando da Madrugada - ao vivo do Pontal do Paranapanema, com a programação do MST para as invasões do dia.
VENTO QUE EMBALAVA LULA ESTÁ VIRANDO
05.12, 17h02
Por Paulo Moura, cientista político
Um fato de natureza econômica e quatro outros de natureza política sugerem que o vento favorável que embalava o governo Lula desde a reeleição do presidente pode estar virando. São eles:a) Os indicadores de que a crise do sistema de crédito imobiliário dos EUA se aproxima dos bancos de investimento, intensificando sua reverberação sobre a economia global;b) A derrota de Hugo Chávez no referendo que permitiria sua perpetuação no poder;c) A pesquisa Datafolha demonstrando que cerca de 65% dos brasileiros se opõe à eleição por mais de dois mandatos para quaisquer presidentes;d) A antecipação de renúncia de Renan Calheiros;e) O elemento desagregador que a chegada do ano eleitoral de 2008 impõe sobre a base de sustentação do governo.A bússola dos políticos tem como norte magnético o poder. No Brasil, em que a maioria dos políticos é congenitamente governista e em que o povo segue líderes e não ideologias e programas, a conjuntura favorável e o apoio popular a um governante exercem coerção agregadora em torno do presidente da República. E vice e versa. Isto é, numa conjuntura que insinua condições desfavoráveis e a perspectiva de perda de força política do governante, a dinâmica que se estabelece é desagregadora e de deserção nas fileiras de apoiadores do presidente. Isso, tanto mais quanto mais o exército de apoio ao governo é mercenário, como é o caso de quaisquer governos no Brasil.A leitura de fatos econômicos feita por um cientista político, ainda mais em se tratando do nervoso mercado global contemporâneo, deve ser vista com ressalvas. No entanto, apesar da injeção de vários bilhões de dólares do FED nas empresas de crédito imobiliário e bancos norte-americanos não parece suficiente para conter o gradual aparecimento de notícias sobre a reverberação da crise para além do setor afetado. Insinua-se um quadro de desaquecimento da economia dos EUA, com inevitáveis desdobramentos sobre as gigantescas compras dos norte-americanos no mercado mundial e brasileiro. Os sinais são, ainda, insipientes. Mas, suficientes para disseminar tensão e a conhecida cautela que caracteriza o comportamento conservador dos mercados ante o risco de perdas.Já os fatos políticos listados na seqüência de itens acima são claramente desfavoráveis a Lula. Hugo Chávez é (ou era) o "novo" farol da velha esquerda mundial. Seu sucesso reverbera além fronteiras da Venezuela. Seu fracasso, idem. A perspectiva de perpetuação de Chávez no poder com a eventual aprovação popular da reforma constitucional proposta pelo líder venezuelano abria perspectivas de que o mesmo pudesse vir a acontecer com Lula, ainda que sob outras circunstâncias. Se a conjuntura econômica permitisse a continuidade do apoio popular ao presidente, as possibilidades de aprovação de uma mudança na Constituição brasileira por plebiscito, no mesmo sentido do projeto de Chávez, ainda que não viesse a se concretizar no Brasil, exercia força agregadora em torno do presidente. E vice e versa.Se a derrota de Chávez fosse apenas um fato isolado, por si só já seria uma balde de água fria no projeto continuista do PT. Mas, agregou-se à onda contrária a re-reeleição, a pesquisa Datafolha revelando surpreendente e expressiva maioria contrária à perpetuação de Lula no poder. Não é possível afirmar que os favoráveis à perpetuação de Lula no governo são apenas eleitores petistas. Mas, o percentual coincide com o "tamanho da base do PT" na sociedade brasileira.O impacto agregado desses dois recados dos eleitores venezuelanos e brasileiros extrapola as fronteiras de ambos os países, já que Lula, embora ofuscado por Chávez, também é referência mundial das esquerdas. Mas, no "mercado interno", os dois fatos somados jogam, na conta de chegada das equações estratégicas dos jogadores do poder, o cenário de fim do poder do petismo sobre o governo brasileiro (não sobre a política brasileira). Com isso, a maioria gelatinosa dos políticos brasileiros passa a buscar outros nortes para suas bússolas. E os virtuais nortes magnéticos apontados por sucessivas pesquisas situam-se no campo da oposição, mais precisamente, apontam para o nome de José Serra.A esse fator desnorteador da base de sustentação do governo, somam-se os inevitáveis conflitos de interesses que jogam, uns contra os outros, nas eleições municipais nos estados, companheiros de jornada no apoio a Lula em Brasília. Assim, o interesse pessoal de garantir bases locais de poder assume prioridade nos critérios de decisão dos políticos, especialmente num contexto em que a derrota de Chávez e a pesquisa Datafolha precipitaram sobre o tabuleiro político a perspectiva do fim do governo Lula.Finalmente, tudo indica que os estrategistas de Lula erraram as contas sobre a dose e o timing das jogadas táticas que patrocinaram. Ao deixar fluir a tramitação de emenda da re-reeleição às vésperas da votação da CPMF, Lula apostou tudo de uma só vez. Talvez colha nada como resultado. Isto é, nem re-reeleição nem CPMF.A surpresa causada pela renúncia antecipada de Renan Calheiros, contrariando o interesse de Lula, que queria o plenário que votará a prorrogação da CPMF contaminado pela disputa pela sucessão na presidência da Casa, sugere que Calheiros não executou apenas um recuo defensivo que priorizou apenas a preservação de seu mandato. Parece que o cardeal alagoano caiu atirando e quis introduzir um elemento desagregador na base governista no Senado; talvez fatal para a voracidade fiscal do governo. Não é despropositado avaliar que Renan Calheiros tenha comprado a avaliação aqui feita, de que o projeto de poder do PT passa por usar e descartar os oligarcas políticos com os quais se aliou para eleger Lula e governar.Se essa leitura está correta, Calheiros não renunciou apenas à Presidência do Senado, mas desertou, sem assumir explicitamente, da base governista. E mais. Se mais aliados - especialmente o poderoso Sarney - estão fazendo a mesa avaliação, é possível que os "aliados" comecem a sabotar o governo por dentro, já que lutam pela vida contra a ameaça representada pela cobiça dos petistas pelo poder. Ou seja, por precipitação e erros de avaliação, Lula pode ter sepultado a CPMF. E, sem a CPMF, Lula pode ter sepultado suas pretensões continuistas.
Fonte http://www.diegocasagrande.com.br
Por Paulo Moura, cientista político
Um fato de natureza econômica e quatro outros de natureza política sugerem que o vento favorável que embalava o governo Lula desde a reeleição do presidente pode estar virando. São eles:a) Os indicadores de que a crise do sistema de crédito imobiliário dos EUA se aproxima dos bancos de investimento, intensificando sua reverberação sobre a economia global;b) A derrota de Hugo Chávez no referendo que permitiria sua perpetuação no poder;c) A pesquisa Datafolha demonstrando que cerca de 65% dos brasileiros se opõe à eleição por mais de dois mandatos para quaisquer presidentes;d) A antecipação de renúncia de Renan Calheiros;e) O elemento desagregador que a chegada do ano eleitoral de 2008 impõe sobre a base de sustentação do governo.A bússola dos políticos tem como norte magnético o poder. No Brasil, em que a maioria dos políticos é congenitamente governista e em que o povo segue líderes e não ideologias e programas, a conjuntura favorável e o apoio popular a um governante exercem coerção agregadora em torno do presidente da República. E vice e versa. Isto é, numa conjuntura que insinua condições desfavoráveis e a perspectiva de perda de força política do governante, a dinâmica que se estabelece é desagregadora e de deserção nas fileiras de apoiadores do presidente. Isso, tanto mais quanto mais o exército de apoio ao governo é mercenário, como é o caso de quaisquer governos no Brasil.A leitura de fatos econômicos feita por um cientista político, ainda mais em se tratando do nervoso mercado global contemporâneo, deve ser vista com ressalvas. No entanto, apesar da injeção de vários bilhões de dólares do FED nas empresas de crédito imobiliário e bancos norte-americanos não parece suficiente para conter o gradual aparecimento de notícias sobre a reverberação da crise para além do setor afetado. Insinua-se um quadro de desaquecimento da economia dos EUA, com inevitáveis desdobramentos sobre as gigantescas compras dos norte-americanos no mercado mundial e brasileiro. Os sinais são, ainda, insipientes. Mas, suficientes para disseminar tensão e a conhecida cautela que caracteriza o comportamento conservador dos mercados ante o risco de perdas.Já os fatos políticos listados na seqüência de itens acima são claramente desfavoráveis a Lula. Hugo Chávez é (ou era) o "novo" farol da velha esquerda mundial. Seu sucesso reverbera além fronteiras da Venezuela. Seu fracasso, idem. A perspectiva de perpetuação de Chávez no poder com a eventual aprovação popular da reforma constitucional proposta pelo líder venezuelano abria perspectivas de que o mesmo pudesse vir a acontecer com Lula, ainda que sob outras circunstâncias. Se a conjuntura econômica permitisse a continuidade do apoio popular ao presidente, as possibilidades de aprovação de uma mudança na Constituição brasileira por plebiscito, no mesmo sentido do projeto de Chávez, ainda que não viesse a se concretizar no Brasil, exercia força agregadora em torno do presidente. E vice e versa.Se a derrota de Chávez fosse apenas um fato isolado, por si só já seria uma balde de água fria no projeto continuista do PT. Mas, agregou-se à onda contrária a re-reeleição, a pesquisa Datafolha revelando surpreendente e expressiva maioria contrária à perpetuação de Lula no poder. Não é possível afirmar que os favoráveis à perpetuação de Lula no governo são apenas eleitores petistas. Mas, o percentual coincide com o "tamanho da base do PT" na sociedade brasileira.O impacto agregado desses dois recados dos eleitores venezuelanos e brasileiros extrapola as fronteiras de ambos os países, já que Lula, embora ofuscado por Chávez, também é referência mundial das esquerdas. Mas, no "mercado interno", os dois fatos somados jogam, na conta de chegada das equações estratégicas dos jogadores do poder, o cenário de fim do poder do petismo sobre o governo brasileiro (não sobre a política brasileira). Com isso, a maioria gelatinosa dos políticos brasileiros passa a buscar outros nortes para suas bússolas. E os virtuais nortes magnéticos apontados por sucessivas pesquisas situam-se no campo da oposição, mais precisamente, apontam para o nome de José Serra.A esse fator desnorteador da base de sustentação do governo, somam-se os inevitáveis conflitos de interesses que jogam, uns contra os outros, nas eleições municipais nos estados, companheiros de jornada no apoio a Lula em Brasília. Assim, o interesse pessoal de garantir bases locais de poder assume prioridade nos critérios de decisão dos políticos, especialmente num contexto em que a derrota de Chávez e a pesquisa Datafolha precipitaram sobre o tabuleiro político a perspectiva do fim do governo Lula.Finalmente, tudo indica que os estrategistas de Lula erraram as contas sobre a dose e o timing das jogadas táticas que patrocinaram. Ao deixar fluir a tramitação de emenda da re-reeleição às vésperas da votação da CPMF, Lula apostou tudo de uma só vez. Talvez colha nada como resultado. Isto é, nem re-reeleição nem CPMF.A surpresa causada pela renúncia antecipada de Renan Calheiros, contrariando o interesse de Lula, que queria o plenário que votará a prorrogação da CPMF contaminado pela disputa pela sucessão na presidência da Casa, sugere que Calheiros não executou apenas um recuo defensivo que priorizou apenas a preservação de seu mandato. Parece que o cardeal alagoano caiu atirando e quis introduzir um elemento desagregador na base governista no Senado; talvez fatal para a voracidade fiscal do governo. Não é despropositado avaliar que Renan Calheiros tenha comprado a avaliação aqui feita, de que o projeto de poder do PT passa por usar e descartar os oligarcas políticos com os quais se aliou para eleger Lula e governar.Se essa leitura está correta, Calheiros não renunciou apenas à Presidência do Senado, mas desertou, sem assumir explicitamente, da base governista. E mais. Se mais aliados - especialmente o poderoso Sarney - estão fazendo a mesa avaliação, é possível que os "aliados" comecem a sabotar o governo por dentro, já que lutam pela vida contra a ameaça representada pela cobiça dos petistas pelo poder. Ou seja, por precipitação e erros de avaliação, Lula pode ter sepultado a CPMF. E, sem a CPMF, Lula pode ter sepultado suas pretensões continuistas.
Fonte http://www.diegocasagrande.com.br
Macacos me mordam
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
Dizemos nós que Deus é brasileiro, mas discordo dessa soberba tão a gosto do nosso povo.
Deus, na Sua onisciência e suprema justiça, certamente, não iria privilegiar os brasileiros, vestindo as nossas cores e deixando à penúria dos Seus cuidados o resto da humanidade.
É certo que nas terras nacionais os sabiás gorjeiam maviosos; é patente que o “M” de Maria marca as nossas mãos; é inegável que vivemos no verde mais belo, no mais dourado amarelo, sob um céu cheio de estrelas prateadas que se ajoelham fazendo o sinal da cruz. Pura poesia, que, entretanto, nos acalenta, mas que não resulta em solevantar o gigante adormecido, insistente em tornar-nos sonhadores enquanto dorme.
A memória coletiva é fundamental para os povos que passam por vicissitudes, sejam elas advindas de catástrofes da natureza, sejam por conflitos bélicos ou por aventuras ideológicas fratricidas. Dela renascem nações, que não olvidam o passado e, por isso mesmo, sublimam o porvir.
Memória coletiva, parece-me, não é o caso do Brasil recente. Fomos sufocados numa incrível sucessão de escândalos e não tivemos a vergonha de reagir. Pelo contrário, fizemos do nosso voto a remissão dos pecados de desavergonhados e de um governante omisso e inteiramente alheio ao que se passava e ainda se passa sob os seus olhares sempre atentos à perpetuação no poder.
Desse modo, o gigante continua a dormir, com o ronco consentidamente, por ele, pouco incomodado pelas mazelas do nosso dia-a dia. Mensalões; alianças explícitas a aventureiros socialistódes; benesses a ex-terroristas que ensangüentaram a Nação; visão turva do que acontece com “amigos” e familiares; presidente do Senado notoriamente corrupto e acumpliciado por seus pares; e outras inúmeras chagas que não chegam a fazer acordar o portento brasileiro. Pensa o gigante que Deus é brasileiro e que um jeitinho vai ser dado para que o seu despertar resulte no “V” da vitória, que será a glória do nosso Brasil.
Macacos me mordam, penso eu. Será que temos jeito?
Recentíssimas pesquisas de um povo que não é compatriota de Deus chegaram à conclusão de que macacos, disputando com jovens estudantes, chegaram a um resultado que me levam a uma angustiante incerteza. Macacos competiram com seres humanos em um teste de memória. Ganharam!
Fica o meu temor: seriam, realmente macacos, ou os jovens estudantes eram brasileiros? Será o nosso estigma a falta de memória?
Dúvidas, hoje, não nos faltam, porém, minha crença leva-me a considerar que, se Deus não é brasileiro, pelo menos não é petista e há de acordar o gigante adormecido.
Em passado recente, vencemos a ameaça comunista. Agora, temo que o gigante continue adormecido, enquanto os macacos me mordem.
Perdoem-me os heróis da Força Expedicionária Brasileira, em que incluo o meu saudoso pai, se me apropriei de alguns versos da linda Canção do Expedicionário. Foram homens que lutaram por uma Democracia que, hoje, acredito, é tão mais ameaçada que pelo vencido nazi-fascismo e pela queda do muro de Berlim.
Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
Visite o site: www.ternuma.com.br .
Dizemos nós que Deus é brasileiro, mas discordo dessa soberba tão a gosto do nosso povo.
Deus, na Sua onisciência e suprema justiça, certamente, não iria privilegiar os brasileiros, vestindo as nossas cores e deixando à penúria dos Seus cuidados o resto da humanidade.
É certo que nas terras nacionais os sabiás gorjeiam maviosos; é patente que o “M” de Maria marca as nossas mãos; é inegável que vivemos no verde mais belo, no mais dourado amarelo, sob um céu cheio de estrelas prateadas que se ajoelham fazendo o sinal da cruz. Pura poesia, que, entretanto, nos acalenta, mas que não resulta em solevantar o gigante adormecido, insistente em tornar-nos sonhadores enquanto dorme.
A memória coletiva é fundamental para os povos que passam por vicissitudes, sejam elas advindas de catástrofes da natureza, sejam por conflitos bélicos ou por aventuras ideológicas fratricidas. Dela renascem nações, que não olvidam o passado e, por isso mesmo, sublimam o porvir.
Memória coletiva, parece-me, não é o caso do Brasil recente. Fomos sufocados numa incrível sucessão de escândalos e não tivemos a vergonha de reagir. Pelo contrário, fizemos do nosso voto a remissão dos pecados de desavergonhados e de um governante omisso e inteiramente alheio ao que se passava e ainda se passa sob os seus olhares sempre atentos à perpetuação no poder.
Desse modo, o gigante continua a dormir, com o ronco consentidamente, por ele, pouco incomodado pelas mazelas do nosso dia-a dia. Mensalões; alianças explícitas a aventureiros socialistódes; benesses a ex-terroristas que ensangüentaram a Nação; visão turva do que acontece com “amigos” e familiares; presidente do Senado notoriamente corrupto e acumpliciado por seus pares; e outras inúmeras chagas que não chegam a fazer acordar o portento brasileiro. Pensa o gigante que Deus é brasileiro e que um jeitinho vai ser dado para que o seu despertar resulte no “V” da vitória, que será a glória do nosso Brasil.
Macacos me mordam, penso eu. Será que temos jeito?
Recentíssimas pesquisas de um povo que não é compatriota de Deus chegaram à conclusão de que macacos, disputando com jovens estudantes, chegaram a um resultado que me levam a uma angustiante incerteza. Macacos competiram com seres humanos em um teste de memória. Ganharam!
Fica o meu temor: seriam, realmente macacos, ou os jovens estudantes eram brasileiros? Será o nosso estigma a falta de memória?
Dúvidas, hoje, não nos faltam, porém, minha crença leva-me a considerar que, se Deus não é brasileiro, pelo menos não é petista e há de acordar o gigante adormecido.
Em passado recente, vencemos a ameaça comunista. Agora, temo que o gigante continue adormecido, enquanto os macacos me mordem.
Perdoem-me os heróis da Força Expedicionária Brasileira, em que incluo o meu saudoso pai, se me apropriei de alguns versos da linda Canção do Expedicionário. Foram homens que lutaram por uma Democracia que, hoje, acredito, é tão mais ameaçada que pelo vencido nazi-fascismo e pela queda do muro de Berlim.
Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
Visite o site: www.ternuma.com.br .
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
CARACASVenezuela, dic. 3 (UPI) -- Pasada la una de la madrugada, el Consejo Nacional Electoral (CNE) anunció que el No a la reforma constitucional se
Published dic. 3.2007 at 12.23 AM
CARACAS Venezuela, dic. 3 (UPI) --
Pasada la una de la madrugada, el Consejo Nacional Electoral (CNE) anunció que el No a la reforma constitucional se impuso en el referendo celebrado el domingo.El No, es la opción ganadora, con "una tendencia clara e irreversible", dijo el Consejo. Después de tensas horas de espera, la presidenta del CNE, Tibisay Lucena, pidió a los dos bloques en pugna, a los medios de comunicación, al pueblo, que deben acatar y respetar los resultados electorales, dijo Globovisión. Después de demorar por más de ocho horas los resultados, el CNBE tuvo que entregar un boletín. Este no se emitió hasta que se contó más del 90% de las actas escrutadas. El resultado incluso puso un claro desmentido a las encuestas a boca de urna, difundidas en el extranjero, que daban por ganador al Si Se espera una reacción del presidente Hugo Chávez que anunció que votar por el Si era votar por el mandatario y hacerlo por el No, significaba sufragar por el presidente de Estados Unidos, George W. Bush.
Fonte: Jornal Tiempos del Mundo
CARACAS Venezuela, dic. 3 (UPI) --
Pasada la una de la madrugada, el Consejo Nacional Electoral (CNE) anunció que el No a la reforma constitucional se impuso en el referendo celebrado el domingo.El No, es la opción ganadora, con "una tendencia clara e irreversible", dijo el Consejo. Después de tensas horas de espera, la presidenta del CNE, Tibisay Lucena, pidió a los dos bloques en pugna, a los medios de comunicación, al pueblo, que deben acatar y respetar los resultados electorales, dijo Globovisión. Después de demorar por más de ocho horas los resultados, el CNBE tuvo que entregar un boletín. Este no se emitió hasta que se contó más del 90% de las actas escrutadas. El resultado incluso puso un claro desmentido a las encuestas a boca de urna, difundidas en el extranjero, que daban por ganador al Si Se espera una reacción del presidente Hugo Chávez que anunció que votar por el Si era votar por el mandatario y hacerlo por el No, significaba sufragar por el presidente de Estados Unidos, George W. Bush.
Fonte: Jornal Tiempos del Mundo
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
HÁ DUAS OPÇÕES: DEMOCRACIA OU REGIME COMUNO-FASCISTA
HÁ DUAS OPÇÕES: DEMOCRACIA OU REGIME COMUNO-FASCISTA
30.11, 17h34
por Aluízio AmorimQuem acompanha os meus artigos aqui neste site, bem como dos demais colegas articulistas, sabe perfeitamente que buscamos analisar o comentar os fatos a partir de uma ótica democrática e eminentemente liberal. Aqueles que pela primeira vez passam por aqui podem imaginar, à primeira vista, que se trata de escrevinhadores que implicam com Lula e o PT por puro preconceito ou que talvez estejam comprometidos com os partidos oposicionistas. Mas isto é um tremendo engano.Não se teria nada contra Lula e seus sequazes, a não ser eventuais críticas pontuais, se eles governassem como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como Itamar Franco e até mesmo como José Sarney. Sim. É isto mesmo, porque não consta que esses governantes tenham, em algum momento, insinuado projetos continuistas de estilo comuno-fascista.Por incrível que pareça tornou-se uma heresia para o oficialismo ressaltar as qualidades do governo FHC. Mas perto do que faz o PT o governo passado é um exemplo de boa governança. Tenho restrições quanto o governo de FHC. A primeira delas é exatamente o seu viés esquerdizante e antiliberal em que pese o fato de que tenha tomado algumas medidas para diminuir o tamanho do Estado. Em contrapartida criou o programa bolsa-família e deixou, como herança maldita, a CPMF. Sim, foi o governo do PSDB que engendrou esses dois monstrengos acreditando ainda, como os esquerdóides, que o Estado pode tudo. O PSDB sempre foi e continua sendo um partido titubeante e que sequer tem coragem de assumir e alardear aquilo que fez de melhor quando esteve no poder, que foi privatizar as telecomunicações, fato que permitiu a universalização da telefonia, antes um equipamento de uso restrito das classes média e alta. Entretanto a boa governança de FHC reside, mais precisamente, num aspecto que o diferencia fundamentalmente do PT: o respeito às instituições democráticas. Em nenhum momento, ao longo de oito anos de mandato, FHC e seu partido jamais esboçaram qualquer tentativa de alterar o regime democrático ou turbar a alternância do poder. Nunca postularam o democratismo, que significa usar as liberdades democráticas para mais adiante assestar contra ela um golpe mortal. Nunca armaram milícias paramilitares com o MST ou açularam os bate-paus de centrais sindicais, como faz o PT com a CUT. FHC também nunca quis calar a imprensa ou censurá-la e, muito menos, implantar uma emissora de TV estatal. Os mais ingênuos e desavisados poderão colocar objeções à minha análise. Dirão que estou exagerando, vendo fantasma ao meio-dia. Ocorre que a realidade fala alto, mas é sufocada pela ação anestesiante do rolo compressor da propaganda oficial e pelo aparelhamento de todos os órgãos públicos e empresas estatais. Já se levantam suspeitas de que até mesmo as Forças Armadas estariam sendo aparelhadas pelo petralhismo à força de seu esvaziamento no que respeita à alocação de recursos necessários a essa importante instituição democrática. Sim. As Forças Armadas são instituições democráticas como são nos países civilizados, submetidas aos mandamentos constitucionais e não sujeitas aos caprichos dos governantes do momento.Chega-se, portanto, ao final de 2007 com o país numa encruzilhada. Há dois caminhos a tomar: a defesa intransigente das instituições democráticas, o que requer uma atitude firme dos dois maiores partidos de oposição, o PSDB e o DEM; ou então aceitar placidamente que Lula e seus sequazes sigam os passos do tirano-bufão da Venezuela e consagrem o 3º mandato, implantando definitivamente no Brasil um regime comuno-fascista.O primeiro passo para garantir a sobrevivência das instituições democráticas será derrotar a CPMF. Esta ação terá dois efeitos: um é técnico-burocrático destinado a aliviar a asfixiante carga tributária que atravanca o desenvolvimento; o outro, é simbólico, porquanto resgata a independência do Legislativo e sinaliza que a Nação rejeita, de forma peremptória, manobras continuistas e esquerdizantes e, ao mesmo tempo, bendiz as liberdades democráticas.
http://oquepensaaluizio.zip.net
30.11, 17h34
por Aluízio AmorimQuem acompanha os meus artigos aqui neste site, bem como dos demais colegas articulistas, sabe perfeitamente que buscamos analisar o comentar os fatos a partir de uma ótica democrática e eminentemente liberal. Aqueles que pela primeira vez passam por aqui podem imaginar, à primeira vista, que se trata de escrevinhadores que implicam com Lula e o PT por puro preconceito ou que talvez estejam comprometidos com os partidos oposicionistas. Mas isto é um tremendo engano.Não se teria nada contra Lula e seus sequazes, a não ser eventuais críticas pontuais, se eles governassem como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como Itamar Franco e até mesmo como José Sarney. Sim. É isto mesmo, porque não consta que esses governantes tenham, em algum momento, insinuado projetos continuistas de estilo comuno-fascista.Por incrível que pareça tornou-se uma heresia para o oficialismo ressaltar as qualidades do governo FHC. Mas perto do que faz o PT o governo passado é um exemplo de boa governança. Tenho restrições quanto o governo de FHC. A primeira delas é exatamente o seu viés esquerdizante e antiliberal em que pese o fato de que tenha tomado algumas medidas para diminuir o tamanho do Estado. Em contrapartida criou o programa bolsa-família e deixou, como herança maldita, a CPMF. Sim, foi o governo do PSDB que engendrou esses dois monstrengos acreditando ainda, como os esquerdóides, que o Estado pode tudo. O PSDB sempre foi e continua sendo um partido titubeante e que sequer tem coragem de assumir e alardear aquilo que fez de melhor quando esteve no poder, que foi privatizar as telecomunicações, fato que permitiu a universalização da telefonia, antes um equipamento de uso restrito das classes média e alta. Entretanto a boa governança de FHC reside, mais precisamente, num aspecto que o diferencia fundamentalmente do PT: o respeito às instituições democráticas. Em nenhum momento, ao longo de oito anos de mandato, FHC e seu partido jamais esboçaram qualquer tentativa de alterar o regime democrático ou turbar a alternância do poder. Nunca postularam o democratismo, que significa usar as liberdades democráticas para mais adiante assestar contra ela um golpe mortal. Nunca armaram milícias paramilitares com o MST ou açularam os bate-paus de centrais sindicais, como faz o PT com a CUT. FHC também nunca quis calar a imprensa ou censurá-la e, muito menos, implantar uma emissora de TV estatal. Os mais ingênuos e desavisados poderão colocar objeções à minha análise. Dirão que estou exagerando, vendo fantasma ao meio-dia. Ocorre que a realidade fala alto, mas é sufocada pela ação anestesiante do rolo compressor da propaganda oficial e pelo aparelhamento de todos os órgãos públicos e empresas estatais. Já se levantam suspeitas de que até mesmo as Forças Armadas estariam sendo aparelhadas pelo petralhismo à força de seu esvaziamento no que respeita à alocação de recursos necessários a essa importante instituição democrática. Sim. As Forças Armadas são instituições democráticas como são nos países civilizados, submetidas aos mandamentos constitucionais e não sujeitas aos caprichos dos governantes do momento.Chega-se, portanto, ao final de 2007 com o país numa encruzilhada. Há dois caminhos a tomar: a defesa intransigente das instituições democráticas, o que requer uma atitude firme dos dois maiores partidos de oposição, o PSDB e o DEM; ou então aceitar placidamente que Lula e seus sequazes sigam os passos do tirano-bufão da Venezuela e consagrem o 3º mandato, implantando definitivamente no Brasil um regime comuno-fascista.O primeiro passo para garantir a sobrevivência das instituições democráticas será derrotar a CPMF. Esta ação terá dois efeitos: um é técnico-burocrático destinado a aliviar a asfixiante carga tributária que atravanca o desenvolvimento; o outro, é simbólico, porquanto resgata a independência do Legislativo e sinaliza que a Nação rejeita, de forma peremptória, manobras continuistas e esquerdizantes e, ao mesmo tempo, bendiz as liberdades democráticas.
http://oquepensaaluizio.zip.net
EXPURGO E APARELHAMENTO NO IPEA
Lúcia Hipólito ( * )
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foi criado em 1964, já durante a ditadura. Seu idealizador foi o então ministro do Planejamento, Roberto Campos, e seu fundador e primeiro presidente foi o ex-ministro Reis Velloso. A proposta era criar um instituto que pensasse o Brasil a médio e longo prazo, com estudos aplicados à realidade brasileira - saber teórico era com a universidade.Ao longo de seus 43 anos, o Ipea transformou-se na consciência crítica dos governos brasileiros - de todos os governos. Sua produção acadêmica vai desde estudos sobre industrialização, estudos pioneiros sobre agricultura no cerrado brasileiro - a expansão da fronteira agrícola brasileira é resultado desses estudos -, estudos sobre distribuição de renda, pobreza, gastos públicos, previdência. Em seus primeiros anos, o Ipea contou com o trabalho de um dos mais importantes economistas vivos, o prof. Albert Fishlow, que se dedicou aos estudos do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento).Mais recentemente, o governo Lula deve a um pesquisador do Ipea, Ricardo Paes de Barros, o maior especialista brasileiro em pobreza e distribuição de renda, a proposta de unificação dos programas sociais do governo, que resultaram no Bolsa-Família - maior sucesso da administração petista. Fábio Giambiagi, outro importante pesquisador, é responsável pelos estudos mais recentes sobre a Previdência no Brasil e sobre as contas públicas brasileiras.Além de realizar estudos para o governo, o Ipea formou quadros dos mais importantes para a administração pública brasileira. Por lá passaram Pedro Malan (pesquisador desde 1965), Dorotéia Werneck, Pedro Parente, Régis Bonelli, entre outros. Durante esses 43 anos, a independência intelectual e institucional do Ipea incomodou muitos governos - praticamente todos. Mas nesses 43 anos jamais houve um único caso de censura ou qualquer tipo de interferência do governo no Ipea. Nem mesmo a ditadura interveio nos trabalhos do Instituto.Entretanto, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, era voz corrente no governo a tentativa de "enquadrar" o Ipea, manifestada principalmente pelo então todo-poderoso chefe da Casa Civil, ex-ministro José Dirceu (réu no STF por formação de quadrilha e corrupção ativa). Mas o Instituto resistiu. A nomeação de Mangabeira Unger (intelectual respeitado em Harvard) como ministro das Ações de Longo Prazo (Sealopra) atendeu à intenção do governo de "domesticar" o Ipea. Imediatamente após a nomeação, os técnicos do Instituto receberam a visita de dois emissários do PRB, partido de Mangabeira e dos bispos da Igreja Universal, interessados em saber quantos cargos em comissão havia e qual era o montante de recursos destinados pelo governo ao Ipea. Não é preciso dizer que os técnicos ficaram de cabelo em pé - jamais tinham passado por semelhante situação.Agora, os piores temores estão se confirmando. Desde que a nova direção assumiu, trabalhos foram recusados, substituições foram feitas nas diretorias, e acabam de ser afastados quatro dos mais importantes pesquisadores, todos críticos do excesso de gastos do governo federal: Fábio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonnelli (este, um dos pioneiros do Instituto, junto com Pedro Malan). A Diretoria de Estudos Macroecônomicos, a mais importante do Ipea, cujo atual titular é assessor econômico do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Igreja Universal, solicitou que os pesquisadores desocupem suas salas. Censura e aparelhamento ideológico.Será desastroso se o governo Lula destruir um dos mais importantes e independentes centros de estudos econômicos do país.Um governo que se diz de esquerda terá feito um papel que nem a ditadura de direita ousou fazer. ( * ) Em tempo: sou co-organizadora, com Maria Celina D'Araujo e Ignez Cordeiro de Farias, do livro Ipea - 40 anos apontando caminhos. Publicado pela Editora FGV.)
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foi criado em 1964, já durante a ditadura. Seu idealizador foi o então ministro do Planejamento, Roberto Campos, e seu fundador e primeiro presidente foi o ex-ministro Reis Velloso. A proposta era criar um instituto que pensasse o Brasil a médio e longo prazo, com estudos aplicados à realidade brasileira - saber teórico era com a universidade.Ao longo de seus 43 anos, o Ipea transformou-se na consciência crítica dos governos brasileiros - de todos os governos. Sua produção acadêmica vai desde estudos sobre industrialização, estudos pioneiros sobre agricultura no cerrado brasileiro - a expansão da fronteira agrícola brasileira é resultado desses estudos -, estudos sobre distribuição de renda, pobreza, gastos públicos, previdência. Em seus primeiros anos, o Ipea contou com o trabalho de um dos mais importantes economistas vivos, o prof. Albert Fishlow, que se dedicou aos estudos do II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento).Mais recentemente, o governo Lula deve a um pesquisador do Ipea, Ricardo Paes de Barros, o maior especialista brasileiro em pobreza e distribuição de renda, a proposta de unificação dos programas sociais do governo, que resultaram no Bolsa-Família - maior sucesso da administração petista. Fábio Giambiagi, outro importante pesquisador, é responsável pelos estudos mais recentes sobre a Previdência no Brasil e sobre as contas públicas brasileiras.Além de realizar estudos para o governo, o Ipea formou quadros dos mais importantes para a administração pública brasileira. Por lá passaram Pedro Malan (pesquisador desde 1965), Dorotéia Werneck, Pedro Parente, Régis Bonelli, entre outros. Durante esses 43 anos, a independência intelectual e institucional do Ipea incomodou muitos governos - praticamente todos. Mas nesses 43 anos jamais houve um único caso de censura ou qualquer tipo de interferência do governo no Ipea. Nem mesmo a ditadura interveio nos trabalhos do Instituto.Entretanto, desde o início do primeiro mandato do presidente Lula, era voz corrente no governo a tentativa de "enquadrar" o Ipea, manifestada principalmente pelo então todo-poderoso chefe da Casa Civil, ex-ministro José Dirceu (réu no STF por formação de quadrilha e corrupção ativa). Mas o Instituto resistiu. A nomeação de Mangabeira Unger (intelectual respeitado em Harvard) como ministro das Ações de Longo Prazo (Sealopra) atendeu à intenção do governo de "domesticar" o Ipea. Imediatamente após a nomeação, os técnicos do Instituto receberam a visita de dois emissários do PRB, partido de Mangabeira e dos bispos da Igreja Universal, interessados em saber quantos cargos em comissão havia e qual era o montante de recursos destinados pelo governo ao Ipea. Não é preciso dizer que os técnicos ficaram de cabelo em pé - jamais tinham passado por semelhante situação.Agora, os piores temores estão se confirmando. Desde que a nova direção assumiu, trabalhos foram recusados, substituições foram feitas nas diretorias, e acabam de ser afastados quatro dos mais importantes pesquisadores, todos críticos do excesso de gastos do governo federal: Fábio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonnelli (este, um dos pioneiros do Instituto, junto com Pedro Malan). A Diretoria de Estudos Macroecônomicos, a mais importante do Ipea, cujo atual titular é assessor econômico do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo da Igreja Universal, solicitou que os pesquisadores desocupem suas salas. Censura e aparelhamento ideológico.Será desastroso se o governo Lula destruir um dos mais importantes e independentes centros de estudos econômicos do país.Um governo que se diz de esquerda terá feito um papel que nem a ditadura de direita ousou fazer. ( * ) Em tempo: sou co-organizadora, com Maria Celina D'Araujo e Ignez Cordeiro de Farias, do livro Ipea - 40 anos apontando caminhos. Publicado pela Editora FGV.)
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
MINISTÉRIO DA DEFESA - Ordem do Dia
MINISTÉRIO DA DEFESA
GABINETE DO MINISTRO
ORDEM DO DIA
INTENTONA COMUNISTA
Há 72 anos, eclodia, no mês de novembro, nas cidades de Natal/RN, de Recife/PE, e do Rio de Janeiro, aquele que seria o mais covarde, insidioso e sangrento episódio de nossa história, a Intentona Comunista de 1935.
Lembrando alguns que já se pronunciaram sobre o assunto, cito que nos vários dicionários não vamos encontrar unanimidade nos sinônimos a respeito da palavra intentona, mas há nos significados: plano insensato, intento louco, conluio, rebelião, motim, conspiração, sedição, revolta, conjuração, insurreição ou intento insano.
Embora, historicamente, Intentona Comunista seja o nome oficial da insurreição militar que ocorreu no Brasil nas cidades anteriormente citadas, poderíamos também chamá-la de Traiçoeira Sandice Marxista-Leninista, pela forma insana e vil como os conspiradores, em prol de uma outra Nação, traíram seus companheiros de farda e a própria Pátria, assassinando-os de maneira covarde e pusilânime, quando muitos deles dormiam.
Os assassinos vermelhos, apadrinhados por setores da propaganda partidária esquerdista, como sempre, tentam reescrever a história, informando aos mais novos que tais assassinatos nunca ocorreram, Para desmenti-los, basta ler a edição do Jornal Correio da Manhã, de 30 de novembro de 1935, sábado, que em sua página 4, num editorial intitulado 'O Castigo', afirma: 'já estão reconstruídas algumas scenas da tragédia que culminou na verdadeira batalha da Praia Vermelha.....Contam-se entre os episódios tenebrosos daquelle dia impiedosas liquidações summarias, nas quais intervieram indivíduos despidos de todo o sentimento, até de simples humanidade....Um official friamente assassinado por mão de seu companheiro que trazia a arma envolvida num jornal: outro morto quando dormia e teria sido fácil prende-lo e desarmá-lo'.
Com certeza o editorial do Correio da Manhã se referiu às mesmas mortes presenciadas pelo então tenente José Campos de Aragão, que em seu livro sobre a Intentona, assim se expressou: 'O capitão Armando de Souza Melo e o tenente Danilo Paladini, que repousavam no momento da insurreição, foram mortos pelos revoltosos ainda aturdidos quando se levantavam'.
Finalmente, é importante deixar claro que os comunistas atuais continuam enobrecendo a Intentona, planejada e determinada pelo governo comunista da Rússia e executada pela Aliança Nacional Libertadora sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Continuam mentindo, vendendo um paraíso para onde já enviaram as almas de mais de cem milhões de pessoas.
Lembro à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica, que o fim do império soviético não marcou o término da expansão dos utópicos ideais marxista-leninistas, e sim, da luta anticomunista, desenvolvida àquela época pelas verdadeiras Nações Democráticas, hoje mais do que nunca fragilizadas diante do solerte inimigo, verdadeiro lobo travestido de cordeiro.
Companheiros das Forças Armadas!
Lembrai-vos de 1935. Exorto-os a continuar na perseguição dos ideais democráticos que sempre nortearam nossas Instituições. Desta forma, não permitiremos que a nossa gente seja influenciada por alienígenas ideologias que prometem, em pleno século XXI, um vermelho nirvana, banhado de sangue.
Brasília, 27 de novembro de 2007.
Nelson Jobim
Ministro da Defesa
GABINETE DO MINISTRO
ORDEM DO DIA
INTENTONA COMUNISTA
Há 72 anos, eclodia, no mês de novembro, nas cidades de Natal/RN, de Recife/PE, e do Rio de Janeiro, aquele que seria o mais covarde, insidioso e sangrento episódio de nossa história, a Intentona Comunista de 1935.
Lembrando alguns que já se pronunciaram sobre o assunto, cito que nos vários dicionários não vamos encontrar unanimidade nos sinônimos a respeito da palavra intentona, mas há nos significados: plano insensato, intento louco, conluio, rebelião, motim, conspiração, sedição, revolta, conjuração, insurreição ou intento insano.
Embora, historicamente, Intentona Comunista seja o nome oficial da insurreição militar que ocorreu no Brasil nas cidades anteriormente citadas, poderíamos também chamá-la de Traiçoeira Sandice Marxista-Leninista, pela forma insana e vil como os conspiradores, em prol de uma outra Nação, traíram seus companheiros de farda e a própria Pátria, assassinando-os de maneira covarde e pusilânime, quando muitos deles dormiam.
Os assassinos vermelhos, apadrinhados por setores da propaganda partidária esquerdista, como sempre, tentam reescrever a história, informando aos mais novos que tais assassinatos nunca ocorreram, Para desmenti-los, basta ler a edição do Jornal Correio da Manhã, de 30 de novembro de 1935, sábado, que em sua página 4, num editorial intitulado 'O Castigo', afirma: 'já estão reconstruídas algumas scenas da tragédia que culminou na verdadeira batalha da Praia Vermelha.....Contam-se entre os episódios tenebrosos daquelle dia impiedosas liquidações summarias, nas quais intervieram indivíduos despidos de todo o sentimento, até de simples humanidade....Um official friamente assassinado por mão de seu companheiro que trazia a arma envolvida num jornal: outro morto quando dormia e teria sido fácil prende-lo e desarmá-lo'.
Com certeza o editorial do Correio da Manhã se referiu às mesmas mortes presenciadas pelo então tenente José Campos de Aragão, que em seu livro sobre a Intentona, assim se expressou: 'O capitão Armando de Souza Melo e o tenente Danilo Paladini, que repousavam no momento da insurreição, foram mortos pelos revoltosos ainda aturdidos quando se levantavam'.
Finalmente, é importante deixar claro que os comunistas atuais continuam enobrecendo a Intentona, planejada e determinada pelo governo comunista da Rússia e executada pela Aliança Nacional Libertadora sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Continuam mentindo, vendendo um paraíso para onde já enviaram as almas de mais de cem milhões de pessoas.
Lembro à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica, que o fim do império soviético não marcou o término da expansão dos utópicos ideais marxista-leninistas, e sim, da luta anticomunista, desenvolvida àquela época pelas verdadeiras Nações Democráticas, hoje mais do que nunca fragilizadas diante do solerte inimigo, verdadeiro lobo travestido de cordeiro.
Companheiros das Forças Armadas!
Lembrai-vos de 1935. Exorto-os a continuar na perseguição dos ideais democráticos que sempre nortearam nossas Instituições. Desta forma, não permitiremos que a nossa gente seja influenciada por alienígenas ideologias que prometem, em pleno século XXI, um vermelho nirvana, banhado de sangue.
Brasília, 27 de novembro de 2007.
Nelson Jobim
Ministro da Defesa
INTENTONA COMUNISTA IV
Relação dos militares vítimas e daqueles que devem permanecer com seus nomes execrados perante o povo brasileiro para sempre
Ternuma Regional Brasília
Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Como antecipei no artigo anterior vamos relacionar todos os militares assassinados nos quartéis de Natal, nos de Recife, no 3º Regimento de Infantaria e Escola de Aviação, sendo que estas últimas duas Unidades estavam sediadas no Rio de Janeiro. Muitos civis também foram assassinados em Natal e principalmente em Recife, mas desconhecemos os números. Citaremos os principais militares - traidores mercenários/assassinos - nos três focos do levante e os civis brasileiros e estrangeiros de maior participação na tentativa de impor a ditadura do proletariado entre nós.
Para facilitar a leitura os nomes estão numerados e em coluna, o que por certo vai aumentar o número de páginas. Mas peço ao leitor que não desista, tendo em vista uma melhor compreensão do todo. Lembrem-se que este é o artigo de número IV.
OBS: os dados aqui citados foram extraídos do livro “1964 – A Revolução Injustiçada” de Gustavo O. Borges, Editora JAC. Ao parabenizar ao Cel Aviador Gustavo Borges, ex-Secretário de Segurança Pública da Guanabara a época do Governador Carlos Lacerda, também o agradeço. Penso como o amigo: que falta o Governador Lacerda está fazendo.
Vamos inicialmente citar todos aqueles que foram assassinados pelos seus companheiros de farda que os traíram e, também, ao povo brasileiro e a sua Pátria, em apoio ao comunismo.
(1) Os assassinados
1. Ten Cel Misael de Mendonça
2. Maj João Ribeiro Pinheiro
3. Maj Armando de Souza Mello
4. Cap Benedito Lopes Bragança
5. Cap Danilo Paladini
6. Cap Geraldo de Oliveira
7. 1º Ten José Sampaio Xavier
8. 2º Ten Res Lauro Leão de Santa Rosa(convocado)
9. 2º Sgt Jaime Pantaleão de Morais
10. 2º Sgt José Bernardo Rosa
11. 3º Sgt Coriolano Ferreira Santiago
12. 3º Sgt Abdiel Ribeiro dos Santos
13. 3º Sgt Gregório Soares
14. 1º Cabo Luiz Augusto Pereira
15. 1º Cabo Carlos Botelho
16. 2º Cabo Alberto Bernadino de Aragão
17. 2º Cabo Pedro Maria Netto
18. 2º Cabo Fidelis Baptista de Aguiar
19. 2º Cabo José Harmito de Sá
20. 2º Cabo Clodoaldo Ursulano
21. 2º Cabo Manuel Biré de Agrella
22. 2º Cabo Francisco Alves da Rocha
23. 2º Cabo Wilson França
24. 2º Cabo Péricles Leal Bezerra
25. 2º Cabo Orlando Henriques
26. 2º Cabo José Menezes Filho
27. 2º Cabo Manoel Alves da Silva
28. Sd Ex João de Deus Araújo
29. Sd Ex Álvaro de Souza Pereira
30. Sd Ex Genaro Pedro Lima
31. Sd PM/RN Luiz Gonzaga de Souza
32. Sd PM/PE Lino Victor dos Santos.
A estes patriotas a nossa eterna gratidão. Quem leu os artigos anteriores e em particular o Relatório Dimitroff sabe que eles não morreram em vão. A China se tornou comunista em 1949. Mas o Brasil até hoje não.
(2) Relação dos principais mercenários-assassinos nos três foco sublevados
Militares que foram expulsos do Exército Brasileiro e os que sofreram outras punições.
a. Expulsos
1. Cap Luiz Carlos Prestes
2. Maj Carlos Costa Leite
3. Cap Ten Heculino Cascardo
4. Cap Ten Roberto Faller Sisson
5. Cap Carlos Amorety Osório
6. Cap Agildo da Gama Barata Ribeiro
7. Cap Álvaro Francisco de Souza
8. Cap José Leite Brasil
9. Cap Sócrates Gonçalves
10. Cap Agliberto Vieira de Azevedo
11. 1º Ten David de Medeiros Filho
12. 1º Ten Durval Miguel de Barros
13. 1º Ten Celso Tovar Bicudo de Castro
14. 1º Ten Benedito de Carvalho
15. 2º Ten Francisco Antônio Leivas Otero
16. 2º Ten Antonio Bento Monteiro Tourinho
17. 2º Ten José Gutman
18. 2º Ten Raul Pedroso
19. 2º Ten Ivan Ramos Ribeiro
20. 2º Ten Humberto Baena de Moraes Rego
21. 2º Ten José Gay da Cunha
22. 2º Ten Carlos Branwick França
23. Ten Dinarco
24. Asp Of Walter José Benjamim da Silva
25. 3º Sgto Victor Ayres da Cruz
b. punidos de outras formas
1. Ten Cel Newton Estilhac Leal
2. Cap Tácito Lívio Reis de Freitas
3. Cap Lincoln Cordeiro Oest
4. Ten Candido Manoel Ribeiro Civis brasileiros e estrangeiros considerados os mais importantes na condução da Intentona.
a. civis brasileiros
1. Antônio Maciel Bonfim (que usou o nome falso de Adalberto de Andrade Fernandes e codinomes de Miranda, Queiroz, Marques, Bonfim e outros)
2. Honório de Freitas Guimarães (assassino de Elza Fernandes)
3. Lauro Reginaldo da Rocha, em verdade Lauro Reginaldo Teixeira
4. Adelino Deycola dos Santos
5. Dr. Silo Furtado Soares de Meirelles
6. Benjamim Soares Cabello
7. Dr. Francisco Mangabeira
8. Dr. Manoel Venâncio Campos da Paz
9. Dr. Pedro Ernesto Baptista
10. Moacir Werneck de Castro
b. civis estrangeiros
1. Arthur Ewert, em verdade Harry Berger de nacionalidade alemã
2. Rodolpho Ghioldi, Sec. Geral do PC argentino
3. Léon Jules Vallée, de nacionalidade belga
4. Pavel Stuchevski, ucraniano e esposa Sofia, agentes do Komintern
5. Elise Saborovski, codinome Saba, esposa de Arthur Ewert
6. Olga Benário, agente da GRU(Exército Vermelho) e amante de Luiz Carlos Prestes.
7. Amleto Locatelli, italiano, agente do Partido Comunista Italiano(PCI)
8. Jonny de Graaf de nacionalidade alemã
9. Victor Allen Baron, americano e operador de rádio.
Os demais implicados, quer os simples executores materiais, quer os prestadores de auxílio ou de instruções para a execução dos crimes, se enquadram na categoria de co-réus. Seus nomes constam nos autos dos processos arquivados no Tribunal de Segurança Nacional já extinto. Além destes, muitos outros foram identificados pelo jornalista William Waack nos arquivos de Moscou, entre eles Celestino Paraventi, paulista, encarregado de receber e repassar o dinheiro vindo de Moscou para Pavel Stuchevki.
No artigo a seguir que será o de número V citaremos detalhes dos assassinatos do Capitão Danilo Paladini e do Capitão Benedito Lopes Bragança, para que o leitor tenha para sempre até aonde chegou a covardia dos que fizeram a Intentona de 1935.
Aluisio Madruga é autor dos livros:
Guerrilha do Araguaia Revanchismo – A Grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada
Visite o site: www.ternuma.com.br
Ternuma Regional Brasília
Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Como antecipei no artigo anterior vamos relacionar todos os militares assassinados nos quartéis de Natal, nos de Recife, no 3º Regimento de Infantaria e Escola de Aviação, sendo que estas últimas duas Unidades estavam sediadas no Rio de Janeiro. Muitos civis também foram assassinados em Natal e principalmente em Recife, mas desconhecemos os números. Citaremos os principais militares - traidores mercenários/assassinos - nos três focos do levante e os civis brasileiros e estrangeiros de maior participação na tentativa de impor a ditadura do proletariado entre nós.
Para facilitar a leitura os nomes estão numerados e em coluna, o que por certo vai aumentar o número de páginas. Mas peço ao leitor que não desista, tendo em vista uma melhor compreensão do todo. Lembrem-se que este é o artigo de número IV.
OBS: os dados aqui citados foram extraídos do livro “1964 – A Revolução Injustiçada” de Gustavo O. Borges, Editora JAC. Ao parabenizar ao Cel Aviador Gustavo Borges, ex-Secretário de Segurança Pública da Guanabara a época do Governador Carlos Lacerda, também o agradeço. Penso como o amigo: que falta o Governador Lacerda está fazendo.
Vamos inicialmente citar todos aqueles que foram assassinados pelos seus companheiros de farda que os traíram e, também, ao povo brasileiro e a sua Pátria, em apoio ao comunismo.
(1) Os assassinados
1. Ten Cel Misael de Mendonça
2. Maj João Ribeiro Pinheiro
3. Maj Armando de Souza Mello
4. Cap Benedito Lopes Bragança
5. Cap Danilo Paladini
6. Cap Geraldo de Oliveira
7. 1º Ten José Sampaio Xavier
8. 2º Ten Res Lauro Leão de Santa Rosa(convocado)
9. 2º Sgt Jaime Pantaleão de Morais
10. 2º Sgt José Bernardo Rosa
11. 3º Sgt Coriolano Ferreira Santiago
12. 3º Sgt Abdiel Ribeiro dos Santos
13. 3º Sgt Gregório Soares
14. 1º Cabo Luiz Augusto Pereira
15. 1º Cabo Carlos Botelho
16. 2º Cabo Alberto Bernadino de Aragão
17. 2º Cabo Pedro Maria Netto
18. 2º Cabo Fidelis Baptista de Aguiar
19. 2º Cabo José Harmito de Sá
20. 2º Cabo Clodoaldo Ursulano
21. 2º Cabo Manuel Biré de Agrella
22. 2º Cabo Francisco Alves da Rocha
23. 2º Cabo Wilson França
24. 2º Cabo Péricles Leal Bezerra
25. 2º Cabo Orlando Henriques
26. 2º Cabo José Menezes Filho
27. 2º Cabo Manoel Alves da Silva
28. Sd Ex João de Deus Araújo
29. Sd Ex Álvaro de Souza Pereira
30. Sd Ex Genaro Pedro Lima
31. Sd PM/RN Luiz Gonzaga de Souza
32. Sd PM/PE Lino Victor dos Santos.
A estes patriotas a nossa eterna gratidão. Quem leu os artigos anteriores e em particular o Relatório Dimitroff sabe que eles não morreram em vão. A China se tornou comunista em 1949. Mas o Brasil até hoje não.
(2) Relação dos principais mercenários-assassinos nos três foco sublevados
Militares que foram expulsos do Exército Brasileiro e os que sofreram outras punições.
a. Expulsos
1. Cap Luiz Carlos Prestes
2. Maj Carlos Costa Leite
3. Cap Ten Heculino Cascardo
4. Cap Ten Roberto Faller Sisson
5. Cap Carlos Amorety Osório
6. Cap Agildo da Gama Barata Ribeiro
7. Cap Álvaro Francisco de Souza
8. Cap José Leite Brasil
9. Cap Sócrates Gonçalves
10. Cap Agliberto Vieira de Azevedo
11. 1º Ten David de Medeiros Filho
12. 1º Ten Durval Miguel de Barros
13. 1º Ten Celso Tovar Bicudo de Castro
14. 1º Ten Benedito de Carvalho
15. 2º Ten Francisco Antônio Leivas Otero
16. 2º Ten Antonio Bento Monteiro Tourinho
17. 2º Ten José Gutman
18. 2º Ten Raul Pedroso
19. 2º Ten Ivan Ramos Ribeiro
20. 2º Ten Humberto Baena de Moraes Rego
21. 2º Ten José Gay da Cunha
22. 2º Ten Carlos Branwick França
23. Ten Dinarco
24. Asp Of Walter José Benjamim da Silva
25. 3º Sgto Victor Ayres da Cruz
b. punidos de outras formas
1. Ten Cel Newton Estilhac Leal
2. Cap Tácito Lívio Reis de Freitas
3. Cap Lincoln Cordeiro Oest
4. Ten Candido Manoel Ribeiro Civis brasileiros e estrangeiros considerados os mais importantes na condução da Intentona.
a. civis brasileiros
1. Antônio Maciel Bonfim (que usou o nome falso de Adalberto de Andrade Fernandes e codinomes de Miranda, Queiroz, Marques, Bonfim e outros)
2. Honório de Freitas Guimarães (assassino de Elza Fernandes)
3. Lauro Reginaldo da Rocha, em verdade Lauro Reginaldo Teixeira
4. Adelino Deycola dos Santos
5. Dr. Silo Furtado Soares de Meirelles
6. Benjamim Soares Cabello
7. Dr. Francisco Mangabeira
8. Dr. Manoel Venâncio Campos da Paz
9. Dr. Pedro Ernesto Baptista
10. Moacir Werneck de Castro
b. civis estrangeiros
1. Arthur Ewert, em verdade Harry Berger de nacionalidade alemã
2. Rodolpho Ghioldi, Sec. Geral do PC argentino
3. Léon Jules Vallée, de nacionalidade belga
4. Pavel Stuchevski, ucraniano e esposa Sofia, agentes do Komintern
5. Elise Saborovski, codinome Saba, esposa de Arthur Ewert
6. Olga Benário, agente da GRU(Exército Vermelho) e amante de Luiz Carlos Prestes.
7. Amleto Locatelli, italiano, agente do Partido Comunista Italiano(PCI)
8. Jonny de Graaf de nacionalidade alemã
9. Victor Allen Baron, americano e operador de rádio.
Os demais implicados, quer os simples executores materiais, quer os prestadores de auxílio ou de instruções para a execução dos crimes, se enquadram na categoria de co-réus. Seus nomes constam nos autos dos processos arquivados no Tribunal de Segurança Nacional já extinto. Além destes, muitos outros foram identificados pelo jornalista William Waack nos arquivos de Moscou, entre eles Celestino Paraventi, paulista, encarregado de receber e repassar o dinheiro vindo de Moscou para Pavel Stuchevki.
No artigo a seguir que será o de número V citaremos detalhes dos assassinatos do Capitão Danilo Paladini e do Capitão Benedito Lopes Bragança, para que o leitor tenha para sempre até aonde chegou a covardia dos que fizeram a Intentona de 1935.
Aluisio Madruga é autor dos livros:
Guerrilha do Araguaia Revanchismo – A Grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Intentona Comunista - Boris Casoy
Boris Casoy - JB - domingo, 25 de novembro.
Passando a limpo boriscasoy@jb.com.br
A Intentona e a censura do ministro
No próximo dia 27, não poucos estarão relembrando a Intentona Comunista de 1935. Essa evocação, banida dos quartéis pelo atual governo, certamente acontecerá no silêncio dos amordaçados. Por mais que se queira apagar esse episódio da História do Brasil, os acontecimentos que hoje envolvem países da América Latina ameaçados pelo totalitarismo trazem à baila algumas eloqüentes lições da História. Nesse contexto, considero útil relatar novamente fato comigo ocorrido. O ex-ministro da Defesa Waldir Pires censurou artigo de minha autoria sobre a Intentona Comunista, na revista Informe Defesa, publicação do Ministério da Defesa. O pretexto usado foi o de evitar a reabertura de antigas feridas do passado, esquecendo-se que a censura nunca fechou feridas do passado. Nem as provocadas pela esquerda, nem pela direita. A desculpa usada pelo então ministro fez parte do regrário utilizado por aqueles que cassaram seus direitos políticos em 1964. Ou seja, se a causa for "justa", tudo é válido... O ministro mandou às favas o fato de eu ter recebido, em 5 de outubro de 2006, convite do responsável pela revista, oferecendo-me espaço para que opinasse "de forma livre e transparente" sobre assunto de minha escolha. Em dezembro, recebi e-mail do responsável pela revista, informando a decisão do ministro. Decidi, em face da atualidade do tema, republicar o artigo censurado, o que faço a seguir. I I I Em sua obra 1984, o notável escritor inglês George Orwell trilha os caminhos de um regime autoritário num futuro remoto. Nessa ditadura predomina a figura do "Grande Irmão", na verdade uma imagem crítica do ditador soviético Stálin. Num cenário sombrio, o autor faz desfilar os instrumentos utirelegar ao esquecimento a Intentona Comunista. Sob os mais diversos pretextos, a História é reescrita. A evocação do episódio de novembro de 1935 é tida como meio de buscar a cizânia entre brasileiros. Ai de quem evoca as vítimas da fracassada tentativa comunista de tomada do poder! Imediatamente sofre a censura e os ataques das "patrulhas", dispostas a levar adiante seus propósitos que, apesar dos fracassos, agora sob nova roupagem ainda motivam por volúpia de poder ou ignorância parcelas de nossa sociedade. E mais: há todo um movimento pela deificação do executor da Intentona, Luiz Carlos Prestes. Com o desmantelamento do socialismo real, os documentos dos arquivos soviéticos gritaram a verdade: a tentativa de golpe foi urdida e coordenada pela 3ª Internacional, de cuja Comissão Executiva Prestes era membro. No Brasil, preparando a revolução, estavam 22 estrangeiros pertencentes ao Serviço de Relações Internacionais do Komintern, como mostra o livro Camaradas, do jornalista William Waack, que pesquisou os arquivos do Komintern. E mais: o livro que derrubou diversos mitos históricos comprova que a ordem para a eclosão do movimento não partiu do Partido Comunista do Brasil ou de Prestes, mas sim foi mandada de Moscou, por telegrama, pelo Komintern. A ação comunista produziu 33 vítimas, cujas famílias nunca reivindicaram nada do governo brasileiro! A História é a grande mestra da política. A Intentona de novembro de 1935 não pode ser esquecida sob nenhum pretexto. É um exemplo.
Passando a limpo boriscasoy@jb.com.br
A Intentona e a censura do ministro
No próximo dia 27, não poucos estarão relembrando a Intentona Comunista de 1935. Essa evocação, banida dos quartéis pelo atual governo, certamente acontecerá no silêncio dos amordaçados. Por mais que se queira apagar esse episódio da História do Brasil, os acontecimentos que hoje envolvem países da América Latina ameaçados pelo totalitarismo trazem à baila algumas eloqüentes lições da História. Nesse contexto, considero útil relatar novamente fato comigo ocorrido. O ex-ministro da Defesa Waldir Pires censurou artigo de minha autoria sobre a Intentona Comunista, na revista Informe Defesa, publicação do Ministério da Defesa. O pretexto usado foi o de evitar a reabertura de antigas feridas do passado, esquecendo-se que a censura nunca fechou feridas do passado. Nem as provocadas pela esquerda, nem pela direita. A desculpa usada pelo então ministro fez parte do regrário utilizado por aqueles que cassaram seus direitos políticos em 1964. Ou seja, se a causa for "justa", tudo é válido... O ministro mandou às favas o fato de eu ter recebido, em 5 de outubro de 2006, convite do responsável pela revista, oferecendo-me espaço para que opinasse "de forma livre e transparente" sobre assunto de minha escolha. Em dezembro, recebi e-mail do responsável pela revista, informando a decisão do ministro. Decidi, em face da atualidade do tema, republicar o artigo censurado, o que faço a seguir. I I I Em sua obra 1984, o notável escritor inglês George Orwell trilha os caminhos de um regime autoritário num futuro remoto. Nessa ditadura predomina a figura do "Grande Irmão", na verdade uma imagem crítica do ditador soviético Stálin. Num cenário sombrio, o autor faz desfilar os instrumentos utirelegar ao esquecimento a Intentona Comunista. Sob os mais diversos pretextos, a História é reescrita. A evocação do episódio de novembro de 1935 é tida como meio de buscar a cizânia entre brasileiros. Ai de quem evoca as vítimas da fracassada tentativa comunista de tomada do poder! Imediatamente sofre a censura e os ataques das "patrulhas", dispostas a levar adiante seus propósitos que, apesar dos fracassos, agora sob nova roupagem ainda motivam por volúpia de poder ou ignorância parcelas de nossa sociedade. E mais: há todo um movimento pela deificação do executor da Intentona, Luiz Carlos Prestes. Com o desmantelamento do socialismo real, os documentos dos arquivos soviéticos gritaram a verdade: a tentativa de golpe foi urdida e coordenada pela 3ª Internacional, de cuja Comissão Executiva Prestes era membro. No Brasil, preparando a revolução, estavam 22 estrangeiros pertencentes ao Serviço de Relações Internacionais do Komintern, como mostra o livro Camaradas, do jornalista William Waack, que pesquisou os arquivos do Komintern. E mais: o livro que derrubou diversos mitos históricos comprova que a ordem para a eclosão do movimento não partiu do Partido Comunista do Brasil ou de Prestes, mas sim foi mandada de Moscou, por telegrama, pelo Komintern. A ação comunista produziu 33 vítimas, cujas famílias nunca reivindicaram nada do governo brasileiro! A História é a grande mestra da política. A Intentona de novembro de 1935 não pode ser esquecida sob nenhum pretexto. É um exemplo.
O riso amarelo do Sheick da Amazônia
Todo menino passou por isso ao menos uma vez: Ter de encarar um valentão na escola. Todo mundo já foi para o recreio passando por uma odisséia mental, e a nada metafórica górgona que o aguardava era um moleque mais velho e mais forte, espancador de menores e ladrão de merenda. Todos conhecem o tipo. E todos evitavam cruzar com ele, claro. Quanto maior a distância, menor o problema. Mas alguns usavam uma tática oposta; viviam puxando o saco do sádico mirim. Eram os baba-ovos de plantão, que compravam a simpatia dele com as adulações. Quando o valentão escolhia um deles pra extravasar sua violência natural, a saída do puxa-saco agredido era fingir que tudo não passava de uma brincadeirinha do amigão. Diminuía o tempo de surra e salvava as aparências. Assim o puxa-saco continuava amiguinho do covardão e tentava fazer com que os outros acreditassem que era apenas uma travessura. E afinal, quase nem tinha doído, gente.
Semana passada Lulla riu de Hugo Chávez quando foi chamado de sheick da Amazônia e de magnata do petróleo, entre outras graves ofensas. Tudo televisionado. O riso nervoso, forçado, demonstrava claramente que Lulla tinha medo. Lulla morre de medo de Chávez, o valentão boquirroto. Lulla fez o papel de amiguinho para apanhar menos.
Lulla foi ironizado, espezinhado, humilhado pelo psicopata Hugo Chávez , na Cúpula Ibero-Americana, ocorrida no Chile. Riu, nervoso, quase histérico, para disfarçar a humilhação mundial que passava. Não só ele, mas, aos olhos do mundo, todo o Brasil foi, de novo, agredido verbalmente pelo venezuelano. O mesmo que chamou nosso Congresso de papagaio dos americanos.
O rei da Espanha não comunga com esses pensamentos. Não agiu como Lulla, fingindo que era tudo brincadeirinha do amigão do peito. Não foi fraco, não foi pusilânime. Quando o psicopata falou mal da Espanha e do ex-primeiro-ministro José Maria Aznar, chamando-o de fascista, ouviu o merecido cala-boca; rei Juan Carlos, um homem educado, piloto aposentando da Força Aérea espanhola, fidalgo que bem representa seu país, deu seu recado ao ditador. E ao mundo: chega desse imbecil. Algo que não ouviu do presidente brasileiro; Lulla perdeu uma excelente chance de mostrar que não somos idiotas, ou ao menos, que não é covarde. Estamos mal. Lulla riu (riu!) ao ouvir as ofensas ironicamente dirigidas ao Brasil e à sua triste figura, meu nobre cavaleiro Dom Quixote; digo, Sancho Pança. Moinhos que o digam. Cervantes foi honrado pelo seu rei. Fomos humilhados pelo nosso presidente, mais ainda que pelo falastrão venezuelano. É de chorar; justamente quem deveria, até pela força de seu cargo, defender o Brasil de Chávez, preferiu fingir que a pancada não doeu. Achou melhor assim. Lulla só mostra as garras com os menores, como o jornalista americano Larry Rother, que relatou as paixões etílicas do presidente e quase foi deportado pelo "crime". Com os mais parrudos, age diferente; Chegou até a ficar amicíssimo de Fernando Collor, José Sarney e Orestes Quércia, a quem antigamente chamava de ladrões.
Com Evo Morales não foi diferente. O boliviano espoliou e humilhou o Brasil invadindo militarmente a Petrobrás, com transmissão ao vivo pela TV mundial. Lulla fez que não era com ele. Como se a pedrada não tivesse atingido suas costas.
O rei espanhol provou que tudo tem limite. Fez com Chávez o que Churchill fez a Hitler em 1938: Avisou ao mundo o perigo que representa um tirano demente e armado até os dentes. Parece que Juan Carlos teve mais sucesso que o inglês em sua empreitada. O alerta foi ouvido.
A Europa cansou de Chávez. O rei disse o que muitos pensam, mas não falam. O venezuelano odeia a Espanha, um país que enriqueceu à custa de muito trabalho duro. Muito diferente da Venezuela, que empobrece a olhos vistos, não obstante as fortunas arrecadadas com a exportação de petróleo, cujos lucros vão diretamente para o ralo do populismo e da corrida armamentista.
Na escola em que o rei Juan Carlos ministra aulas, Lulla ainda está no primário. E Chávez o espera no recreio, para roubar nossa merenda.
Fernando Montes Lopes Advogado
fermlopes@uol.com.br
Semana passada Lulla riu de Hugo Chávez quando foi chamado de sheick da Amazônia e de magnata do petróleo, entre outras graves ofensas. Tudo televisionado. O riso nervoso, forçado, demonstrava claramente que Lulla tinha medo. Lulla morre de medo de Chávez, o valentão boquirroto. Lulla fez o papel de amiguinho para apanhar menos.
Lulla foi ironizado, espezinhado, humilhado pelo psicopata Hugo Chávez , na Cúpula Ibero-Americana, ocorrida no Chile. Riu, nervoso, quase histérico, para disfarçar a humilhação mundial que passava. Não só ele, mas, aos olhos do mundo, todo o Brasil foi, de novo, agredido verbalmente pelo venezuelano. O mesmo que chamou nosso Congresso de papagaio dos americanos.
O rei da Espanha não comunga com esses pensamentos. Não agiu como Lulla, fingindo que era tudo brincadeirinha do amigão do peito. Não foi fraco, não foi pusilânime. Quando o psicopata falou mal da Espanha e do ex-primeiro-ministro José Maria Aznar, chamando-o de fascista, ouviu o merecido cala-boca; rei Juan Carlos, um homem educado, piloto aposentando da Força Aérea espanhola, fidalgo que bem representa seu país, deu seu recado ao ditador. E ao mundo: chega desse imbecil. Algo que não ouviu do presidente brasileiro; Lulla perdeu uma excelente chance de mostrar que não somos idiotas, ou ao menos, que não é covarde. Estamos mal. Lulla riu (riu!) ao ouvir as ofensas ironicamente dirigidas ao Brasil e à sua triste figura, meu nobre cavaleiro Dom Quixote; digo, Sancho Pança. Moinhos que o digam. Cervantes foi honrado pelo seu rei. Fomos humilhados pelo nosso presidente, mais ainda que pelo falastrão venezuelano. É de chorar; justamente quem deveria, até pela força de seu cargo, defender o Brasil de Chávez, preferiu fingir que a pancada não doeu. Achou melhor assim. Lulla só mostra as garras com os menores, como o jornalista americano Larry Rother, que relatou as paixões etílicas do presidente e quase foi deportado pelo "crime". Com os mais parrudos, age diferente; Chegou até a ficar amicíssimo de Fernando Collor, José Sarney e Orestes Quércia, a quem antigamente chamava de ladrões.
Com Evo Morales não foi diferente. O boliviano espoliou e humilhou o Brasil invadindo militarmente a Petrobrás, com transmissão ao vivo pela TV mundial. Lulla fez que não era com ele. Como se a pedrada não tivesse atingido suas costas.
O rei espanhol provou que tudo tem limite. Fez com Chávez o que Churchill fez a Hitler em 1938: Avisou ao mundo o perigo que representa um tirano demente e armado até os dentes. Parece que Juan Carlos teve mais sucesso que o inglês em sua empreitada. O alerta foi ouvido.
A Europa cansou de Chávez. O rei disse o que muitos pensam, mas não falam. O venezuelano odeia a Espanha, um país que enriqueceu à custa de muito trabalho duro. Muito diferente da Venezuela, que empobrece a olhos vistos, não obstante as fortunas arrecadadas com a exportação de petróleo, cujos lucros vão diretamente para o ralo do populismo e da corrida armamentista.
Na escola em que o rei Juan Carlos ministra aulas, Lulla ainda está no primário. E Chávez o espera no recreio, para roubar nossa merenda.
Fernando Montes Lopes Advogado
fermlopes@uol.com.br
domingo, 25 de novembro de 2007
INTENTONA COMUNISTA II
Vejam o que a mídia escreveu sobre o assunto
Ternuma Regional Brasília
Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Terminamos o artigo anterior sobre o assunto informando que a seguir iríamos transcrever pequenos trechos de manchetes dos principais jornais da época, para que o leitor pudesse chegar a sua conclusão sobre o tema.
Os comunistas assassinaram militares seus companheiros de farda de maneira covarde ou não?
O certo é que até hoje insistem em negar. Que o leitor tire as suas conclusões.
Vejamos então o que escreveram alguns jornais:
“Tropas se sublevaram no Norte”
“Natal em poder dos amotinados, tendo o governador do Rio Grande do Norte abandonado a capital”.
“Combates sangrentos em bairros do Recife. Afogados é o centro dos amotinados”.
“Foi decretado o estado de sítio em todo o País. No Rio e nesta capital as tropas estão de prontidão”.
“O movimento devia explodir em cinco pontos diferentes. Colunnas de civis combatem os extremistas”.(Esclarecimentos do autor: estes últimos fatos ocorreram no Rio Grande do Norte, onde os civis situacionistas retomaram a cidade de Panellas, fazendo mais de 90 presos.)
(Correio Paulistano, 26 de novembro de 1935).
“Dominados os levantes do 3º RI e da Escola de Aviação. O Movimento sedicioso do Nordeste tende a ser debellado de um instante para outro. As primeiras notícias do Movimento. Os rebeldes roubaram 3 mil contos da Agência do Banco do Brasil”.
“Os amotinados da Escola de Aviação renderam-se sob a pressão de cargas de baionetas. Commentários da imprensa Allemã sobre os acontecimentos em nosso País”.
(Correio Paulistano, 28 de novembro de 1935).
No que diz respeito aos comentários constantes da edição de Correio Paulistano, acima citado, destaco os seguintes trechos:
“ o atual movimento sedicioso no Brasil é qualificado como uma das conseqüências da agitação systemática do Komintern russo”.
“ o jornal (Correspondência Nacional Socialista) tratando dos movimentos communistas na América do Sul, publica: na América do Sul há terreno favorável ao desencadeamento de uma guerra civil de grande envergadura. É pela primeira vez que se verifica um effeito prático dos processos bolchevistas, principalmente na propaganda do credo de Moscou entre os militares”.
“Doze horas de Nutrido Fogo. Prisão dos rebeldes. Os feridos. Fuga e delação dos chefes do Movimento da Escola de Aviação. O capitão Agildo Barata na detenção. Destino dos prisioneiros. O estado de saúde do coronel Affonso Ferreira. A Central do Brasil está exigindo salvo-conducto. Outras notas: os Correios e Telegraphos homenageiam os mortos da revolução. 21 mortos e 63 feridos, só no Hospital Central do Exército no Rio de Janeiro”
( Correio Paulistano, 29 de novembro de 1935)
“Violentas explosões num depósito clandestino de munição de guerra. O bairro do Grajahú em pânico.”
(Correio Paulistano, 24 de dezembro de 1935).
“ Foi assinado decreto prorrogando o Estado de Sítio. Eram de fabricação recente as bombas encontradas em virtude da explosão no bairro do Grajahú”.
(Correio Paulistano de 25 de dezembro de 19350)
“ Os explosivos encontrados no Grajahú , destinavam-se a ataques contra Unidades Militares do Rio. As importantes declarações de Franco Romero sobre os planos terroristas”.
(Correio Paulistano de 27 de dezembro de 1935).
“ Irrompe em Natal e Recife um movimento extremista. Cem mortos entre os revoltosos de Recife”.
(Correio da Manhã de 26 de novembro de 1935)
“ Um tópico sobre Luiz Carlos Prestes. O Correio da Manhã escreve em tópico de hoje: o capitão Agildo Barata, logo depois de sua rendição, mostrou a um nosso redactor uma ordem de sublevação assignada por Luiz Carlos Prestes. Esta mesma ordem possivelmente foi recebida pelos que se revoltaram na Escola de Aviação e quem sabe quantos mais. A cidade e todo o Brasil estão hoje consternados com o que viu. Sangue de bravos brasileiros, derramado criminosamente em virtude de um simples bilhete.”
(Correio da Manhã de 30 de novembro de 1935).
No prosseguimento publicaremos o INTENTONA COMUNISTA III, quando abordaremos, transcrito do Correio da Manhã de 6 de dezembro de 1935, o Relatório de Dimitroff, apresentado no VII Congresso Mundial do Komintern. Dimitroff era dirigente búlgaro da Internacional Comunista, homenageado por Luiz Carlos Prestes em nome das delegações sul-americanas.
Aluisio Madruga, autor dos livros:
Guerrilha do Araguaia Revanchismo – A Grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada
Ternuma Regional Brasília
Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Terminamos o artigo anterior sobre o assunto informando que a seguir iríamos transcrever pequenos trechos de manchetes dos principais jornais da época, para que o leitor pudesse chegar a sua conclusão sobre o tema.
Os comunistas assassinaram militares seus companheiros de farda de maneira covarde ou não?
O certo é que até hoje insistem em negar. Que o leitor tire as suas conclusões.
Vejamos então o que escreveram alguns jornais:
“Tropas se sublevaram no Norte”
“Natal em poder dos amotinados, tendo o governador do Rio Grande do Norte abandonado a capital”.
“Combates sangrentos em bairros do Recife. Afogados é o centro dos amotinados”.
“Foi decretado o estado de sítio em todo o País. No Rio e nesta capital as tropas estão de prontidão”.
“O movimento devia explodir em cinco pontos diferentes. Colunnas de civis combatem os extremistas”.(Esclarecimentos do autor: estes últimos fatos ocorreram no Rio Grande do Norte, onde os civis situacionistas retomaram a cidade de Panellas, fazendo mais de 90 presos.)
(Correio Paulistano, 26 de novembro de 1935).
“Dominados os levantes do 3º RI e da Escola de Aviação. O Movimento sedicioso do Nordeste tende a ser debellado de um instante para outro. As primeiras notícias do Movimento. Os rebeldes roubaram 3 mil contos da Agência do Banco do Brasil”.
“Os amotinados da Escola de Aviação renderam-se sob a pressão de cargas de baionetas. Commentários da imprensa Allemã sobre os acontecimentos em nosso País”.
(Correio Paulistano, 28 de novembro de 1935).
No que diz respeito aos comentários constantes da edição de Correio Paulistano, acima citado, destaco os seguintes trechos:
“ o atual movimento sedicioso no Brasil é qualificado como uma das conseqüências da agitação systemática do Komintern russo”.
“ o jornal (Correspondência Nacional Socialista) tratando dos movimentos communistas na América do Sul, publica: na América do Sul há terreno favorável ao desencadeamento de uma guerra civil de grande envergadura. É pela primeira vez que se verifica um effeito prático dos processos bolchevistas, principalmente na propaganda do credo de Moscou entre os militares”.
“Doze horas de Nutrido Fogo. Prisão dos rebeldes. Os feridos. Fuga e delação dos chefes do Movimento da Escola de Aviação. O capitão Agildo Barata na detenção. Destino dos prisioneiros. O estado de saúde do coronel Affonso Ferreira. A Central do Brasil está exigindo salvo-conducto. Outras notas: os Correios e Telegraphos homenageiam os mortos da revolução. 21 mortos e 63 feridos, só no Hospital Central do Exército no Rio de Janeiro”
( Correio Paulistano, 29 de novembro de 1935)
“Violentas explosões num depósito clandestino de munição de guerra. O bairro do Grajahú em pânico.”
(Correio Paulistano, 24 de dezembro de 1935).
“ Foi assinado decreto prorrogando o Estado de Sítio. Eram de fabricação recente as bombas encontradas em virtude da explosão no bairro do Grajahú”.
(Correio Paulistano de 25 de dezembro de 19350)
“ Os explosivos encontrados no Grajahú , destinavam-se a ataques contra Unidades Militares do Rio. As importantes declarações de Franco Romero sobre os planos terroristas”.
(Correio Paulistano de 27 de dezembro de 1935).
“ Irrompe em Natal e Recife um movimento extremista. Cem mortos entre os revoltosos de Recife”.
(Correio da Manhã de 26 de novembro de 1935)
“ Um tópico sobre Luiz Carlos Prestes. O Correio da Manhã escreve em tópico de hoje: o capitão Agildo Barata, logo depois de sua rendição, mostrou a um nosso redactor uma ordem de sublevação assignada por Luiz Carlos Prestes. Esta mesma ordem possivelmente foi recebida pelos que se revoltaram na Escola de Aviação e quem sabe quantos mais. A cidade e todo o Brasil estão hoje consternados com o que viu. Sangue de bravos brasileiros, derramado criminosamente em virtude de um simples bilhete.”
(Correio da Manhã de 30 de novembro de 1935).
No prosseguimento publicaremos o INTENTONA COMUNISTA III, quando abordaremos, transcrito do Correio da Manhã de 6 de dezembro de 1935, o Relatório de Dimitroff, apresentado no VII Congresso Mundial do Komintern. Dimitroff era dirigente búlgaro da Internacional Comunista, homenageado por Luiz Carlos Prestes em nome das delegações sul-americanas.
Aluisio Madruga, autor dos livros:
Guerrilha do Araguaia Revanchismo – A Grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada
domingo, 18 de novembro de 2007
Basófias e shows de falações
Produzido pelo Ternuma regional Brasília
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
Hoje, 16 de novembro de 2007, assistimos ao noticiário e lemos a mídia impressa e vemos um espetáculo de crescimento das basófias de demagogos investidos de poder ou por ele recrutados.
De um lado, o ilustre ministro da defesa, de quem se esperava uma solução para a mixórdia dos vencimentos dos militares e dos investimentos para as Instituições Militares, como ele mesmo prometeu e foi brindado pelo respeito e confiança das Forças Armadas, que lhe deram crédito, na esperança de que palavra de chefe é aquilo inquestionável e que arrosta todo e qualquer obstáculo para cumpri-la. Ledo engano! Nelson Jobim, além de não ter resolvido bulhufas, ainda veio dizer que recebera um sinal verde do apedeuta maior para negociar com petistas do “planejamento” e da “fazenda”. Que diabos é esse planejamento, que desconhece as nossas agruras e que aguarda, com extrema má vontade e “desconhecimento” o que se passa nos quartéis? O que Jobim lhe disser vai ser novidade?
O pano se fecha neste teatro da vida nacional e o ministro da defesa agora propugna pela construção do submarino nuclear, para, segundo ele, defender o milionário poço Tupi, do qual não se sabe se é viável economicamente ou se vai fazer de Lulla um “magnata do petróleo”. Antes, a defesa do litoral não importava?
De outro lado, um general do ministério da defesa - alguém que ousou reverenciar um líder do movimento dos sem-terra -, declarou, em ato público, que o Brasil deve estar em condições de produzir a bomba atômica. Nada a condenar a idéia, general, não fossem os políticos brasileiros os maiores coveiros de um programa nuclear que mataram, no nascedouro, a mais pura iniciativa de soberania. Fernando Collor de Mello que se pronuncie a respeito, nesse verdadeiro crime de lesa a Pátria.
Lulla não poderia estar ausente nas minhas críticas. Parceiro de Hugo Chávez, o “primeiro mandatário”, sem ouvir a opinião pública e, despótico, logo tratou de elogiar o virtual ditador da Venezuela, justificando o vexame de seu amigo, no imbróglio com o Rei de Espanha. Lulla, com sua basófia de camelô de produtos duvidosos, não viu nada de mais na fala de Chávez e ainda defendeu a “democracia” venezuelana”. Cuidado, generais, pois é esse o modelo do sapo barbudo para o nosso país.
Agora Chávez anuncia que vai promover um programa nuclear, “para fins pacíficos”. Tomara que o nosso país não queira dividir com ele o que amealhamos sob chuvas e trovoadas...
Final de semana, feriadão, aguardemos mais falações.
Chávez, Lulla e outros falastrões, certamente, virão a falar besteiras, ainda mais que, segundo pesquisas da ONU, o Brasil teve um decréscimo de 4,2% no índice de pobreza.
Êta país bão...
Visite o nosso site: www.ternuma.com.br .
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
Hoje, 16 de novembro de 2007, assistimos ao noticiário e lemos a mídia impressa e vemos um espetáculo de crescimento das basófias de demagogos investidos de poder ou por ele recrutados.
De um lado, o ilustre ministro da defesa, de quem se esperava uma solução para a mixórdia dos vencimentos dos militares e dos investimentos para as Instituições Militares, como ele mesmo prometeu e foi brindado pelo respeito e confiança das Forças Armadas, que lhe deram crédito, na esperança de que palavra de chefe é aquilo inquestionável e que arrosta todo e qualquer obstáculo para cumpri-la. Ledo engano! Nelson Jobim, além de não ter resolvido bulhufas, ainda veio dizer que recebera um sinal verde do apedeuta maior para negociar com petistas do “planejamento” e da “fazenda”. Que diabos é esse planejamento, que desconhece as nossas agruras e que aguarda, com extrema má vontade e “desconhecimento” o que se passa nos quartéis? O que Jobim lhe disser vai ser novidade?
O pano se fecha neste teatro da vida nacional e o ministro da defesa agora propugna pela construção do submarino nuclear, para, segundo ele, defender o milionário poço Tupi, do qual não se sabe se é viável economicamente ou se vai fazer de Lulla um “magnata do petróleo”. Antes, a defesa do litoral não importava?
De outro lado, um general do ministério da defesa - alguém que ousou reverenciar um líder do movimento dos sem-terra -, declarou, em ato público, que o Brasil deve estar em condições de produzir a bomba atômica. Nada a condenar a idéia, general, não fossem os políticos brasileiros os maiores coveiros de um programa nuclear que mataram, no nascedouro, a mais pura iniciativa de soberania. Fernando Collor de Mello que se pronuncie a respeito, nesse verdadeiro crime de lesa a Pátria.
Lulla não poderia estar ausente nas minhas críticas. Parceiro de Hugo Chávez, o “primeiro mandatário”, sem ouvir a opinião pública e, despótico, logo tratou de elogiar o virtual ditador da Venezuela, justificando o vexame de seu amigo, no imbróglio com o Rei de Espanha. Lulla, com sua basófia de camelô de produtos duvidosos, não viu nada de mais na fala de Chávez e ainda defendeu a “democracia” venezuelana”. Cuidado, generais, pois é esse o modelo do sapo barbudo para o nosso país.
Agora Chávez anuncia que vai promover um programa nuclear, “para fins pacíficos”. Tomara que o nosso país não queira dividir com ele o que amealhamos sob chuvas e trovoadas...
Final de semana, feriadão, aguardemos mais falações.
Chávez, Lulla e outros falastrões, certamente, virão a falar besteiras, ainda mais que, segundo pesquisas da ONU, o Brasil teve um decréscimo de 4,2% no índice de pobreza.
Êta país bão...
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AS INVERDADES DE DILMA E COMO
zeBlog do Reinaldo Azevedo
Acho chato ter de desmentir a ministra Dilma Rousseff numa questão tão primária. Chato, mas muito necessário. Ela está tentando dar um truque em muita gente e se aproveita do fato de que a imprensa, na média, não sabe fazer conta. Leia trecho de reportagem de Sérgio Dávila na Folha desta terça. E depois vejam uma conta óbvia. Tão óbvia e simples, e, até onde sei, sou o primeiro a fazê-la. Demonstro como a CPMF tributa um mesmo dinheiro muitas vezes e provo por que Dilma conta uma inverdade quando diz que apenas 18 milhões de brasileiros pagam a contribuição. É mentira! Todo mundo paga. E muitas vezes. Antes, um trecho da reportagem: "Primeiro, eles venderam a robustez da economia brasileira para uma platéia de investidores, analistas e empresários norte-americanos em Washington. Então, em encontros separados com jornalistas, os ministros Guido Mantega e Dilma Rousseff disseram que a rejeição da prorrogação da CPMF no Senado será um "constrangimento" e "um grande problema" para as finanças do país. Para a ministra-chefe da Casa Civil, a oposição "sabe perfeitamente" que não pode derrubar a prorrogação. "Principalmente a oposição responsável que existe no Brasil, que não pode alegar que não tem experiência, porque tem, governou esse país até 2002." Tirar a CPMF das contas públicas, disse, "vai significar um grande problema". A CPMF, segundo a ministra, é um imposto interessante por ter característica claramente não regressiva. "Você cobra de 18 milhões de pessoas e beneficia 200 milhões de pessoas." Mesmo tom alarmista adotou Mantega - ambos participavam da "2007 Brazil Economic Conference", promovida pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. "Ninguém quer radicalizar", disse. "A radicalização significa perdermos dezenas de bilhões, aí estaremos em sérias dificuldades, que eu nem quero pensar em como resolver." "Oposição responsável", vocês sabem, ou é aquela que sempre concorda com o governo ou, na versão benigna, é aquela que vota pensando no que é melhor para o país. O PT jamais foi uma "oposição responsável", certo? Votou sistematicamente contra o governo FHC e sempre pensou em si mesmo, na sua própria escalada. Dilma espera que o PSDB não faça com o PT o que o PT sempre fez com o PSDB. Dilma espera um PSDB responsável porque a irresponsabilidade, deve achar, tem de continuar como monopólio do seu partido. É uma baba corrigi-la, quase exercício primário, mas tenho de fazê-lo. Essa história de que se cobra a CPMF apenas de 18 milhões de brasileiros é mentirosa. Todos pagam. Porque o imposto vai parar nos preços. E um mesmo dinheiro é tributado muitas vezes, daí a soma fabulosa que ele arrecada. Já demonstrei aqui. Acompanhem o destino de R$ 100, para ficar num número simples: 1) A empresa "X" recebe R$ 100 por um serviço prestado. A empresa Y pagou a fatura. Se foi "por dentro", recolheu 0,38% para o governo: ou R$ 0,38. 2) Os mesmos R$ 100 entram na caixa da empresa B. Ela faz a folha de pagamentos e o deposita da conta do Seu Zé: recolhe mais R$ 0,38. 3) O Seu Zé vai mexer com o dinheiro, emitir cheque ou sacar para pagar o supermercado: recolhe mais 0,38%; 4) Os R$ 100 que ele deixou no supermercado em cheque ou no pagamento em cartão serão usados pela empresa: lá vão para a turma de Dilma mais R$ 0,38 E a cadeia recomeça, num ciclo interminável. Mas reparem: no fim desse percurso simples, muito plausível, os mesmos R$ 100 foram tributados quatro vezes. Não 0,38%, mas 1,52%. As três empresas que aparecem aí têm como se defender - e é justo que o façam, né? Seus respectivos departamentos financeiros se encarregarão de pôr no preço final da mercadoria ou do serviço o peso da CPMF. Quem é obrigado a pagar sem chiar e sem ter a quem repassar? O Seu Zé. Atenção: mesmo que ele não tenha conta em banco. Mesmo que tenha recebido o seu salário em dinheiro vivo. A qualquer operação que fizer, estará pagando indiretamente o imposto. É preciso parar de mentir A ministra Dilma quer mesmo ser candidata à Presidência da República? Deve começar por não mentir. Sei que ela pode dizer que a mentira rende e que o meu conselho é desmentido pelos fatos. É que sou um moralista. Não um político. A CPMF é paga pelos quase 200 milhões de brasileiros, sim! E o imposto incide muitas vezes sobre o mesmo dinheiro. Dilma, na juventude, estava empenhada em mudar o regime e não deve ter estudado matemática. Querem a prova? Quanto o governo espera arrecadar com a CPMF de 0,38%? Algo em torno de R$ 40 bilhões, certo? Vamos fazer uma regra de três? Se R$ 40 bilhões correspondem a 0,38%, que valor corresponderia a 100%? Assim ensinou a nossa professorinha: R$ 40.000.000.000,00........ 0,38%x ......................................100% Multiplica-se em cruz e faz-se a divisão: 0,38x = R$ 40.000.000.000,00 X 100 x = 4.000.000.000.000,00 ___________________ 0,38 x = 10.526.315.789.473,68 E você chegará à conclusão, leitor amigo, que os R$ 40 bilhões correspondem à aplicação da alíquota de 0,38% sobre, atenção!: R$ 10.526.315.789.473,68. Se você tiver dificuldade de ler, eu ajudo: dez trilhões, quinhentos e vinte e seis bilhões, trezentos e quinze milhões, setecentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três reais e sessenta e oito centavos. É isso aí. A CPMF incide no correspondente A QUASE CINCO PIB'S BRASILEIROS em um único ano. Eis aí! Trata-se da prova material, escancarada, evidente, de que o imposto tributa muitas vezes um mesmo dinheiro e de que TODOS PAGAM, ministra Dilma.
E MUITAS VEZES
Acho chato ter de desmentir a ministra Dilma Rousseff numa questão tão primária. Chato, mas muito necessário. Ela está tentando dar um truque em muita gente e se aproveita do fato de que a imprensa, na média, não sabe fazer conta. Leia trecho de reportagem de Sérgio Dávila na Folha desta terça. E depois vejam uma conta óbvia. Tão óbvia e simples, e, até onde sei, sou o primeiro a fazê-la. Demonstro como a CPMF tributa um mesmo dinheiro muitas vezes e provo por que Dilma conta uma inverdade quando diz que apenas 18 milhões de brasileiros pagam a contribuição. É mentira! Todo mundo paga. E muitas vezes. Antes, um trecho da reportagem: "Primeiro, eles venderam a robustez da economia brasileira para uma platéia de investidores, analistas e empresários norte-americanos em Washington. Então, em encontros separados com jornalistas, os ministros Guido Mantega e Dilma Rousseff disseram que a rejeição da prorrogação da CPMF no Senado será um "constrangimento" e "um grande problema" para as finanças do país. Para a ministra-chefe da Casa Civil, a oposição "sabe perfeitamente" que não pode derrubar a prorrogação. "Principalmente a oposição responsável que existe no Brasil, que não pode alegar que não tem experiência, porque tem, governou esse país até 2002." Tirar a CPMF das contas públicas, disse, "vai significar um grande problema". A CPMF, segundo a ministra, é um imposto interessante por ter característica claramente não regressiva. "Você cobra de 18 milhões de pessoas e beneficia 200 milhões de pessoas." Mesmo tom alarmista adotou Mantega - ambos participavam da "2007 Brazil Economic Conference", promovida pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. "Ninguém quer radicalizar", disse. "A radicalização significa perdermos dezenas de bilhões, aí estaremos em sérias dificuldades, que eu nem quero pensar em como resolver." "Oposição responsável", vocês sabem, ou é aquela que sempre concorda com o governo ou, na versão benigna, é aquela que vota pensando no que é melhor para o país. O PT jamais foi uma "oposição responsável", certo? Votou sistematicamente contra o governo FHC e sempre pensou em si mesmo, na sua própria escalada. Dilma espera que o PSDB não faça com o PT o que o PT sempre fez com o PSDB. Dilma espera um PSDB responsável porque a irresponsabilidade, deve achar, tem de continuar como monopólio do seu partido. É uma baba corrigi-la, quase exercício primário, mas tenho de fazê-lo. Essa história de que se cobra a CPMF apenas de 18 milhões de brasileiros é mentirosa. Todos pagam. Porque o imposto vai parar nos preços. E um mesmo dinheiro é tributado muitas vezes, daí a soma fabulosa que ele arrecada. Já demonstrei aqui. Acompanhem o destino de R$ 100, para ficar num número simples: 1) A empresa "X" recebe R$ 100 por um serviço prestado. A empresa Y pagou a fatura. Se foi "por dentro", recolheu 0,38% para o governo: ou R$ 0,38. 2) Os mesmos R$ 100 entram na caixa da empresa B. Ela faz a folha de pagamentos e o deposita da conta do Seu Zé: recolhe mais R$ 0,38. 3) O Seu Zé vai mexer com o dinheiro, emitir cheque ou sacar para pagar o supermercado: recolhe mais 0,38%; 4) Os R$ 100 que ele deixou no supermercado em cheque ou no pagamento em cartão serão usados pela empresa: lá vão para a turma de Dilma mais R$ 0,38 E a cadeia recomeça, num ciclo interminável. Mas reparem: no fim desse percurso simples, muito plausível, os mesmos R$ 100 foram tributados quatro vezes. Não 0,38%, mas 1,52%. As três empresas que aparecem aí têm como se defender - e é justo que o façam, né? Seus respectivos departamentos financeiros se encarregarão de pôr no preço final da mercadoria ou do serviço o peso da CPMF. Quem é obrigado a pagar sem chiar e sem ter a quem repassar? O Seu Zé. Atenção: mesmo que ele não tenha conta em banco. Mesmo que tenha recebido o seu salário em dinheiro vivo. A qualquer operação que fizer, estará pagando indiretamente o imposto. É preciso parar de mentir A ministra Dilma quer mesmo ser candidata à Presidência da República? Deve começar por não mentir. Sei que ela pode dizer que a mentira rende e que o meu conselho é desmentido pelos fatos. É que sou um moralista. Não um político. A CPMF é paga pelos quase 200 milhões de brasileiros, sim! E o imposto incide muitas vezes sobre o mesmo dinheiro. Dilma, na juventude, estava empenhada em mudar o regime e não deve ter estudado matemática. Querem a prova? Quanto o governo espera arrecadar com a CPMF de 0,38%? Algo em torno de R$ 40 bilhões, certo? Vamos fazer uma regra de três? Se R$ 40 bilhões correspondem a 0,38%, que valor corresponderia a 100%? Assim ensinou a nossa professorinha: R$ 40.000.000.000,00........ 0,38%x ......................................100% Multiplica-se em cruz e faz-se a divisão: 0,38x = R$ 40.000.000.000,00 X 100 x = 4.000.000.000.000,00 ___________________ 0,38 x = 10.526.315.789.473,68 E você chegará à conclusão, leitor amigo, que os R$ 40 bilhões correspondem à aplicação da alíquota de 0,38% sobre, atenção!: R$ 10.526.315.789.473,68. Se você tiver dificuldade de ler, eu ajudo: dez trilhões, quinhentos e vinte e seis bilhões, trezentos e quinze milhões, setecentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três reais e sessenta e oito centavos. É isso aí. A CPMF incide no correspondente A QUASE CINCO PIB'S BRASILEIROS em um único ano. Eis aí! Trata-se da prova material, escancarada, evidente, de que o imposto tributa muitas vezes um mesmo dinheiro e de que TODOS PAGAM, ministra Dilma.
E MUITAS VEZES
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
FORO DE SP - Não dá mais para fingir que não existe
Secretaria de Imprensa e Divulgação
Discurso do Presidente da República
Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no ato político de celebração ao 15 anos do Foro de São Paulo
São Paulo-SP, 02 de julho de 2005.
Meus queridos companheiros e companheiras dirigentes do Foro de São Paulo que compõem a mesa,
Meus queridos companheiros e companheiras que nos estimulam com esta visita ao 12º Encontro do Foro de São Paulo,
Não preciso ler a nominata toda, porque os nomes já foram citados pelo menos três vezes. E se eu citar mais uma vez, daqui a pouco alguém vai querer se candidatar a vereador ou a prefeito, aqui, em São Paulo.
Primeiro, uma novidade: sabem por que a Nani está sentada lá atrás? Porque há poucos dias o Brasil ganhou da Argentina e ela não quer ficar aqui perto da mesa.
Meus companheiros, minhas companheiras,
Como sempre, eu tenho um discurso por escrito, como manda o bom protocolo da Presidência da República, mas, como sempre também, eu tenho uma vontade maluca de fazer o meu improviso.
E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foi importante termos criado o Foro de São Paulo.E digo isso porque, nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito.
Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela.
E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. Foi assim que surgiu a nossa convicção de que era preciso fazer com que a integração da América Latina deixasse de ser um discurso feito por todos aqueles que, em algum momento, se candidataram a alguma coisa, para se tornar uma política concreta e real de ação dos governantes. Foi assim que nós assistimos a evolução política no nosso continente.Certamente não é tudo que as pessoas desejam, se olharmos o ideal do futuro que queremos construir, mas foi muito, se nós olharmos o que éramos poucos anos atrás no nosso continente. Era um continente marcado por golpes militares, era um continente marcado por ausência de democracia. E hoje nós somos um continente em que a esquerda deu, definitivamente, um passo extraordinário para apostar que é plenamente possível, pela via democrática, chegar ao poder e exercer esse poder. Esse poder que é construído no dia-a-dia, esse poder que é construído a cada momento com muita dificuldade. Mas, quando exerce o cargo de presidente da República de um país, ele não será lembrado apenas pela quantidade de obras que conseguiu realizar ou apenas pela quantidade de políticas sociais que ele fez.
Eu tenho feito questão de afirmar, em quase todos os pronunciamentos, que a coisa mais importante que um governante pode fazer é estabelecer um novo padrão de relação entre o Estado e a sociedade, entre o governo e as entidades da sociedade civil organizada. E consolidar, de tal forma, que isso possa ser duradouro, independente de quem seja o governo do país.
E é por isso que eu, talvez mais do que muitos, valorize o Foro de São Paulo, porque tinha noção do que éramos antes, tinha noção do que foi a nossa primeira reunião e tenho noção do avanço que nós tivemos no nosso continente, sobretudo na nossa querida América do Sul.
Todas as vezes que um de nós quiser fazer críticas justas, e com todo direito, nós temos que olhar o que éramos há cinco anos atrás na América Latina, dez anos atrás, para a gente perceber a evolução que aconteceu em quase todos os países da nossa América.
E eu quero dizer para vocês que muito mais feliz eu fico quando tomo a informação, pelo Marco Aurélio ou pela imprensa, de que um companheiro do Foro de São Paulo foi eleito presidente da Assembléia, foi eleito prefeito de uma cidade, foi eleito deputado federal, senador, porque significa a aposta decisiva na consolidação da democracia no nosso país.
Se não fosse assim, o que teria acontecido no Equador com a saída do Lucio Gutiérrez? Embora o Presidente tenha saído, a verdade é que o processo democrático já está mais consolidado do que há dez anos atrás.O que seria da Bolívia com a saída do Carlos Mesa, recentemente, se não houvesse uma consciência democrática mais forte no nosso continente entre todas as forças que compõem aquele país?
A vitória de Tabaré, no Uruguai: quantos anos de espera, quantas derrotas, tanto quanto as minhas. Ou seja, a paciência de esperar, de construir, de somar, de estabelecer políticas que pudessem consolidar, definitivamente, não apenas a vitória, mas tirar o medo de muita gente do povo, que se assustava quando imaginava que a esquerda pudesse ganhar uma eleição.
O que significa a passagem da Argentina? Num momento em que ninguém queria ser presidente, o Duhalde assume e consegue, em dois anos, não só começar a recuperar a economia da Argentina, como consegue eleger um sucessor com a personalidade do presidente Kirchner.
Os chilenos, depois de tantas e tantas amarguras, num período que muita gente não quer nem se lembrar, estão agora prestes a, pela quarta vez consecutiva, reeleger um presidente, eu espero que uma presidente, ou seja, uma mulher presidente daquele país. Isso não é pouco, isso é muito.
E o que nós precisamos é trabalhar para consolidar, para que a gente não permita que haja qualquer retrocesso nessas conquistas, que são que nem uma escada: a gente vai conquistando degrau por degrau. E, às vezes, até paramos um pouco num degrau para dar um passo um pouco maior, porque se tentarmos dar um passo muito grande poderemos cair, nos machucar e a caminhada retrocederá. O Foro de São Paulo, na verdade, nos ensinou a agir como companheiros, mesmo na diversidade. A coordenação do Foro de São Paulo, que envolvia parte das pessoas que estão aqui, não pensava do mesmo jeito, não acreditava nas mesmas profecias, mas acreditava que o Foro de São Paulo poderia ser um caminho. E foram inúmeras daquelas reuniões que ninguém quer participar, às vezes, pegar um vôo, andar quatro, cinco horas de avião e parando três, quatro vezes para chegar num lugar e encontrar meia dúzia de companheiros para se reunir. E esses companheiros que tiveram a coragem de assumir essa tarefa, eu acho que hoje podem estar orgulhosos, porque valeu a pena a gente criar o Foro de São Paulo.
No começo, eu me lembro que alguns partidos nem queriam participar, porque acharam que nós éramos um bando de malucos. O que não faltava eram adjetivos. E quanto mais perto as pessoas iam chegando do poder, mais distantes iam ficando do Foro de São Paulo.
A minha vinda aqui, hoje, é para reafirmar uma coisa: a gente não precisa esquecer os nossos companheiros quando a gente ganha uma eleição para presidente da República. A gente precisa continuar tendo as nossas referências para que a gente possa fazer cada vez mais e cada vez melhor. E é isso que eu quero fazer como exemplo, ao sair de Brasília e vir aqui.
Vocês sabem que eu não posso brincar o tanto que eu já brinquei, as coisas que fazia nos outros, porque quando nós começamos o Foro de São Paulo, a gente ficava implorando para ter um jornalista e não tinha nenhum. E hoje tem muitos e eu já não posso fazer as brincadeiras, eu não posso fazer o que fazia antes e nem dizer tudo o que eu dizia antes.
Mas uma coisa eu quero que vocês saibam: valeu a pena acreditar em nós mesmos e saber que nós vamos levar muitos anos, muitos... Nós não conseguiremos fazer as transformações que acreditamos e por que brigamos tantos anos em pouco tempo. É um processo de consolidação.
Eu estava vendo as imagens do primeiro encontro e fico triste porque a velhice é implacável. A velhice parece que só não mexe com a Clara Charf, que é do mesmo jeito desde que começou o primeiro Foro, mas todos nós, da mesa, envelhecemos muito. Espero que tenha valido a pena envelhecer, Marco Aurélio. Eu me lembro que eu não tinha um fio de cabelo branco, um fio de barba branca e hoje estou aqui, todos estão, de barba branca.
Meus companheiros,Eu estou feliz porque vocês acreditaram. Reuniões que não eram fáceis, difíceis, muitas vezes as divergências eram maiores que as concordâncias e sempre tinha a turma que fazia o meio de campo para contemporizar, procurar uma palavra adequada para que não houvesse nada que pudesse criar embaraço para o Foro de São Paulo.
Eu quero dizer uma coisa para vocês: não está longe o dia em que o Foro de São Paulo vai poder se reunir e ter, aqui, um grande número de presidentes da República que participaram do Foro de São Paulo.
As coisas caminham para isso. Nós aprendemos que a organização da sociedade é um instrumento excepcional e nós aprendemos que o processo democrático pode garantir que a gente concretize esses sonhos nossos.
No Brasil, eu espero que o PT tenha preparado para vocês os informes que vocês devem levar para os seus países, e é importante que o Foro de São Paulo consiga que os outros países apresentem também as coisas que estão acontecendo em cada país, para que a gente vá consolidando os avanços das políticas sociais que tanto nosso povo precisa.
Esses dias eu estava assinando, ou melhor, sancionando o Fundo de Habitação Popular, lá em Brasília, e não tinha me dado conta de que, quando foi falar o líder do povo, que luta por habitação no Brasil, ele não agradeceu a lei que vai criar o Fundo, ele não fez menção. A coisa mais importante para ele não era o fato de termos criado uma lei que criava um fundo de moradia; a coisa que mais o marcou no discurso é que era a segunda vez que ele tinha conseguido entrar no Palácio de governo do Brasil. E aí a minha memória voltou a 1994, o Marco Aurélio estava comigo, quando eu fui visitar o Mandela. Na porta do Palácio tinha um monte de pessoas, mulheres e homens, andando felizes. E eu perguntei para o Mandela: o que essa gente faz aqui, desfilando? Ele falou: “Lula, essa gente era proibida de passar na frente do palácio, portanto, hoje eles vêm aqui. Só o fato de eles entrarem no recinto do Palácio, tem muitos que choram, tem muitos que querem colocar a mão na parede. E se eu estiver perto para tirar fotografia”, me dizia o Mandela, “então, isso é a realização máxima.” Além disso a nossa relação, e é o Dulci que cuida da relação com o movimento social, eu penso que não existe, na história republicana, ou não sei se não existe na história da América do Sul, algum momento em que o movimento social esteve tão próximo das relações mais saudáveis possíveis com o governo do que nós temos hoje.
Vejam que os companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. Organizada, muito organizada. E todo mundo achava que era um grande protesto contra o governo. O que aconteceu? A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa, porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra, pela primeira vez na história, assinando um documento conjunto.
Alguns dias depois, foi a Confederação da Agricultura, milhares de trabalhadores. E quando chegaram no Palácio, já tinha um acordo firmado com os companheiros, que foram para as ruas fazer uma festa.
Esse tipo de comportamento, de mudança que houve no Brasil, demonstra que a democracia veio para ficar. A democracia veio, no nosso país, para se consolidar. E vocês, que são visitantes, companheiros que estão preocupados com as notícias que têm saído no Brasil, tenham consciência de uma coisa: seria impensável que eu fosse governar este país quatro anos e não tivesse problemas. Seria impensável, ou seja, nós já conseguimos o máximo, ou seja, nós já conseguimos fazer com que o FMI fosse embora sem precisar dar nenhum grito.
Eu dizia para o Palocci: Palocci, o que você vai fazer quando não precisar mais fazer acordo com o FMI? Porque alguns aqui passaram a vida inteira gritando, ou seja, de repente você construiu uma situação política em que não precisou fazer absolutamente nada a não ser dizer: não precisamos mais do acordo com o FMI.
Na política, o que está acontecendo eu encaro como uma certa turbulência, mas que só existe efetivamente num processo que vai se consolidando fortemente, da democracia. Eu quero que vocês saibam e voltem para os seus países com a certeza de que eu entendo que a corrupção é uma das desgraças do nosso continente, e muitas vezes quando alguém falava que nós éramos pobres por conta do imperialismo, eu dizia: pode ser até meia-verdade, mas a outra verdade é que nesses países da América do Sul e da América Latina nem sempre nós tivemos dirigentes que fizessem as coisas corretas para o seu povo e com o dinheiro público.
É por isso que tenho afirmado, num pronunciamento, que seremos implacáveis com adversários e com aliados que acharem que podem continuar utilizando o dinheiro público para ficarem ricos, mas da mesma forma seremos também implacáveis no trabalho de consolidar o processo democrático brasileiro. Não permitiremos retrocesso. Alguns, antes de nós, morreram para que nós chegássemos onde nós chegamos, e nós temos consciência do sacrifício que se fez no Brasil, do sacrifício que se fez no Chile, do sacrifício que se fez na Argentina, do sacrifício que se fez no Uruguai, do sacrifício que se fez no Peru, do sacrifício que se fez na Colômbia, em todos os países, para que o povo pudesse sentir o gosto da coisa chamada democracia.
E, portanto, nós, estejam certos disso, o Lula que vocês conheceram há quinze anos atrás está mais velho, mas também muito mais experiente e muito mais consciente do papel que temos que jogar na política da América do Sul, da América Latina, da África e, eu diria, na nova concepção de política no mundo inteiro. Não foi fácil criar o G-20, não. Não foi fácil convencer um grupo de países de que era possível mudar a geografia comercial do mundo se estabelecêssemos entre nós um grau de confiança e de relação em que pudéssemos, cada um de nós, entender que temos que nos ajudar muito mais. É por isso que hoje a gente pode olhar para vocês e dizer: a relação comercial Sul-Sul aumentou em mais de 50%. Nós estamos comprando mais e vendendo mais de nós mesmos. Nós estamos estabelecendo parcerias entre nossas empresas. Esses dias, fizemos não sei quantos acordos, 26 acordos, com a Venezuela. Agora foi feito um monte de acordos com a Colômbia. Estamos fazendo acordo com a Argentina, com o Chile, ou seja, os nossos empresários têm que se encontrar, estabelecer parceria. Os nossos sindicalistas têm que se encontrar e estabelecer formas conjuntas. Os partidos têm que se encontrar, os parlamentares têm que se encontrar, o Foro de São Paulo tem que exigir cada vez mais a criação de um parlamento do Mercosul para que a gente possa consolidar definitivamente o Mercosul, não como uma coisa comercial, mas como uma instância que leve em conta a política, o social, o comercial e o desenvolvimento.
Esses dias, nós fomos à Guiné-Bissau. Aliás nós já visitamos mais países da África, acho, do que todos os governantes da história do Brasil. E fomos à Guiné-Bissau e fizemos uma reunião. Guiné-Bissau é um país de língua portuguesa, pequeno, praticamente destruído. E eu dizia ao Presidente e aos parlamentares: para que guerra, para que uma guerra na Guiné-Bissau? É um país destruído. A única chance que aquele país tem é a construção da paz, eles têm que construir um país para depois brigar pelo poder, porque senão estão brigando em torno de nada. Nem o Palácio Presidencial está de pé. Eu fui ao banheiro do Presidente, não tinha água. E eu dizia: meu Deus do céu, vocês precisam encontrar um jeito de transformar a paz na mais importante bandeira de vocês, porque somente a partir dela é que vocês poderão construir o país. Esse trabalho é um trabalho que leva anos e anos. E nós apenas estamos começando. Nós apenas estamos transitando pelo mundo tentando estabelecer uma nova ordem, em que a gente consiga as vitórias na Organização Mundial do Comércio, que precisamos. E foi assim que nós ganhamos a questão do açúcar, foi assim que nós ganhamos a questão do algodão, foi assim que nós ganhamos a questão do frango congelado. Parece pouco, mas era muito difícil ganhar uma coisa na Organização Mundial do Comércio. E por conta do G-20 já ganhamos três e poderemos ganhar muito mais, adotando o princípio que nós aprendemos desde que começamos a nossa militância política, de que se todos nós nos juntarmos, nós derrotaremos os outros.
Por isso, eu tenho viajado muito. Eu viajei, possivelmente, em dois anos, mais do que muitos presidentes viajaram e vou continuar viajando, porque as soluções para os problemas do Brasil não estão apenas dentro do Brasil, as soluções para os problemas de Cuba não estão só dentro de Cuba, não estão dentro da Argentina, não estão dentro da República Dominicana, não estão dentro do México, ou seja, é preciso que a gente resolva outros problemas externos para que a gente possa consolidar as soluções de alguns problemas internos.
Por isso, meus companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência tranqüila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica.
E eu estou convencido de que o Foro de São Paulo continuará sendo essa ferramenta extraordinária que conseguiu fazer com que a América do Sul e a América Latina vivessem um dos melhores períodos de democracia de toda a existência do nosso continente.
Muito obrigado a vocês. Que Deus os abençoe e que eu possa continuar merecendo a confiança da Coordenação, que me convide a participar de outros foros. Até outro dia, companheiros.
Meus queridos companheiros e companheiras que nos estimulam com esta visita ao 12º Encontro do Foro de São Paulo,
Não preciso ler a nominata toda, porque os nomes já foram citados pelo menos três vezes. E se eu citar mais uma vez, daqui a pouco alguém vai querer se candidatar a vereador ou a prefeito, aqui, em São Paulo.
Primeiro, uma novidade: sabem por que a Nani está sentada lá atrás? Porque há poucos dias o Brasil ganhou da Argentina e ela não quer ficar aqui perto da mesa.
Meus companheiros, minhas companheiras,
Como sempre, eu tenho um discurso por escrito, como manda o bom protocolo da Presidência da República, mas, como sempre também, eu tenho uma vontade maluca de fazer o meu improviso.
E eu queria começar com uma visão que eu tenho do Foro de São Paulo. Eu que, junto com alguns companheiros e companheiras aqui, fundei esta instância de participação democrática da esquerda da América Latina, precisei chegar à Presidência da República para descobrir o quanto foi importante termos criado o Foro de São Paulo.E digo isso porque, nesses 30 meses de governo, em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990, quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito.
Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela.
E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.
Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. Foi assim que surgiu a nossa convicção de que era preciso fazer com que a integração da América Latina deixasse de ser um discurso feito por todos aqueles que, em algum momento, se candidataram a alguma coisa, para se tornar uma política concreta e real de ação dos governantes. Foi assim que nós assistimos a evolução política no nosso continente.Certamente não é tudo que as pessoas desejam, se olharmos o ideal do futuro que queremos construir, mas foi muito, se nós olharmos o que éramos poucos anos atrás no nosso continente. Era um continente marcado por golpes militares, era um continente marcado por ausência de democracia. E hoje nós somos um continente em que a esquerda deu, definitivamente, um passo extraordinário para apostar que é plenamente possível, pela via democrática, chegar ao poder e exercer esse poder. Esse poder que é construído no dia-a-dia, esse poder que é construído a cada momento com muita dificuldade. Mas, quando exerce o cargo de presidente da República de um país, ele não será lembrado apenas pela quantidade de obras que conseguiu realizar ou apenas pela quantidade de políticas sociais que ele fez.
Eu tenho feito questão de afirmar, em quase todos os pronunciamentos, que a coisa mais importante que um governante pode fazer é estabelecer um novo padrão de relação entre o Estado e a sociedade, entre o governo e as entidades da sociedade civil organizada. E consolidar, de tal forma, que isso possa ser duradouro, independente de quem seja o governo do país.
E é por isso que eu, talvez mais do que muitos, valorize o Foro de São Paulo, porque tinha noção do que éramos antes, tinha noção do que foi a nossa primeira reunião e tenho noção do avanço que nós tivemos no nosso continente, sobretudo na nossa querida América do Sul.
Todas as vezes que um de nós quiser fazer críticas justas, e com todo direito, nós temos que olhar o que éramos há cinco anos atrás na América Latina, dez anos atrás, para a gente perceber a evolução que aconteceu em quase todos os países da nossa América.
E eu quero dizer para vocês que muito mais feliz eu fico quando tomo a informação, pelo Marco Aurélio ou pela imprensa, de que um companheiro do Foro de São Paulo foi eleito presidente da Assembléia, foi eleito prefeito de uma cidade, foi eleito deputado federal, senador, porque significa a aposta decisiva na consolidação da democracia no nosso país.
Se não fosse assim, o que teria acontecido no Equador com a saída do Lucio Gutiérrez? Embora o Presidente tenha saído, a verdade é que o processo democrático já está mais consolidado do que há dez anos atrás.O que seria da Bolívia com a saída do Carlos Mesa, recentemente, se não houvesse uma consciência democrática mais forte no nosso continente entre todas as forças que compõem aquele país?
A vitória de Tabaré, no Uruguai: quantos anos de espera, quantas derrotas, tanto quanto as minhas. Ou seja, a paciência de esperar, de construir, de somar, de estabelecer políticas que pudessem consolidar, definitivamente, não apenas a vitória, mas tirar o medo de muita gente do povo, que se assustava quando imaginava que a esquerda pudesse ganhar uma eleição.
O que significa a passagem da Argentina? Num momento em que ninguém queria ser presidente, o Duhalde assume e consegue, em dois anos, não só começar a recuperar a economia da Argentina, como consegue eleger um sucessor com a personalidade do presidente Kirchner.
Os chilenos, depois de tantas e tantas amarguras, num período que muita gente não quer nem se lembrar, estão agora prestes a, pela quarta vez consecutiva, reeleger um presidente, eu espero que uma presidente, ou seja, uma mulher presidente daquele país. Isso não é pouco, isso é muito.
E o que nós precisamos é trabalhar para consolidar, para que a gente não permita que haja qualquer retrocesso nessas conquistas, que são que nem uma escada: a gente vai conquistando degrau por degrau. E, às vezes, até paramos um pouco num degrau para dar um passo um pouco maior, porque se tentarmos dar um passo muito grande poderemos cair, nos machucar e a caminhada retrocederá. O Foro de São Paulo, na verdade, nos ensinou a agir como companheiros, mesmo na diversidade. A coordenação do Foro de São Paulo, que envolvia parte das pessoas que estão aqui, não pensava do mesmo jeito, não acreditava nas mesmas profecias, mas acreditava que o Foro de São Paulo poderia ser um caminho. E foram inúmeras daquelas reuniões que ninguém quer participar, às vezes, pegar um vôo, andar quatro, cinco horas de avião e parando três, quatro vezes para chegar num lugar e encontrar meia dúzia de companheiros para se reunir. E esses companheiros que tiveram a coragem de assumir essa tarefa, eu acho que hoje podem estar orgulhosos, porque valeu a pena a gente criar o Foro de São Paulo.
No começo, eu me lembro que alguns partidos nem queriam participar, porque acharam que nós éramos um bando de malucos. O que não faltava eram adjetivos. E quanto mais perto as pessoas iam chegando do poder, mais distantes iam ficando do Foro de São Paulo.
A minha vinda aqui, hoje, é para reafirmar uma coisa: a gente não precisa esquecer os nossos companheiros quando a gente ganha uma eleição para presidente da República. A gente precisa continuar tendo as nossas referências para que a gente possa fazer cada vez mais e cada vez melhor. E é isso que eu quero fazer como exemplo, ao sair de Brasília e vir aqui.
Vocês sabem que eu não posso brincar o tanto que eu já brinquei, as coisas que fazia nos outros, porque quando nós começamos o Foro de São Paulo, a gente ficava implorando para ter um jornalista e não tinha nenhum. E hoje tem muitos e eu já não posso fazer as brincadeiras, eu não posso fazer o que fazia antes e nem dizer tudo o que eu dizia antes.
Mas uma coisa eu quero que vocês saibam: valeu a pena acreditar em nós mesmos e saber que nós vamos levar muitos anos, muitos... Nós não conseguiremos fazer as transformações que acreditamos e por que brigamos tantos anos em pouco tempo. É um processo de consolidação.
Eu estava vendo as imagens do primeiro encontro e fico triste porque a velhice é implacável. A velhice parece que só não mexe com a Clara Charf, que é do mesmo jeito desde que começou o primeiro Foro, mas todos nós, da mesa, envelhecemos muito. Espero que tenha valido a pena envelhecer, Marco Aurélio. Eu me lembro que eu não tinha um fio de cabelo branco, um fio de barba branca e hoje estou aqui, todos estão, de barba branca.
Meus companheiros,Eu estou feliz porque vocês acreditaram. Reuniões que não eram fáceis, difíceis, muitas vezes as divergências eram maiores que as concordâncias e sempre tinha a turma que fazia o meio de campo para contemporizar, procurar uma palavra adequada para que não houvesse nada que pudesse criar embaraço para o Foro de São Paulo.
Eu quero dizer uma coisa para vocês: não está longe o dia em que o Foro de São Paulo vai poder se reunir e ter, aqui, um grande número de presidentes da República que participaram do Foro de São Paulo.
As coisas caminham para isso. Nós aprendemos que a organização da sociedade é um instrumento excepcional e nós aprendemos que o processo democrático pode garantir que a gente concretize esses sonhos nossos.
No Brasil, eu espero que o PT tenha preparado para vocês os informes que vocês devem levar para os seus países, e é importante que o Foro de São Paulo consiga que os outros países apresentem também as coisas que estão acontecendo em cada país, para que a gente vá consolidando os avanços das políticas sociais que tanto nosso povo precisa.
Esses dias eu estava assinando, ou melhor, sancionando o Fundo de Habitação Popular, lá em Brasília, e não tinha me dado conta de que, quando foi falar o líder do povo, que luta por habitação no Brasil, ele não agradeceu a lei que vai criar o Fundo, ele não fez menção. A coisa mais importante para ele não era o fato de termos criado uma lei que criava um fundo de moradia; a coisa que mais o marcou no discurso é que era a segunda vez que ele tinha conseguido entrar no Palácio de governo do Brasil. E aí a minha memória voltou a 1994, o Marco Aurélio estava comigo, quando eu fui visitar o Mandela. Na porta do Palácio tinha um monte de pessoas, mulheres e homens, andando felizes. E eu perguntei para o Mandela: o que essa gente faz aqui, desfilando? Ele falou: “Lula, essa gente era proibida de passar na frente do palácio, portanto, hoje eles vêm aqui. Só o fato de eles entrarem no recinto do Palácio, tem muitos que choram, tem muitos que querem colocar a mão na parede. E se eu estiver perto para tirar fotografia”, me dizia o Mandela, “então, isso é a realização máxima.” Além disso a nossa relação, e é o Dulci que cuida da relação com o movimento social, eu penso que não existe, na história republicana, ou não sei se não existe na história da América do Sul, algum momento em que o movimento social esteve tão próximo das relações mais saudáveis possíveis com o governo do que nós temos hoje.
Vejam que os companheiros do Movimento Sem-Terra fizeram uma grande passeata em Brasília. Organizada, muito organizada. E todo mundo achava que era um grande protesto contra o governo. O que aconteceu? A passeata do Movimento Sem-Terra terminou em festa, porque nós fizemos um acordo entre o governo e o Movimento Sem-Terra, pela primeira vez na história, assinando um documento conjunto.
Alguns dias depois, foi a Confederação da Agricultura, milhares de trabalhadores. E quando chegaram no Palácio, já tinha um acordo firmado com os companheiros, que foram para as ruas fazer uma festa.
Esse tipo de comportamento, de mudança que houve no Brasil, demonstra que a democracia veio para ficar. A democracia veio, no nosso país, para se consolidar. E vocês, que são visitantes, companheiros que estão preocupados com as notícias que têm saído no Brasil, tenham consciência de uma coisa: seria impensável que eu fosse governar este país quatro anos e não tivesse problemas. Seria impensável, ou seja, nós já conseguimos o máximo, ou seja, nós já conseguimos fazer com que o FMI fosse embora sem precisar dar nenhum grito.
Eu dizia para o Palocci: Palocci, o que você vai fazer quando não precisar mais fazer acordo com o FMI? Porque alguns aqui passaram a vida inteira gritando, ou seja, de repente você construiu uma situação política em que não precisou fazer absolutamente nada a não ser dizer: não precisamos mais do acordo com o FMI.
Na política, o que está acontecendo eu encaro como uma certa turbulência, mas que só existe efetivamente num processo que vai se consolidando fortemente, da democracia. Eu quero que vocês saibam e voltem para os seus países com a certeza de que eu entendo que a corrupção é uma das desgraças do nosso continente, e muitas vezes quando alguém falava que nós éramos pobres por conta do imperialismo, eu dizia: pode ser até meia-verdade, mas a outra verdade é que nesses países da América do Sul e da América Latina nem sempre nós tivemos dirigentes que fizessem as coisas corretas para o seu povo e com o dinheiro público.
É por isso que tenho afirmado, num pronunciamento, que seremos implacáveis com adversários e com aliados que acharem que podem continuar utilizando o dinheiro público para ficarem ricos, mas da mesma forma seremos também implacáveis no trabalho de consolidar o processo democrático brasileiro. Não permitiremos retrocesso. Alguns, antes de nós, morreram para que nós chegássemos onde nós chegamos, e nós temos consciência do sacrifício que se fez no Brasil, do sacrifício que se fez no Chile, do sacrifício que se fez na Argentina, do sacrifício que se fez no Uruguai, do sacrifício que se fez no Peru, do sacrifício que se fez na Colômbia, em todos os países, para que o povo pudesse sentir o gosto da coisa chamada democracia.
E, portanto, nós, estejam certos disso, o Lula que vocês conheceram há quinze anos atrás está mais velho, mas também muito mais experiente e muito mais consciente do papel que temos que jogar na política da América do Sul, da América Latina, da África e, eu diria, na nova concepção de política no mundo inteiro. Não foi fácil criar o G-20, não. Não foi fácil convencer um grupo de países de que era possível mudar a geografia comercial do mundo se estabelecêssemos entre nós um grau de confiança e de relação em que pudéssemos, cada um de nós, entender que temos que nos ajudar muito mais. É por isso que hoje a gente pode olhar para vocês e dizer: a relação comercial Sul-Sul aumentou em mais de 50%. Nós estamos comprando mais e vendendo mais de nós mesmos. Nós estamos estabelecendo parcerias entre nossas empresas. Esses dias, fizemos não sei quantos acordos, 26 acordos, com a Venezuela. Agora foi feito um monte de acordos com a Colômbia. Estamos fazendo acordo com a Argentina, com o Chile, ou seja, os nossos empresários têm que se encontrar, estabelecer parceria. Os nossos sindicalistas têm que se encontrar e estabelecer formas conjuntas. Os partidos têm que se encontrar, os parlamentares têm que se encontrar, o Foro de São Paulo tem que exigir cada vez mais a criação de um parlamento do Mercosul para que a gente possa consolidar definitivamente o Mercosul, não como uma coisa comercial, mas como uma instância que leve em conta a política, o social, o comercial e o desenvolvimento.
Esses dias, nós fomos à Guiné-Bissau. Aliás nós já visitamos mais países da África, acho, do que todos os governantes da história do Brasil. E fomos à Guiné-Bissau e fizemos uma reunião. Guiné-Bissau é um país de língua portuguesa, pequeno, praticamente destruído. E eu dizia ao Presidente e aos parlamentares: para que guerra, para que uma guerra na Guiné-Bissau? É um país destruído. A única chance que aquele país tem é a construção da paz, eles têm que construir um país para depois brigar pelo poder, porque senão estão brigando em torno de nada. Nem o Palácio Presidencial está de pé. Eu fui ao banheiro do Presidente, não tinha água. E eu dizia: meu Deus do céu, vocês precisam encontrar um jeito de transformar a paz na mais importante bandeira de vocês, porque somente a partir dela é que vocês poderão construir o país. Esse trabalho é um trabalho que leva anos e anos. E nós apenas estamos começando. Nós apenas estamos transitando pelo mundo tentando estabelecer uma nova ordem, em que a gente consiga as vitórias na Organização Mundial do Comércio, que precisamos. E foi assim que nós ganhamos a questão do açúcar, foi assim que nós ganhamos a questão do algodão, foi assim que nós ganhamos a questão do frango congelado. Parece pouco, mas era muito difícil ganhar uma coisa na Organização Mundial do Comércio. E por conta do G-20 já ganhamos três e poderemos ganhar muito mais, adotando o princípio que nós aprendemos desde que começamos a nossa militância política, de que se todos nós nos juntarmos, nós derrotaremos os outros.
Por isso, eu tenho viajado muito. Eu viajei, possivelmente, em dois anos, mais do que muitos presidentes viajaram e vou continuar viajando, porque as soluções para os problemas do Brasil não estão apenas dentro do Brasil, as soluções para os problemas de Cuba não estão só dentro de Cuba, não estão dentro da Argentina, não estão dentro da República Dominicana, não estão dentro do México, ou seja, é preciso que a gente resolva outros problemas externos para que a gente possa consolidar as soluções de alguns problemas internos.
Por isso, meus companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência tranqüila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica.
E eu estou convencido de que o Foro de São Paulo continuará sendo essa ferramenta extraordinária que conseguiu fazer com que a América do Sul e a América Latina vivessem um dos melhores períodos de democracia de toda a existência do nosso continente.
Muito obrigado a vocês. Que Deus os abençoe e que eu possa continuar merecendo a confiança da Coordenação, que me convide a participar de outros foros. Até outro dia, companheiros.
Fonte site da Presidência da República
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