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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

ARTES E MANHAS DO PT.

Por João Alves, em 01 Nov 2014
O pobre não entrava na faculdade. O que o PT fez? Investiu na educação? Não, tornou a prova mais fácil.
Mesmo assim, os negros continuaram a não conseguir entrar na faculdade. O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio? Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas aos negros que entram sem fazer as provas.
O analfabetismo era grande. O que o PT fez? Incentivou a leitura? Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio nome.
A pobreza era grande. O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo? Não. Baixou a linha da pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$300,00.
O desemprego era pleno. O que o PT fez? Deu emprego? Não. Passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego.
A saúde estava muito ruim. O que o PT fez? Investiu em hospitais e em infraestrutura de saúde, criou mais cursos na área de medicina? Não. Importou um monte de cubanos que sequer fizeram a prova para comprovar sua eficiência e que aparentemente nem médicos são. (Um já foi identificado como capitão do exército cubano)
Alguém ainda duvida que esse governo é uma tremenda mentira?

AS ARTES E MANHAS DO PT.

Por João Alves, em 01 Nov 2014
O pobre não entrava na faculdade. O que o PT fez? Investiu na educação? Não, tornou a prova mais fácil.
Mesmo assim, os negros continuaram a não conseguir entrar na faculdade. O que o PT fez? Melhorou a qualidade do ensino médio? Não, destinou 30% das vagas nas universidades públicas aos negros que entram sem fazer as provas.
O analfabetismo era grande. O que o PT fez? Incentivou a leitura? Não, passou a considerar como alfabetizado quem sabe escrever o próprio nome.
A pobreza era grande. O que o PT fez? Investiu em empregos e incentivos à produção e ao empreendedorismo? Não. Baixou a linha da pobreza e passou a considerar classe média quem ganha R$300,00.
O desemprego era pleno. O que o PT fez? Deu emprego? Não. Passou a considerar como empregado quem recebe o bolsa família ou não procura emprego.
A saúde estava muito ruim. O que o PT fez? Investiu em hospitais e em infraestrutura de saúde, criou mais cursos na área de medicina? Não. Importou um monte de cubanos que sequer fizeram a prova para comprovar sua eficiência e que aparentemente nem médicos são. (Um já foi identificado como capitão do exército cubano)
Alguém ainda duvida que esse governo é uma tremenda mentira?

LULA & DILMA . REI E RAINHA DA BURRICE ICONGENITA

Imagem Comentada

LULA FOI DEPOSTO DA REGÊNCIA DA REPÚBLICA
Augusto Nunes em seu blog

Em 23 de novembro, uma segunda-feira, Lula soube que o governo não tem dinheiro em caixa sequer para garantir o cafezinho de dezembro. Na terça, 24, soube que o amigo José Carlos Bumlai virou passageiro de camburão. Na quarta, 25, soube que o companheiro Delcídio do Amaral fizera uma coisa tão imbecil que, além de perder o próprio direito de ir e vir, transferiu para uma cela em Bangu 1 o banqueiro André Esteves. Na quinta, 26, soube que o filho caçula pesca na Wikipedia "trabalhos de consultoria" encomendados por lobistas dispostos a pagar R$ 2,4 milhões por entulhos cibernéticos.
Na sexta-feira, 27 de novembro, Lula soube que Delcídio está pronto para contar o muito que sabe aos condutores da Operação Lava Jato. No fim de semana, soube do vexatório desempenho na pesquisa Datafolha. Se a eleição presidencial fosse realizada agora, seria derrotado por qualquer um dos principais adversários possíveis - com uma votação semelhante às obtidas nos duelos com Fernando Henrique Cardoso. O chefe supremo da seita companheira também soube que a corrupção (sinônimo do PT, que é sinônimo de Lula) agora lidera o ranking dos mais aflitivos problemas do país.
Há pouco menos de um mês, o ex-presidente nomeou-se Regente da República, ordenou à rainha sem rumo que fosse brincar de Maria II em outras freguesias e reassumiu ostensivamente a chefia do governo. Os 20 dias seguintes foram consumidos em conluios cafajestes, barganhas repulsivas, meia dúzia de discurseiras para plateias amestradas e duas entrevistas que só serviram para confirmar que faltam álibis para tantos crimes. Alguém precisa dar-lhe a má notícia: por decisão do Brasil decente, o regente da nação foi deposto.
Além de Lula e seu rebanho, ainda não entenderam que o país mudou os integrantes da tribo que repete de meia em meia hora a ladainha exasperante: "Está tudo dominado". Depois do assombroso 25 de novembro, mesmo os derrotistas profissionais e os vesgos por opção deveriam enxergar a guinada histórica. Naquela quarta-feira, os dominadores decadentes fizeram o que desejavam os antigos dominados, que se tornaram majoritários e hoje têm o bastão de mando ao alcance da mão.
Os movimentos no palco foram impostos pela opinião pública, que traduziu a vontade da imensidão de indignados que exigem o imediato encerramento da era da canalhice. Se tudo estivesse dominado, Bernardo Cerveró não perderia tempo gravando conversas bandidas para municiar a Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot não se animaria a pedir ao Supremo a prisão do senador Delcídio do Amaral, o ministro Teori Zavascki não determinaria à Polícia Federal que engaiolasse o líder da bancada governista na Casa do Espanto. Nem teria o apoio unânime da 2 ª Turma do STF para autorizar, pela primeira vez no Brasil democrático, a captura de um senador no exercício do cargo.
Se tudo estivesse dominado, Delcídio e o banqueiro André Esteves não acordariam com a notícia de que a impunidade chegara ao fim, os senadores endossariam o plano de Renan Calheiros para desmoralizar o Supremo e usariam o voto secreto para libertar o colega encarcerado. Rejeitaram por ampla maioria a votação clandestina e aprovaram as deliberações do STF por saberem que eram mantidos sob estreita vigilância, desde o começo da tarde, por multidões de eleitores grudados na TV. Pouco importa se o roteiro original era outro, é irrelevante saber se os atores agiram a contragosto. A plateia descobriu que manda.
A soma de derrotas amargadas pelos vigaristas tornou inevitável a deposição do regente Lula. Foi a maior maior demonstração de força da oposição real. Pena que tantos vitoriosos ainda não saibam disso.

LULA DEFENESTRADO


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LULA FOI DEPOSTO DA REGÊNCIA DA REPÚBLICA
Augusto Nunes em seu blog

Em 23 de novembro, uma segunda-feira, Lula soube que o governo não tem dinheiro em caixa sequer para garantir o cafezinho de dezembro. Na terça, 24, soube que o amigo José Carlos Bumlai virou passageiro de camburão. Na quarta, 25, soube que o companheiro Delcídio do Amaral fizera uma coisa tão imbecil que, além de perder o próprio direito de ir e vir, transferiu para uma cela em Bangu 1 o banqueiro André Esteves. Na quinta, 26, soube que o filho caçula pesca na Wikipedia "trabalhos de consultoria" encomendados por lobistas dispostos a pagar R$ 2,4 milhões por entulhos cibernéticos.
Na sexta-feira, 27 de novembro, Lula soube que Delcídio está pronto para contar o muito que sabe aos condutores da Operação Lava Jato. No fim de semana, soube do vexatório desempenho na pesquisa Datafolha. Se a eleição presidencial fosse realizada agora, seria derrotado por qualquer um dos principais adversários possíveis - com uma votação semelhante às obtidas nos duelos com Fernando Henrique Cardoso. O chefe supremo da seita companheira também soube que a corrupção (sinônimo do PT, que é sinônimo de Lula) agora lidera o ranking dos mais aflitivos problemas do país.
Há pouco menos de um mês, o ex-presidente nomeou-se Regente da República, ordenou à rainha sem rumo que fosse brincar de Maria II em outras freguesias e reassumiu ostensivamente a chefia do governo. Os 20 dias seguintes foram consumidos em conluios cafajestes, barganhas repulsivas, meia dúzia de discurseiras para plateias amestradas e duas entrevistas que só serviram para confirmar que faltam álibis para tantos crimes. Alguém precisa dar-lhe a má notícia: por decisão do Brasil decente, o regente da nação foi deposto.
Além de Lula e seu rebanho, ainda não entenderam que o país mudou os integrantes da tribo que repete de meia em meia hora a ladainha exasperante: "Está tudo dominado". Depois do assombroso 25 de novembro, mesmo os derrotistas profissionais e os vesgos por opção deveriam enxergar a guinada histórica. Naquela quarta-feira, os dominadores decadentes fizeram o que desejavam os antigos dominados, que se tornaram majoritários e hoje têm o bastão de mando ao alcance da mão.
Os movimentos no palco foram impostos pela opinião pública, que traduziu a vontade da imensidão de indignados que exigem o imediato encerramento da era da canalhice. Se tudo estivesse dominado, Bernardo Cerveró não perderia tempo gravando conversas bandidas para municiar a Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot não se animaria a pedir ao Supremo a prisão do senador Delcídio do Amaral, o ministro Teori Zavascki não determinaria à Polícia Federal que engaiolasse o líder da bancada governista na Casa do Espanto. Nem teria o apoio unânime da 2 ª Turma do STF para autorizar, pela primeira vez no Brasil democrático, a captura de um senador no exercício do cargo.
Se tudo estivesse dominado, Delcídio e o banqueiro André Esteves não acordariam com a notícia de que a impunidade chegara ao fim, os senadores endossariam o plano de Renan Calheiros para desmoralizar o Supremo e usariam o voto secreto para libertar o colega encarcerado. Rejeitaram por ampla maioria a votação clandestina e aprovaram as deliberações do STF por saberem que eram mantidos sob estreita vigilância, desde o começo da tarde, por multidões de eleitores grudados na TV. Pouco importa se o roteiro original era outro, é irrelevante saber se os atores agiram a contragosto. A plateia descobriu que manda.
A soma de derrotas amargadas pelos vigaristas tornou inevitável a deposição do regente Lula. Foi a maior maior demonstração de força da oposição real. Pena que tantos vitoriosos ainda não saibam disso.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

VOCÊ SABIA ?

1. É um dos alimentos mais nutritivos do mundo.
O ovo contém um pouco de cada nutriente que precisamos, tornando-o ideal para o consumo diário. Um ovo cozido tem:
Vitamina A (6% da IDR)
Ácido fólico (5% da IDR)
Vitamina B5 (9% da IDR)
Vitamina B12 (15% da IDR)
Fósforo (9% da IDR)
Selênio (22% da IDR)
O ovo também tem outras vitaminas, como D, E, K e B6, além de cálcio e zinco.
2. O colesterol do ovo não afeta o colesterol do sangue.
É verdade, os ovos têm um volume considerável de colesterol, e por um tempo já foi até considerado vilão de dietas saudáveis. Um ovo contém 212 mg de colesterol, quase o total de consumo diário recomendado, que é de 300 mg. Mas a boa notícia é que o ovo não aumenta o nível de colesterol no sangue. É claro que isso pode variar para cada indivíduo, mas, em geral, foi comprovado em uma pesquisa que, em 70% das pessoas, o consumo de ovo não aumentou o nível de colesterol no sangue. Porém, nos 30% restantes, houve um aumento do LDL, que é o colesterol ruim. Por isso, é importante ter cautela no consumo e consultar um nutricionista.

O SUPREMO JÁ NÃO SUPRE

Por Maria Lucia Victor Barbosa, em 19 Dez 2015
As maravilhas da corte são tão inebriantes, as alegrias da boa vida são tão plenas, as facilidades em se apoderar da coisa pública são tão corriqueiras, que uma vez lá a classe dirigente inventa meios de não sair do Olimpo onde se instalou o que pode ser feito através de eleições ou golpes de Estado.
Assim sendo, o PT não pretende apear do poder tão cedo. Seria inadmissível para Lula e sua família retroceder à vida mais simples sem os luxos, privilégios e confortos que a evolução da riqueza obtida de modo acelerado lhes proporcionou. E Lula, é o poderoso chefão do PT, o garantidor dos "mandarins" de sua grei para que estes também desfrutem da doce vida de defensores dos oprimidos. Portanto, deve ser preservado faça o que fizer, porque sem ele o partido não se sustenta. É bem verdade que Lula tem tido seus revezes, mas justamente estes que a outros teriam aniquilado o mantém incólume e á espera de voltar em 2018.
Foi, portanto, inoportuna para Lula e o PT a ideia de impeachment de Rousseff, única mulher presidente da República e a pior de todos os presidentes de nossa história. Se bem que foi Lula quem governou o tempo todo como presidente de fato, recaiu sobre sua criatura a culpa pelo descalabro da economia que penaliza e envergonha os brasileiros de todas as classes sociais. Tivesse outro candidato ganho a eleição já teria sido defenestrado pelo PT. Ela, não. E nem tanto por Rousseff, mas pela preservação do projeto de poder petista, que foi acionado com força máxima desta vez no STF.
O que se assistiu, então, foi uma ruptura institucional. No dia 16 deste agitado dezembro o ministro Fachin, defensor dos sem-terra, do Paraguai contra o Brasil e ardoroso eleitor de Rousseff, deu um show inusitado: defendeu os procedimentos da Câmara com relação ao rito do impeachment, emergindo como juiz imparcial e respeitador do outro Poder.
Era como um milagre. Mas milagres não existem na política. No dia seguinte tudo parecia ser sido combinado para invalidar, de novo, os procedimentos da Câmara. O que serviu para o impeachment do ex-presidente Collor não servia para esse. Os votos da comissão não podiam ser secretos, como os são os do STF em seus procedimentos internos e todo poder foi dado ao Senado, onde o colaborador, Renan Calheiros, está a postos para salvar, primeiro a si, depois a governanta.
Desse modo, está encerrada, pelo menos por enquanto, a possibilidade do impeachment e todas as pedaladas, as irresponsabilidades fiscais, os gastos exorbitantes, os prejuízos dados a Nação serão todos perdoados ao governo petista.
O STF de tal modo interferiu no Legislativo, trazendo à lembrança vislumbres bolivarianos, que se Rousseff sempre repetiu que impeachment é golpe, o golpe se formalizou de outra maneira via Executivo e por intermédio do Judiciário. Se de agora em diante o STF legisla e impõe o regulamento interno do Congresso, o Legislativo pode fechar as portas, pois se tornou um penduricalho inútil na República das Bananas.
Falar democracia no Brasil, portanto, é algo ilusório. Como disse Rui Barbosa: "A pior ditadura é do Judiciário, porque contra ela não há quem possa recorrer". E o judiciário autorizou buscas e apreensões somente em casas e escritórios de peemedebistas, salvando providencialmente o ajudante Renan Calheiros. Reclamar para quem?
O Judiciário ao voltar do recesso em fevereiro poderá afastar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cujos crimes principais e mais graves foram: ganhar a eleição da casa derrotando um petista, tornar o Congresso independente do Executivo, romper com o PT.
Também pode esperar o pior, Michel Temer, o vice-presidente que pregou a unificação nacional sabendo que a governanta seria incapaz disto, aliás, de qualquer coisa.
Sentindo-se seguro Calheiros tenta debilitar Temer com a ajuda do senador Álvaro Dias do PSDB do PT, rachando o PMDB. Grande erro. Uma vez esgotada a serventia do senador e estando o próprio PMDB fragilizado, o PT alcançará triunfante sua meta: ser o partido dominante, impondo-se hegemonicamente sobre os demais. Nesse momento Calheiros poderá enfrentar seus processos adormecidos no Judiciário, pois nunca ninguém escapou por ter ajudado o PT. PT faz mal à saúde. PT mata.
Nesta hora em que o novo ministro da fazenda, substituto de Joaquim Levy que apenas compôs uma fachada para dar credibilidade ao governo e acalmar o mercado, provavelmente irá reeditar o que levou nossa economia ao caos, feliz e sorridente dirá Rousseff em cadeia nacional de radio televisão, sentindo-se imperatriz do Brasil:
"Se é para desgraça de todos e infelicidade geral da Nação, digam ao povo que fico".
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.


Esta é uma mensagem enviada pelo Instituto Endireita Brasil.
Visite o nosso site: www.emdireitabrasil.com.br
Receba nossas mensagens enviando um email para: emdireitabrasil-subscribe@yahoogrupos.com.br e entrando para o nosso grupo.
Lembre-se sempre:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".
Se você estiver de acordo com a opinião ou mensagem, pedimos-lhe reenviar para seus contatos. O Brasil agradece.

MAMANDO NO ERÁRIO



Por Vasco Costa
A chamada Lei Rouanet foi criada em 1991, no governo Collor, e existe pois há 24 anos. Mais da metade da existência dessa lei controvertida passou-se até agora sob governos petistas.
Em fevereiro deste ano, Juca Ferreira, novamente no comando do Ministério da Cultura (MinC), que dirigiu de 2008 a 2010, desancou a Lei Rouanet, que ele chamou de um projeto "absolutamente neo-liberal". O espantoso é a demora desse sociólogo baiano para chegar à conclusão de que esse projeto não presta, por ser "neo-liberal". Foi secretário-executivo do MinC durante 5,5 anos (gestão Gilberto Gil) e não viu nada disso. Ficou 2 anos como titular do MinC e não viu nada disso. É membro de destaque da inteligentzia petista desde fevereiro de 2012 e não manifestou nenhum repúdio, nem fez nada contra a Lei Rouanet -- a inércia intelectual e administrativa de Juca Ferreira é espantosa, principalmente para quem se formou na famosa Sorbonne, na França. É mais um mistério da esquerda brasileira.
Juca quer substituir a Lei Rouanet pelo programa Procultura, que tramita na Câmara há 5 anos.
A Lei Rouanet virou fonte de dinheiro fácil para gente famosa, que enche auditórios sem precisar de incentivos, seu nome basta. Em outubro de 2014 escrevi sobre ela no blogue: "Projetos culturais aprovados para captar recursos via Lei Rouanet -- alguém fiscaliza isso?!". Os registros são chocantes: i) em 2011, Maria Bethania conseguiu nada menos que R$ 1,3 milhão para fazer o blogue "O Mundo Precisa de Poesia", com 365 clipes dirigidos pelo badalado diretor da Globo Andrucha Waddington; - ii) em 2013, Claudia Leitte abocanhou R$ 5.883.100,00 para fazer 12 shows no Norte, Nordeste e Centro-Oeste; - iii) no mesmo 2013, Rita Lee recebeu R$ 1.852.100,00 para 5 shows, um DVD e 3 palestras; - iv) ainda em 2013, Humberto Gessinger amealhou da Rouanet R$ 1.004.849,00 para fazer um DVD comemorativo de seus 50 anos de idade (caraca, quem é essa celebridade?!); - v) de 2006 a 2011, Marieta Severo conseguiu nada menos que R$ 4.192.183,00 pela Lei Rouanet; da Petrobras, ela recebeu R$ 400.000,00 em 2012, R$ 400.000,00 em 2013 e 2014 e R$ 400.000,00 em 2015. Ou seja: o contribuinte financiou Marieta Severo em R$ 5.392.183,00 em 9 anos, sem retorno financeiro e retorno cultural apenas para um grupo restrito deles (apenas para quem conseguiu ver as peças dela). O ator e diretor Aderbal Freire-Filho, que vive com Marieta Severo desde 2004, captou via Lei Rouanet R$ 908.670,00 em 2009 e depois mais R$ 800.000,00 e R$ 512.420,00, totalizando R$ 2.221.090,00 -- ou seja, ele e a mulher já receberam R$ 7.613.273,00 via Lei Rouanet!
Em 2003, 2006, 2007 e 2011, o ator Paulo Betti recebeu um total de R$ 3.748.799,90 dos cofres públicos, sendo R$ 3.360.555,66 via Lei Rouanet e R$ 388.244 do Ministério da Justiça [(Convênio Nº 756166/2011) para a peça "À Prova de Fogo", recomendada por José Dirceu ...].
Uma característica bizarra dos shows e outras atividades culturais financiadas pela Lei Rouanet é que muito raríssimamente algum desses eventos tem entrada gratuita -- ou seja, tem contribuinte pagando duas vezes a um mesmo artista ...
Só as 5 celebridades citadas acima receberam R$ 14.427.383,00 via Lei Rouanet -- que moleza, hem? Isso sem falar em Erasmo Carlos (R$ 1.219.858,00 para celebrar seus 70 anos com um show), Sula Miranda, Marisa Monte e Maria Rita, cada um deles aquinhoado com mais de R$ 1 milhão pela mesma lei (ver postagem citada). Camila Pitanga captou R$ 1.257.102,00 aprovados pela Ancine para fazer o filme "Pitanga", para "retratar o artista que é meu pai e mostrar toda a sua genialidade" diz ela (Camila é filha de Antônio Pitanga e Benedita da Silva, ex-senadora, ex-governadora do Rio de Janeiro e atual deputada federal, sempre pelo PT). Se cada filha de pai casado com petista de primeira linha resolver captar dinheiro para glorificar o pai, haja Lei Rouanet ...
É óbvio que essa gente toda é petista (pelo menos não são ingratos ...). No caso de Marieta Severo, ver também aqui, e no caso de seu atual marido Aderbal Freire-Filho, ver aqui.
O projeto Santander Cultural 2015 recebeu em 2014 a bagatela de R$ 13.814.806,36 via Lei Rouanet. Desde quando o contribuinte brasileiro tem de financiar atividade cultural de um dos grandes bancos internacionais?!
Só em 2013, foram captados R$ 42.754.932,14 (pessoas físicas e jurídicas) dos R$ 117.970.281,19 autorizados via Lei Rouanet (ver postagem anterior citada)! Durante sua existência, até dezembro de 2011 (ou seja, há 4 anos atrás), esta lei havia captado nada menos que R$ 9,129 bilhões via abatimento de até 6% do Imposto de Renda. É muito dinheiro!! E a fiscalização disso?...
Para se ter ideia do que significa essa dinheirama, o orçamento do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em 2012 foi de R$ 8,8 bilhões. O orçamento do MinC em 2013 foi de R$ 3,50 bilhões e de R$ 3,26 bilhões em 2014.
Enquanto o dinheiro da Lei Rouanet continua fluindo frouxo, o mesmo não acontece para a educação e para pesquisas essenciais para o país. Vejamos:
Ciência brasileira entra em crise com perda de recursos.
Desde 2013 o governo desloca recursos de pesquisa para o Ciência Sem Fronteiras -- Ao jornal Estado de S. Paulo, cientistas advertiram sobre as consequências do deslocamento de recursos. "O impacto na pesquisa será trágico", disse Helena Bonciani Nader, professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da SBPC, no Fórum Mundial de Ciência, no Rio de Janeiro. "Precisamos de recursos para pesquisas. De alguma forma o valor destinado ao Ciência sem Fronteiras terá de ser compensado. Caso contrário, o impacto na área científica vai ser grande", afirmou, no mesmo evento, o matemático Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências.
Em julho de 2015, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) enviou carta à presidente Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) solicitando a suspensão dos cortes em educação, ciência, tecnologia e inovação.
O governo federal cortou 30% das verbas da universidades federais em 2015.
Em julho de 2013, o então ministro da Ciência, Marco Antonio Raupp, reclamava que faltavam verbas para grandes projetos, como a participação financeira do Brasil no ESO (Observatório Europeu do Sul) e no Cern (Centro Europeu para Pesquisa Nuclear), uma novela que submeteu o Brasil a repetidos vexames ante a comunidade científica internacional (ver postagem anterior).
Enquanto isso, os poderes da República continuam gastando adoidado:
Governo federal gastou quase R$ 50 milhões com festividades e homenagens em 2015.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) gastou R$1,1 milhão com a compra de poltronas.
Judiciário gastará R$ 608,1 milhões com obras em 2016.
Obras no Legislativo custarão R$ 85,5 milhões em 2016.
Congresso custará R$ 1,1 milhão por hora em 2016.
Vou parar por aqui para não estragar mais o fim de ano de meus leitores.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

STF hoje foi guiado pela vaidade, pelas "rasgações de seda",

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Impeachment: a contrafacao do processo pelo STF - Pedro Logomarcino

STF: o guardião ou assaltante?

 Pedro Lagomarcino
18/12/2015

A decisão do STF proferida hoje contraria toda a doutrina dos maiores autores de Direito Constitucional, na medida que transforma o Senado em, pasme, "Corte Alta", conforme disse i-na-cre-di-ta-vel-men-te o Min. Marco Aurélio.

E ainda querem prolongar a aposentadoria dos Ministros para 75 anos?

É dose!

Aliás, a dose passou ao largo de ser cavalar. Foi para fazer rinoceronte hibernar, isso sim.

Não existe em toda bibliografia jurídica, um autor sequer, que tenha dito que o Senado, pode rever a decisão da Câmara dos Deputados.

Tanto se falou na obra de Paulo Brossar​​d (O "impeachment") na sessão de hoje.

Engraçado, tenho ela aqui na minha estante com autógrafo e dedicatória do autor. Li referida obra do início ao fim.

Posso assegurar que o STF "rasgou" a obra de Paulo Brossar​​d​, porque o referido Ministro nunca escreveu que o Senado, pode rever a decisão da Câmara.

A Câmara autoriza.

O Sendo julga.

A Câmara é juízo de admissibilidade.

O Senado é juízo de julgamento.

A Câmara se pauta por indícios.

O Senado se pauta por provas.

O Senado deve julgar, pela procedência ou pela improcedência. Mas não lhe compete e nem possui atribuição ou poder para arquivar e rever a decisão de admissibilidade da Câmara dos Deputados. Por um simples motivo: se o Senado tivesse a faculdade, a atribuição ou o poder de arquivar e rever a decisão da Câmara dos Deputados, por que o processo tem de iniciar na Casa do Povo então? Por que já não inicia no Senado, se este pode arquivá-lo de pronto? Por apreço a burocracia? Para fazer cena, com a nação que está a acusar o Chefe de Estado e de Governo do maior crime que pode cometer, o crime de responsabilidade?

Quem entende minimamente do instituto do "impeachment" sabe que é infeliz o termo crime de responsabilidade, porque este crime não enseja pena. Enseja sim sanção política, por sinal bem diferente do conceito de pena.

Mas não é isso o principal.

O fato é que o STF se pautou la-men-ta​-vel-men-te pelo "casu​ísmo" e mudou o posicionamento que tinha, "coincidentemente", no Caso Dilma.

Para Collor a Lei foi uma.

Para Dilma a Lei foi outra.

Assim, o Brasil nunca será um país sério. A toda hora, se abrem exceções. A toda hora a regra do jogo muda, flexibiliza, deixa de ser regra... deixa de valer. Assim foi com a "flexibilização" da LDO, assim acabou de ser com as metas fiscais (que foram reduzidas a zero), e assim foi infelizmente, com o "impeachment".

O julgamento do STF hoje foi guiado pela vaidade, pelas "rasgações de seda", por contentar e divertir a plateia.

O Min. Dias Toffoli se deu ao trabalho de "saudar" o dePuTado Henrique Fontana no meio do julgamento.

Que coisa mais bizonha!

A decisão do STF foi, e muito, do ponto de vista de Direito Constitucional, atávica.

Ver que Ministros chegavam ao cúmulo de fazer paralelos de Direito Penal, quando o impeachment não tem nada de Direito Penal, nas próprias palavras do Ministro Paulo Brossard, chegou a me dar náuseas.

Brossard defende que o impeachment é instituto de natureza política, não possui pena (de prisão), e sim sanção política (de afastamento ou de inelegibilidade).

Sugiro uma olhada no que destaco abaixo, para constatar que ​"​justiça​"​, na verdade, o STF fez hoje.

Hoje é um dia de luto para a Magistratura e para os operadores do Direito Constitucional que conhecem um pouco além-mar o instituto do "impeachment".

E pior, se o andar da carruagem for este, tudo indica que haverá recesso e que o país partirá para o carnaval prioritariamente e deixará a república e a democracia aos prantos aguardando o retorno das férias.

Este é o Brasil.

"A fantasia que você queria que eu usasse neste carnaval, era de palhaço, era de palhaço."

- - -
Dr. Pedro Lagomarcino
OAB/RS 63.784
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Dilma fala besteira, mente sobre a economia brasileira é se torna motivo de piada internacional.

Sintetizando  só abre a boca para falar besteira.

https://youtu.be/zYNK5TgX7T4

sábado, 19 de dezembro de 2015

aparelhamento inescrupuloso da máquina do Estado pelo PT,

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O Estado de S. Paulo
18/12/2015
Estratégia imoral

Interessa muito ao governo de Dilma Rousseff e aos corruptos em geral espalhar a versão segundo a qual a Operação Lava Jato é a responsável pela instabilidade política e econômica do País. Ao atingirem gente graúda por suspeita de participação nesse grande escândalo, as autoridades policiais e judiciais, conforme essa interpretação, comprometem o trabalho do Congresso e assustam o meio empresarial, prejudicando o País no momento em que este mais precisa de serenidade.
Embora seja de um cinismo patente, tal visão tem conquistado adeptos. Por essa razão, e por incrível que pareça, tornou-se necessário enfatizar, com todas as letras, que a instabilidade que hoje paralisa o Brasil é resultado do comportamento devasso dos políticos e empresários envolvidos no assalto ao Estado patrocinado pelo governo petista, e não do esforço da polícia, do Ministério Público e da Justiça para pôr cobro nesse descalabro. Se não houvesse a esbórnia do petrolão, do mensalão e de outros escândalos menores, não haveria crise nas atuais dimensões. E essa crise só será superada quando a Justiça cumprir integralmente sua missão.
Trata-se de uma constatação elementar, mas parece que, em meio ao tumulto em que se transformou a vida política nacional, o óbvio já não é mais tão ululante – para satisfação dos que têm culpa no cartório. Todos concordam – alguns mais por conveniência do que por convicção – que é preciso punir os corruptos, mas há quem sustente que a Lava Jato, com suas complexas conexões e seus desdobramentos imprevisíveis, adiciona insegurança a um cenário já suficientemente abalado. “O que nos preocupa é a instabilidade política que isso gera”, comentou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), em agosto. De lá para cá, essa visão que toma o efeito pela causa só tem se espalhado. Trata-se de uma tentativa de minimizar a avassaladora crise moral produzida pelo aparelhamento inescrupuloso da máquina do Estado pelo PT, acolitado por empresários e funcionários desonestos.
Essa visão interessa muito a Dilma, ao PT e a seus parceiros, que precisam desesperadamente desmoralizar a Lava Jato. A operação, como se sabe, frustrou um gigantesco sistema de arrecadação criminosa de fundos públicos, que atendia a interesses os mais diversos dentro do condomínio de poder construído por Lula e mantido por Dilma. Era essa base, alicerçada na corrupção e no compadrio, que prometia garantir fartura de recursos para sedimentar o lulopetismo no poder. Agora, com esse edifício de desfaçatez exposto à luz do dia, cresce a certeza de que ninguém – ninguém, frise-se – será poupado. “Tem tanta coisa para acontecer ainda nessa Lava Jato”, disse o lobista Fernando Baiano, delator da Lava Jato. É justamente isso o que apavora o governo.
O Planalto nunca escondeu seu desconforto em relação à Lava Jato, o que é natural, dado o envolvimento de muitos de seus inquilinos nos escândalos. Tratou de insinuar, por exemplo, que a operação contra próceres do PMDB, inclusive ministros, foi açodada. Em nota, a Presidência disse esperar “que todos os investigados possam apresentar suas defesas dentro do princípio do contraditório” – como se as buscas não tivessem sido autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal, guardião das garantias constitucionais.
Ao mesmo tempo, o governo alardeia que a operação tende a agravar a instabilidade política. A estratégia é recorrente. Em julho passado, por exemplo, Dilma disse, em reunião com seus ministros, que “o pior é a instabilidade” política e econômica causada pela Lava Jato. “Para vocês terem uma ideia, a Lava Jato provocou uma queda de um ponto porcentual no PIB brasileiro”, afirmou Dilma, numa tentativa torpe de atribuir às ações da Justiça a culpa pelo desastre econômico causado apenas por sua incompetência. Na mesma época, a Fundação Perseu Abramo, do PT, afirmava que a Lava Jato “criou um cenário de incerteza política que impede a criação de coalizões sólidas, que permitam ao governo implementar sem maiores custos seu projeto” – isto é, responsabilizou a operação policial pelo desastre político que tem sido o governo Dilma.
Cabe aos brasileiros honestos não se deixarem levar por essa tentativa imoral de constranger os que se empenham em limpar o monturo acumulado por essa gente.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Quen temcunha tem medo charge Kacio Vianna

http://www.metropoles.com/sai-do-serio/charge/quem-tem-cunha-tem-medo-3

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

realidade do Estado petista.

Por FERNÃO LARA MESQUITA, em 24 Out 2015
Poucas vezes terá havido situação semelhante à deste nosso banquete de horrores no qual 90% dos comensais declaram-se com nojo da comida que lhes tem sido servida, mas são obrigados a continuar a tragá-la simplesmente porque não sabem pedir outro prato.
Na segunda-feira, 19, O Globo publicou nova reportagem da série Cofres Abertos, sobre a realidade do Estado petista. O título era Remuneração em ministério vai até R$ 152 mil. Eis alguns dados: Lula acrescentou 18,3 mil funcionários à folha da União em oito anos. Em apenas quatro Dilma enfiou mais 16,3 mil. Agora são 618 mil, só na ativa; 103.313 têm "cargos de chefia". Os títulos são qualquer coisa de fascinante. Há um que inclui 38 palavras: "chefe de Divisão de Avaliação e Controle de Programas, da Coordenação dos Programas de Geração de Emprego e Renda..." e vai por aí enfileirando outras 30, com o escárnio de referir um acinte desses à "geração de emprego e renda".
O "teto" dos salários é o da presidente, de R$ 24,3 mil. Mas a grande tribo só de caciques constituída não pelos funcionários concursados ou de carreira, mas pelos"de confiança", com estrela vermelha no peito, ganha R$ 77 mil, somadas as"gratificações", que podem chegar a 37 diferentes. No fim do ano tem bônus "por desempenho". A Petrobrás distribuiu mais de R$ 1 bilhão aos funcionários em pleno "petrolão", depois de negar dividendos a acionistas. A Eletronorte distribuiu R$ 2,2 bilhões em "participação nos lucros", proporcionados pelo aumento médio de 29% nas contas de luz dos pobres do Brasil, entre os seus 3.400 funcionários. Houve um que embolsou R$ 152 mil.
A folha de salários da União, sem as estatais, que são 142, passará este ano de R$ 100 bilhões, 58% mais, fora inflação, do que o PT recebeu lá atrás.
Essa boa gente emite 520 novos "regulamentos" (média) todo santo dia. Existem 49.500 e tantas "áreas administrativas" divididas em 53 mil e não sei quantos"núcleos responsáveis por políticas públicas"! Qualquer decisão sobre água tem de passar pela aprovação de 134 órgãos diferentes. Uma sobre saúde pública pode envolver 1.385 "instâncias de decisão". Na educação podem ser 1.036. Na segurança pública, 2.375!
E para trabalhar no inferno que isso cria? Quanto vale a venda de indulgências?
Essa conversa da CPMF como única alternativa para a salvação da pátria em face da "incompressibilidade" dos gastos públicos a favor dos pobres não duraria 10 segundos se fatos como esses fossem sistematicamente justapostos às declarações que 100 vezes por dia os jornais, do papel à telinha, põem no ar para afirmar o contrário. Se fossem editados e perseguidos pelas televisões com as mesmas minúcia, competência técnica e paixão com que seus departamentos de jornalismo fazem de temas desimportantes ou meramente deletérios verdadeiras guerras santas, então, a Bastilha já teria caído.
Passados 10 meses de paralisia da Nação diante da ferocidade do sítio aos dinheiros públicos e ao que ainda resta no bolso do brasileiro de 2.ª classe, com a tragédia pairando no ar depois de o governo mutilar até à paraplegia todos os investimentos em saúde, educação, segurança pública e infraestrutura, a série do Globo é, no entanto, o único esforço concentrado do jornalismo brasileiro na linha de apontar com fatos e números que dispensam as opiniões de "especialistas" imediatamente contestáveis pelas opiniões de outros "especialistas" para expor a criminosa mentira de que este país está sendo vítima
Nem por isso deixou de sofrer restrições mesmo "dentro de casa", pois, apesar da contundência dos fatos, da oportunidade da denúncia e da exclusividade do que estava sendo apresentado, a 1.ª página do jornal daquele dia não trazia qualquer"chamada" para o seu próprio "furo" e nem as televisões da casa o repercutiram. O tipo de informação sem a disseminação da qual o Brasil jamais desatolará da condição medieval em que tem sido mantido tornou-se conhecido, portanto, apenas da ínfima parcela da ínfima minoria dos brasileiros alfabetizados que lê jornal que tenha folheado O Globo inteiro daquele dia até seus olhos esbarrarem nela por acaso e que se deixaram levar pela curiosidade página abaixo.
É por aí que se agarra insidiosamente ao chão essa cultivada perplexidade do brasileiro que, em plena "era da informação", traga sem nem sequer argumentar aquilo que já não admitia que lhe impingissem 200 anos atrás mesmo que à custa de se fazer enforcar e esquartejar em praça pública.
Do palco à plateia, Brasília vive imersa no seu "infinito particular". Enquanto o País real, com as veias abertas, segue amarrado ao poste à espera de que a Pátria Estupradora decida quem vai ou não participar da próxima rodada de abusos, os criminosos mandam prender a polícia e a plateia discute apaixonadamente quem deu em quem, entre os atores da farsa, a mais esperta rasteira do dia.
Deter o estupro não entra nas cogitações de ninguém. A pauta da imprensa – e com ela a do Brasil – foi terceirizada para as "fontes" que disputam o comando de um sistema de opressão cuja lógica opõe-se diametralmente à do trabalho. Os fatos, substância da crítica que pode demolir os "factoides", esses todos querem ocultados.
Perdemos as referências do passado, terceirizamos a "busca da felicidade" no presente, somos avessos à fórmula asiática de sucesso quanto ao futuro. Condenamo-nos a reinventar a roda em matéria de construção de instituições democráticas porque a que foi inventada pela melhor geração da humanidade no seu mais "iluminado" momento e vem libertando povo após povo que dela se serve está banida das nossas escolas e da pauta terceirizada pela imprensa a quem nos quer para sempre amarrados a um rei e seus barões. Como o resto do mundo resolve os mesmos problemas que temos absolutamente não interessa aos "olheiros" dos nossos jornais e TVs no exterior, que, de lá, só nos mostram o que há de pior...
A imprensa nacional está devendo muito mais à democracia brasileira do que tem cobrado aos outros nas suas cada vez mais segregadas páginas de opinião.


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Propaganda na Guerrilha do Araguaia

16 de dezembro de 2015

Propaganda na Guerrilha do Araguaia


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S Azambuja

Segundo o Pequeno Dicionário Político, editado em Moscou, em 1984, pela Editora Progresso, PROPAGANDA “é a ação exercida sobre a opinião pública no sentido de levá-la a apoiar determinadas idéias políticas, científicas ou artísticas, ou a dar um impulso a atividades práticas de massa”.

Num sentido mais restrito, a propaganda, política ou ideológica, visa inculcar nas massas uma ideologia.

Existem dois tipos de propaganda opostos: a comunista e a burguesa. Diz a propaganda dos partidos comunistas que eles se empenham em popularizar as idéias do marxismo-leninismo e explicar as políticas do partido, a fim de esclarecer, educar e organizar as massas. Para eles, esse é um meio de dirigirem os diferentes processos da luta revolucionária, da edificação do socialismo e do comunismo. O que distingue essencialmente a propaganda comunista é “o seu caráter ao mesmo tempo científico e concreto, o espírito de partido que a anima, a consideração das realidades, a estreita associação da propaganda e do trabalho de organização”.

Qualquer atividade humana, seja ela política, ideológica, artística e empresarial, para que consiga fixar-se diante da opinião pública, deverá buscar a credibilidade, a simpatia, e até mesmo a adesão. 

Isso é conseguido através da divulgação do que é a atividade, sua finalidade e objetivos. A propaganda é utilizada sob várias formas, objetivando atingir a finalidade desejada. Para surtir efeitos positivos, ela deve ser bem elaborada, com uma linguagem adequada, capaz de atingir o público-alvo, de forma a transformá-lo em simpatizante e, quando o objetivo tiver um fim ideológico, em defensor e propagandista das idéias divulgadas.

Na propaganda com fins ideológicos é indispensável  a existência de uma bandeira de luta,  uma causa, que defenda as aspirações de uma classe, um grupo de pessoas ou um povo.

O rebelde não poderá empenhar-se seriamente numa rebelião a menos que tenha uma causa bem fundamentada com a qual possa atrair prosélitos. Essa causa é tudo quanto ele possui no início. Ela deve ser forte para que a ideologia trabalhe em seu favor e para que ele, rebelde, supere sua debilidade inicial. 

Não necessariamente, entretanto, a atitude da população será ditada pelos méritos da causa ou dos contendores, e sim pela preocupação primitiva com sua segurança. Qual o lado que proporciona a melhor proteção, qual o mais ameaçador, qual provavelmente vencerá, são os critérios que, geralmente, determinam a posição da população.
       
Não tendo responsabilidades, o rebelde estará livre para utilizar quaisquer truques, mas o contra-rebelde está preso às suas responsabilidades e ao seu passado.

Nesse contexto, como obter o apoio da população? Não apenas em forma de simpatia e aprovação, como também em participação ativa na luta contra o rebelde?

Como se sabe, a resposta está na seguinte proposição, que expressa o princípio básico do poder político: em qualquer situação, qualquer que seja a causa, haverá uma minoria ativa a favor da causa, uma maioria neutra e uma minoria ativa contra a causa.

A técnica consiste em confiar na minoria favorável, objetivando congregar a maioria neutra e neutralizar a minoria hostil.

Em determinados casos extremos, quando a causa e as circunstâncias forem extraordinariamente boas ou más, uma das minorias desaparece ou se torna desprezível, e pode mesmo haver uma certa unanimidade pró ou contra entre a população. Tais casos, no entanto, obviamente, são raros. 

Isso se aplica a qualquer regime político, desde a mais violenta ditadura à mais branda democracia. Os costumes e as leis podem impor limitações. Entretanto, num país afligido por uma guerra revolucionária, uma guerra suja, o que está em jogo é o Poder, desafiado diretamente por uma minoria ativa através do emprego da força, da subversão, e, enfim de todas as formas de luta. 

O contra-rebelde que estiver limitado por suas leis de tempo de paz, tende a aceitar que a guerra suja se prolongue e se alastre, tornando-a incontrolável. Até onde estender as limitações é, todavia, um problema de ética. Mas, numa guerra suja, como se poderá ser definido o conceito de Ética?

Tal fato ocorreu e ainda ocorre em alguns países da América Latina e do mundo.

Todas as guerras são cruéis, mas a guerra revolucionária é a mais cruel de todas, porque cada cidadão, qualquer que seja sua vontade, ideologia ou ausência dela, está ou será diretamente envolvido nela pelo rebelde, que necessita dele e não pode permitir a sua neutralidade. Já o contra-rebelde não pode cometer crime maior do que aceitar ou resignar-se com uma guerra prolongada, do tipo daquela que os militantes do PC do B pretendiam instalar no Araguaia.

O problema estratégico do contra-rebelde, nesse caso, é o mesmo do rebelde, e pode ser, então, assim resumido: encontrar uma minoria favorável e organizá-la a fim de mobilizar a população neutra contra a minoria rebelde. Todas as operações levadas a efeito, sejam nos campos militar, político, psicossocial ou econômico, devem ter em mira esse objetivo. Foi assim durante a violência armada nas cidades e também na Guerrilha do Araguaia.

Quanto melhor for a causa e a situação, maior será a minoria ativa a ela favorável, tornando menos difícil a sua tarefa. Isso dita a meta principal da propaganda: mostrar que a causa e a situação do contra-rebelde são melhores que as do rebelde.

No entanto, quando a vida das pessoas está em jogo é necessário mais do que a simples propaganda para fazê-las colaborar.

Uma vez que o rebelde haja estabelecido seu domínio sobre uma população, a minoria que lhe era hostil torna-se invisível. Alguns de seus membros serão eliminados fisicamente - como ocorreu no Araguaia, a título de “justiçamento”-, outros retiram-se da área em conflito, a maioria fica intimidada e esconde seus sentimentos, e outros chegam, até mesmo, a  mostrarem-se favoráveis à rebelião. A população, sentindo-se vigiada pelos colaboradores ativos da rebelião, vive sob a ameaça de denúncias e de imediata punição por parte do rebelde.

Nesse sentido, é fundamental que os colaboradores ativos do rebelde sejam neutralizados ou eliminados, pois a minoria hostil à rebelião não aparece, ou melhor, não pode aparecer enquanto não seja afastada, até um ponto razoável, a ameaça de delação.

Isso dá margem a deduzir-se que a ação política efetiva sobre a população deve obrigatoriamente ser precedida por operações militares ou policiais contra a guerrilha e seus colaboradores. Nesse sentido, o contra-rebelde necessita de um êxito convincente tão cedo quanto possível, a fim de demonstrar que possui a determinação, os meios e a capacidade de vencer.

O contra-rebelde jamais poderá entrar em negociações com o rebelde - como vem sendo tentado há vários anos e ocorreu agora na Colômbia, por exemplo - exceto de uma extrema posição de força, sob pena de seus simpatizantes e colaboradores em potencial se bandearem para o lado rebelde, pois a negociação corre o risco de ser encarada como um fator de fraqueza. 

Finalmente, recordamos que na guerra convencional, a força é avaliada de acordo com critérios militares e outros, tangíveis, tais como o número de Divisões, as posições que detêm, os recursos industriais, etc. Na  guerra revolucionária, todavia, a força deve ser avaliada pela extensão do apoio da população, medida em termos de organização política na área denominada estratégica. 

As operações, necessárias para afastar o rebelde da população e para convencê-la de que o contra-rebelde será o vitorioso, são necessariamente de natureza intensiva e de longa duração, exigindo uma grande concentração de esforços, recursos, pessoal e imaginação.

No entanto, tal como o terrorismo indiscriminado, a propaganda contém uma perigosa tendência de virar-se contra seus autores. De todos os instrumentos de guerra, é o mais delicado, e seu emprego exige cautela, visão constante da realidade e rigoroso planejamento. Seguramente, não é uma tarefa para amadores. 

Tal como em qualquer outro agrupamento humano, encontra-se entre os rebeldes e seus colaboradores uma grande variedade de pensamentos, sentimentos e graus de lealdade à causa rebelde. Tratá-los como se fossem um bloco, cimentaria entre eles um sentimento de mútua solidariedade. A meta da propaganda psicológica do contra-rebelde deve ser, portanto, dividir as fileiras do rebelde, provocar antagonismos entre a massa e os rebeldes, e conquistar para o seu lado os dissidentes.

A “Comissão Militar” do PC do B na Guerrilha do Araguaia bem que tentou ganhar as massas para a sua causa, constituindo, em maio de 1972, logo no início das hostilidades, a “União para a Liberdade e Direitos do Povo” (UDLP) - entidade que em alguns documentos é também referida como “Movimento de Libertação do Povo” - com um programa amplo de propaganda de seus objetivos, definidos em 27 pontos. Mas, de que valeria difundir um programa desse tipo dirigido a uma população majoritariamente analfabeta ou pouco escolarizada?

No período de maio a dezembro de 1972, os guerrilheiros emitiram os seguintes documentos:
        
Em 25 de maio de 1972, o Comunicado nº 1 de autoria do tal “Movimento de Libertação do Povo”. Esse Comunicado era dirigido especificamente aos posseiros, trabalhadores do campo e a todas as pessoas progressistas do Sul do Pará, Oeste do Maranhão e Norte de Goiás, bem como aos moradores dos municípios de Xambioá, Araguatins, Imperatriz, Tocantinópolis, Porto Franco e Araguaina. A guerrilha considerava essas localidades como áreas de sua influência.

Tal Comunicado abordava a chegada das Forças Armadas à área; informava sobre a existência do “Movimento de Libertação do Povo” e seu empenho na defesa da população, afirmando que as “Forças Guerrilheiras do Araguaia” estavam firmemente dispostas a combater os “soldados da ditadura”.

O Comunicado referia-se à simpatia de “amplos setores da população urbana e camponesa a favor do movimento armado”, e pedia que o exemplo dado pelos habitantes do Araguaia fosse seguido por todo o povo brasileiro.

Em 15 de julho de 1972, a guerrilha emitiu o documento intitulado “Internei-me na Mata para Combater os Inimigos do Povo - Carta de um Chefe Guerrilheiro do Araguaia”. O documento era uma carta de “Osvaldão”- OSVALDO ORLANDO DA COSTA, comandante do Destacamento B da guerrilha, relatando ao povo da região o trabalho por ele desenvolvido naquela área desde sua chegada, em 1966, espaço de tempo em que conseguiu obter a amizade da maioria da população. O documento de “Osvaldão” concitava a que o povo ajudasse a combater os “inimigos do povo”, referindo-se às Forças Armadas.

Em 20 de julho de 1972 foi emitida a “Carta dos Guerrilheiros Moradores no Sítio Faveiro”, assinada por vários guerrilheiros, descaracterizados em “moradores do Sítio Faveiro”, liderados por “Zé Carlos” - ANDRÉ GRABOIS, comandante do Destacamento A, dirigida ao Bispo de Marabá, D. ESTEVÃO CARDOSO DE AVELAR. A carta hipotecava solidariedade ao padre ROBERTO e à irmã MARIA DAS GRAÇAS, “violentados por tropas do Exército”. A carta fazia também um relato das operações desenvolvidas, até então, pelo Exército, na região em que se localizava o Destacamento A.

Essa carta objetivava, sem dúvida, conseguir um possível apoio da chamada Igreja Progressista ao movimento guerrilheiro. 

Em 10 de setembro de 1972, outra carta, assinada pelas “Forças Guerrilheiras do Araguaia” era dirigida ao “Estimado Velho” (pessoa não identificada, que se supõe fosse JOÃO AMAZONAS, Secretário-Geral do PC do B), fazendo um relato dos confrontos ocorridos desde 12 de abril, falando das dificuldades de toda espécie encontradas; do apoio da população e do grau de simpatia que esta tinha pelos guerrilheiros; dos “insucessos do Exército e o medo dos soldados em penetrarem no mato”; do modo de vida dos guerrilheiros na selva e das formas de sobrevivência, utilizando a caça e os alimentos que ela produzia.

Em 20 de outubro de 1972, foi emitido o documento intitulado “Uma Heroína do Povo”, assinado pelo “Comando das Forças Guerrilheiras do Araguaia”, no qual é feito o relato de um confronto ocorrido em 28 de setembro de 1972, ocasião em que foi morta a guerrilheira “Fátima”- HELENIRA REZENDE DE SOUZA NAZARETH. O documento ressalta a coragem de “Fátima” e sua bravura, ferindo um sargento e matando um soldado.

Ainda em 20 de outubro de 1972, as “Forças Guerrilheiras do Araguaia” emitiram o “Comunicado nº 2”, que tecia uma crítica ao que a guerrilha interpretou como “2ª Campanha” do Exército, analisando o aparato militar utilizado “sem que tivesse tido sucesso contra as forças guerrilheiras”. A guerrilha considerou-se vitoriosa nessa campanha, fato que, com certeza, serviu de incentivo para o prosseguimento da aventura. Esse Comunicado teceu também uma crítica às ações do Exército e do governo federal, por terem aumentado a assistência à região, inclusive abrindo estradas na selva.

Um documento sem data, com o título “O que está acontecendo no Sul do Pará”, contendo um relato sobre as operações militares desenvolvidas a partir de 12 de abril de 1972, a título de reportagem, objetivando divulgação e até uma possível publicação pela imprensa, o que não ocorreu. Essa presumível reportagem contém três subtítulos: “Duas Versões sobre as Operações Militares”; “Uma Região onde Aumentam as Tensões Sociais”; e “Proíbem a Divulgação dos Fatos”.

Tal documento foi remetido, via postal, a todos os sindicatos e entidades de classe do território nacional.

De outubro de 1972, época em que a “Comissão Militar” se julgava vencedora da 2ª Campanha, até o desmantelamento total da guerrilha, em meados de 1974, nenhum outro Comunicado foi emitido. Nenhum desses documentos surtiu qualquer efeito no sentido do apoio à causa defendida pelo PC do B, que se viu isolado, inclusive pelos demais partidos e organizações marxistas-leninistas engajadas na violência armada nas áreas urbanas, que, na época – 1974 -, já haviam sido totalmente neutralizadas.


Carlos Ilich Santos Azambuja é Historiador.