24/10/2011
às 5:55No país da piada pronta - Sarney inspira Lobão a agravar pena de corrupção
Por Andrea Jubê Vianna, no Estadão:
Inspirado em discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que se declarou preocupado com a impunidade, “uma chaga da nossa sociedade”, principalmente nos crimes de homicídio - o senador Lobão Filho (PMDB-MA) promete apresentar nesta semana projeto de lei para transformar a corrupção em crime hediondo.
Inspirado em discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - que se declarou preocupado com a impunidade, “uma chaga da nossa sociedade”, principalmente nos crimes de homicídio - o senador Lobão Filho (PMDB-MA) promete apresentar nesta semana projeto de lei para transformar a corrupção em crime hediondo.
“O crime de desvio de recurso público na área da saúde, da educação, tem um poder de homicídio em massa. Como uma contribuição à ideia de vossa excelência, pretendo dar entrada nesse projeto”, justificou Lobão, que é filho e suplente de um dos mais antigos e leais aliados de Sarney, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA).
Os crimes hediondos, como homicídio qualificado e tráfico de drogas, não admitem fiança e têm penas mais graves, que devem ser cumpridas em penitenciárias de segurança máxima. Sarney agradeceu a iniciativa de Lobão Filho e se declarou “profundamente gratificado” por ter conseguido sensibilizar o Senado para o problema da impunidade.
Com mais de 50 anos de vida pública, ex-presidente da República e quatro vezes presidente do Senado, José Sarney transformou-se em um dos políticos que mais enfrentaram denúncias nos últimos anos, sem que nenhuma delas o afastasse do poder. Há um mês, Sarney foi alvo de vaias de 100 mil pessoas no Rock in Rio 2011 - puxadas pelo vocalista da banda Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, que lhe dedicou a música “Que país é este?” Em 2009, no comando do Senado pela terceira vez, Sarney foi alvo de 11 representações por quebra de decoro no Conselho de Ética, que acabaram arquivadas, sem abertura das investigações.
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E Sarney, o Nosferatu, pretende continuar no pescoço dos maranhenses mesmo depois de morto
Pobre Maranhão pobre!
Escrevi ontem aqui sobre a proposta da governadora Roseana Sarney de passar a fundação que cuida da hagiografia de seu pai, o senador José Sarney (PMDB-AP), para o estado. Afirmei tratar-se de uma postura que explica por que o estado, que não sofre com a seca, a exemplo de outros estados do Nordeste, tem o pior IDH do país. A tragédia que assola o Maranhão é humana.
Pois bem!
Hoje, 30 dos 42 membros da Assembléia Legislativa, todos da base do governo, aprovaram a estadualização da fundação. Oito votaram contra, e quatro não compareceram. O presidente seccional maranhense da Ordem dos advogados do Brasil, Mario Macieira, disse que a lei 259/11, “aparentemente”, é inconstitucional e que a entidade já estuda a possibilidade de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a aplicação da lei.
Vampiro
Volta e meia, lembro aqui uma frase de Paulo Francis, que indagava quando alguém enfiaria uma estaca (metáfora,viu, Ira-ny?!) no coração de Sarney. Pois é… O cara leva mesmo a sério esse negócio de Nosferatu. A fundação pretende fazer dele um ser, digamos assim, “imorrível”. Mesmo quando já não estiver mais entre os maranhenses, continuará a lhes sugar o sangue por meio dos recursos do Orçamento que serão drenados para a fundação, enquanto o Maranhão ficará esfaimando.
Volta e meia, lembro aqui uma frase de Paulo Francis, que indagava quando alguém enfiaria uma estaca (metáfora,viu, Ira-ny?!) no coração de Sarney. Pois é… O cara leva mesmo a sério esse negócio de Nosferatu. A fundação pretende fazer dele um ser, digamos assim, “imorrível”. Mesmo quando já não estiver mais entre os maranhenses, continuará a lhes sugar o sangue por meio dos recursos do Orçamento que serão drenados para a fundação, enquanto o Maranhão ficará esfaimando.
A coisa toda leva jeito de ser ilegal. Ainda que não seja, é asquerosamente imoral.