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terça-feira, 18 de março de 2014

A DEGRADAÇÃO NO PODER JCN

FOTO SEM NECESSIDADE DE COMENTÁRIO

ebONTEMhOJE cópia
I N F E L I S M E N T E !!!
Congratulações à Esquerda
O texto abaixo comenta a forma   lenta e gradual com que os antigos terroristas e militantes comunistas   assumiram posições de destaque na política nacional, utizando-as para   embolsar dinheiro público e humilhar os que impediram seus planos   totalitários no passado.
“As feridas e os erros da esquerda   precisam sangrar para que as insuficiências e incompreensões possam ser   superadas” (JOSÉ GENOÍNO, O Globo, 06 Fev 96).

Logo após a Revolução de 31 de   Março e 1964 que depôs o governo comunizante de João Goulart, as organizações,   grupos e partidos de esquerda então existentes em nosso país e, logo após,   inúmeras outras organizações constituídas pelas bases radicalizadas do   chamado “Partidão”, definiram como prioridade a derrubada do regime   instituído, utilizando como tática a violência armada e todas as formas de   luta, conforme prescrevem os manuais do marxismo-leninismo.
Esse projeto de luta armada, no   entanto, vinha sendo alimentado desde   antes de 1964, estimulado pelo exemplo da revolução cubana. Isso, sem falar   nas propostas de revolução armada que vinham de muito antes, na melhor   tradição bolchevique, como o levante comunista de 1935, determinado pelo Komintern.
É notório que já no governo Jango   existiam grupos voltados para essas formas de luta “mais avançadas”,   segundo o jargão marxista.
Nesse sentido, é esclarecedor o   depoimento de um ex-guerrilheiro urbano, membro dirigente, nos anos 60, da   Dissidência da Guanabara e, depois, do Movimento Revolucionário Oito de   Outubro, preso, banido do país e posteriormente anistiado: “(…)Antes da   radicalização da ditadura, em 1968, e antes mesmo de sua própria instauração,   em 1964, estava no ar um projeto revolucionário ofensivo. Os dissidentes se   estilhaçariam em torno de encaminhamentos concretos, formando uma miríade de   organizações e grupos, mas havia acordo quanto ao nó da questão: chegara a   hora do assalto” (Daniel Aarão Reis, atualprofessor de História   Contemporânea da Universidade Federal Fluminense. publicado na revista “Teoria   e Debate” de julho/agosto/setembro de 1996).
Os seqüestros de aviões, de diplomatas   estrangeiros, os roubos de armas, os atentados terroristas, os assaltos a   agências bancárias, a estabelecimentos comerciais e até mesmo a residências,   os ataques a quartéis, foram transformados em tática   militar e precederam o que é denominado de “radicalização da ditadura”   em dezembro de 1968, com a edição do Ato Institucional nº 5.
Em 1970, ao assumir a presidência   da República, o general Garrastazu Médice definiu como prioritário o fim do   terrorismo e para isso criou os DOI/CODI. No entanto, Marighela não mais   existia, pois havia sido morto em uma via pública, em São Paulo, no ano   anterior. Essa via pública, assim como tantas outras, foi definida,   posteriormente, pela Comissão de Mortos e Desaparecidos, como um local   assemelhado a uma dependência policial ou sujeito à administração   militar.
Ele, Marighela, que a Inteligência cubana imaginava   transformar no sucessor de Che Guevara(vide o livro de Luis Mir, “A   Revolução Impossível”) havia deixado um testamento que iria ser   responsável por uma montanha de mortos entre os que seguiram seus   ensinamentos: oMinimanual do Guerrilheiro Urbano.
Lamarca, no entanto, que traiu o   Exército, sua mulher e seus filhos, ladrão de armas, assaltante de bancos,   seqüestrador e assassino de inocentes de forma vil, como a morte a coronhadas   dotenente Alberto Mendes Junior, no Vale da   Ribeira, ainda viveria até o ano seguinte. Em setembro de 1971 seria morto no   sertão da Bahia, local que a Comissão de Mortos e Desaparecidos definiu como sujeito   à administração militar, para, assim, indenizar sua mulher que já era   pensionista de seu marido.
Em agosto de 1979, com as   guerrilhas urbana e rural erradicadas e o país pacificado, o presidente   Figueiredo assinou a lei que concedeu uma anistia ampla, geral e irrestrita. Essa lei   libertou todos os terroristas que se encontravam presos.
Em maio de 1985, a chamada Nova   República legalizou os partidos clandestinos graças a uma   Emenda Constitucional de autoria do então deputado federal pelo PMDB Roberto   Freire, ele próprio dirigente de um desses partidos clandestinos, o PCB.
A partir de então, o aparelho   burocrático do governo passou a ser ocupado, de forma lenta, gradual e segura   pela esquerda derrotada, anistiada, mas não conformada. Os Órgãos de   Inteligência, na era Collor, foram desmantelados e as Forças Armadas   economicamente sufocadas, restando-lhes uma única função: sobreviver.
A Constituição cidadã, de   1988, propiciou centenas de retornos às Forças Armadas. O Estado promoveu-os   e pagou por isso. Também os demitidos e expulsos, foram reincorporados a partir   de 1985 e promovidos.
Como se isso não bastasse, uma   Comissão, denominada de “Mortos e Desaparecidos Políticos” foi   constituída e recompensou e continua a recompensar as famílias daqueles que   livremente escolheram o caminho da luta armada, seqüestraram, assaltaram e   mataram, sendo, afinal, mortos por aqueles que, constitucionalmente, cumpriam suas obrigações de defender a Lei e a   Ordem, coerentes com o juramento que fizeram ao entrar para a carreira   militar, de defender a Pátria com o sacrifício da própria vida.
Do lado dos que se opuseram a que a   Pátria fosse transformada em uma república popular democráticavidas preciosas foram perdidas, muitas famílias   ficaram sem os seus chefes, mas nenhuma delas, em todos esses anos, nada   reivindicou.
Com relação, especificamente, ao   caso de Carlos Lamarca, a relatora, na Comissão de Mortos e Desaparecidos,   uma ex-guerrilheira urbana, afirmou cinicamente que a repressão não respeitou   a Convenção de Genebra e que … “como os guerrilheiros do Araguaia, ele   (Lamarca) fez,também, prisioneiros aos quais respeitou a   integridade”e afirmou, também, que o redator da Lei que proporciona a recompensa   às famílias dos mortos pela repressão, então chefe do gabinete do   Ministério da Justiça, legislou por conta própria, e que … “foi vontade   do legislador incluir os que morreram em combate direto com as forças   repressivas”. Isso tudo não passa de uma piada.
Parabéns às esquerdas. Vocês   chegaram lá, utilizando os meios pacíficos, a la Gramsci. Afinal,   essa é uma forma de luta, também revolucionária.