Publicado
em 30 Junho, 2012 por liciomaciel
À
TURBRAN – Turma Barão do Rio Branco – AMAN 1952
O cara assina um troço desse o troco de permanecer no cargo!O troco é a Força, o Exército enxovalhado, no caso.
O comandante da Força permanece, sai a dignidade, o pundonor, saem os anos de profissionalismo ilibado; permanece o servilismo, o mau caráter, a subserviência…
Esse placa na AMAN me tira o prazer de ir lá, saudar os nossos 60 anos de Aspirantado!
Estou
colocando na Internet uma Carta Aberta, assim:
Exmo. Sr. Gen. Enzo,
Comandante do Exército.
Com
sua concordância leniente transmudada em ordem, as paredes sacrossantas (porque
fiadoras, anos após anos, das decências, das purezas e dos respeitos devidos à
Pátria Brasileira) da nossa Academia Militar das Agulhas Negras passam a
ostentar uma placa cujos dizeres espúrios são ditados apenas pelo ranço
político-partidário.
Fique
Vossa Excelência obediente a sua consciência político-partidária e mantenedora
das regalias do cargo de comandante de Exército, tão imprescindíveis à
senectude; eu, mais idoso do que V. Exa., fico com a memória sem placas da Casa
que me forjou a profissão, limpa, incólume, reverente, intimorata.
Não
voltarei a ver essa Casa porque V. Exa., num rabisco de ordem que não pode
sujar a memória dela, sujou o seu tempo, sua parede, o piso, o riso moço, o
denodo distendido, a continência rija, o ideal verde-oliva vincado nas marchas
do cotidiano.
V.
Exa. passará: o seu desamor, não!
Ilo
Francisco M. de Barros Barreto
Artilharia
– AMAN / 52
Permita-me, velho Ilo, fazer minhas suas palavras.(Licio)
E a min também (JNascimento -Editor Reservativa)
Ainda a subserviência:
Palavras do Gen Marco Felicio:
“Para não deixar dúvidas quanto à subserviência e à afronta que representa tal acordo, a placa acintosamente levará o nome da Comissão Interamericana de Direitos Humanos”, o que ele considera que “fere a soberania nacional”. O general, que lamentou a morte do cadete, diz ainda que o acordo “aponta a Aman como palco de torturas e denigre o seu corpo de instrutores”.
A Secretaria de Direitos Humanos contesta as afirmações, diz que não propôs a placa e explica que apenas intermediou a negociação. A pasta ressalta também que o acordo para a instalação da placa foi assinado por várias autoridades, inclusive o Comandante do Exército.
A enorme insatisfação com o acordo levou militares da ativa e da reserva a questionarem, internamente, a decisão do comandante do Exército, general Enzo Peri, de aceitar a colocação da placa. Peri não quis comentar a decisão.
Obtido pelo Grupo Estado, um ofício do chefe de gabinete do Comandante do Exército, de 14 de maio, informa que o “acordo”, em seu artigo 8.º, estabelece “o reconhecimento da responsabilidade do Estado (em relação à morte do cadete Lapoente) em relação à violação dos direitos humanos”, “reconhecimento” que irritou os militares, que lembram que “no exercício da profissão militar, no seu dia a dia, o risco de vida é constante”.
Fonte
– O Estado de S. Paulo.