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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Joaquim Barbosa recua, evita crise institucional e livra a cara dos bandidos do PT

O aparente recuo na posição do ministro Joaquim Barbosa na decisão que já havia tomado de prender os condenados no julgamento do Mensalão certamente deve-se ao clima de confronto que se instalou na Câmara, principalmente nas últimas quarenta e oito horas, mesmo com a casa vazia desde ontem, por conta do recesso. Se Barbosa decretasse a prisão dos deputados condenados, eles seriam realmente abrigados nas dependências da Câmara, e a ordem era para a Polícia Legislativa dar-lhes proteção, nem que fosse necessário resistir a uma tentativa de entrada na casa da PF. Marco Maia, amparado pelo PT, por Lula e até mesmo por Sarney e todas as bancadas governistas, estava firmemente decidido a isso. Seria impensável ver o Congresso cercado e os deputados mensaleiros entrincheirados. O deputado Marco Maia procurou decisivamente uma ruptura institucional, o que favoreceria seus companheiros mensaleiros. Até mesmo os poucos deputados da oposição ainda presentes na casa por conta da questão orçamentária, passaram a dizer que a decisão de Barbosa faria o jogo do PT e de Lula, transformando os deputados condenados em verdadeiros mártires, o que a tornaria contraproducente. Esses deputados, mesmo achando que o lugar dos condenados é na cadeia, também entendem que a prisão só deve ocorrer depois do trânsito em julgado da decisão. A questão tem forte caráter corporativo. Além disso, a informação que circulou no Congresso era de que, se Barbosa insistisse na decisão, seria pedido o seu impeachment, o qual teria muita chance de ser aprovado pelo Senado.A verdade é que Barbosa sofreu pressões inimagináveis. E cedeu. Mas talvez há muito tempo não tenhamos experimentado um risco tão grande de impasse institucional quanto nas últimas horas. Tudo isso enquanto milhões de brasileiros se preparam para o Natal

Creditos  Jornalista Polibio Braga  em seu blog