ROENDO PELAS BERADAS, DILMAMATA VAI LIQUIDANDO TUDO QUE É BRÁS (JCN)
Dilma
prepara privataria na Eletrobrás, enquanto é alvo de ação internacional de
investidores lesados
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Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
Na linha de se livrar de problemas energéticos que podem
atrapalhar sua reeleição, a Presidenta Dilma Rousseff prepara uma das grandes
privatizações de seu governo. Em acordo com os aliados do PMDB (principalmente
a turma de José Sarney e Edson Lobão), Dilma vai criar uma holding para juntar
as distribuidoras de energia das regiões Norte-Nordeste, preparando-as para a
privataria petralha.
Claro, os petralhas e os parceiros políticos regionais, certamente através de
“laranjas”, vão comprar as empresas que hoje levam fama de mal geridas e
deficitárias. Usarão aquele rico dinheirinho público desviado nos habituais
esquemas mensaleiros. Um negoção em tempos de carência de energia. Têm a
desculpa de “reduzir custos” os futuros negócios de alienação de pelo menos 51%
das ações de seis distribuidoras: Amazonas Energia, Eletrobras Acre, Rondônia,
Roraima, Piauí e Alagoas.
Privatarias à parte, Dilma tem na Eletrobrás uma fonte de desgaste só
comparável com a Petrobrás. Investidores internacionais e nacionais das duas
“estatais” de economia mista vêm acumulando prejuízos com baixos dividendos e
queda do valor das ações na bolsa de valores. Tais interesses contrariados são
as grandes fontes ocultas de ações de espionagem e denúncias – a maioria
absolutamente procedentes – contra o governo e o principal chefe petista Luiz
Inácio Lula da Silva.
No caso da Eletrobrás, tudo se agravou com os desmandos cometidos pelo governo
na 160ª Assembleia Geral da empresa, no final do ano passado. Investidores
preparam ações judiciais contra o que chamam de “abuso de poder de controle sem
precedentes, que se materializa na tentativa de confiscar e expropriar o
patrimônio da companhia e dos acionistas”.
Os acionistas foram prejudicados com
a redução das reservas da empresa – o que provocou “um esvaziamento absoluto
dos dividendos estatutários a que tinham direito assegurado”.
Os maiores prejudicados foram os portadores de ações do tipo PNB. Por estatuto,
eles sempre tiveram direito a dividendo mínimo obrigatório no valor de 6% sobre
o capital próprio da Eletrobrás. Esvaziando o patrimônio, as reservas e o
faturamento anual da companhia,em uma assembleia geral sem quórum qualificado,
o governo Dilma atropelou a Lei.
Agora, a Presidenta em campanha reeleitoral faz a demagogia com a promessa de
redução na conta de luz, contraditoriamente quando o custo da energia aumenta
com o uso das termelétricas (hoje responsáveis por 25% da geração). A
Eletrobrás perdeu 70% de sua receita com a renovação dos contratos de concessão
com base na medida provisória (MP) 579 aprovada goela abaixo dos investidores
na 160ª assembleia.
A previsão de desgaste para Dilma é evidente: a delinquência contra a
Eletrobras e os seus acionistas foi consumada e sancionada por Dilma Rousseff.
Já que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), apesar de acionada pelos
lesados, nada fez até agora, o caso tem tudo para parar no órgão que fiscaliza
o mercado de ações nos Estados Unidos. Como os papéis da Eletrobrás são
negociados na Bolsa de Nova York, e a empresa tem elevada participação de
capital estrangeiro, a SEC (Security and Exchange Comission) pode causar sérios
problemas para atos ilegais do desgoverno brasileiro.
Qualquer medida dos lesados só deve acontecer depois de 28 de fevereiro, prazo
máximo para a Eletrobrás publicar seu Balanço de 2012. O grande perigo para os
investidores é que o governo faça na Eletrobrás o mesmo que fez com a conta
final do superávit primário: uma grande maquiagem nas demonstrações
financeiras, para tentar produzir contabilmente o milagre de que não lesou
ninguém. Se isto ocorrer, a vingança dos lesados pode custar caríssima para a
véspera de campanha reeleitoral de Dilma.