(transcrito de
averdadeufocada.com.br)
09/02/13- Mensageiros da
intranquilidade e da inquietação
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Ernesto Caruso
Publicado no O Estado/ MS
No dia 20/12/2012 houve o almoço da
presidente Dilma com os generais, rotina das festas natalinas regada
de afabilidades, sorrisos, e calorosos cumprimentos de mão, fotos
diferentes do ocorrido na cerimônia de posse do presidente do STF,
ministro Joaquim Barbosa, onde a sisudez da presidente embaciava o
ambiente. Constrangimento diante do relator da ação penal referente ao
mensalão do PT e condenação de alguns correligionários prestigiados
pelo partido.
O almoço de com/fraterni/zação
(fraternal…), ocorreu poucos dias depois da solenidade de entrega da
premiação, feita pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República. Dentre os que receberam o Prêmio Direitos Humanos, o
“Levante Popular da Juventude”, que tem organizado os escrachos contra
os agentes do Estado que derrotaram os
torturadores/terroristas/sequestradores que infernizaram este país nas várias
intentonas comunistas. E quem lhes entregou a menção honrosa foi a
presidente da República com palavras elogiosas: “o prêmio homenageia
pessoas lutadoras e que arriscam suas vidas em defesa dos direitos
humanos”. A ministra Maria do Rosário, organizadora, diz que o troféu
é o reconhecimento à generosidade de pessoas e organizações que tem
como finalidade trabalhar para a humanidade.
Essa “generosidade” se deve ao
aprendizado com Fidel/Che Guevara no tratamento aos opositores/presos
cubanos?
Quanta generosidade e risco de vida
ao insultar, cuspir e agredir os que compareceram à palestra sobre o
31 de Março no Clube Militar em 2012, militares com 70/80 anos e
civis, como relata no seu blog “papodefilhinha” as agressões que
sentiu uma jovem jornalista presente ao evento.
Outro exemplo de constrangimento
para a família e desrespeito aos vizinhos ocorreu diante da residência
do Cel Lício Maciel, 80, que como militar foi combater os terroristas
no Araguaia (1972/75), cumprindo ordem. Se não o fizesse seria
criminoso por insubordinação ou por deserção; levou tiro no rosto. Um
período sofrido, como destacado do seu depoimento na Câmara dos
Deputados: “Genoino, aquele rapaz foi esquartejado! Toda a Xambioá sabe
disso,… e vocês nunca tiveram a coragem de pedir desculpa por terem
esquartejado… Cortaram primeiro uma orelha na frente da família…;
cortaram a segunda orelha; o rapaz urrava de dor,… e no final deram a
facada que matou João Pereira.” O rapaz tinha 17 anos e tido como guia
dos militares.
Não foi um passeio no parque.
Tristes momentos da época e ao relembrá-los. Mas, resultado do enfrentamento
de combatentes. Hoje o “levante” é a covardia, vingança sórdida ao
empregarem grupos com megafones, faixas e ofensas nas calçadas
frontais das residências de aposentados com mais de 80 anos. Um
papelão.
Os jovens do passado que foram enganados
e arrastados para a luta armada por velhos e ultrapassados comunistas,
hoje iludem outros jovens e os conduzem para os escrachos, lhes dão
prêmios e os adestram para a luta. O grupo defende mudanças
estruturais na sociedade, com atuação em vários estados, como foi no
passado, ligas camponesas, movimentos operário, estudantil, etc.
No embalo, a UNE monta a lona da
sua Comissão da Verdade durante o 14º Conselho Nacional de Entidade de
Base, em Recife, com a participação de Claudio Fonteles, coordenador
da Comissão Nacional da Verdade e apresentação do filme “Ditadura
militar”.
A entrevista de Fonteles a uma
jornalista da Globonews não deixa boa impressão nas propostas que
apresenta como coordenador e, não demonstrar a imparcialidade imposta
na lei que tanto enfatiza, quiçá por ter integrado o grupo Ação
Popular na juventude, e aos 76 anos, “se encontrar com 18 quando lutou
por uma sociedade mais justa”.
O esquartejado não faz parte dessa
“verdade”, mas Fonteles repete várias vezes a expressão “mazelas do
estado ditatorial militar”, não acredita nos comandantes quando dizem
que tudo foi destruído, assegura que não há revanchismo (oh!), que se
deve alterar a formação dos militares, que os livros de História devem
ser modificados no ensino militar, e como cidadão e de Ministério
Público acha que os agentes públicos sejam punidos.
Falam com tal convicção a
demonstrar que vão rasgar a Lei da Anistia que lhes rendeu milionárias
indenizações, corromper os congressistas e tingir de vermelho a toga,
mas vão encontrar velhos soldados com um pedacinho da Bandeira no
coração a reverenciar os 18 do Forte, em maior número.
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