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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Gelio Fregapani Comentário 152 Parcial II



A necessária energia. O País tem ou não tem projetos estratégicos?

A principal oposição a construção de hidrelétricas é do hipócrita Ibama. Acusa a construção de hidroelétricas de ‘afetar a vida de moradores’ das circunvizinhanças. A construção das hidroelétricas do rio Madeira foi postergada por vários anos porque um ecologista do Ibama ‘descobriu’ que a barragem interferiria no trajeto de bagres no período da desova. Muito da energia ainda não pode entrar no sistema nacional, pois a construção da rede de transmissão está embargada, por problemas ambientais.
O que evitou ‘apagões’ até agora foi o modesto aumento da produção industrial, quadro que pretendemos reverter e até a inconsequente Marina da Silva sabe que economia aquecida significa alto consumo de energia.
 Precisamos construir hidroelétricas, principalmente na Amazônia, onde as bacias têm potencial de gerar dezenas de milhões de megawatts de energia limpa. Falsos ambientalistas, Ministério Público e juízes enganados ou comprados fazem o possível para retardar Belo Monte, com o aplauso da imprensa paga, a serviço de interesses internacionais que buscam impedir o nosso desenvolvimento. Escondem-se atrás de ONGs preocupadas em “salvar” o planeta. O início das obras só se deu ano passado e essas obras sofrem paralisações e ataques.
Posso atestar, como testemunha ocular, que as paralisações na obra do Jirau, no rio Madeira não foram causada por reivindicações trabalhistas, mas sim insuflados pelos agentes e assalariados de organismos internacionais que operam através das ONGs na Amazônia. Em Belo Monte também, com mais razão.
O que se tem de concreto é a existência de verdadeiro lobby contra a construção das hidroelétricas. Difícil é saber como pretende essa guerrilha ambientalista a produzirem o alumínio e o aço e alimentar as fábricas de seus eletrodomésticos; com o petróleo poluente de que não dispomos suficiente? Com o carvão mineral, certamente importado?  Com a energia eólica, sem possibilidade de geração em escala? Com energia nuclear, talvez?
Na verdade pretendem é impedir a baixa do chamado ‘custo Brasil’, pois é sabido que a fonte mais barata de geração de energia elétrica é a hídrica, o que nos deu durante décadas vantagem competitiva em relação ao resto do mundo, tal a fartura de recursos hídricos de que dispúnhamos. Vantagem anulada pelo governo FHC ,em decorrência da ruinosa privatização do setor elétrico, que patrocinou, alinhando nossas tarifas (então as mais baixas do mundo) às internacionais, tornando-as das mais altas do planeta! Hoje um prometido corte nas tarifas  vigentes deverá ter efeito benéfico na competitividade da indústria brasileira.
O desafio está posto: é preciso atender a demanda de energia elétrica, sem a qual não haverá qualquer sorte de desenvolvimento. É evidente que esse desenvolvimento precisa ser ambientalmente sadio, mas o enobrecimento do ambiente costuma ser uma função da riqueza. Nada há de mais poluidor do que a miséria. No caso de Belo Monte, o nosso País não deve se intimidar. A construção da represa, já iniciada, corresponde ao interesse estratégico nacional de aumentar a produção de energia elétrica e de ocupar de forma racional e inteligente, o vasto território e reafirmar a autoridade do Estado Nacional sobre a área. Afinal, onosso País tem ou não tem projetos estratégicos?