Publicado no Jornal Inconfidência em jan 2012
Postado agora no RESERVATIVA, por suas referência diretas com o mensalão
O
CASO NIÓBIO IV – Final
A VILANIA DOS
RESPONSÁVEIS PELA SOBERANIA E SEGURANÇA NACIONAIS
O CASO NIÓBIO IV -
Final
No
artigo, .Renúncia Criminosa., publicado em junho de 2011, escolhi uma
afirmativa com a qual encimei o referido artigo. Utilizo-a, novamente, para
enfatizar o que ocorre com o nióbio em nosso País, onde o sistema de pressões e
de constrangimentos têm a colaboração vil de muitos dos responsáveis pela
soberania e segurança nacionais.
.Os países
industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não
tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta.
Terão que montar
um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus
intentos.. Henry
Kissinger- Secretário de Estado, EUA
.Quem
pagou a conta? A CIA (Agência de Inteligência Norte-Americana) na guerra fria
da cultura., escrito por Francis Stonor Saunders, torna ainda mais claro o
conteúdo do livro da escritora francesa Brigitte Leoni
Fernando Henrique
Cardoso : O Brasil do possível...
À
página 154, mostra Brigite, mais uma vez, como FHC se ligou à Fundação
Ford
(braço da CIA, segundo Saunders), recebendo uma grande quantia em dólares para
fundar o .CEBRAP. (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), meio de
cooptar intelectuais e políticos brasileiros para a difusão das idéias
pregadas
pela CIA e que conformavam a Guerra Psicológica, levada a efeito por aquela Agência,
na defesa dos interesses norte-americanos. FHC tornou-se conhecido
mundialmente, patrocinado pela Fundação Ford, que o auxiliou a,
VOLUNTARIAMENTE, asilar-se no Chile, em 64, onde viveu nababescamente. FHC é,
atualmente, Vice-Presidente da ONG Diálogo Interamericano . DI - (vide
Internet), a cuja reunião inicial compareceu, subscrevendo a ata de fundação
respectiva, no início da década de 80. O DI é ligado ao Congresso dos EUA por
meio do Centro Acadêmico Woodrow Wilson (CAWW), órgão oficial do mesmo. As
verdadeiras finalidades estatutárias do DI são esconhecidas. O que se sabe,
seguramente, é que, desde a sua criação, o DI vem atuando na difusão das teses
da .globalização subalterna..
Prega, como já vem ocorrendo,
que os países ibero-americanos façam drástica diminuição dos efetivos e dos
gastos militares, transferindo tais gastos para a promoção social e para o
desenvolvimento. Que seja modificada a destinação constitucional das FFAA dos
mesmos, minimizando-se as funções tradicionais de Segurança e Defesa e
priorizando-se ações contra o terrorismo
e o narcotráfico, ações de controle ecológico/ambiental, de Defesa Civil e contenção de danos. Que se
priorize o preparo para o enfrentamento de grandes sinistros e desastres
ambientais.
Além disso, uma das teses prioritárias do DI é a .institucionalização
de uma força supranacional interamericana, apta para .ações intrusivas. dentro de países
ibero-americanos, sem a autorização
destes, invocando-se como
justificativa o
direito de ingerência.. O
objetivo maior é a manutenção da hegemonia norte-americana e a erradicação do
obstáculo maior que é a
posição
contrária, de algumas das FFAA, principalmente, das FFAA brasileiras.
O
conjunto de medidas ficou conhecido como .Projeto Democracia. e foi anunciado
pelo então Presidente Reagan. Dez anos depois, o Diálogo Interamericano anunciou
um plano para .eliminar, à curto prazo,
a soberania dos estados da América Latina, substituindo suas funções por uma
rede
de instituições
supranacionais, subordinadas aos interesses hegemônicos dos Estados Unidos, via
Nações Unidas, FMI, ONU e Organizações Não governamentais.. Esse projeto fundamenta-se no argumento de que .a soberania dos
estados nacionais não poderia constituir-se num escudo atrás do
qual governos ou
grupos armados poderiam esconder-se
..
Não vou repetir aqui o que já escrevi em
artigo recente e que consubstancia
um sem número de atos concretizados por
FHC e lesivos a nossa soberania,
coerentes com o ideário do DI. No
Itamaraty, onde ficou apenas 10 meses, abandonou a política independente, de
autodeterminação e de não intervenção, mantida pelos governos militares,
levando o Brasil para um alinhamento automático com os EUA. Durante a sua
gestão no Ministério
das Relações Exteriores, pressionou
fortemente o Congresso Nacional para a negativa aprovação da Lei das Patentes e
da Propriedade Intelectual (TRIPS). Em seu governo, em 10 de junho de 1999, foi
criado o Ministério da Defesa, mediante claras pressões norte-americanas,
entregue a um civil, afastando os militares da cúpula do governo e do centro
das mais importantes decisões nacionais. Quatro
anos antes, em 1995, pregando o mesmo que o DI, durante sua visita ao Brasil, o
Secretário de Defesa William Perry declarou a .O Globo., com descarada clareza,
que o seu governo .QUER CIVIS CHEFIANDO OS MILITARES NA AMÉRICA LATINA.. FHC permitiu a
abertura de escritório formal do FBI no Brasil e a presença da DEA dentro da
Polícia Federal. Assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e a proibição do
desenvolvimento de mísseis.
Cedeu parte da base de Alcântara aos
americanos (o que foi obstado por forte reação de patriotas brasileiros).
Privatizou e desnacionalizou setores estratégicos da economia.
É mister repetir para melhor enfatizar, pois,
relevante para o artigo em tela, a negociata traduzida pela
tentativa de venda, em seu governo, da maior concentração de nióbio do planeta
e de outros minérios raros, existentes em Roraima, o. Carbonatito dos
Seis Lagos., pela
bagatela de 600 mil reais, sendo a maior interessada a CBMM ( vide artigos
anteriores), forte
parceira, então,
do Grupo Rockfeller.
Afirmava, naquela
época, o Presidente da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais .
empresa pública do Ministério de Minas e Energia), que apoiava a venda, por não
ser .xenófobo., nem tampouco .militarista .. Realmente, era mais um traidor da Pátria.
A negociata não se
deu pela vigorosa reação de brasileiros patriótas, entre eles militares como o
Almirante Roberto Gama e Silva.
Se
a negociata do nióbio não se deu com FHC, durante a semana anterior em que se tornaria
o presidente oficial do Brasil, noticiado por jornais, o apedeuta Lula foi
hóspede, em Araxá, do grupo Moreira Salles. De lá, saiu com grande ajuda
financeira para os programas sociais de seu então futuro governo, incluso para
a formação dos currais eleitorais, com distribuição do mais tarde chamado
.Bolsa Família., base do plano anunciado pelo chefe da quadrilha do
Planalto,
José Dirceu, traduzindo longos anos no Poder ( .O Poder pelo Poder.). A
finalidade não era servir o Brasil, mas dele se servir, conforme
comprovam
variados escândalos, inclusive o chamado .mensalão. Quando da CPI dos Correios, ligada
ao .mensalão., o corrupto Marcos Valério, também partícipe da quadrilha do
Palácio do Planalto, revelou pela TV, para todo o Brasil ver e ouvir, que .O
dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do
dinheiro vem do contrabando
(sic) do nióbio..
E
mais : .O
Ministro José Dirceu estava negociando com o banco BMG (envolvido profundamente
no .mensalão. e objeto de favores do governo) uma mina de
Nióbio
na Amazônia..
A grande verdade é que, como mostramos em artigo
anterior (artigo nióbio 1), quase 100% do nióbio comercializado no mundo é
brasileiro. Mas não ditamos o preço, nem nosso País se beneficia da
comercialização do mineral como deveria.
Estima-se que percamos cerca de US$ 100
bilhões por ano com o descaminho, incluso em meio a toneladas de minério de
ferro bruto, sem que as estatísticas registrem, e pela comercialização
irregular do metal (preços subfaturados aqui e superfaturados no exterior ).
Tudo
isso ocorre em meio à leniência e corrupção desenfreadas, que ermeiam os poderes
constituídos, sob as vistas de autoridades que se omitem e de grande parcela de
um povo alienado, ignorante e enganado em sua maior parte. O País encontra-se
com sua infraestrutura destruída, carente de assistência em saúde, parte
considerável da população, pobre, morando nas periferias das
cidades em favelas, sem sistema de esgotos, sem
educação
e instrução adequadas. Temos elevada dívida pública. As drogas, a violência e a
criminalidade estão disseminadas por todo
o País, atacadas pela demagogia dos governantes e políticos que não
transformam a verborragia vazia em ações concretas saneadoras. Insegurança por
toda parte. Sistema
prisional
bárbaro. Polícias mal equipadas e mal pagas e Forças Armadas desarmadas, sem remuneração
adequada ( Exp: salário família de 0,16 centavos) e sem condições materiais de
cumprir com seus respectivos deveres
constitucionais.
Postulamos vaga no Conselho de segurança da ONU, sem Forças Armadas a altura
das responsabilidades da pretensão.
Este
é o novo País tão decantado por ter uma (falsa) economia forte. Exportamos cada
vez mais commodities e cada vez menos produtos
industrializados
com agregados tecnológicos, pois, não investimos em Ciência
e
Tecnologia, buscando inovações que façam a diferença.
Ao
contrário da propaganda demagógica do Governo, o País é um gigante com pés de
barro!
Torna-se
impositivo que os responsáveis tomem, de
imediato, firmes medidas para reverter a sangria do nióbio, incrementar a defesa
de nossas imensas riquezas, cobiçadas por outros países, pois, já escassas ou inexistentes
no mundo, e da soberania aviltada em benefício da imagem do País e das
agruras
da Nação.
O
reaparelhamento das FFAA e manutenção de real poder de dissuasão é
imprescindível e urgente. É questão de visão estratégica, vontade e decisão políticas. Trata-se, também, de atitude firme
dos Comandantes das FFAA em mostrar à Nação o risco que corre a Segurança
Externa do Brasil. Um documento
demagógico e ideológico, em linguagem marxista-gramscista como a atual
Estratégia Nacional de Defesa, desconexa da Política Nacional de Defesa, um absurdo,
e sem respectivos recursos aprovados, é ridícula peça de ficcão. Vejam o caso
da compra de caças para a Força Aérea que se arrasta por longos anos, conforme
o humor de governantes irresponsáveis.
A
fixação de valor extra orçamentário, impositivo, anual e proporcional à receita
advinda da exportação de commodities como ferro,
petróleo, nióbio e outros impõe-se, urgentemente, para tal reaparelhamento e manutenção
de uma real Força de Dissuasão em um mundo pleno de choques de interesses
e de conflitos violentos.
É
necessário afirmar que Politica Externa se faz com Diplomacia e Poder Militar!
*Cientista Político,
ex-Oficial de Ligação ao Comando
e Armas Combinadas
do Exército Norte Americano,
ex-Assessor do
Gabinete do Ministro do Exército,
Analista de
Inteligência
E-mail:
marco.felicio@yahoo.com .
reservativa RECOMENDA a leitura e assinatura virtual do
jornal www.jornalinconfidencia.com.br
".O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do
contrabando (sic) do nióbio.. E mais
: .O
Ministro José Dirceu estava negociando com o banco BMG (envolvido profundamente
no .mensalão, e objeto
de favores do governo) uma mina de Nióbio na Amazônia..
A atual
Estratégia Nacional de Defesa, desconexa da Política Nacional de Defesa,um
absurdo, e sem respectivos recursos aprovados, é ridícula peça de
ficcão." Marco Antonio Felício Silva