Dom Bertrand de Orleans e Bragança
Escrito por Leonardo Bruno - Artigos - Movimento
Revolucionário 01/09/2012
Jovens imbecilizados pelos dogmas comunistas que imperam nas
universidades brasileiras agrediram a Dom Bertrand de Orleans e Bragança e a
seu assessor, José Carlos Sepúlveda da Fonseca, em evento realizado na Unesp,
em Franca, na última terça-feira (28), gritando slogans stalinistas.
"Para que o mal triunfe, é só preciso que os homens
bons não façam nada".
Edmund Burke (1729-1797)
Tive o prazer de conhecer Dom Bertrand de Orleans e Bragança
em uma de minhas viagens a São Paulo.
Fui bem recebido por um senhor de semblante austero, porém,
de trato muito amistoso e gentil, e passamos horas conversando sobre vários
assuntos: história, política, religião católica e os problemas do Brasil.
texto completo
O homem com quem dialoguei nutria um profundo senso de dever
e patriotismo que raramente encontramos no país. Era um aristocrata por
excelência, um homem que encarnava as virtudes como um dever. E também
conhecedor de uma extraordinária cultura histórica.
No desenrolar de nossos diálogos, fiz uma pergunta: o que é
herdar o legado do príncipe? E ele me respondeu, basicamente, como um serviço,
uma responsabilidade, um débito em prestar contas a Deus, ao país e aos altos
valores que defendia. Sentia-se com a consciência tranquila por conta desses
encargos.
Cabe lembrar: Dom Bertrand é descendente da família que
praticamente criou o Brasil tal como existe, a Real Casa de Bragança, que
fincou as bases da nossa nacionalidade e independência política. Na verdade,
Dom Bertrand tem no sangue o patrimônio que é o próprio país.
A história de sua família se confunde com a história de
Brasil, Portugal e de praticamente toda a civilização europeia. Dos Braganças
aos Habsburgos, dos Bourbons aos Saxe-Coburgo, todo o peso de uma tradição está
nas raízes de sua existência.
O Brasil está no seu sangue, como Portugal, Espanha, França,
Alemanha, Inglaterra, Holanda e toda a Europa incluída, aquela Europa
civilizadora, cristianizadora, que espalhou a grandeza do seu legado para o
mundo. O Brasil é produto da herança de uma grande família real, unida a toda a
família brasileira.
Se a monarquia brasileira deu exemplos gloriosos de
estadistas como Dom Pedro II, homem sábio e erudito e cultor de livros e
idiomas, a república brasileira atualmente nos lega líderes grosseiros,
iletrados, demagogos e vulgares.
Nos últimos dez anos, um apedeuta presunçoso, corrupto e
espertalhão e uma presidente, cuja fama é a de praticar terrorismo e assaltar
bancos, assolam o país. A desmoralização das instituições é um caso sério.
Entidades públicas, como o Judiciário e o Legislativo, estão contaminadas pela
agenda totalitária de um partido que ousa subverter o Estado de Direito. E tais
políticas afetam ao povo de tal forma, que raramente se viu um rebaixamento tão
completo da moralidade de um país.
Um exemplo desta decadência foi a agressão que o Príncipe
Dom Bertrand sofreu na UNESP da cidade de Franca, no dia 28 de agosto de 2012,
quando faria uma palestra sobre a história do Brasil.
Baderneiros fanáticos de extrema-esquerda atacaram o pobre
senhor e sob ameaças, gritarias e ofensas, tentaram expulsá-lo numa instituição
que deveria ser uma casa do saber e da tolerância.
Aos gritos de “fascistas, não passarão”, os estudantes
revelaram seu espírito stalinista básico, bem ao gosto do despotismo soviético.
Para quem não sabe, “no pasarán” foi o brado de guerra da
comunista Dolores Ibarurri, “la pasionária”, velhíssima e fiel capataz de
Stálin e do Partido Comunista Espanhol, na guerra civil espanhola. A felicidade
da Espanha é que os franquistas "passaram" e salvaram o país da
destruição.
E quem é que não sabe que o esqueminha mental do rótulo de
“fascista” foi francamente democratizado pela propaganda comunista, aos agrados
do tiranete da Geórgia?
Se alguém não é comunista, certamente é um fascista, na lógica
desses energúmenos.
Ou mais, eles hostilizam a democracia pelos mesmíssimos
métodos fascistas que acusam nos outros.
Lênin já dizia: acuse nos outros aquilo que você é!
Em matéria na Revista Carta Capital, uma dessas lunáticas
dizia: “Queríamos entender a razão para convocar para o ambiente universitário
uma pessoa que é contra a reforma agrária e a favor de uma monarquia.”
A pergunta que não quer calar é: será que ela quis entender
mesmo, gritando como uma louca do manicômio judiciário?
Só é possível entender algo ouvindo o outro lado.
Provavelmente, na cabecinha dessa idiota, não existe algo como debate político
ou liberdade de expressão.
A universidade deve ser um gigantesco e monolítico partido
único, representando tão somente as ideologias estéreis e fanatizadas do seu
grupelho partidário.
Questionar o engodo da reforma agrária? Defender a
monarquia? Que absurdo! O credo de esquerda, por mais mentiroso que seja, é um
dogma infalível e inquestionável. O sequestro do mundo acadêmico pelas
esquerdas mais parece disputa de bandoleiros para dominar um bairro. Ou de
traficantes querendo controlar a favela.
Não deixa de ser curioso: eles são contra a propriedade, mas
querem se apropriar de um ambiente público, que é a universidade. Na República
de Weimar, os comunistas alemães não disputavam na pancadaria os bairros da
Alemanha, contra os SA nazistas e os pupilos dos Reichbanner
sociais-democratas?
Por que seria diferente aos totalitários comunistas daqui? A
diferença é que aqui eles disputam espaço contra a democracia. Querem
destruí-la sem qualquer tipo de oposição. A partir das universidades, os
delinquentes querem dominar o país.
Confesso-me surpreso em ver o quanto a vida imita a arte.
Tais cenas de vandalismo me lembraram daquela imagem terrível que lemos no
romance de George Orwell, 1984, uma das leituras da minha adolescência. Li a
obra quando tinha 16 anos, em dois dias, de tão eletrizante que era aquele
mundo imaginário sombrio descrito pelo brilhante escritor inglês.
Na narrativa havia uma sessão de cinema chamada “Dois
minutos de ódio”, onde os militantes do Partido, chamado Ingsoc, eram reunidos
em rebanho para exalarem seus momentos de ódio a tudo aquilo que ia de encontro
à ideologia do ditador, o Grande Irmão.
Na gigantesca tela, aparecia o retrato do opositor do
regime, Emmanuel Goldstein, que fazia críticas à “revolução traída”. E os
fanatizados gritavam, “matem”, “esfolem”, “exterminem”, caídos na mais completa
loucura e catarse. Ao mesmo tempo em que gritavam, a imagem do opositor se
transformava numa ovelha berrando, e, num dado momento, a figura do Grande
Irmão aparecia, para delírio da plateia.
As pessoas gritavam, choravam de comoção e emocionadas e
idolatravam o idolozinho do deus-partido.
Qualquer semelhança entre a histeria dos alunos esquerdistas
da UNESP contra Dom Bertrand e as imagens de George Orwell não é mera
coincidência.
A universidade pública se tornou uma gigantesca sessão de
“Dois minutos de ódio”.
Um laboratório caricatural de totalitarismo, bem ao estilo
de 1984.
Por falar em choro histérico por um Big Brother da vida,
presenciei cena semelhante num encontro de estudantes de direito que participei
em Belém, em 1999. Um certo protótipo do Big Bother, não da fictícia Oceania de
Orwell, nem da Rússia soviética, mas vindo dos confins de Garanhuns, aparecia
na capital paraense. Era o iletrado Lula, naquele tempo, eterno candidato a
presidente da República, realizando palestras na Universidade Federal do Pará.
A elite universitária iletrada entrou num transe psicótico.
Sob a gritaria de “Brasil urgente, Lula presidente”, vi alunos de direito
chorando como mocinhas de fã-clube do grupo musical Menudo, apertando a mão ou
tirando fotos com o delinquente, hoje ex-presidente.
Resta saber se pediam autógrafos, uma vez que o uso da
língua portuguesa não era o forte do ex-presidente (e tampouco acredito que
seja o dos alunos).
Aquilo me pareceu orwelliano demais, no amplo sentido da
palavra. As ovelhinhas, tal como na sátira da “Revolução dos Bichos”, berravam
e diziam: “duas patas ruim, quatro patas bom”. Qualquer pessoa que viesse a ler
os livros do romancista britânico acharia aquilo tudo lenda!
Mas o Big Brother esquerdista não se limita ao rebanho
fanático da UNESP. Periódicos comunistas e colaboradores do governo federal,
como a da Revista “Caros Amigos”, já publicaram textos defendendo abertamente a
destruição da liberdade de expressão e do conhecimento.
Sobre a presença de Dom Bertrand na UNESP, publicaram a
seguinte nota (30/08/2012) de um tal “Coletivo Domínio Público” (claro, eles se
autonomeiam “públicos” sem autorização de ninguém) cujo trecho demonstra o
caráter totalitário de seu pensamento:
“Pelo absurdo que é a presença desses dois indivíduos em uma
Universidade Pública - que deve estar a serviço do povo, da livre ciência, das
artes, das humanidades e afins - é que diversas entidades estudantis, coletivos
estudantis, grupos de extensão, outros tipos de organizações políticas e estudantes
independentes formaram uma frente para contrapor o evento realizado pelo
C.I.V.I”.
Os dois citados, no caso, são o príncipe Dom Bertrand e seu
assessor para assuntos de monarquia, José Carlos Sepúlveda da Fonseca.
Ser a “serviço do povo”, na novilíngua esquerdista, é calar
a boca de todo mundo, inclusive do povo.
Defender a “livre ciência”, as “artes” e as “humanidades” é
propagar doutrina marxista a granel, sem qualquer questionamento de ninguém.
Ou melhor, calando a boca das pessoas no grito, na violência
e na intimidação psicológica, arma típica dos fascistas e comunistas.
Claro que a dissidência é absurda, não é mesmo?
A censura se tornou um direito adquirido das esquerdas na
universidade.
Debate de comunista funciona quando só há comunistas falando
a mesma coisa e berrando, como ovelhinhas seguidoras do todo-poderoso porco
Napoleão. Ou quem sabe, do Grande Irmão.
A inversão semântica das palavras denuncia a tirania,
criminalidade e a destruição.
Guerra é paz,
liberdade é escravidão,
ignorância é força,
democracia é ditadura,
inteligência é estupidez!
Tal é o estado psicótico deste hospício chamado universidade
brasileira.
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