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domingo, 21 de maio de 2006

ELES ESTÃO ENTRE NÓS

Enquanto o Senado aprova Comissão investigativa disfarçada, por iniciativa do Sen. Sibá Machado ( PT-Ac) que faz no PT o papel de "bonzinho", angariando até simpatia entre a oposição frouxa, tal qual tinha o Tião Via... antes de mostrar as garras, ao pedir no STF a quebra de sigilo, que sabia já ter sido quebrada de um pobre caseiro, mas conivente e participe nos roubos de LULA e filhos , sobre os quais , nem Sibá nem Tião, sabem de nada.
A Comissão tem sua criação dirigida a visitar aos parentes dos Policiais assassinados (hahaha, como se os familiarizares estivem precisando de visita, porque não propôs uma indenização do Estado, já que perderam vida em serviço ao Estado, como dadas aos terroristas de seu partido que morreram tentando derrubar o estado?) , sendo a finalidade precípua a de sempre: Apoio aos bandidos mortos pela policia, e inversão de valores. Como passaram a vida toda defendendo Bandido ( ver Advogado bilionário defendendo o crime e dirigindo ONG de direitos desumanos).

"Agora, enquanto em São Paulo os policiais e seus familiares tornaram-se alvos vivos dos bandidos guerrilheiros, já começam a aparecer as ONGs e os defensores dos direitos humanos, a dizer que os policiais estão matando inocentes. Nenhum representante dessas entidades, porém, ofereceu solidariedade aos parentes dos policiais e dos bombeiros que tombaram pela sanha assassina desses marginais da pior espécie." (MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA

O artigo completo ELES ESTÂO ENTRE NÒS
de Maria Lucia Barbosa, Socióloga traz inserido em seu contexto a forma do Governo usar ações narcopoliticas, como cortina de fumaça a esconder as suas entranhas.

Caboré

ELES ESTÃO ENTRE NÓS
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
Não falta na atualidade a bestialidade humana evidenciada em atos terroristas. Isto, porém, sempre nos pareceu longínquo. Comodamente, diante da TV, assistimos a explosão das torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e nossas gloriosas esquerdas exultaram e deram vivas a Osama nas alturas. Vemos todos os dias os horrores da guerra do Iraque e culpamos Bush que expulsou do poder o genocida coitadinho Saddam, o déspota sanguinário. Olhamos com indiferença a guerra entre palestinos e israelense e, naturalmente, odiamos os judeus por serem amigos dos norte-americanos. Achamos que o companheiro Zapatero fez bem em ceder aos terroristas retirando suas tropas do Iraque. Na TV tudo é como um filme de ficção. Nós somos um povo cordial, alegre, sempre a contar piadas e a discorrer sobre futebol porque disso entendemos.
Agora os terroristas estão entre nós. Eles se manifestaram com violência jamais vista na cidade mais importante do Brasil, São Paulo, na significativa data do Dia das Mães. Nas penitenciárias paulistas as portas do inferno se abriram e eclodiram centenas de rebeliões que se alastraram pela capital, pelo interior e por outros Estados. Nas ruas, doze mil apóstolos de Marcos Willians Herbas Camacho, vulgo Marcola, o chefão do PCC, atacaram delegacias, postos policiais, agências bancárias, incendiaram ônibus, mataram policiais e até bombeiros. A ordem era para assassinar também diretores de penitenciárias e políticos.
Os terroristas do PCC não são bandidos comuns. São guerrilheiros organizados e disciplinados, possuem comando e ideologia. Para a realização de sua causa propõem uma revolução e pode ser que alguém diga que o PCC é um movimento tão sério quanto seu congênere, o MST.
Mas por que esses guerrilheiros e narcoterroristas teriam atacado em São Paulo? Afinal, como escreveu Norman Gall (O Estado de S.Paulo 17/05/2006): “Desde 1999 o número de homicídios e latrocínios nesse Estado caiu quase pela metade, de 13.599 para 7.640 em 2005, seguindo uma curva tão impressionante como a de Nova York na década de 1990”. Entre as causas dessas melhorias estão: “mais investimentos públicos nas periferias, mais e melhor policiamento, apreensão de 184 mil armas ilegais, 467 mil prisões, mais 36 mil vagas prisionais, melhor uso de dados criminais”. Isso quer dizer que São Paulo é Estado onde melhor se zelou pela segurança pública.
Por outro lado, o governo federal falhou redondamente na medida em que, ao invés dos prometidos doze presídios de segurança máxima somente agora, na campanha da reeleição, anuncia a conclusão de um desses presídios no Paraná. E como explicou Gall, “no governo Lula, o déficit de vagas prisionais no País triplicou para 154.843, enquanto o fundo federal para construírem penitenciárias acumulou R$ 297 milhões sem serem gastos. Acrescento que o ministro da Justiça, Thomas Bastos, propôs praticamente acabar com a lei de crimes hediondos e há também excesso de defesa de direitos humanos para bandidos, sendo que a polícia, além de mal armada diante dos criminosos, se vê tolhida em inúmeras de suas ações pela Justiça. A polícia prende, a Justiça solta. Agora, enquanto em São Paulo os policiais e seus familiares tornaram-se alvos vivos dos bandidos guerrilheiros, já começam a aparecer as ONGs e os defensores dos direitos humanos, a dizer que os policiais estão matando inocentes. Nenhum representante dessas entidades, porém, ofereceu solidariedade aos parentes dos policiais e dos bombeiros que tombaram pela sanha assassina desses marginais da pior espécie.
O ministro Thomas Bastos pediu que não se fazer uso político dos horrores que vê sendo praticados pelo PCC. Mas não deixa de ser uma grande coincidência o PCC ter usado sua violência máxima justamente nesse momento eleitoral. Por conta da ofensiva terrorista ficaram esquecidas as sérias denúncias publicadas na Veja, e que atingiram pela primeira vez o presidente da República. Os quadrilheiros seguem livres, leves e soltos. Não se fala mais em Evo Morales e as humilhações que este impôs ao Brasil com a condescendência de nosso chefe de Estado, nem sobre o comando de Hugo Chávez na América do Sul. Recorde-se ainda que João Pedro Stédile, alma gêmea de Marcola, havia prometido soltar os “movimentos” sociais” nas cidades só para chamar atenção. E setores importantes do Judiciário estão paralisados por providenciais greves.
No plano político a oposição continua sem ação. A impressão que se tem é que Geraldo Alckmin está sem apoio da cúpula de seu partido. O PFL tem ímpetos de adversário e não de aliado do PSDB. O PMDB já deve ter aderido em peso ao PT. Nos Estados, candidatos que deveriam apoiar Alckmin ainda não estão definidos. E enquanto prossegue a guerrilha do PCC, a pergunta a se fazer é a seguinte: será que em outubro teremos eleições? Não deixa de ser um questionamento inquietante.