COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 198, de 30 de
Maio de 2014
Assuntos:
No Grande Jogo , As FFAA e os Governos, Ainda a Questão Indígena
No
grande jogo
- A propaganda do boom do gás de xisto que fazia vislumbrar a independência
energética dos EUA está se revelando falaciosa. O órgão federal de coleta de
dados corrigiu drasticamente a estimativa das reservas de petróleo de
folhelhos do Campo de Monterey, reduzindo-a em 96% dos prognósticos anteriores,
indicando que o petróleo dos folhelhos será muito mais difícil de extrair e bem menos rentável. Esse Campo,
pretensamente um dos maiores em potencial de produção do mundo, passa a ter uma
reserva projetada suficiente apenas para atender 33 dias de consumo de
petróleo dos EUA.
Em
consequencia, os EUA não poderão se afastar do Oriente Médio nem fornecer gás
para a Europa e abre novas perspectivas para o nosso pré-sal .
- Recursos naturais: Atlântico Sul
na mira
Após as intervenções no Afeganistão e no Iraque e contidos no Irã e na Síria,
os EUA/OTAN talvez reorientem sua
projeção de poder sobre as margens do Atlântico Sul por suas reservas de hidrocarbonetos e demais recursos naturais. Na África
já está em funcionamento um “Comando África” e no Atlântico Sul, a Quarta
Frota. Desde que se auto intitulou uma espécie de "gendarmeria
global", após o 11 de setembro, a OTAN não faz
segredo de suas pretensões de projetar-se sobre o Atlântico Sul, como a pretensão dos EUA de estabelecer uma
"OTAS" com os países no oceano meridional não foi adiante em
especial, pela nossa reação, a OTAN optou por uma estratégia de
aproximação convidando
países para
participar das suas manobras navais, às quais o Brasil juntou-se este ano. É difícil de entender a motivação
das nossas autoridades em aceitar o convite, o que na prática, lhes conferiu um
"selo" de aprovação tácita.
Como seria previsível, o "combate ao terrorismo" é o principal
pretexto para as intervenções na África, como presumivelmente a defesa das
minorias indígenas será o pretexto para intervenções na nossa terra. Contudo, a
barbárie de alguns grupos terroristas como o Boko Haram, após o sequestro de
270 adolescentes, exigem uma intervenção internacional, à qual poderíamos nos
juntar sem desdouro.
Não obstante, Washington não oculta a relevância atribuída ao controle de
recursos .
- É
impossível ignorar as analogias entre a crise da Ucrânia e o caso dos Sudetos. Em ambos os casos um país
confiante em si tomou a defesa de sua gente sob o domínio de outro Estado. Será
que nós defenderemos os brasilguaios e a nossa gente perseguida na Bolívia, ou
que (já que temos terras vazias), os convidaríamos a regressar à Pátria Mãe e
os acolheríamos como nossos patrícios, que na realidade são?
-
Ainda em nosso País é evidente a analogia entre a pré revolução (63) e o
atual 2014. Tal como nas vésperas da Revolução o caos social com greves e
badernas por todo lado está deixando a classe média ansiando por um governo
forte e há ameaças á disciplina, que é a base da organização militar. Se na
época do Jango era a incitação à revolta dos sargentos agora é a perseguição
aos que cumpriram ordens durante o governo militar o que significa para
qualquer Exército que a responsabilidade é de quem cumpre e não (só) de quem
manda ou seja, o subordinado é quem deveria julgar se a ordem deve ser
cumprida. O incitamento a indisciplina ou a tentativa de punir aos que
cumpriram ordens é algo que nenhum Exército pode tolerar.
Em 1964, Jango teria ainda continuado no governo (para azar do País) se tivesse
voltado atrás em algumas medidas, como anistiar os Fuzileiros indisciplinados.
.
As Forças Armadas e os governos
Com exceção da quartelada da Proclamação da República, todas as intervenções militares na política foram a pedido da sociedade e sempre teve importantes segmentos batendo às portas dos quartéis solicitando alguma ação e dentro dos quartéis haviam facções políticas que apoiavam um ou outro lado. Em 1964 também era assim, mas a incompetência governamental, as greves contínuas e o incitamento à indisciplina jogaram todo o Exército contra o Governo como aliás o mesmo aconteceu com quase toda a população .
Castello Branco, limitando o tempo de permanência dos generais, retirou muito da possibilidade de que se firmassem lideranças e também os despolitizou, pois acabou com a regra de esperar indefinidamente para ser promovido. Isto explica muito do retraimento dos militares ante as mazelas dos últimos governos. Entretanto, as Forças Armadas continuam a ser a instituição melhor avaliada e confiável para o povo brasileiro em todas as pesquisas, a despeito da campanha negativa coordenada pelos vencidos de ontem. Para estes, as Forças Armadas seriam um perigo a ser neutralizado, tendo apenas o cuidado de não ultrapassar o limite do desespero que provocaria a reação.
No momento se constata uma mudança: a preocupação com o papel das Forças Armadas está tomando lugar na atenção do governo. O fatoé que a presidente Dilma está reforçando as Forças Armadas, cujo papel,-a defesa do Estado, não pode mais ser desprezado Quem tem jazidas da magnitude do pré-sal, acaba sendo vitima de ações de fora, sem falar nas jazidas minerais das serras que separam o nosso País da Venezuela, atualmente englobadas pelas terras indígenas cuja independência está sendo forçadas pelos
EUA/OTAN que só esperam pela oportunidade para se apoderarem daqueles recursos
indispensáveis à industria moderna.
Talvez ainda a principal preocupação do Governo seja
outra: com a realização da Copa do Mundo, haverá a presença de chefes de Estado e de
governo
e em face de manifestações cada vez mais agressivas e com as polícias se permitindo fazer greveso
governo passa a depender mais das Forças Armadas, que teriam um papel
essencial na manutenção da ordem.
Sem dúvida o tratamento que a atual
governante dispensa às Forças Armadas é superior aos de seus antecessores FHC e
Lula, mas os militares não estão muito satisfeitos com o governo. Além das
desconfianças dos que viveram a revolução há justas reações a atuação da
Comissão da Verdade e ao debate sobre revisão da Lei de Anistia. Este último,
programa do PT, do qual a Presidente ainda guarda distanciamento, pode por
em risco relação
com as Forças Armadas que Dilma pretende promover.
Essas reflexões, ainda um
tanto vagas alertam que a situação interna poderá se transformar ou não em função da
insatisfação, que a população demonstra face a desordem interna, face a
corrupção desenfreada e face a intemperança indigenista e dos
movimentos ditos sociais, somado
a impossibilidade das Forças Armadas aceitarem que subordinados possam
recusar-se a cumprir ordens, como a Comissão da “Verdade” pretende estabelecer.
Ou Dilma conseguirá controlar seus inconsequentes partidários ou poderemos
esperar problemas mais sérios. No momento, registra-se que a ordem na Copadepende das
Forças Armadas, no bom sentido.
Ainda a Questão Indígena
- O Conselho Mundial de Igrejas (CMI), (órgão de fachada da Monarquia
britânica), reuniu-se em Genebra no ano de”1981, com mais de mil membros que
compõem os diversos conselhos de defesa dos índios e do meio ambiente
e entre outras estratégias decidiram: “ É nosso dever garantir a
preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígenes, para
o seu desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais
estejam reduzidas a um limite crítico. "
As diretrizes e estratégias do CMI são
seguidas religiosamente pela ONG religiosa “Conselho Indigenista
Missionário, composto por um punhado de maus sacerdotes e pasmem,também por
órgãos governamentais como o Ministério do Meio Ambiente e FUNAI,que
fazem tudo exatamente de acordo com as referidas estratégias.
Em função da atuação desses órgãos compostos
por gente que trai a Deus e a Pátria, as demarcatórias de territórios indígenas
são feitas com SIMULAÇÃO, DOLO e FRAUDE, violando diversos artigos da
Constituição Federal.
- Um grupo de índios, conduzidos pelas ONGs, estiveram em
Brasília dia 27 para exigir a demarcação imediata de mais 37 terras indígenas.
Além das ameaças de ocupar um território maior do que Alagoas e tentarem, por
sugestão de um antropólogo, violar a taça da Copa. Reuniram-se aos protestos já
existentes, o transformaram em violento e acabaram flechando um policial
militar. A Polícia, manietada pelos “direitos humanos, como sempre não pode
reagir a altura.
O processo demarcatório, que pretensamente
visava garantir o legítimo direito dos índios e não índios foi transformado em
instrumento de violência contra os não índios, espoliados de suas legítimas
propriedades. Recentemente até um inveterado indigenista como o Secretário
Geral da Presidência, reconheceu que o Governo não mais pode continuar
aplicando a formula expropriatória, ainda que os indigenistas e governos
estrangeiros continuem insistindo para que o faça.
Desta vez os índios (e as ONGs) saíram de
Brasília de mãos abanando. Algo indica que o melhor dos mundos para as ONGs
está chegando ao fim .
- Uma nova campanha contra futuros projetos de barragens na
Região Amazônica e países vizinhos foi desfechada pelo aparato indigenista.
A investida foi decidida no Seminário sobre Mineração e Hidrelétricas em
Reservas Indígenas, realizado em Cantá (RR), entre 20 e 22 de maio. O evento
teve a participação de cerca de 200 pessoas, entre indígenas e militantes do
Conselho Indigenista de Roraima (CIR), Organização Regional dos Povos Indígenas
do Amazonas (ORPIA), Instituto Socioambiental (ISA) e o indefectível Conselho
Indigenista Missionário (CIMI). Na ocasião, foi aprovada uma campanha contra
novas barragens no Brasil, Venezuela e Guiana, além de divulgado um documento
contendo os pontos principais da agenda indigenista.
No documento, as razões alegadas para se opor à
construção de hidrelétricas no Norte do País é a suposta falta de
esclarecimento sobre os seus impactos ambientais. "Nós sabemos que parte
da nossa terra poderá ser inundada, que vai alagar parte da floresta e matar os
animais. Nós não queremos destruição nas nossas aldeias", protestou o
líder ianomâmi Davi Kopenawa, eles devidamente orientados pelas ONGs, constroem
novas aldeias exatamente nas áreas que sabem que serão inundadas, prevendo
grandes e polpudas indenizações.
- A última do Conselho Indigenista Missionário (CIMI): tentativa de
transformar as vítimas em culpados - Em Faxinalzinho RS índios
Kaingang assassinaram dois irmãos, pequenos agricultores que se recusaram
apagar pedágio em um bloqueio ilegal da estrada. Obviamente os índios foram
insuflados pelas ONGs, inclusive pelo CIMI.
Os assassinos foram presos. Por isto, o
delegado responsável pela prisão está sendo perseguido pelo CIMI, cujos
advogados o acionaram judicialmente por suposta ação arbitrária na condução
das investigações. Logo depois do assassinato, o CIMI mandou uma nota
“acusando” os assassinados de terem tentado “afastar à força os
indígenas” para liberar a via e de “seqüestrar” e usar como refém uma criança
na tentativa de romper o bloqueio, portanto os mortos pelos índios é que
seriam os culpados pelo próprio assassinato. A tática de transformar os
algozes em vítimas é prática velha do CIMI.
Que caras de pau!
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Que Deus ilumine todos nós
nós