atualizado às 22h45

Justiça Federal: crime praticado por Ustra na ditadura prescreveu

A Justiça Federal em São Paulo considerou extinta a punibilidade do coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e do delegado aposentado Alcides Singillo. Ambos eram acusados de ocultação de cadáver pelo desaparecimento do estudante de medicina Hirohaki Torigoe em 1972. À época, Ustra era comandante do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna de São Paulo (DOI-Codi), um dos maiores centros de tortura da ditadura militar.
O juiz federal Fernando Américo de Figueiredo Porto, substituto da 5ª Vara Federal Criminal, considerou que a prescrição do crime começaria a ser contada a partir do momento da prática do delito. No caso da ocultação de cadáver, com pena máxima de três anos, a possibilidade de punição acabaria em oito anos. O Ministério Público Federal (MPF) argumenta que como o corpo não foi encontrado, o crime continua sendo praticado, e por isso, não prescreveu. A tese não foi aceita pelo magistrado, que declarou o processo extinto.
Torigoe, então com 27 anos, foi morto no dia 5 de janeiro de 1972. O estudante era membro da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento de Libertação Popular, organizações de resistência à ditadura. A versão oficial do crime - divulgada à imprensa duas semanas após o desaparecimento do estudante - dizia que Torigoe foi morto na rua Albuquerque Lins, no bairro de Higienópolis, na zona oeste de São Paulo, em um tiroteio com a polícia. Segundo as fontes oficiais da época, a demora na divulgação da morte ocorreu porque a vítima usava documentos falsos, com o nome de Massahiro Nakamura.
No entanto, o MPF contesta a versão oficial com base no depoimento de duas testemunhas: André Tsutomu Ota e Francisco Carlos de Andrade, presos na mesma data. De acordo com os depoimentos, Torigoe foi ferido e levado ainda com vida ao DOI-Codi, no bairro do Ibirapuera, onde foi interrogado e submetido à tortura.
As testemunhas disseram que os agentes responsáveis pela prisão de Torigoe tinham pleno conhecimento da verdadeira identidade do detido. Apesar disso, de acordo com o MPF, todos os documentos a respeito da morte da vítima, inclusive o laudo de necropsia, a certidão de óbito e o registro no cemitério foram elaborados em nome de Massahiro Nakamura.
Para o MPF, além de utilizarem o nome falso nos documentos de óbito e de sepultarem clandestinamente o estudante no Cemitério de Perus, em São Paulo, os subordinados de Ustra negaram aos pais do estudante informações a respeito do filho desaparecido. Desde 2006, um inquérito civil público busca localizar os restos mortais de Torigoe.
Agência Brasil





Comentário  do Editor de Reservativa  15.01.2014  00:45h

José C Nascimento

Inserido no texto:
 Carlos Alberto Brilhante Ustra e do delegado aposentado Alcides Singillo. Ambos eram acusados de ocultação de cadáver pelo desaparecimento do estudante de medicina Hirohaki Torigoe em 1972. 

JCN:
Acusados por quem?  Por terroristas em busca de revanche e ódio por terem sido derrotados
pelo excelente trabalho de combate ao terrorismo  desenvolvido pelo Comandante do Doi-Codi  II EX, cuja equipe sempre perseverante acompanhavam passo a passo todos os movimento em sua área de atuação. Foi graça a atuação corajosa e eficiente que as baixas foram poucas em ambos os lados.

Inserido no texto:
Para o MPF, além de utilizarem o nome falso nos documentos de óbito e de sepultarem clandestinamente o estudante no Cemitério de Perus  etc etc
JCN
Massahiro Nakamura foi enterrado com o nome constante dos documentos que portava.
E não poderia ser diferente.
Hoje os familiares dos terroristas, vivos ou mortos participam de uma corrida que poderia
ser chamada de corrida da pecúnia.  Não se tem conhecimento ou testemunho de que qualquer desses familiares que hoje se locupletam do erário  tenham movido uma "palha" sequer para demover seus entes "queridos" de participarem de uma luta armada  com fins a implantar no Brasil o Comunismo Internacional, baseado e apoiado por Cuba.

Yes. Nos temos JUIZES que mantém a balança da Justiça nivelada.