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terça-feira, 28 de junho de 2011

Vjoaovinhosa vinhosa  para josecnas@gmail.com       RESERVATIVA




28 junho 2011
Procurador Geral da República é acionado para dizer se investiga ou não cartel dos gases





Confira, abaixo, a íntegra da carta de Vinhosa ao Procurador.

Excelentíssimo Senhor Dr. Roberto Gurgel, Procurador-Geral da República, antes de tudo, Dr. Roberto Gurgel, informo que estou protocolando esta carta na representação da Procuradoria da República no município de Itaperuna (RJ) para que me sinta seguro que ela chegará às suas mãos. Por meio dela, estou colocando sob suas vistas o anexo artigo “O procurador-geral da República Roberto Gurgel e o tráfico de influência na Gemini: vai apurar?”, publicado no Alerta Total em 14 de junho de 2011.

Em tal artigo (HTTP://www.alertatotal.net/2011/06/o-procurador-geral-da-republica-e-o.html), deixei claro minha indignação pelo fato de não ter ainda sido informado se a denúncia que encaminhei a V. Exª. em 19 de outubro de 2010 originou, ou não, um procedimento administrativo no Ministério Público Federal (MPF). Como é do conhecimento público, citada denúncia comprova, de maneira inequívoca, a ocorrência de tráfico de influência na constituição da empresa Gemini – sociedade altamente lesiva ao interesse nacional, formada pela Petrobras para produzir e comercializar gás natural liquefeito (GNL).

Se – decorridos mais de oito meses que protocolei referida denúncia – não fui informado sequer se foi instaurado um procedimento administrativo pelo MPF, a quem devo recorrer, Dr. Roberto Gurgel?

Todos sabem que tráfico de influência é um crime de difícil comprovação. Para citar um exemplo recente, nem mesmo a incrível evolução patrimonial do ex-ministro Palocci deu origem a um processo no qual poderia ser investigado o provável prejuízo aos cofres públicos. A necessidade de comprovação, na denúncia, que os fabulosos ganhos com consultoria foram obtidos de maneira ilícita nivela, de maneira inconcebível, qualquer evolução patrimonial. Aparentemente, a multiplicação por vinte do patrimônio do consultor provocou o mesmo efeito que teria provocado se o patrimônio fosse multiplicado por cem ou duzentos; desde que ele declarasse à Receita Federal, naturalmente.

Não se alegue que eu não citei o nome do responsável pela rede de cumplicidade que levou o sindicato dos trabalhadores na indústria do petróleo (Sindipetro) a publicar em seu jornal diversas matérias com categóricas acusações de corrupção (ou será que uma charge mostrando uma pessoa com uma mala de dinheiro na qual está gravado o nome da sócia majoritária da Gemini não é uma acusação de corrupção explícita?). Tal alegação não pode ser acolhida, já que detalhei inúmeras evidências de prejuízo ao interesse público. Chegar aos responsáveis é tarefa para o MPF ou outra instituição que tenha o poder de polícia.

Finalizando, confirmo tudo que até agora afirmei – antes da denúncia, na denúncia e depois da denúncia. E, entre o que afirmei, destaco: “no artigo Dilma tem vergonha de ser a “Mãe da Gemini”?, foi transcrita correspondência encaminhada à diretora de gás e energia da Petrobras Maria das Graças Foster. E o anexo IV de tal correspondência, protocolada na sede da Petrobras, é a denúncia encaminhada ao Dr. Roberto Gurgel sobre o tráfico de influência num dos maiores crimes de lesa-pátria já levado a efeito no setor petróleo-gás”





Comentário:
JN disse
Porque será que as pessoas estudam, crecem, se projetam em suas carreira, principalmente na juridica, sonham em  alcançar o topo da piramide,  com o pomposo nome de Procurador Geral da República, e em lá chegando se transformam em simples burocrata engavetador. Como o fato e uma repetência  constante "nezze" lulatico paiz, a pergunta que não quer calar é: se em vez de indicado pelo Presidente da República, o PGR  fosse eleito por seus pares, considerando seu saber juridico e sua independência moral, se sentiria na condição de ter de agradar e proteger sempre seu benfeitor?