JN
Brasília, 25 de novembro de 2010
DIRETRIZ MINISTERIAL N°. 14/2010
O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA determinou o emprego das FORÇAS ARMADAS, para a garantia da lei e da ordem, na cidade do Rio Janeiro.
Tal decisão decorreu de solicitação feita pelo SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO JANEIRO, nesta data.
O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA autorizou a atuação das forças “nas condições e extensão solicitadas”.
Assim, com fundamento no art. 7°, I, do Decreto n°. 3.897/2001, e nos limites solicitados pelo SENHOR GOVERNADOR
DETERMINO
1. Ao COMANDANTE DO EXÉRCITO que acione efetivo de “800 militares”, do COMANDO MILITAR DO LESTE (CML), para “serem utilizados na proteção de Perímetro de áreas conflagradas a serem tomadas pelas forças estaduais e pela Polícia Federal”, além do efetivo necessário para o apoio da tropa e sua defesa.
Esse efetivo estará sob o comando do oficial designado pela autoridade militar competente e deverá operar em coordenação e articulação com as forças policiais estaduais e federais e com as demais forças militares.
2. Ao COMANDANTE DA AERONÁUTICA que acione:
a. Uma aeronave de asa rotativa “Super Puma para transporte de tropa” ou equivalente; e
b. Uma aeronave de asa rotativa “H1H para utilização com atiradores” ou equivalente.
As aeronaves deverão ser operadas por militares da Aeronáutica em coordenação e articulação com as forças policiais estaduais e federais e com as demais forças militares.
3. Aos COMANDANTES DAS FORÇAS ARMADAS que, articuladamente, acionem:
a. “Dez viaturas blindadas para transporte de pessoal”, incluindo as respectivas guarnições que as conduzirão;
b. “Equipamentos de comunicação aeronave x solo”, para serem cedidos, temporariamente, às forças estaduais;
c. “Equipamentos de visão noturna”, para serem cedidos, temporariamente, às forças estaduais;
4. Ao ESTADO MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS ARMADAS que designe oficial para:
a. promover a integração dos comandos militares empregados na operação;
b. promover a ligação com as autoridades estaduais e federais; e
c. manter este Ministério informado das operações, via o Centro de Operações Conjuntas (COC).
NELSON A. JOBIM
Ministro da Defesa
COMENTÁRIOS DE QUEM ENTENDE DO ASSUNTO.
Não se brinca de soldado, muito menos com soldados
Transcrevo, após meus comentários, o documento intitulado Diretriz Ministerial Nr. 14/2010, que é um achincalhe às Forças Armadas.
Nota: (Neste blog decidiu-se apresentar primeiramente as "diretrizes esculhambatórias" e os comentários em seguirda) JN
A Diretriz Ministerial Nr. 14/2010, que trata da utilização de recursos militares para garantia da lei e da ordem na cidade do Rio de Janeiro, por mais estapafúrdia e ilegal que seja, não surpreende, dado o Ministro que a expediu e quem o assessorou, o Comandante do Exército e o Chefe do Estado Maior Conjunto.
Não vou tratar dos aspectos legais ou formais, pois seria chover no molhado, em vista do que muitos cidadãos esclarecidos, desde o primeiro momento, vem denunciando: é totalmente inconstitucional.
Quero, contudo, apontar aberração flagrante, que faz vislumbrar um cenário péssimo no futuro das Forças Armadas.
Esse indivíduo, que gabou-se de haver introduzido sub-repticiamente modificações na Constituição Federal, vem agora, com uma penada, querer esculhambar com a doutrina militar sedimentada, transformar as Forças Armadas em depósito de mão-de-obra complementar à polícia civil e de material bélico a ser empregado em ações policiais.
Inicialmente, chame-se a atenção para o documento parido pelo gaúcho que adora vestir-se de soldado.
Diretriz: conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, um negócio etc; diretiva.
Não foi esse o conteúdo do documento, absolutamente.
Se o Presidente determina o emprego das Forças Armadas, o que se espera é que a elas seja atribuída uma missão, muito bem definida, para que possa muito bem ser cumprida.
Não é o que se vê na "Diretriz". Com muito boa vontade, pode-se enxergar algum conteúdo de missão, no que diz respeito ao Exército, em "para serem utilizados na proteção de áreas conflagradas" (sic). Mas, o que vem a ser isso ? Proteger contra o quê ? Contra os guerrilheiros urbanos ? Proteger o perímetro, de dentro para fora ou de fora para dentro? Como pode o Cmt do Exército acatar ordens tão estúpidas ?!
Como pode o Cmt do Exército aceitar que o Ministro determine a priori quantos homens empregar, sem esclarecer perfeitamente a natureza da missão, definir objetivos etc ? Como o Ministro chegou a esse efetivo ? Parece brincadeira !
Menciona a Diretriz os verbos Coordenar e Articular, mas omite-se, propositadamente, em determinar quem comanda as forças em operação. Compromete-se a unidade de comando, por quê? Porque não se quer melindrar o Governador do Estado.
Com a Força Aérea a coisa foi muito pior: sua missão foi "acionar um helicóptero para transporte de tropa e um helicóptero para utilização com atiradores" !?! Isso lá é missão ? Acionar ? Para fazer o que ? Deve ser para transportar alguém e atirar em alguém, naturalmente, mas... em quem, onde, quando?
Quais as regras de engajamento das Forças ?
Eu sempre tive receio de que a criação do Ministério da Defesa viesse a dar nisso: civis com carências de infância quererem brincar de soldado. O que eu não imaginava é que chefes militares viessem a se sujeitar aos caprichos dos mesmos.
Hoje, o grande perigo que vejo, face a situações como essa, é que, quando nossas forças armadas vierem a ser verdadeiramente necessárias para a defesa da Pátria, já estejam com a auto-estima tão baixa e, chefiadas por militares emasculados, não sejam capazes de cumprir qualquer missão de verdade.
Quero, finalmente, ressaltar: vive-se no Rio de Janeiro um estado tipicamente de guerrilha urbana, cujo combate já não cabe à polícia, que não teve capacidade de impedir que a coisa chegasse a esse ponto. Essa é a essência da questão.
Vamos ver no que isso vai dar.
José Magalhães - Cel Ref Pqdt
A Diretriz Ministerial Nr. 14/2010, que trata da utilização de recursos militares para garantia da lei e da ordem na cidade do Rio de Janeiro, por mais estapafúrdia e ilegal que seja, não surpreende, dado o Ministro que a expediu e quem o assessorou, o Comandante do Exército e o Chefe do Estado Maior Conjunto.
Não vou tratar dos aspectos legais ou formais, pois seria chover no molhado, em vista do que muitos cidadãos esclarecidos, desde o primeiro momento, vem denunciando: é totalmente inconstitucional.
Quero, contudo, apontar aberração flagrante, que faz vislumbrar um cenário péssimo no futuro das Forças Armadas.
Esse indivíduo, que gabou-se de haver introduzido sub-repticiamente modificações na Constituição Federal, vem agora, com uma penada, querer esculhambar com a doutrina militar sedimentada, transformar as Forças Armadas em depósito de mão-de-obra complementar à polícia civil e de material bélico a ser empregado em ações policiais.
Inicialmente, chame-se a atenção para o documento parido pelo gaúcho que adora vestir-se de soldado.
Diretriz: conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, um negócio etc; diretiva.
Não foi esse o conteúdo do documento, absolutamente.
Se o Presidente determina o emprego das Forças Armadas, o que se espera é que a elas seja atribuída uma missão, muito bem definida, para que possa muito bem ser cumprida.
Não é o que se vê na "Diretriz". Com muito boa vontade, pode-se enxergar algum conteúdo de missão, no que diz respeito ao Exército, em "para serem utilizados na proteção de áreas conflagradas" (sic). Mas, o que vem a ser isso ? Proteger contra o quê ? Contra os guerrilheiros urbanos ? Proteger o perímetro, de dentro para fora ou de fora para dentro? Como pode o Cmt do Exército acatar ordens tão estúpidas ?!
Como pode o Cmt do Exército aceitar que o Ministro determine a priori quantos homens empregar, sem esclarecer perfeitamente a natureza da missão, definir objetivos etc ? Como o Ministro chegou a esse efetivo ? Parece brincadeira !
Menciona a Diretriz os verbos Coordenar e Articular, mas omite-se, propositadamente, em determinar quem comanda as forças em operação. Compromete-se a unidade de comando, por quê? Porque não se quer melindrar o Governador do Estado.
Com a Força Aérea a coisa foi muito pior: sua missão foi "acionar um helicóptero para transporte de tropa e um helicóptero para utilização com atiradores" !?! Isso lá é missão ? Acionar ? Para fazer o que ? Deve ser para transportar alguém e atirar em alguém, naturalmente, mas... em quem, onde, quando?
Quais as regras de engajamento das Forças ?
Eu sempre tive receio de que a criação do Ministério da Defesa viesse a dar nisso: civis com carências de infância quererem brincar de soldado. O que eu não imaginava é que chefes militares viessem a se sujeitar aos caprichos dos mesmos.
Hoje, o grande perigo que vejo, face a situações como essa, é que, quando nossas forças armadas vierem a ser verdadeiramente necessárias para a defesa da Pátria, já estejam com a auto-estima tão baixa e, chefiadas por militares emasculados, não sejam capazes de cumprir qualquer missão de verdade.
Quero, finalmente, ressaltar: vive-se no Rio de Janeiro um estado tipicamente de guerrilha urbana, cujo combate já não cabe à polícia, que não teve capacidade de impedir que a coisa chegasse a esse ponto. Essa é a essência da questão.
Vamos ver no que isso vai dar.
José Magalhães - Cel Ref Pqdt
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É por aí... Terrinha de muro baixo, muito baixo...
Isso aqui é a terra da ilegalidade conveniente... A Globo "ïnventou" o RIO CONTRA O CRIME e tome de reportagens que informam pouco, repetem muito e exaltam as Polícias muito além do que seria normal. O foco agora é "vender o alemão" como um novo paraíso... Que bom!
Não há Polícia mais corrupta do que a do Rio... Antes era o bicho, hoje é o tráfico... Não há polícia que tenha matado mais do que a do Rio... Será que mudaram em uma semana? Como diria meu neto: duvide-o-dó de uma perna só...
Outro ponto: Cadê o MP? Cadê os políticos? Cadê a vergonha na cara e a informação correta? Quando aquele tenente do Exército entregou três vagabundos e mini-traficantes aos inimigos - atitude idiota e ele já está pagando por isso - apareceram 5 promotores do MP para fazer justiça, esculhambar com o Exército e o tal Beltrame disse "o Exército não está preparado para atuar na Segurança Pública..." Ahhhhh....
Agora, por passe mágica desses políticos de merda, não só está preparado, como virou "a solução para o Alemão"...
Agora vem o pilantra do Sérgio Cabral dizer que pediu a Fiona "uma Força de Paz (sic) de 2.000 homens do MD"... Engraçado... Pensei - aprendi assim - que Força de Paz é com a ONU. Mudou a ONU ou o jobim virou "o cara"... de pau, né?
Se ele, o Cabral, não dá conta do recado, pede prá sair... O apedeuta que decrete intervenção...
A PM do Rio tem cerca de 40 mil PM`s. A polícia civil tem 9 mil (dizem...), mas, esse dado é irreal. Não sei ao certo, muito menos quantos estão, de fato, na atividade fim... Deve ser o tal SEGREDO DE JUSTIÇA muito mais do que conveniente. Se alguém por aí souber dos dados corretos - PMRJ e PCRJ - agradeceria o envio.
É muito? É pouco? Não sei quantos, de fato, estão na rua...
GD/BYE
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Não são necessários sete meses para montar uma UPP. O modelo, que já está em 13 favelas, é replicável.
Para quem quiser conhecer dados sobre o programa, basta acessar o UPP Repórter, do próprio governo do Rio. Existem UPPs montadas dentro de containers. São raras as unidades que foram construídas, a maioria utiliza instalações já existentes, inclusive imóveis que, anteriormente, eram utilizados por traficantes. Como os que foram tomados no próprio Complexo do Alemão.
Uma UPP demanda um efetivo de 150 e 350 soldados. É o recurso mais importante. Escolinhas de música, de futsal e outras perfumarias podem ser feitas depois. A UPP da Cidade de Deus, que protege 45.000 pessoas, possui 326 homens trabalhando.
Agora Sérgio Cabral diz que serão necessários 1.000 a 1.500 homens para as unidades do Alemão? Por quê? Todo o cerco usou 2.500 honens e sobrou gente.
O Governo do Rio, espertamente, está saindo da zona de confronto para a zona de conforto. Vai ficar enrolando no Complexo do Alemão para não ir logo para a Rocinha e para o Vidigal. É pura embromação. Se quiser, monta uma UPP em dez dias.
O que vão fazer, depois de uma operação exitosa em termos de opinião pública, é chupar a laranja doce até o bagaço.
É a velha demagogia de sempre. E as Forças Armadas servindo de bucha de canhão para político safado fazer o nome."
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Leiam esse artigo que tem 6 anos, e é da safra de Sylvio Guedes Editor-Chefe do Jornal de Brasília, em critica ao "cinismo", dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poderparalelo dos chefes do tráfico de drogas. Guedes desafia a todos que"tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir:eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro". Leia o artigo na íntegra:
O link e o artigo foi lembrado por GD/ByE, que esqueceu, desta vez a sua pergunta classica " Essa merda tem jeito?"