INTENTONA COMUNISTA DE 1935

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Publicado em Novembro 26, 2010 por liciomaciel

Monumento as vitimas da Intentona Comunista  RJ

Convidado, na condição de ex-comandante da Unidade, tive a satisfação de participar, hoje, de atividades em que o Comando do 15º BIMtz esmerou-se na tarefa de ressaltar dois episódios muito significativos para a História Militar do Brasil, deles retirando os aspectos mais importantes como lições a serem aprendidas pelos jovens integrantes do batalhão. Comemorando o dia do Quadro de Oficiais Auxiliares, bela homenagem foi prestada ao Tenente ANTÔNIO JOÃO, herói da defesa da guarnição de DOURADOS, MATO GROSSO, quando foi relatada à tropa a conduta valente e altiva daquele comandante que tornou realidade o juramento que todos fazemos de, se necessário, defender com o sacrifício da própria vida o solo pátrio. A explanação dos fatos ocorridos foi coroada com a lembrança da frase que imortalizou o patrono dos Oficiais Auxiliares, quando, atacado por efetivos paraguaios muitas vezes superiores aos seus parcos recursos, não aceitou a rendição e proclamou: SEI QUE MORRO, MAS O MEU SANGUE E O DOS MEUS COMPANHEIROS SERVIRÃO DE PROTESTO SOLENE CONTRA A INVASÃO DO SOLO DA MINHA PÁTRIA. Que beleza, rememorar, nos dias de hoje, tal gesto de coragem, grandeza e desprendimento! A segunda parte da solenidade foi dedicada à lembrança da INTENTONA COMUNISTA de 1935, com o relato das ações de traição, covardia e barbárie de alucinados ideológicos que pretendiam, inclusive matando companheiros que dormiam, implantar a malfadada doutrina e o regime de governo assassino que infelicitou tantos países e causou milhões de mortes em todo o mundo. Ao final, a chamada dos mortos com a resposta de todo o efetivo da Unidade: PRESENTE. Após a formatura, uma palestra objetiva, com slides e fotos mostrando a realidade brutal dos acontecimentos em NATAL, RECIFE e no RIO DE JANEIRO. Algo para impressionar positivamente, com a recomendação para que o conhecimento sirva de alerta para o impedimento da repetição de tais fatos.



Para um velho soldado, foram momentos de muita emoção e de gratificante constatação de que aqueles princípios , a nós e aos nossos antecessores transmitidos e que orientaram nossos procedimentos e ações ao longo da carreira, e nos levaram a decisões difíceis diante de conjunturas adversas, estão presentes, incólumes, nas gerações que nos sucedem. Sentimos o quanto estão vivos os sentimentos de amor à pátria, de respeito aos heróis do passado, de orgulho pelos seus feitos e da disposição de manter o Exército na inflexível linha de defesa da ordem e da democracia. Como bem já foi dito, não existem dois exércitos, um do passado e outro do presente. O Exército é um só. Nossos princípios de honra, dignidade e patriotismo são imutáveis. Como em todos os tempos, carreiristas subservientes omitem-se diante de situações de fato, causando decepção e frustração. Felizmente, são minoria. Nas veias daqueles que labutam nos quartéis, que se sentem responsáveis pela segurança nacional, que trabalham pelas comunidades nas quais estão inseridos, corre o sangue verde-oliva que nunca decepcionou o país. E este sangue está circulando nas veias dos comandantes e comandados que hoje nos proporcionaram orgulho de tê-los como sucessores e alegria pelo nosso convívio. João Pessoa, 25 de novembro de 2010.


Cel Ref JOSÉ ALBERTO TAVARES DA SILVA


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