Por Luiz Carlos Loureiro - Cel daRreserva/Ex - Cmt 25 BC/1998/2000
Vez por outra o Exército se vê diante de infâmias colocadas na mídia para desmerecer a Instituição e seus integrantes. A questão da vez é o caso tornado público de homossexualismo entre dois sargentos. Chegou-se ao ponto máximo de colocá-los fardados em capa de revista de circulação nacional, além de entrevistas seguidas. A principal rede de comunicação do país não poupou espaço para a abordagem do tema. A verdade não foi perseguida,ao contrário,buscou-se, como se diz, acusar, julgar e condenar, tudo na mesma edição e de forma tendenciosa. É preciso também lembrar a coincidência entre o que foi amplamente noticiado e o Encontro GLTB ocorrido em Brasília com apoio governamental, que culminou com a notícia de que o SUS irá pagar as operações de mudança de sexo. A conclusão é óbvia: o noticiário, que recebeu generoso espaço, pôs o Exército como “escada” para a promoção das referidas minorias.
O Comando do Exército, como sempre sem muito alarde, procurou esclarecer principalmente os seus integrantes. Os militares em questão transgrediram os regulamentos e um deles cometeu o crime de deserção. Ao estar em lugar público e sendo entrevistado não restava, como outra alternativa, acionar a Polícia do Exército para prendê-lo, a fim de passar a responder pelo crime cometido. ”Tudo de acordo com a lei”, assim o Exército se pronunciou.
Os modelos excêntricos comportamentais que caracterizam personalidades incompatíveis com a função militar não são admitidos nas Forças Armadas, por não se enquadrarem no trabalho, na vivência e no acendrado senso de cumprimento de missão. Quem se candidata ou é selecionado para ingressar nas Forças Armadas é sempre esclarecido a respeito, sem que isto possa ser considerado preconceito. É, sim, uma questão de postura de quem recebe milhares de jovens anualmente para o serviço militar e tem a obrigação maior de devolvê-los à sociedade em melhores condições físicas e morais.
É preciso esclarecer também que nas Comissões de Seleção todos os que por situações particulares de deficiência e ou ajustamento ali se apresentam, são tratados de forma diferenciada, sem constrangimentos e atendidos discretamente e respeitosamente. Essas matérias provocativas não conseguirão abalar o alto nível de credibilidade conseguido junto à sociedade. Assim disseram, dias depois, alguns articulistas isentos e é o que se depreende de recente pesquisa de opinião sobre a credibilidade das Instituições.
Por fim, a verdade. O Exército, apesar das dificuldades impostas, continua atuante e cumprindo as suas missões constitucionais. Além disto, em situações emergenciais, nos locais mais distantes e onde o desenvolvimento sócio-econômico é precário, ajuda sistematicamente as populações. Eis aí boas sugestões de pauta para os diversos veículos de comunicação.
Fonte: Ternuma Regional Brasília