Translate

domingo, 8 de junho de 2008

Ela é tão durona quanto Dilma

06/06/2008 22:02 Revista Época

O que as denúncias de Denise Abreu sobre a venda da Varig significam para o futuro político da candidata favorita de Lula à sua sucessão
Paulo Moreira Leite
Num país onde os escândalos passam do estado sólido ao gasoso conforme as conveniências da temperatura política, surgiu uma denúncia de verdade no caminho de Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil e favorita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o Planalto em 2010. Na mesma semana em que a CPI do Cartão Corporativo encerrou-se melancolicamente, sem sequer mencionar o dossiê contra FHC elaborado na Casa Civil, o juiz José Paulo Magano, de São Paulo, enviou à Procuradoria-Geral da República os documentos de uma investigação que aponta para um “ilícito penal envolvendo ministra de Estado”. A ministra é Dilma Rousseff.

Em depoimento publicado na quarta-feira passada pelo jornal O Estado de S. Paulo, a advogada Denise Abreu faz acusações contra a ministra. Denise é ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o órgão responsável pela regulamentação das empresas aéreas e da aviação brasileira. Diz que, em 2006, Dilma fez pressão para forçar a venda da Varig para uma empresa sob controle estrangeiro – o que é proibido por lei – e barrou investigações sobre os novos proprietários. De acordo com Denise, Dilma ainda afirmou que não era conveniente investigar o prontuário de cada um deles na Receita Federal porque “era muito comum no Brasil as pessoas sonegarem imposto”.

Para quem acompanha os bastidores de Brasília, Denise apenas disse em voz alta aquilo que empresários e executivos sempre comentaram em voz baixa. A denúncia contém uma novidade estratégica. Entre tantas acusações já lançadas contra o governo Lula, pela primeira vez a denúncia é feita por uma autoridade que ocupou cargos de confiança em Brasília e conhece de perto as cenas e personagens que descreve. Denise é uma voz de dentro – e fala. Ela diz que decidiu fazer sua denúncia porque não queria ficar marcada por erros que não cometeu. “Preciso reconstruir minha vida profissional”, disse em entrevista a ÉPOCA (leia trechos).


REVIRAVOLTA RELÂMPAGO
Reprodução de despacho de Denise Abreu (ver link abaixo) em que ela cobra informações sobre a origem do dinheiro dos sócios da VarigLog. Denise não trabalha desde agosto do ano passado, quando saiu do governo. Teve direito a uma quarentena remunerada de quatro meses e, depois disso, diz sobreviver com reservas pessoais. Ela usa um tom dramático para descrever as pressões que enfrentou. Sua imagem costuma ser associada ao caos aéreo, simbolizado por uma fotografia em que ela fumava um charuto durante uma festa em Salvador. Ela diz que foi a única vez que fez isso na vida e afirma detestar charutos. Denise demitiu-se após dois desastres aéreos em que quase 400 pessoas perderam a vida. Também ficou célebre por dizer que um laudo técnico liberara inteiramente uma pista no Aeroporto de Congonhas, cenário de uma tragédia que fez 193 mortos. Verificou-se que isso não era verdade – embora a causa provável do desastre não tenha sido uma falha na pista, mas um erro dos pilotos ou uma falha do sistema da aeronave no momento da aterrissagem.

Denise não é uma petista de carteirinha. Fez carreira ocupando cargos de confiança no governo tucano de Mário Covas. Chegou ao governo Lula pelas mãos de José Dirceu, que estudou Direito a seu lado quando voltou aos bancos escolares, após a anistia. Abandonada pelo governo e pelo PT, antes de ir à luta, bateu às portas do PSDB. Em março, ela esteve no apartamento do senador Sergio Guerra, presidente do PSDB, em Brasília. Ali foi aconselhada a procurar a imprensa.

Filha de Olten Ayres de Abreu, um dos grandes juízes de futebol do passado, Denise é uma mulher aplicada e estudiosa, com uma agressividade quase permanente. “Para ela, toda discussão é séria. Não existe debate amistoso”, diz um alto funcionário do governo Lula. “Ela não era uma diretora da Anac. Era a pessoa que dominava os debates e polarizava opiniões.” As fofocas aéreas de Brasília dizem, mas nunca demonstraram, que ela combatia os esforços de venda da Varig porque teria interesse em beneficiar a TAM, candidata natural ao espólio da companhia falida.


A MATERIA COMPLETA COM FOTOS PODE SER LIDA EM http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI5448-15223,00-ELA+E+TAO+DURONA+QUANTO+DILMA.html


Essa materia seria imcompleta sem os comentarios de Clausewitz postado em seu blog :
http://blogdoclausewitz.blogspot.com/ e que reproduzimos abaixo, - curto, grosso e realista.

Entendam. A matéria acima transcrita em epígrafe é o rabo de mais um unicórnio petista que vai levantar vôo nos próximos dias se nada for feito para realmente engaiolar a guerrilheira Dilma Roussef... e o vôo do unicórnio ocorrerá, quer queiram ou não os controladores aeronáuticos, quer queiram ou não os otimistas da Infraero (que estimaram um atraso de 27% como baixo em Brasília), quer queiram ou não todos os reacionários do Brasil... e sabe por quê ocorrerá?? ocorrerá porquê não há ninguém corajoso neste país... nunca antes na história desse país tivemos tantos covardes... mas leiam a matéria completa, até para se familiarizarem com as cenas dos próximos capítulos de mais um pastelão nacional, em que a charuteira contracena com a guerrilheira, que tinha como assessora a boa de chuteira... e ao término desse pastelão, se nada acontecer com o unicórnio da guerrilheira, poderá ocorrer com o charuto da charuteira... quem sabe um charuto explosivo... BUMMMMMM... falou demais, bye