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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ALÉM DO TREM BALA INVISIVEL SOMOS CONSTRUTORES VIRTUAIS DO NAVIO QUE NÃO NAVEGA

Em Sexta-feira, 1 de Agosto de 2014 10:10, J G Barros <jgbarrosfilho@gmail.com> escreveu:


 
DENÚNCIA PÚBLICA 
 
  O navio que não navega
 
cid:1.1384062559@web125105.mail.ne1.yahoo.com
 
R$ 336 Milhões
O NAVIO QUE NÃO NAVEGA...
Júlia Rodrigues
 
Em 7 de maio de 2010, ao lado da sucessora que escolhera e do governador pernambucano Eduardo Campos, o presidente Lula estrelou no Porto de Suape um comício convocado para festejar muito mais que o lançamento de um navio: primeiro a ser construído no país em 14 anos, o petroleiro João Cândido fora promovido a símbolo da ressurreição da indústria naval brasileira. Produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC, a embarcação com 274 metros de comprimento e capacidade para carregar até um milhão de barris de petróleo havia consumido a bolada de R$ 336 milhões – na época, o dobro do valor orçado no mercado internacional.

Destacavam-se na plateia operários enfeitados com adesivos que registravam sua participação no parto de mais uma façanha do Brasil Maravilha. Seria uma festa perfeita se o colosso batizado em homenagem ao marinheiro que liderou em 1910 a Revolta da Chibata não tivesse colidido com a pressa dos políticos e a incompetência dos técnicos. Assim que o comício terminou, o petroleiro foi imediatamente recolhido ao estaleiro antes que afundasse ─ e nunca mais tentou flutuar na superfície do Atlântico.

O vistoso casco do João Cândido camuflava soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente, se permanecesse mais de meia hora tentando flutuar no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. Continua atracado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento.  Nem por isso o navio deixou de percorrer o país inteiro. Durante a campanha presidencial,transportado pela imaginação da candidata Dilma Roussefffez escala em todos os palanques e foi apresentado ao eleitorado como mais uma realização da supergerente que Lula inventou.

A assessoria de imprensa da Transpetro se limita a informar que não sabe quando o João Cândido vai navegar de verdade. O Estaleiro Atlântico Sul, criado com dinheiro dos pagadores de impostos,não tem nada a dizer. Nem sobre o petroleiro avariado nem sobre os outros 21 encomendados pelo governo. No fim de 2011, o EAS adiou pela terceira vez a entrega do navio. A Petrobras, que controla a Transpetro, alegou que os defeitos de fabricação apresentados só podem ser reparados em estaleiros do exterior.PODE?

Quando o presidente era Nilo Peçanha, João Cândido comandou uma rebelião que exigia a abolição dos castigos físicos impostos aos marinheiros.
 
Passados 102 anos, Dilma e Lula resolveram castigá-lo moralmente com a associação de seu nome a outro espanto da Era da Mediocridade Petista: depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que nãonavega e nunca navegará.