28ago2014
Por Gen Bda Paulo Chagas
A “versão”
é inimiga da “conciliação”
Caros
amigos
Como
determina o princípio da unidade de comando, a boa prática da liderança e o
respeito à precisão dos relatos, das declarações e dos documentos de origem
militar, o comandante do Exército, General Enzo Martins Peri, muito
acertadamente, tomou a si qualquer resposta às demandas das “comissões da
versão”, espalhadas pelo Brasil.
Qualquer
solicitação sobre qualquer assunto deve ser respondida pelo Comandante, impondo,
assim, às respostas a precisão, o respaldo e o crivo de ser a palavra do
Exército!
O
Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ), por desconhecimento desta
prática militar, pretende pedir à Procuradoria Geral da República que ingresse
com representação contra o Comandante. Lamentável atropelo que põe em dúvida a
isenção jurisdicional daquela importante instituição do Estado, essencial à
defesa do regime democrático e dos interesses dos
cidadãos.
O Hospital
Central do Exército (HCE), ao negar ao MPF-RJ o prontuário médico do engenheiro
Raul Amaro Nin Ferreira, que morreu enquanto estava baixado e sendo atendido por
aquela Organização Militar de Saúde, em agosto de 1971, cumpre com um
compromisso fundamental da instituição militar que, ao contrário de outras, não
deixa dúvidas quanto à sua estrutura, necessariamente, hierarquizada e
responsável.
O
Ministério Público, em lamentável atitude quixotesca, certamente por ignorar as
regras de procedimento do estamento militar organizado, está tomando medidas
desnecessárias visando a remover obstáculos imaginários às investigações.
A busca
obstinada por este tipo de informações e o frisson artificial que a acompanha
tem dois objetivos principais, quais sejam, a vã tentativa de validar o
invalidável, inócuo, inútil e caríssimo relatório da “comissão nacional da
versão” e a desconstrução da imagem positiva das Forças Armadas, último e
definitivo recurso da Nação em seus momentos de apreensão, inquietude e angústia
como os que antecedem as eleições de outubro e que não deixam dúvidas quanto às
ameaças do seu depois, seja qual for a decisão das urnas.
Fossem as
comissões e suas investigações voltadas para a CONCILIAÇÃO nacional e não para a
VERSÃO facciosa dos fatos, haveria a confiança necessária e suficiente para que
se construísse um verdadeiro anteparo histórico à repetição dos equívocos que,
meio século depois, com os mesmos personagens, voltam a ameaçar a harmonia
institucional.
Sempre há
tempo para aprender e reconsiderar...
Gen Bda
Paulo Chagas
= Nenhuma
ditadura serve para o Brasil – Grupo Ternuma
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