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terça-feira, 2 de julho de 2013

Salve o Cel. Fornari

02jul2013 01.50
DO EDITOR DE RESERVATIVA
Quero parabenizar a Coluna de Raimundo Floriano pela postagem desse artigo de Luiz Berto, que não conheço, mas doravante me apresento como seu administrador.
O Blog reservativa está na internet desde 2004, quando nos USA, senti a necessidade de manter na reserva uma maior proximidade com os companheiros e  amigos de caserna, em especial pelos órgãos que tive a honra de servir, REI,CSN,GAB-MIN, D2-DF e finalmente CIE. 
Nenhuma postagem nesses nove anos, seja da safra de quem for, foi reproduzida nesse Blog, com tanto orgulho e satisfação e nem mais justa que essa homenagem ao grande Coronel Fornari. 
Coronel Fornari é um simbolo do amor a pátria, um marco no combate as ideologias alienígenas, um ante comunista consciente e conhecedor dos males que essa ideologia trouxe e ainda traz  aos países que se deixaram escravizar,  levados pelo canto da sereia da foice e do martelo, um simbolo do  retrocesso na evolução da humanidade.  Coronel Fornari é um legitimo defensor da Democracia e um intransigente com 
aqueles que  a desrespeitam ou  não a defendem.
Fornari é um homem do bem, que angariou amigos em toda escala hierárquica, de soldado a General e será sempre respeitado e lembrado por atos como os relatados nesse artigo de Luiz Berto, e em outros talvez desconhecidos, como quando UNEMFA estava acampada em frente o Congresso, e ele frequentava  diariamente o acampamento em horas diversas, as vezes tarde da noite, quando nos levava uma garrafa termica  com chocolate quente. Carinhoso e amável com as mulheres e os homens que alia acampavam em busca de uma melhoria nos vencimentos dos militares e muitas vezes criticadas por  alguns deles, não deixava apesar de tudo de manter incólume sua e inarredável  convicções politicas. Um dia ao chegar no acampamento bem cedo, encontrou uma mesa do café da manha onde algumas deputadas se achavam presentes, na maioria de partidos de esquerda, para um café matinal, a convite da Presidente. da UNEMFA, inconformado bateu sua bengala na mesa e perguntou " oque esse bando de comunas está fazendo aqui?  
O grande Coronel Fornari, não muda é e será sempre o mesmo. Melhor está por nascer.
O exercito me trouxe vários motivos de orgulho, nenhum maior que o privilegio de ser seu amigo.
Se tivéssemos  dez Fornaris, não estaríamos nesse "marca passo" duvidoso  e nesse marasmos  em cima do muro.
Com um fraterno abraço
Ten  Rfm do EB  Jose Conegundes Nascimento




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Cícero Novo Fornari: em 1981 e em 2013
Na sala de espera da maternidade, dois macróbios, cabelos grisalhos, ansiosos ante o limiar de um 
grande acontecimento em suas vidas. Eu, 77 anos, na expectativa do nascimento de meu quinto filho;
 ele, cinco anos mais velho, aguardando o primeiro. Unidos pelos mesmos sentimentos paternais, 
acabamos fazendo conhecimento, quiçá amizade, e prometendo presentear-nos mutuamente com um
 clone de nossos rebentos, tão logo nos fossem entregues.
Explico: a maternidade era a Thesaurus Editora, nos preparativos finais da edição dos livros que 
acabáramos de escrever: Pétala do Rosa, o meu, e Apresentar Armas, o dele, sobre o qual discorrerei mais adiante. Apenas quem já passou por essa experiência, pode avaliar a emoção que se sente ao ver sua produção literária sair do prelo, fresquinha, pronta a enfrentar o julgamento dos leitores, as cacetadas dos críticos e, também, a partir dali, enriquecer o currículo de seu autor.
Minhas recentes leituras têm-me proporcionado a ocasião de conhecer variados textos de veteranos do Exército Brasileiro contando suas experiências durante o serviço ativo:
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Pequena Grande Unidade, do Sargento Amador Arimathéa, relata-nos, com ilustrações e a legislação pertinente, todo o desenrolar das operações que culminaram com a instalação da primeira tropa verde-oliva em Brasília, a 21 de maio de 1958; Cavando Trincheiras, de Paulo Irineu Barreto Fernandes, Conscrito de 1985/1986 no BPEB, brinda-nos com episódios vividos pelo autor na caserna durante aquele período; Memórias do Soldado Rodrigues, de Luiz Alberto Rodrigues, Conscrito de 1969/1970, também no BPEB, dá-nos uma ideia do que foi uma dura fase daqueles tempos de combate aos assaltantes de bancos, à ladroagem, aos corruptos, aos guerrilheiros e terroristas; Terceiro Batalhão – O Lapa Azul, de Agostinho José Rodrigues, contém a experiência do autor no front, durante a Segunda Guerra Mundial.
Nesses quatro livros, afloram o amor ao Brasil e a reafirmação do juramento feito diante de Bandeira Brasileira, ao prometerem dedicarem-se inteiramente ao Serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderiam com o sacrifício da própria vida.
Cícero Novo Fornari, o autor de Apresentar Armas, é Coronel da Reserva do Exército Brasileiro. Durante os 40 anos de atividade, serviu nas seguintes Organizações Militares: Escola Preparatória de São Paulo; AMAM; 1º Batalhão de Polícia do Exército; 1º Batalhão de Fronteira; 1º Batalhão de Carros de Combate Leves; AMAM, como Instrutor, 12º Regimento de Infantaria; Escola Preparatória de Campinas; EsAO; 4º Regimento de Infantaria; Escola de Comando e Estado-Maior do Exército; QG do Comando Militar da Amazônia; Centro de Operações na Selva; Estado-Maior do Exército; Gabinete do Ministro do Exército; Escola Nacional de Informação; 28º Batalhão de Infantaria Blindado, como Comandante; Escola Preparatória de Cadetes do Exército, como Subcomandante; Colégio Militar de Curitiba, como Comandante; e Adido Militar junto à Embaixada do Brasil na Venezuela.
Carreira rica, com episódios variados, exposta, passo a passo, neste importante livro com o qual nos presenteou:
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Cícero Fornari foi um militar de atitudes firmes, cuja palavra dada não conhecia meia-volta, e jamais
 atribuiu a subordinados a responsabilidade dos atos que praticou. E continua assim na Reserva, arriscando-se até, como é mostrado no livro, a ser ameaçado de punição, nestes tempos modernos, por opiniões que expendeu, reiterou e assinou embaixo. Em poucas palavras, é um homem de vergonha na cara!
A seguir, vou pinçar alguns trechos de seu emocionante livro, pelo muito que me tocaram com o modo desse veterano expressar seu pensamento.
Primeiramente, quero dizer que o Brasil avermelhou, especialmente Brasília. Logo após o Balão do Aeroporto, o Portal de Boas-Vindas ou Feliz Viagem é dominado pelo tom vermelho. Entrando-se na cidade todas as placas de obras governamentais ostentam o vermelho, assim como as cadeiras do Estádio Nacional Manoel Garrincha, construído com o rico dinheirinho de todos os brasileiros, não importando a opção religiosa, política ou sexual. Detalhe: as cores oficiais do Distrito Federal são o branco, o verde e o amarelo.
Faço essa introdução para transcrever um trecho do Apresentar Armas:
SIMBOLISMO DAS CORES
Reserva
Sou leitor assíduo da Resenha do Centro de Comunicação Social do Exército. No dia 13 de novembro de 2009, chamou minha atenção a notícia sobe a Operação Laçador, que seria realizada na área do nosso antigo III Exército.
O pouco que a notícia me transmitiu, fez reviver em meu pensamento os tempos de aluno da ECEME, com três anos de exercícios na carta e no terreno. Era a eterna luta do Bem contra o Mal, dos Azuis contra os Vermelhos. Nós éramos sempre os Azuis e, no final, os Vermelhos acabavam fragorosamente derrotados. Hurra! Hurra! Hurra!
Lembro-me também de que, naquela Escola, eram estudados dois tipos de inimigo:
– o Invasor, oriundo do nosso continente; e
– o Agressor, para as guerras, principalmente na Europa.
Os alunos, com seus espíritos brincalhões, criaram mais um inimigo:
– o Instrutor, e eu, por motivos óbvios, não vou me alongar em explicações sobre ele.
Na Operação Laçador, não encontrei a luta entre o Bem e o Mal com os nomes de Azuis e Vermelhos, mas, surpreendentemente para mim, a guerra era entre o país Verde (o nosso) e o país Amarelo (o inimigo).
O Verde e o Amarelo são nossas cores nacionais!!!
A luta entre as nossas cores nacionais, isto é, entre brasileiros, pode, mas contra os Vermelhos não pode.
Vejo aí o ranço de um grande preconceito político que chegou a interferir até na montagem do tema de uma manobra do Exército.
Diante desse caleidoscópio colorido, acabei dando o nome para um quarto inimigo, que merece ser estudado em todas as nossas Escolas Militares:
O Impostor
Pelos nossos melhores dicionários, o Aurélio e o Houaiss, a palavra Impostor significa: embusteiro; mentiroso; hipócrita; soberbo; vaidoso; enganador; trapaceiro; fraudador; falso; dissimulado.
Esse é o pior inimigo que temos na atualidade. Ele se infiltrou no governo e lançou seus tentáculos em todas as direções. Passou a ser o dono da verdade em assuntos militares, sem nunca ter sido militar. Pensa que entende de estratégia militar; pensa que entende de tráfego aéreo. Pensa que entende de aviação de caça, de submarinos, de blindados, de instrução militar, de logística militar, de currículo das escolas militares, sem nunca resolver nenhum dos problemas existentes nessas áreas.
Quem entende desses assuntos são os militares e a eles deve caber a direção do Ministério da Defesa. Sem essa solução, não há salvação.
Outro trecho que escolhi, transcrito logo mais abaixo, atesta o quanto esse nobre escritor é dotado de brio, de vergonha na cara.
No ano de 2005, estourara o Escândalo do Mensalão e, no mês de agosto, seria conferida a Medalha do Pacificador a várias personalidades, dentre elas José Sarney Costa, do Brasil, Efraín Velasco Lugo, da República Bolivariana da Venezuela, Arnaldo Jabor, do Brasil, Nelson Azevedo Jobim, do Brasil, dentre outros.
A seguir, crônica de Emerson, Rogério de Oliveira, do jornal O Sul, de Porto Alegre, publicada no dia 4 de outubro de 2008 e constante do livro Apresentar Armas:
ATITUDES DIGNAS
Relembro um fato inédito que chamou a atenção dos presentes à cerimônia de entrega de medalhas, realizada a 25 de agosto de 2005, por ocasião das comemorações do Dia do Soldado, em Brasília. Com a presença de Ministros de Estado, Comandantes das Forças Armadas, convidados e familiares, foi entregue a Medalha do Pacificador. Depois do dispositivo pronto, um senhor idoso, apoiado em uma bengala, vestindo roupas escuras e gravata preta, portando em seu peito a Medalha do Pacificador, atravessou toda a frente do dispositivo até o local onde estava a espada do Duque de Caxias.
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Medalha do Pacificador
Com lágrimas nos olhos, retirou a medalha do peito, elevou-a ao alto, à frente, à esquerda e à direita. Depois de beijá-la, colocou-a no seu antigo estojo e a depositou aos pés da coluna onde estava a espada de Caxias. Voltou, passou silenciosamente pela frente do dispositivo, indo sentar-se na arquibancada de cimento, diante do palanque.
Perguntado por que devolveu a medalha, respondeu que ela havia sido desonrada e desprezada, em flagrante desrespeito à figura do insigne Patrono do Exército, o Duque de Caxias, por já ter sido distribuída a pessoas que não mereciam tal honra. Disse mais, que, se a recebeu num ato solene, seria justo devolvê-la num ato solene.
Esse senhor idoso é o coronel de Infantaria Reformado/Inválido Cícero Novo Fornari, na época 74 anos, desses, 43 de serviços prestados ao Exército e à Pátria.
Preciso dizer mais?
Leitores, Sentido! Em continência ao Exército Brasileiro! Apresentar Armas! É assim que esse nobre veterano conclama-nos a todos, homens de bem, de brio, de vergonha na cara, a estarmos sempre do Lado Bom do Brasil, honrando suas Instituições Civis, suas Forças Armadas, Seu Exército.
Para reavivar em todos nós os sentimentos cívicos e patrióticos, apresento a Canção do Exército (originalmente Capitão Caçulo), de Theófilo de Magalhães e Alberto Augusto Martins, na interpretação da Banda de Música do BPEB – Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.