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Olhando assim parecem feios, mas por dentro, são horrorosos(JN) |
A Comissão da Verdade precisa apresentar a sociedade na conclusão de seus trabalhos o que dizem buscar - o direito à memória e a verdade. O povo brasileiro necessita conhecer os "heróis" homenageados pormembros do governo - como eles agiam e o que os motivou para que iniciassem a luta a luta armada. Se o que os idealizadores da Comissão buscam não é vingança, se desejam realmente a Verdade Histórica, se o povo tem "Direito à Memória e à Verdade" é necessário que essas "vítimas inocentes" e esses "heróis", que hoje dão nome a praças, escolas e para os quais memoriais são erguidos, sejam apresentados à sociedade brasileira, não como defensores da liberdade, mas, como seguidores de regimes ditatoriais e sanguinários
.Bem antes de 1964, seus líderes já eram acolhidos em países comunistas para se prepararem em cursos onde aprendiam, entre outros atos, técnicas para desestabilizar o governo, tomar o poder e implantar uma ditadura do proletariado.Isto não pode ser omitido. Do currículo desses cursos constava treinamento de:
- táticas de guerrilha rural e urbana; - manuseio e fabricação de armas; - manuseio de explosivos e fabricação de bombas; - leitura de mapas; - técnicas de sabotagem; e - marchas e sobrevivência na selva. Um dos ídolos dos seguidores do regime cubano, Che Guevara, incutia na mente de seus discipulos idéiascontidas na frase abaixo que usava com frequência: "Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar. " Portanto que comecem a apurar esse período triste, esmiuçando o início da tentativa de tomada do poder pelas armas. É preciso iniciar pela verdade histórica mais importante - a motivação que os levou a pegar em armas.
Partindo do princípio, será necessário apenas puxar o fio da meada e os inocentes úteis entenderão o que muitos ex-guerilheiros e historiadores sérios já reconhecem - em 1964 houve uma contra-revolução. As Forças Armadas e a sociedade civil apenas evitaram a revolução que estava a caminho. Veja abaixo algumas opiniões de guerrilheiros e historiadores que atuaram ativamente na luta armada: “Nos primeiros meses de 1964 esboçou-se uma situação pré-revolucionária e o golpe direitista se definiu, por isso mesmo, pelo caráter contra-revolucionário preventivo. A classe dominante e o imperialismo tinham sobradas razões para agir antes que o caldo entornasse.”(GORENDER, Jacob. Combate nas Trevas. 5ª edição, 1998). xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
“... Malina confirma no livro que o “partidão”, com o apoio de Luís Carlos Prestes, chegou a planejar um golpe em 1964, antes da tomada do poder pelos militares. “O último secretário” dá conta ainda de que havia uma organização militar clandestina dentro do PCB desde a Revolução de 30...” (MALINA, Salomão - secretário-geral do PCB) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Elio Gaspari, em seu livro A Ditadura Envergonhada - Companhia Das Letras, página 178, escreveu a respeito:
“Em 1961, manobrando pelo flanco esquerdo do PCB, Fidel hospedara em Havana o deputado Francisco Julião. Antes desse encontro, com olhar e cabeleira de profeta desarmado, Julião propunha uma reforma agrária convencional. Na volta de Cuba, defendia uma alternativa socialista, carregava o slogan “Reforma agrária na lei ou na marra” e acreditava que a guerrilha era o caminho para se chegar a ela. Julião e Prestes estiveram simultaneamente em Havana em 1963. Foram recebidos em separado por Castro. Um já remetera 12 militantes para um breve curso de capacitação militar e estava pronto para fazer a revolução. Durante uma viagem a Moscou, teria pedido mil submetralhadoras aos russos. O outro acabara de voltar da União Soviética.” xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
“As ações armadas da esquerda brasileira não devem ser mitificadas. Nem para um lado nem para o outro. Eu não compartilho da lenda de que no final dos anos 60 e no início dos 70 (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática.Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.” - Daniel Aarão Reis Filho - ativo participante da luta armada , na organização terrorista MR-8 - publicada em O Globo, 23/09/2001 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
“Falava-se em cortar cabeças; essas palavras não eram metáforas”Aydano André Motta, Chico Otávio e Cláudia Lamego - O Globo -29/03/2004 Um dogma precioso aos adversários da ditadura militar iniciada a 31 de março de 1964 está em xeque. Novos estudos realizados por especialistas no período - alguns deles integrantes dos grupos de oposição ao regime autoritário - propõem uma mudança explosiva, que semeia fúria nos defensores de outras correntes:chamar de resistência democrática a luta da esquerda armada na fase mais dura do regime está errado, historicamente falando. Falava-se em cortar cabeças, essas palavras não eram metáforas. Se as esquerdas tomassem o poder haveria, provavelmente,a resistência das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes proporções no Brasil - atesta Daniel Aarão Reis, professor de História da UFF e ex-guerrilheiro do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). - Pior, haveria o que há sempre nesses processos e no coroamento deles:fuzilamento e cabeças cortadas.” “Ninguém estava pensando em reempossar João Goulart”
Denise Rollemberg, mestre em História Social da UFF, destaca que o objetivo da esquerda era a ditadura do proletariado e que a democracia era considerada um conceito burguês.“Não se resistiu pela democracia, pela retomada do status quo pré-golpe. Ninguém estava pensando em reconstituir o sistema partidário ou reempossar João Goulart no cargo de presidente” diz Denise. A professora explica - e Aarão Reis concorda - que a expressão sequer surgiu no fim dos anos 60, início das batalhas entre militares e terroristas.”“A descoberta da democracia pela esquerda se dá apenas no exílio, com a leitura de filósofos e pensadores como o italiano Antonio Gramsci...”. Outro participante da luta, o professor de História da UFRJ, Renato Lemos, acha que é responsabilidade ética, social, política histórica da esquerda assumir suas idéias e ações durante a ditadura. “Cada vez mais se procura despolitizar a opção de luta armada numa tentativa de autocrítica por não termos sido democratas. Nossa atitude foi tão válida quanto qualquer outra. Havia outros caminhos, sim. Poderíamos tentar lutar dentro do MDB, mas achávamos que a democracia já tinha dado o que tinha de dar ” , confirma Lemos. Aarão Reis discorda:“As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no País, por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra.” Professor de Sociologia da Unicamp, Marcelo Ridente argumenta que o termo “resistência” só pode ser usado se for descolado do adjetivo “democrática. “Houve grupos que planejaram a ação armada ainda antes do golpe de 1964, caso do pessoal ligado ao Francisco Julião, das Ligas Camponesas. Depois de 1964, buscava-se não só derrubar a ditadura, mas também caminhar decisivamente rumo ao socialismo.”
Professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, autor do aclamado "Como eles agiam", sobre o funcionamento do regime, Carlos Fico chama de ficção a idéia de resistência democrática. Ele também ataca a crença de que a luta armada foi uma escolha motivada pela imposição do AI-5 .“A opção de pegar em armas é anterior ao ato institucional. Alguns grupos de esquerda defenderam a radicalização antes de 1968 - garante ele.”
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Como vocês podem ver nestes textos , a motivação não era apenas derrubar o regime militar -. o que eles queriam era implantar uma ditadura comunista nos moldes de Cuba, União Soviética, Pequim e Albânia. Nós precisamos reagir . Precisamos levar à imprensa escrita e falada a verdadeira motivação dos que hoje estão no poder e intitulam os membros de organizações subversivo-terroristas de "resistentes" . A história verdadeira precisa constar dos livros escolares. As novas gerações ainda podem ser salvas da doutrinação patrocinada pelo governo. A sociedade não pode continuar a ser enganada. Ela tem direito à HISTÓRIA VERDADEIRA
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