Em memória do Tenente da Aeronáutica
MATHEUS LEVINO DOS SANTOS
vitima do terrorismo de esquerda .
04 DE MARÇO DE 1971
RELATÓRIO MÉDICO
" Visto hoje, após oito meses, apresenta um dos quadros mais tristes a que pode chegar um ente humano. Vive, hoje, depositado em colchão adequado de borracha, cheio d’água; mesmo assim, não foi possível evitar as escaras decúbito que, a despeito também de todos os cuidados da enfermagem, conta hoje com vinte e sete escaras disseminadas praticamente em todo o corpo, algumas delas já chegando à exposição do osso. Não é capaz de manter conversação. Por vezes, quando estimulado, passa a responder nossas perguntas por meio de monossílabos. Tem emitido, com frequência, gritos que podemos dizer horripilantes, que são ouvidos em toda a enfermaria onde se encontra e em outras dependências do Hospital”.
Retrospectiva dos fatos:
Quem? Quando? e Porque?
1970 - Em junho, o PCBR resolveu sequestrar o cônsul norte-americano, em Recife, a fim de trocá-lo pelos elementos presos. Para isso, entretanto, era preciso um Volks branco, à semelhança do pertencente à Nancy Mangabeira Unger, membro do CR/NE, que julgavam já conhecido dos órgãos de segurança. Depois de duas noites de procura, encontraram, às 22.00 horas do dia 26, um Volks estacionado em Jaboatão; na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica.
Quatro militantes do PCBR desceram do carro dirigido por Nancy Mangabeira Unger: Carlos Alberto Soares, José Bartolomeu Rodrigues de Souza, José Gersino Saraiva Maia e Luiz “Jacaré” (este nunca perfeitamente identificado). Ao tentarem render o motorista, este, identificando-se como Tenente da Aeronáutica, tentou reagir. Carlos Alberto Soares não teve dúvidas e, disparando à queima-roupa, atingiu-o por duas vezes, na cabeça e no pescoço. A vítima, o Tenente Matheus Levino dos Santos, chegou com vida ao hospital, sendo operados dois dias depois. Entretanto, após nove meses de impressionante sofrimento, veio a falecer em 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores (10). O imprevisto levou o PCBR a desistir do sequestro.
A frustrada tentativa redundou numa nova leva de prisões em Recife. Em 16 de julho, chegou-se ao "aparelho" da Rua Jandaia nº 37, em Afogados, quando foram presos Francisco de Assis Barreto da Rocha Filho, 19 dirigentes do CR/NE, sua, amante Vera
Maria Rocha Pereira e Nancy Mangabeira Unger, responsável pelo Grupo Armado de propaganda (GAP) do CR/NE. Os três reagiram a tiros, saindo ferida Nancy, com um tiro no abdômen e outro na mão direita. As declarações prestadas, particularmente as de Nancy Mangabeira proporcionou a "queda" de três outros "aparelhos" e a identificação de diversos outros militantes. Nancy, em seus depoimentos, tomou uma “eficiente” decisão: enquanto, para os órgãos de segurança, entregava seus
companheiros, na justiça e para o seu próprio partido, acusava Francisco de Assis e Vera Maria de "traição".
Nancy Mangabeira Unger, banida em treze de janeiro de 1971, em troca da vida do embaixador suíço, era filha de pai americano e sua mãe, brasileira, era filha de Otávio Mangabeira. Por ironia, o próprio consulado americano, sem saber do planejamento do sequestro do cônsul, correu em sua defesa, alegando a dupla nacionalidade de Nancy, brasileira e norte-americana.
Lula o protetor da corrupção, esteve 3 (três) dias preso na sala do Delegado do DOPS Romeu Tuma, de quem se tornou amigo,.... Recebeu vultuoso pacote de indenização e uma(das 3) aposentadorias vitalícias.
Quanto recebe de indenização a família do Ten. Levino?
BREVE NAS LIVRARIAS " TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER" A VERDADE DOCUMENTADA