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sábado, 12 de fevereiro de 2011

AGUAS DE MARÇO - RECORDAR É VIVER





A MÍDIA  E A CONTRA-REVOLUÇÃO DE 64 -  SÉRIE  DE REPORTAGENS DOS MAIS DIVERSOS  MEIOS DE COMUNICAÇÃO  NO MÊS DE MARÇO DE 1964

"O Presidente da República sente-se bem na ilegalidade. Está nela e ontem nos disse que vai continuar nela, em atitude de desafio à ordem constitucional, aos regulamentos militares e ao Código Penal Militar. Êle se considera acima da lei. Mas não está. Quanto mais se afunda na ilegalidade, menos forte fica a sua autoridade. Não há autoridade fora da lei. E, os apelos feitos ontem à coesão e à unidade dos sargentos e subordinados em favor daquele que, no dizer do próprio, sempre esteve ao lado dos sargentos, demonstra que a autoridade presidencial busca o amparo físico para suprir o carência de amparo legal.
Pois não pode mais ter amparo legal quem no exercício da Presidência da República, violando o Código Penal Militar, comparece a uma reunião de sargentos para pronunciar discurso altamente demagógico e de incitamento à divisão das Forças Armadas. (...)"

Jornal do Brasil, 31 de março de 1964