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terça-feira, 16 de novembro de 2010

E agora, Excelentíssimos Senhores Generais?

Brasilia 16 Nov de 2010

O  texto abaixo da safra do Tcel. R1 Cav.  traz em suas entrelinhas cargas emotivas, sentimentos de frustação, sinceras e necessárias de serem escritas e divulgadas, e ao longe..., longe demais... uma esperança de que esse Brasil brasileiro acorde.   Passamos por momentos de transição de grandes responsábilidades para o futuro do povo brasileiro, e em não menos, “no que se refere” a ideologia a que estará sujeito, ao ter como governante uma ex-terrorista, que já vem delineado suas ações, nos moldes de seu antecessor, de menosprezo pela honestidade e desdem ou aprêço pelo erário, agora sob sua temerária guarda e de honoráveis indiciados ladrões do Partido Mas Demoniaco do Brasil, onde populan Sarneys, Galheiros, Lobões, Jucas e não dá para nomea-los a todos, sendo com certeza mais facil nomear os bons que não sei quais são , enrredados que estão no  mesmo saco. Acrescente-se que por “infelicidade, talvez”, suas amizades (femininas ou masculinas ou ser ou não ser), são dignas de se hopedarem num Bangu Um onde fatalmente se tornariam líderes
Me chamou a atenção e creio que a  muitos dos que lutaram pela Democrácia em 1964, a citação de  “mafrudos” Generais de Três, quatro e cinco estrelas, enesqueciveis figuras que deveriam ter seus nomes cravados em monumentos históricos como herois da Democrácia mas que por massacres verbais de ideologos em sinbiose com o comunismo cubano, Russo, Chines e recentemente com a merdadológica venezuelana, do comunismo incrustado no socialismo bolivariano de apadrinhamento, e em obediência ao Foro de Lula digo de São Paulo (da no mesmo).
Gostaria seguindo o critério do autor, poder sitar nomes de Generais “mafrudos” da atualida, porem realmente, por mais que esforçe, não me vem a lembraça sequer um nome, talvez produto do acumulo de anos vividos e do afastamento devido a passagem para a reserva.

Não se faz necessaria uma cultura maior que a do Tiririca, (figura idolatrada de milhões de brasileiros.  Deus certamente os perdoara, - Eu não), para saber quem defendia a Democracia em 1964, basta ver para onde se exilaram, para onde fugiram e quem os apoiou e alimentou no exilio. Só isso, para quem tem olhos de ver, e ouvidos de ouvir. O resto, é massa de manobra, - companheiro de viagem, ou decidente, como Daniel e suas 17 testemunhas mortas de extranhas maneiras.
Não quero me alongar, o texto do Tcel. vale mais que mil palavra minhas, só quero referênciar os Generais  Walter Pires, Leônidas Gonçalves Thaumaturgo,Pedrozos e Heleno, e acrescentar o Bandeira e Milton Tavares, mais conhecido como Miltinho, cujo busto ornamenta e honra o pátio do CIE.
Aos dois primeiros e dois últimos tive a horra de servir e com eles aprender que “Ao exército tudo se deve dar, e nada pedir, nem mesmo compreesão”, - e continuo “de pé e a ordem”.
Que Deus nos livre de generais de uma só estrela, que não façam parte do Cruzeiro do Sul.
Brasil acima de tudo    JNascimento
Editor
E agora, Excelentíssimos Senhores Generais?

A vida na caserna é repleta de jargões. Obviamente isso não ocorre apenas no meio militar, mas em todo lugar que reúne uma classe de pessoas que labutam em prol de um objetivo comum. Isso contribui para criar afinidades e padrões de comportamento.
Lembro-me dos momentos vividos no ambiente acadêmico (bons tempos aqueles!) e a linguagem própria do meio militar já se fazia corrente no nosso cotidiano. Estudar era “meter o gagá”; um assunto de relevância, com grande possibilidade de ser alvo de uma prova, era “bizu”; a luminária individual era “gagazeira”; desequilibrar emocionalmente era “aloprar”; e entre tantos outros jargões, o indivíduo que revelava medo ou temor era “encagaçado”; o destemido era denominado “mafrudo”; o indeciso ou mesmo omisso era “bundão”. Na aurora da mocidade observávamos nossos superiores e, de acordo com suas atitudes diante das diversas situações, classificávamos cada um de “encagaçado”, “mafrudo” ou “bundão”. Fazíamos dos “mafrudos” nosso espelho, ridicularizávamos os “encagaçados” e jamais desejaríamos ser, no futuro, como os “bundões”. Já amadurecidos, percebemos que fomos cruéis nos julgamentos de nossos superiores.
Por vezes pareciam ser o que representavam nossos jargões, entretanto o que percebíamos como medo, destemor ou indecisão era, na realidade, uma avaliação mais prudente levada a efeito por alguém que enxergava além do campo de visão da nossa impetuosa juventude. Dentro dos rigores da disciplina, do elevado espírito de sacrifício, do permanente  exercício de amor à Pátria, da obstinada manutenção de valores cívicos e morais nossa formação nos fez pessoas diferentes de muitos brasileiros que já exercitavam a famigerada “lei de Gerson”, pois, para estes, o que importava era levar vantagem em tudo.
Parece que os militares pouco a pouco permitiram que o processo de globalização (moral) invadisse os quartéis e começasse a destroçar os alicerces daqueles valores construídos e exercidos por tão valorosos personagens da nossa História. Assistimos, impassivelmente, nossos vultos históricos serem substituídos por simples animais, nas nossas cédulas de dinheiro; assistimos à paulatina ocupação da Amazônia, por entidades estrangeiras, sob a égide de preservação do ambiente; permitimos que nossos índios se distinguissem como nação indígena e não como um segmento do miscigenado povo que forma a nação brasileira; indiferentes, vimos a proliferação de ONG’s que se agigantam ocupando o lugar do poder público, desviando recursos com finalidades duvidosas; admitimos participar de missões de paz na Nicarágua, em Angola, no Haiti e outras partes do mundo, enquanto a  verdadeira guerra se desenrola dentro de nosso próprio território, com indiscutível vitória do poder paralelo que rasga leis e normas, usufrui de direitos brandindo armas sofisticadas, matando, roubando e impondo suas esdrúxulas condições à sociedade indefesa; assistimos jovens, ainda com cheiro de fraldas, instigados pela oposição, hoje no poder, depor um presidente que fez o mundo ver que existia um Brasil e assumiu responsabilidades porque não deu a si o direito de dizer “eu não sabia, eu não sei de nada”...
Ah! E os generais? Onde estavam os guardiões desta terra enquanto tudo isso acontecia? Tenho a impressão que já estavam globalizados, corrompidos pelo frenesi do poder, incapazes de se divorciarem da luxúria. Agora sim, amadurecidos, com o olhar alcançando o que nossa juventude não permitia alcançar e conhecendo o significado de prudência, vemos que existe uma tênue linha que delimita a fronteira entre a disciplina e a covardia, então podemos classificar melhor nossos generais e ver que, embora em outra escala, ainda existem “encagaçados”, “mafrudos” e “bundões”.
Onde estão nossos Valter Piires, Leônidas Gonçalves, Thaumaturgos  Soteros, Pedrozos, Helenos e outros poucos “mafrudos”? Esses manifestavam seus pensamentos, colocando os interesses do País acima de seus próprios interesses e vários deles foram sumariamente afastados e lançados ao ostracismo. Sei muito bem do que estou falando porque fui duas vezes alvo de punição por apontar falhas, erros e falar o que não se desejava ouvir. Muitos daqueles que agiram de forma omissa ou indiferente continuam na pauta de promoções e designação de cargos importantes, porque calados eles não atrapalham.
Assim, o poder corrupto anestesia o cão de guarda da Nação e este não vê que o povo ficou cognitivamente indefeso e que os programas sociais são equivocados:
    – O Programa Bolsa-família tem a finalidade de tirar a criança do trabalho para que ela possa estudar e ser cidadão melhor sucedido que o seu genitor, mas como não se fiscaliza a presença da criança na escola e nem se melhora o ensino básico, essa criança será um adulto igual ou pior que o seu genitor – mas dá voto;
    – O Pro-Uni permite que o cidadão faça estudo de nível superior em entidade privada, com subsídio federal, porque é mais fácil o ingresso nessa entidade do que numa universidade federal onde o cidadão, por falta de conhecimento básico, não tem capacidade de ingressar, então, o governo, em lugar de investir no fortalecimento da base de conhecimento, facilita a formação de um profissional sem requisitos mínimos que, com raríssimas exceções, será um profissional de competência duvidosa, daí nosso inexpressivo índice na área de pesquisas e patentes – mas dá voto.
No último pleito eleitoral para Presidente da República, assistimos à tolerância de todos os poderes constituídos – visivelmente corrompidos – ao emprego da “máquina do governo” na maior campanha eleitoral (repleta de atos ilícitos) da história do nosso País.
Dia 31 de outubro de 2010, um dia triste para aqueles que viram seus esposos, filhos, pais, parentes e amigos tombarem sem vida em defesa da democracia e hoje assistem a seus algozes desfrutarem do sabor da vitória. Vem por aí uma série de leis, normas, cartilhas, projetos e mais o que valha, para usurpar o que muito cidadão demorou a vida inteira para construir, tudo em nome da distribuição de renda e justiça social.
Convém frisar que, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, a Presidenta(?) eleita governará nosso País com uma inédita maioria no Congresso Nacional e estarão em pauta direitos humanos, propriedade privada (rural – propriedade máxima de mil hectares e urbana – não deverá haver imóvel desabitado), reforma previdenciária profunda e outras ações que possam retirar do cidadão suadas conquistas do passado.
Tudo isso poderia ter sido evitado se, na sua maioria, os guardiões da Pátria não tivessem poupado suas manifestações que, sabiamente, seriam bem argumentadas.
E agora, Excelentíssimos Senhores Generais, vão se espelhar nos “mafrudos” ou continuar perfilados entre os “bundões”?

Emidio Alves Filho – TCel R1 Cav
Campo Grande-MS, 31 de outubro de 2010.