O título é de Reservativa e dele não abrimos mão. JN
Hoje, 25/03/10, num noticiário da Globo News em que o reporter comentou que a "Guerra do Paraguai" foi uma guerra em que o Paraguai enfrentou, sozinho, o Brasil, a Argentina e o Uruguai, fiquei sabendo que, por iniciativa do Ministério da Cultura, estamos em vias de devolver àquele país os troféus que conquistamos nos campos de batalha. Isso é uma indignidade, é um insulto aos incontáveis heróis que morreram pela causa brasileira.
Troféu de guerra não se devolve. Essa atitude de "bom-mocismo", como dizemos na caserna, dando barretadas com o chapéu alheio, demonstra, inclusive, uma profunda falta de cultura. É completo desconhecimento do que foi a "Guerra da Tríplice Aliança". É crime de lesa-pátria. No Canadá, nos EUA, na Europa, em todo o mundo, os povos que têm valor exibem seus troféus com orgulho. Napoleão mandou fazer um obelisco com o bronze dos canhões prussianos tomados na batalha de Austerlitz.
Somente aqui, em virtude dessa praga ideológica que grassa entre nós e que insiste em se demorar, em total desrespeito aos feitos dos nossos antepassados e negando às gerações futuras o legado histórico que recebemos, conseguiram impingir ao povo um inexplicável sentimento de culpa. Passamos a ter vergonha de ser grandes, a renegar nossos heróis, a reescrever a História, a ter vergonha de ser felizes.
Oxalá não venhamos a devolver, no futuro, os canhões 88 que tomamos ao exército nazista nos campos da Itália e que hoje são exibidos em alguns dos poucos monumentos bélicos que temos.
Gen Div Mário Ivan Araújo Bezerra
Oficial-General Reformado
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