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domingo, 3 de fevereiro de 2008

DEM faz acordo com ministro para desfiliação de Lobão Filho

O comando nacional do DEM já acertou que a desfiliação do senador Edison Lobão Filho (DEM-MA), o Lobinho, será formalizada depois do Carnaval e “em clima amistoso”. O líder do partido no Senador Federal, senador José Agripino Maia (RN), afirmou que os democratas não recorrerão à Justiça para obter a vaga de Lobão Filho na Casa. Assim, agora só resta à cidadania brasileira ofendida recorrer ao Ministério Público Federal, uma vez que os partidos não cumprem a lei. José Agripino Maia “negociou” diretamente com o ministro das Minas e Energia, senador Edison Lobão, que pediu "garantias" de que seu filho não seria prejudicado com a desfiliação do DEM. "Será tudo amistoso e sem problemas", disse o líder. A conversa entre o senador e Lobão foi por telefone, na última terça-feira. A cúpula do DEM e Lobão Filho trocaram críticas públicas em meio às denúncias que cercam o senador. Para os democratas, seria insustentável manter nos seus quadros o filho de um ministro do governo. Já Lobão Filho reclamou do que chamou de hostilidade e presunção do partido. "A curtíssimo prazo estamos resolvendo tudo isso. Não há razão para responder a certas críticas", reagiu Agripino, evitando polemizar, novamente, com Lobão Filho. Lobão Filho disse ter recebido convites para se filiar no PMDB, PR e PTB. Nos bastidores, a informação é que ele já teria definido ir para o PTB. A afirmação de José Agripino Maia de que seria insustentável a permanência de Lobinho no partido é frágil e indecorosa. Bastaria a liderança do partido impor ao novel senador Lobinho o instituto da fidelidade nas votações.* Na primeira em que ele votasse contrário à decisão partidária, poderia expulsá-lo. Acontece que lobo não ataca lobo. Lobão Filho (o Lobinho) é acusado de utilizar laranja para sonegar impostos, ocultar sociedade em uma empresa de bebidas e ainda cometer irregularidades na venda de uma emissora de televisão no interior do Maranhão. E ninguém ouve um senador sequer sugerir a imediata mudança da lei, de modo a impedir que um candidato a senador eleja familiar como seu suplente. Isso é uma vergonha deslavada. O que fazem Pedro Simon (PMDB), Zérgio Zambiasi (PTB) e Paulo Paim (PT) no Senado Federal?

Fonte: VIDEVERSOS