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sábado, 22 de dezembro de 2012

Nem criticando muito menos questionando


 
NEM CRITICADO MUITO MENOS QUESTIONADO
 
Caro amigo
 
Escrevi e divulguei, no decorrer dos anos, inúmeros textos pela internet. Assinava o nome completo e declarava o meu posto, quando na ativa, para dar credibilidade e autenticidade aos fatos narrados e aos temas desenvolvidos. Os assuntos sempre foram polêmicos e diversificados. Neles incluía, educadamente, sugestões para a realização de debates ao vivo pela televisão, com regras claras, definidas e ajustadas. Mas, como sempre, a resposta foi o silêncio. Nada prosperou, ninguém se manifestou.
 
Em nenhuma oportunidade os assuntos polêmicos foram desmentidos, questionados, contestados ou mesmo criticados, embora os artigos tenham sido amplamente divulgados nos meios civil e militar, a partir de uma lista de contatos que ultrapassava mais de 200 endereços eletrônicos, de pessoas físicas e de grupos. O auge dessa difusão chegou ao máximo nos dois últimos meses que antecederam às eleições de 2010, refluindo naturalmente a partir de então.
 
Em razão de fatos e circunstâncias que se avolumaram no SEGUNDO SEMESTRE deste ano, solicitei por duas vezes contatos com uma alta autoridade do EB. Somente na segunda vez houve retorno, mas a demora foi longa, a oportunidade fôra perdida, como já o fôra em 2011. O fato de interesse se consumara e o próprio contexto já se contaminara. Não havia possibilidade de reversão no curto ou no longo prazo. O comodismo por um lado, a omissão e a indiferença, por outro, levaram ao silêncio e ao comodismo, que para muitos se configurou covardia. 
 
Até meados de setembro deste ano, por razões particulares, o computador não fez parte das minhas preocupações, muito menos os jornais, revistas e telejornais. Mas estou retornando, atento aos fatos e às declarações de militares da ativa ou não, em especial generais e oficiais superiores que se manifestam de forma equivocada e sem conhecimento de causa. Assim, me permito inúmeras indagações que levem ao esclarecimento e ao conhecimento de temas polêmicos, nos campos político e ideológico, pelos mais jovens.
 
1) O militar de hoje, antigo ou moderno, pouco ou nada conhece quanto à evolução do processo revolucionário iniciado no BRASIL em 1922, passando pela INTENTONA COMUNISTA de 1935 e se consolidando por mais de 40 anos até 1964. Não apenas se omitem, mas se justificam pelo desconhecimento do passado. Os mais antigos e mais experientes não se comprometem com o passado, na doce ilusão de que apenas o presente e o futuro sejam os motores da história.
2) O que ele conhece, leu ou ouviu quanto à subversão no início dos anos 60 e quanto à CONTRARREVOLUÇÂO de 31 Mar 1964?
3) O que ele conhece sobre o período da LUTA ARMADA, iniciada efetivamente com o indiscriminado atentado de 1966 no Aeroporto GUARARAPES, com dois mortos, um civil e um militar, e treze feridos, 12 civis e 1 militar, e concluída, praticamente, em 1975?
4) O que ele conhece sobre o tema TORTURA? Como se conhece ou reconhece as ações de um "TORTURADOR"?
5) O que ele conhece sobre o desaparecimento de um soldado do EXÉRCITO, em missão no ARAGUAIA, na década de 70?
6) Os militares das décadas de 70/80/90 conhecem e leram os livros "ROMPENDO O SILÊNCIO", de abril de 1987, "A GRANDE MENTIRA", de 2001, e "A VERDADE SUFOCADA", de abril de 2007? Conhecem os seus autores? O segundo, do Gen DEL NERO, já falecido, e os outros dois do Cel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA.
As três primeiras edições do livro "ROMPENDO O SILÊNCIO" se esgotaram com imensa rapidez. O livro se tornou um dos mais procurados e vendidos nos dois primeiros meses de comercialização. Já o livro "A VERDADE SUFOCADA" permaneceu meses dentre os mais vendidos, a maioria em casa ou pelo correio, e está na sua oitava edição.
7) O que os militares do passado e do presente sabem em relação "às violentas" acusações de "TORTURA", formuladas pela então Dep Fed ELIZABETE MENDES DE OLIVEIRA, em agosto de 1985, contra o Cel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA?
 
Para melhor situar o leitor, esclareço que ELIZABETE, então com 21 anos, foi presa em 29 de setembro de 1971 com outros jovens de menor idade, a maioria entregue aos pais no início de novembro desse mesmo ano. Já em 1985, como Dep Fed, era inexpressiva politicamente, se desligara do PT, por onde se elegera, e se aproximara do governo SARNEY. Inexplicavelmente, em agosto de 1985, sem motivos que justificassem, foi integrada à delegação do governo brasileiro, chefiada pelo próprio Presidente da República, que visitaria o URUGUAI, onde o Cel USTRA era o adido militar do Exército. Que coincidência! O encontro da Deputada com o Coronel era inevitável, seja no aeroporto, seja em eventos sociais. As cartas já estavam na mesa. O escândalo no retorno estava sigilosamente planejado e definido, com o texto da acusação elaborado por antecipação. O impacto foi grande em razão da cordialidade "aparente" da Deputada com o Coronel e sua esposa nos eventos sociais. Os jornais, revistas e telejornais do BRASIL deram ampla divulgação às declarações da deputada. Ao "réu" não foi dado qualquer direito de resposta. BETH se tornou uma celebridade nacional em agosto de 1985. O castigo veio, mas não a cavalo muito menos a galope. Mas em forma do livro, intitulado "ROMPENDO O SILÊNCIO", lançado em abril de 1987.
 
Nos dois livros do coronel, citados no número 6), a deputada foi fartamente desmoralizada. Sua avidez por prestígio e poder rendeu dividendos políticos passageiros, enquanto não comprovadas em livro as acusações que formulou. Desde então BETH MENDES desapareceu. Não era conveniente que o seu passado de farsante, muito menos de "TORTURADA", fosse relembrado. Reapareceu nos anos 2000 como uma medíocre "artista" de telenovelas da REDE GLOBO, levada por um padrinho que nunca se identificou. Desde antes das eleições de 2010 "BETH MENDES" mais uma vez desapareceu, como convêm à "COMISSÃO DA MENTIRA", pois traria desconforto com a possibilidade de uma nova desmoralização. Ainda deve estar na folha de pagamento da Rede GLOBO. Sempre teve alguém  que a protegeu e defendeu ao longo dos anos. Esta protegida, por sua vez, não deixa de ser um arquivo ambulante e valioso, em razão dos conhecimentos e das fragilidades que tem e que devem estar muito bem guardados.
Os fatos ocorridos em 1985 e 1987, associados ao livro "A VERDADE SUFOCADA" de 2006, orientaram os(as) ex terroristas, ex subversivos e ex comunistas?, de carteirinha ou não, e serviram de exemplo para que não se repitam procedimentos e fatos que possam desmoralizá-los, como já ocorridos. Para não reaparecerem se já foram desmentidos e questionados. Para estudarem cautelosamente o passado, maximizando como verdadeiras as mentiras e como mentirosas as verdades. Para não criar fatos contestáveis e outras razões. Os novos acusadores aprenderam com o passado o "caminho das pedras" e se precaveram contra novas acusações, sendo importante e decisivo que BETH MENDES não apareça publicamente.
 
8)O que os militares leram ou ouviram sobre uma extensa matéria publicada na revista "PIAUÍ em 2011", de autoria de PÉRSIO ARIDA, ex Presidente do Banco Central na década de 90?
PÉRSIO foi preso com ELIZABETE MENDES DE OLIVEIRA e outros no final de setembro de 1971. Todos eram muito jovens, idade variando de 17 a 21 anos. Todos recrutados por profissionais do terrorismo e da subversão. Alguns jovens abandonaram as suas famílias" e passaram a "morar nos denominados "aparelhos", vivendo clandestinamente. Todos recebiam tarefas simples e algumas até irrelevantes para se sentirem úteis à organização. Na verdade os jovens eram verdadeiros "pés de chinelo". A maioria nada tinha a oferecer. Algumas eram quase crianças à época. Foram entregues aos pais na primeira quinzena de novembro, exceto PÉRSIO que permaneceu mais alguns dias preso. De forma semelhante a ELIZABETE, PÉRSIO publicou uma extensa matéria acusatória na revista citada, até porque as declarações de 1985 da BETH MENDES foram bem mais incisivas. O Cel USTRA respondeu com um excelente e objetivo artigo publicado no jornal "Folha de São Paulo", pondo por terra as mais relevantes considerações apresentadas por PÉRSIO, que também desapareceu e não mais se manifestou desde então, adiando? o seu projeto de divulgar um livro.
 
No que diz respeito à DILMA, a ex terrorista sempre silenciou quando o assunto não convém e não interessa. Não participou de ações    armadas. Era uma "terrorista de aparelho" que não confirma nem desmente a participação em ações de risco, até porque não participou de nenhuma. Ficou presa por cerca de dois anos, praticamente a metade do que ficou o também "terrorista de aparelho" VANNUCCHI, que era um simples burocrata e um "anão" na escala hierárquica da organização. Não se manifesta precipitadamente, nem apresenta as "sequelas" das intensas torturas físicas e psicológicas que recebeu na década de 70, porque sempre foi uma farsante que não repudia nem desmente as ações das quais nunca participou. Nada foi até hoje contestado e desmistificado com qualquer tipo de prova que não sejam meras palavras. Lamentei apenas que o Senador que a inquiriu em uma CPI em 2010, não tivesse a perspicácia, a malandragem, a competência, o bom senso, a iniciativa e a presteza de pedir à depoente que mostrasse, reservadamente, pelo menos as sequelas físicas e psicológicas que recebeu.
 
Finalizando, esclareço que turmas da AMAN, do final dos anos 60  início dos anos 70, foram preservadas e não participaram das ações de combate ao terrorismo e à subversão, o que não justifica o desconhecimento da HISTÓRIA, do processo revolucionário e das ações de guerrilha urbana e rural que ainda estavam em curso. Muitos se omitiram ontem e continuam se omitindo hoje, por desconhecerem a HISTÓRIA. Muitos não estimularam seus subordinados a comparecer aos lançamentos do passado, a lerem livros e conhecerem fatos não desmentidos ou contestados. Expressiva maioria desconhece o passado e o próprio presente. O primeiro que deu uma consistente e efetiva resposta, em razão das torpes acusações que recebeu, foi o autor do livro "ROMPENDO O SILÊNCIO", citado ao início. Outro livro, mais completo, denominado "TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER", elaborado julho/agosto de 1985 a 31 de dezembro de 1987, com cerca de mil páginas e participação dos ANALISTAS DE INFORMAÇÕES do então CENTRO DE INFORMAÇÕES DO EXÉRCITO, foi concluído no primeiro semestre de 1988, após uma primorosa revisão. Exemplares chegaram às mãos de jornalistas inescrupulosos, que somente o divulgaram em dois jornais de expressão em um domingo e nas TVs em uma segunda feira. Talvez um tiro no pé. Mas agora o livro está sendo efetivamente lançado, com uma correção já relatada rm resumo anexo ao livro.  
 
 
 
GEN ALOÍSIO RODRIGUES DOS SANTOS