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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CARTA ENCAMINHADA AO MINISTRO DA JUSTIÇA

Itaperuna (RJ), 29 de setembro de 2010

Excelentíssimo Ministro Luiz Paulo Barreto
Ministro da Justiça

Diante do recente escândalo envolvendo a Casa Civil, o presidente Lula ordenou a imediata apuração de qualquer denúncia relativa a tráfico de influência “independente de qual seja o órgão, venha de quem vier”.
Considerando que V. Exª. foi a autoridade designada para centralizar as apurações determinadas pelo presidente Lula, venho solicitar suas providências para que seja apurado o caso da empresa Gemini – sociedade por meio da qual a Petrobras entregou um autêntico cartório de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma empresa privada.
Inegavelmente, somente a existência de um fortíssimo tráfico de influência seria capaz de proporcionar as impressionantes vantagens obtidas pela empresa escolhida para ser a sócia da Petrobras na Gemini.
Além de citadas vantagens, outro fato aumenta ainda mais as evidências de tráfico de influência no caso Gemini. Trata-se da incrível omissão dos agentes públicos nas oportunidades em que foram colocados a par das graves denúncias de favorecimento da sócia da Petrobras em detrimento do interesse nacional.
V. Exª. há de convir que é inadmissível a omissão das autoridades públicas diante das denúncias de corrupção explícita feitas pelo sindicato dos petroleiros (Sindipetro). Tais denúncias de corrupção, veiculadas no jornal do Sindipetro, são tão categóricas que uma das matérias apresenta até mesmo uma charge na qual aparece uma mala recheada de dinheiro contendo o nome da sócia da Petrobras.
A situação se torna ainda mais inadmissível ao se considerar que, enquanto as autoridades governamentais se omitem diante das denúncias de corrupção feitas pelo Sindipetro, o presidente Lula acusa a imprensa de usar de má-fé ao denunciar o tráfico de influência na Casa Civil de um governo, que, segundo ele, apura todas as denúncias que toma conhecimento.
A evidência de uso de tráfico de influência foi reforçada pelo inexplicável silêncio do Sindipetro, entidade que havia denunciado corrupção no caso. Fica a pergunta: que forças ocultas influenciaram o poderoso sindicato a parar de denunciar os benefícios concedidos à sócia da Petrobras na Gemini?
Permita-me destacar, Excelência, que no anexo artigo intitulado “Lula, tráfico de influência e Gemini” sugeri que eu fosse intimado a falar sobre o caso Gemini em uma audiência formal, preferencialmente na Polícia Federal.
Sugeri isso porque conheço o assunto em detalhes, e tais detalhes têm que ser colocados de maneira inequívoca para aqueles que vão apurar o caso. Ninguém pode garantir que apenas a leitura dos conteúdos dos diversos documentos integrantes do “Dossiê Gemini” e do “Caso Geminigate” seja suficiente para esclarecer todos os aspectos relativos à espúria sociedade.
Além da sugestão de ser ouvido pela Polícia Federal, deve ser destacado que, em referido artigo, afirmei: “deixar de apurar os fatos denunciados no caso Gemini corresponde a descumprir – de maneira clara, patente e absoluta – a determinação do presidente Lula para apurar qualquer denúncia de tráfico de influência”.
Finalizando, ministro Barreto, informo que cópia desta carta será encaminhada ao presidente Lula e ao procurador-geral da República Roberto Gurgel. Informo, também, que ela será divulgada na internet com o objetivo de compelir as autoridades a apurarem o gritante crime de lesa-pátria nela tratado.
Atenciosamente,

João Batista Pereira Vinhosa

Qualificação do signatário:
João Batista Pereira Vinhosa, brasileiro, engenheiro, residente à rua Dez de Maio 446, centro, Itaperuna (RJ), identidade 755233- IPF(RJ), CPF 053902497-04, telefone (22) 38220126, e-mail joaovinhosa@hotmail.com   



Comentário: Meu amigo João Batista Pereira Vinhosa acompanho a muito, sua luta contra a corrupção na Petrobrás. Lamento a minha opinião, gostaria de lhe animar e incentiva-lo nessa dura empreitada, de limpar a  Esta tal  PeTrobrás
Mas sincera mente, você acha que esse Ministro e qualquer  Policia e/ou Juízes, são capazes de em plena campanha da principal suspeita , fazer alguma coisa. que possa ferir  essa cupim  do Planalto?
Abraços