Translate

quinta-feira, 17 de junho de 2010

14/06/2010

Lula "dança com déspotas", diz colunista do "Wall Street Journal"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Publicidade

Em um artigo publicado nesta segunda-feira, a colunista do jornal "Wall Street Journal", Mary Anastasia O'Grady, fez uma série de comentários duros e irônicos sobre a política externa brasileira e sobre o presidente Lula.

"O Brasil pode estar ganhando algum respeito no front econômico e monetário mundial, mas quando se trata de liderança geopolítica, o senhor Silva está trabalhando horas extras para preservar a imagem do país como de terceiro mundo ressentido", diz O' Grady.

"O mais recente exemplo de como o Brasil ainda não está pronto para o horário nobre nos círculos internacionais, veio na semana passada quando votou contra as sanções ao Irã no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Turquia foi parceiro solitário do Brasil neste exercício constrangedor. Mas a Turquia, pelo menos pode culpar as suas raízes muçulmanas. Lula está conduzindo a reputação do Brasil para a areia por sua própria gratificação política", explica.


Ela também afirma que a atuação internacional tem causado problemas para o Brasil."A reputação do Brasil como líder entre as economias emergentes têm sofrido muito. Para satisfazer à esquerda, Lula está defendendo e elevando seus heróis, que são alguns dos mais notórios violadores de direitos humanos do planeta", diz O'Grady.

No campo pessoal, ela fez a seguinte descrição do presidente: "O partido de Lula é de esquerda, mas ninguém pode confundi-lo com um bolchevista comprometido. Ele é apenas um político inteligente que veio das ruas e ama o poder e as limusines".

Sobre as eleições presidenciais de outubro, a colunista afirma que a sucessão de Lula não é garantida. "Será que vai funcionar? Muito dependerá se os brasileiros que vêem sua 'dança com os déspotas' como desperdício para a nação emergente. Como o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso advertiu, a política de Lula faz o Brasil ficar "mudando de lados", mas está longe de estar claro se os brasileiros estão de acordo com ela", termina.


Creditos  Folha OnLine