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terça-feira, 8 de julho de 2008

MENOR FICOU QUEM JÁ ERA MÍNIMO!

Depois do exemplo de competência, disciplina estratégica e de cumprimento do dever, dentro do que rege a Constituição de qualquer país organizado, o de render os principais membros das forças paralelas que disputam, pelo crime, a tomada do Estado, é de se esperar que ainda haja um resquício de vergonha e amor-próprio no comandante-em-chefe das FFAA brasileiras, no ministro da Defesa e no comandante do Exército, após serem informados do sucesso retumbante dos militares colombianos. Os verdadeiros militares brasileiros devem estar satisfeitos por ficar evidenciada, no feito de seus colegas da Colômbia, a importância de uma infra-estrutura militar que lhes é negada pelo trio que rege com dissonância, porém, com desdém e petulância, os destinos do país.

Apesar da constatação dessa espetacular cilada em que caíram os guerrilheiros, que podemos chamar de apátridas, já que são mercenários do narcotráfico, não há ênfase sobre o papel das forças militares especiais, nas notícias que se referem à Ingrid Betancourt, forças estas que milimetricamente puseram em atividade uma das ações mais bem planejadas e perigosas dos últimos tempos.

Por que a avareza de comentários nos jornais e na mídia televisual sobre o êxito da operação militar? Imediatamente, o Jornal da Globo informou que foram os americanos os colaboradores, numa tentativa de minimizar a capacidade e a competência de um exército sul-americano, sem condições, no pensamento niilista desta emissora, de agir sozinho em defesa de seu próprio país. Se houve ajuda de outros países quanto ao apoio logístico, não importa. O que se deve ressaltar é a unidade entre o Presidente Uribe, comandante-em-chefe das FFAA de seu país, e o seus comandados, todos integrados num mesmo objetivo: o de eliminar as raízes nefastas que produzem a seiva do mal __ as drogas __ responsáveis pela crescente violência, inclusive no Brasil, e de expurgar aqueles que delas se utilizam para conseguir, pela força, o poder supremo do Estado. O que se deve ressaltar é que comandante e comandados, todos estavam tão efetivamente integrados, que não houve vazamento de informações, resultando, por isso, nas ações perfeitamentes entrosadas entre os membros das forças especiais. Isto significa que todos estavam pensando, unicamente, em defender a integridade de sua nação. Lula, o estadista, precisa ouvir mais vezes o Presidente Uribe, para aprender pela experiência de um Presidente voltado para a defesa de seu povo, o que jamais aprendeu, por despender o tempo ocioso em que levou a vida, no seu lazer de agitar os trabalhadores em frente às fábricas.

Há uma razão para omitir o sucesso dos militares: primeiro, porque são latinos; segundo, porque a mídia brasileira respira o ar che guevariano e foi um golpe na imprensa de esquerda, surgir a imagem do criminoso nas camisas dos militares colombianos democratas, com uma outra mensagem: a de fazer crer que eram também terroristas, seguidores do chefe supremo, Che Guevara, ícone venerado pelos guerrilheiros das FARC e por muitas pessoas, habituadas a copiar os modismos, sem cuidarem de saber quem foi o "homem da boina". Para convencer guerrilheiros, teriam que parecer guerrilheiros. As emissoras, que não poderiam ignorar tal notícia, em razão da competição entre os outros órgãos pela audiência, teve que mostrar a verdade: a face vermelha do Che e a filiação de sua ideologia aos narcotraficantes.

Lula e seu séquito, enamorados das FARC, e que relutam em considerá-las terroristas, viram-se obrigados a elogiar a libertação de Ingrid Betancourt. Neste caso, Lula confessa publicamente que a senadora estava prisioneira do grupo e, portanto, sem os seus direitos de cidadania, cassados por uma organização criminosa que é a mesma que defenderam no Foro de São Paulo. A cidadania que Ingrid foi impedida de exercer é a mesma que, no seu demagógico e eleitoreiro programa social, diz ser um direito das minorias. Lula entrou no seu próprio círculo vicioso e não tem como sair. Nem a lógica de Aristóteles conseguiria resolver este problema intrincado em que o comandante-em-chefe se meteu. Nem Górgias, o maior sofista da Antigüidade, conseguiria engendrar tamanha questão de retórica.

Apesar de todo despudor que paira em Brasília, há uma certeza: a de que Lula e seus incompetentes colaboradores sentiram vergonha de ver que o Presidente Uribe deu-lhes uma bofetada na face, e, sem alarde, "sem jogar para a platéia", deu-lhes também uma lição de como governar, sem apoio de outros governos sul-americanos, em prol de sua nação.

Agora, Lula, que rumo tomar? Tome o rumo que quiser, mas deixe o Brasil seguir o seu em paz, sem esse ministro e sem esse comandante de uma irritante subserviência, pedras no caminho das FFAA, instituições merecedoras de total apreço.

Menor ficou Lula, que já era mínimo.



Autora: Aileda de Mattos Oliveira (GG)