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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A Bandeira não é pessoal


28/01-
 
  Bandeira  significa presidente presente
 
http://simpatiaeesculacho.blogspot.com
O Brasil é o país do “primeiro”. Volta e meia vemos cartazes, faixas, convites e propagandas da “primeira semana disso”, “primeira mostra daquilo”, “primeiro seminário daquilo outro”, “primeiro congresso de tal coisa”... Poucas são as realizações que chegam a segunda ou mais edições. Essa prática demonstra a falta de continuidade, o descompromisso com o planejamento a longo prazo.
Agora que novos governos assumem em estados e na União, muitos dos projetos anteriores, mesmo alguns que estavam dando certo, são jogados na lixeira numa demonstração explícita que os novos governantes não conhecem os projetos dos anteriores e que, no eterno afã de marcar suas administrações com os traços do personalismo, criam novos projetos – se bem que essa palavra “projeto” também já foi violentada e seu sentido está completamente deturpado – que terão vida curta, sendo prontamente substituídos pelo sucessor
Não bastasse essa prática nociva às tradições benéficas e ao erário, a onde vermelha, que prega a mudança e a revolução a qualquer oportunidade, vem também destruindo tudo o que há de estabelecido, como se o mundo todo esteja errado desde antes do poder cair em suas mãos.
Casamento, por exemplo, instituição aceita há milênios como a associação de adultos de sexos diferentes, passa a ter outra conotação, mais “moderna”, “revolucionária”. Não bastasse o reconhecimento das relações intrassexo, os “progressistas” têm que negar as relações anteriores. Não é raro ouvirmos alguém dizer que casamento é coisa ultrapassada ao mesmo tempo em que defende o casamento homossexual. Ou seja, o que já havia é velho e ultrapassado, enquanto que o novo é que é bonito.
Dias desses recebi em minha casa um casal, ele holandês e ela brasileira, que negam a igreja católica como coisa ultrapassada, velha, rabugenta e retrógrada, mas defendem os wicca, os cultos afro e o santo daime como a solução religiosa para o mundo. Independentemente de achar que essas vertentes estejam corretas, sejam deveras a salvação das almas, algo em que não creio, não há a necessidade de destruir o que já existe há séculos. Aliás, tal necessidade não há para pessoas com um mínimo de análise e conhecimento histórico, mas em nome do “moderno”, é assim que agem e pensam os miquinhos amestrados e lobotomizados pela maré vermelha que assola o planeta.
Celso Amorim, o mais bem acabado símbolo dessa mudança irracional, empregou nos dois mandatos do presidente anterior, a política externa de “o que é bom para os Estados Unidos, é ruim para nós”. Não havia propósito econômico, político, ideológico nesse rumo que ele traçou a partir do Itamaraty, apenas o propósito de destruir o que já estava estabelecido, uma maneira de concretizar um projeto a longo prazo de fazer ruir o império ianque para estabelecer, lá em seus sonhos magalômanos, um império com a corte em Brasília, tendo um sapo barbudo como imperador.
A resolução da presidente em acabar com a obrigatoriedade de se hastear a bandeira de comandante em frente ao Palácio do Planalto, ao Palácio da Alvorada e à Granja do Torto quando ela estiver presente, é mais uma pequena demonstração de que os propósitos escusos espreitam e se encorpam em pequenos atos.
Quartéis e navios de guerra, por exemplo, têm a bandeira do comando hasteada sempre que o comandante esteja presente. É uma forma do público saber que o chefe está trabalhando e, teoricamente, à disposição do público, que é quem paga seus salários e por quem ele, o chefe, teoricamente, trabalha. Até o Palácio de Buckingham hasteia a bandeira de comando quando a rainha está presente.
Mudar esta norma internacionalmente conhecida, reconhecida e aceita é mais uma maneira de destruir instituições antigas sem propósito aparente, mas, com a mais absoluta certeza, com propósitos inconfessáveis e escusos que a observação vai nos revelar em muito pouco tempo.
©Marcos Pontes

Credito :  www..averdadesufocada.com