Ministério Público Federal aceitou denúncia e abriu uma ação penal contra Elza Pereira, esposa do Paulinho da Força (PDT-SP), por lavagem de dinheiro desviado do BNDES usado em casa de prostituição e tráfico de mulheres.
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A Justiça Federal em São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e abriu uma ação penal contra Elza de Fátima Costa Pereira, esposa do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical. O processo foi aberto na última sexta-feira (12) pela juíza federal Silvia Maria Rocha, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A defesa de Elza Pereira terá o prazo de dez dias para responder à acusação.
No dia 2 de junho, o MPF havia denunciado Elza por lavagem de dinheiro, em um aditamento (complemento) de denúncia da Operação Santa Tereza da Polícia Federal. Para o Ministério Público, Elza Pereira permitiu a utilização da conta corrente da Meu Guri, organização não governamental (ONG) que ela preside, para ocultar uma parcela dos valores desviados de contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmados com a prefeitura de Praia Grande e com as Lojas Marisa.
A Meu Guri é suspeita de ter recebido um cheque de R$ 37,5 mil de João Pedro de Moura, de recursos que a Polícia Federal acredita terem sido desviados do BNDES. Moura é um dos 13 indiciados pela Justiça Federal na Operação Santa Tereza.
Procurado pela Agência Brasil, Antônio Rosella, advogado de Elza Pereira, disse não ter conhecimento sobre a denúncia e que a juíza pode apenas ter “determinado o processamento do aditamento”, já que não existiria denúncia sem a defesa prévia.
A Operação Santa Tereza investigou uma organização criminosa que fazia uso de pessoas com influência política no BNDES para conseguir a liberação de empréstimos para as prefeituras e empresas e que se aproveitavam de projetos falsos elaborados por uma empresa de consultoria. O dinheiro recebido do BNDES, segundo o MPF, era usado em uma casa de prostituição e de tráfico de mulheres, em São Paulo, chamada de W.E., quando então era lavado (legalizado).
Fonte:TV Vale Tudo