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quinta-feira, 24 de maio de 2012


ELES MENTEM POR TODOS OS BURACOS, DESBRAGADAMENTE
Publicado em Maio 23, 2012
Postado no blog do Licio 23052012
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Como aceitar argumentos sempre mentirosos, TODOS. Temos visto uma guerra indecorosa contra o Exército, sem que os responsáveis criem corágem para rebater. São acusações incrivelmente sem comprovação, sempre com a safadeza estampada na mídia e depois de elucidados os fatos contrários, fica por isso mesmo.

A tortura a que foi submetido o Tenente Alberto Mendes Júnior, durante três dias pelo bando do Lamarca e em seguida morto a coronhadas, com o cranio esfacelado, castrado (fato constatado na autópsia) não foi divulgada pelo Exército, justamente para não acirrar os ânimos da tropa.

O esquartejamento do morador da região do Araguaia, o jovem João Pereira, na frente da família, no final da trilha de Parada da Lama, a 100 km de Xambioá para dentro da mata, feita pelo bando do Genoíno, foi relatada por Arroyo e justificada “…para servir de exemplo para evitar o contato da população com o Exército”, teve efeito justamente contrário: a população ficou revoltada. Em seguida, veio o assassinato do jovem Cabo Odílio Cruz Rosa, também pelo bando do Genoíno, o anjinho,  quando tomava banho num córrego, nu, desarmado e sem a mínima condição de reação. Estava servindo só para cumprir suas obrigações de possuir um certificado de serviço militar; era um jovem de apenas 20 anos de idade. Não havia motivo para matá-lo.

Muitos militares foram assassinados ou alvejados, sempre à traição, covardemente, após darem ordem de prisão ao bandido (exemplos do major Toja Martinez e do major Licio Maciel frente à guerrilheira Sônia, dentre inúmeros outros que poderíamos citar, demonstrando a boa índole dos militares, muito longe de monstros torturadores como querem pintar), torturados, e hoje, pelo cúmulo da safadeza, eles não consideram crime degolar militar (como fizeram com um militar da Brigada do RS, matar militar passou a ser um elogio e motivo de medalha… Genoíno, Dirceu, e etc.). Mentiras deslavadas, como a do padre trepando com uma freira num motel, fotografados e sendo ele apresentado como sendo o jornalista Herzog morto na prisão. Se Pedro Albuquerque tivesse morrido ao delatar os colegas bandidos da guerrilha do Araguaia, e tentado suicídio quando na cela, estariam afirmando que fora morto pelos militares, justamente que os salvaram.

Querem tomar posse do poder? O brasileiro gosta, está satisfeito? Parabens! Fiquem felizes, então. Mas lutarei até às últimas consequências contra esta quadrilha vermelha de larápios: é a 4ª tentativa de tomada do poder… (a 1ª em 35: fuderam-se. A segunda, em 64: fuderam-se. A terceira foi na luta armada 64/75: fuderam-se. Agora, a quarta tentativa, com estes comandantes de merda, estão vislumbrando a vitória…matando o militar de fome… ). Que sejam felizes…

Um pouco de volta ao passado faz bem, recordações pós 31 de março de 1964, com o ódio dos derrotados aflorando por todos os buracos.

Em setembro de 1964, iniciaram-se, em uníssona orquestração, as primeiras denúncias sobre maus tratos físicos e morais que estariam sendo infligidos aos presos políticos. Alguns jornais, como o “Correio da Manhã”, por intermédio de Márcio Moreira Alves, e o “Última Hora”, chegaram a indicar locais, onde ocorreriam as pretensas torturas. Citaram a Base Aérea de Cumbica; o Hospital Central do Exército; órgãos policiais de Recife; a prisão da Ilha de Fernando de Noronha; o navio-presídio “Raul Soares”, fundeado no porto de Santos; e o quartel da Polícia do Exército, no Rio de Janeiro, que abrigava os presos envolvidos no “caso dos chineses”.

Considerando intoleráveis as práticas denunciadas, o Presidente Castelo Branco, em nota oficial lida na Câmara dos Deputados, designou o seu próprio chefe da Casa Militar, o General Ernesto Geisel, para “buscar minuciosas informações para a adoção de providências imediatas e assegurar a vigência de todas as franquias constitucionais”.

Durante uma semana, Geisel viajou a Recife, Fernando de Noronha, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Nas visitas aos presos, fez-se acompanhar de juristas, de políticos – inclusive da oposição –, de jornalistas, de representantes da OAB e da ABI, além de outros interessados.

Em Recife, nomeou-se uma comissão composta pelo desembargador Adauto Maia, presidente do Tribunal de Justiça, pelo advogado Carlos Moreira, presidente da Ordem dos Advogados, pelo jornalista Reinaldo Câmara, presidente da Associação de Imprensa, por Guerra Barreto, procurador do Estado, e por Felipe Coelho, presidente da Assembleia Legislativa.

No Rio de Janeiro, os chineses receberam as visitas do embaixador da Indonésia e de uma comissão da Cruz Vermelha, ocasião em que foi atestado que recebiam bom tratamento e gozavam de ótima saúde[1].

Em São Paulo, altas personalidades locais, entre as quais o presidente da Assembleia Legislativa, o presidente da Seção da Ordem dos Advogados, representantes da imprensa e autoridades eclesiásticas, ouviram os presos da Base Aérea de Cumbica.

As investigações, nos próprios locais denunciados, conduziram à conclusão da inexistência de torturas.

Na Câmara de Recife, o deputado Andrade Lima, do PTB, testemunhou pela isenção da comissão nomeada para apurar os fatos. O jornalista Edmundo Morais, do “Diário de Pernambuco”, reportou a sua visita a Fernando de Noronha:

“As autoridades, na ilha-prisão, deixaram-nos à vontade para ver, ouvir, filmar e fotografar durante mais de uma hora. Nós e os presos. Sem ninguém por perto. Os torturados – um ex-governador de Pernambuco (que os acompanhou de volta ao continente, sentados lado a lado e a palestrar todo o tempo), um ex-governador de Sergipe e outros que seriam um grupo de 15, se a lembrança não nos mente – disseram como viviam: banho de sol, banho de mar, exercícios ao ar livre, rancho na cantina dos oficiais, nenhum vexame de ordem física ou moral. A sofrer, como era óbvio, o constrangimento da prisão apenas, a prisão insular”.

 Entretanto, essas comprovações não impediram o constante surgimento de novas denúncias, partidas de esquerdistas no País e no exterior.

 O episódio narrado no item anterior está ligado a um dos processos mais utilizados na guerra revolucionária – a propaganda político-ideológica –, mas que, com a candura que nos é peculiar, nos recusamos a aceitar, pelo menos como um conjunto de ações deliberadamente montadas. Ao longo deste livro, teremos a oportunidade de ir revelando seus objetivos e técnicas. No momento, entretanto, em vez de expormos teoricamente o problema, preferimos narrar outro episódio acontecido tempos atrás no País. Neste caso, os propósitos e técnicas empregados ficam claros. Nele, evidencia-se a clássica manobra dos totalitários, que acusam de reacionários exatamente aqueles que eles percebem que têm medo de parecerem reacionários, ou melhor, utilizam a clássica saída do ladrão que grita: “Pega ladrão!”.

Tobias Warchavski, um jovem estudante de 17 anos, aluno da Escola Nacional de Belas Artes, alegre e comunicativo, tivera seu corpo encontrado, em outubro de 1934, em adiantado estado de decomposição, no morro dos Macacos, na floresta da Gávea, no Rio de Janeiro. A cabeça estava separada do corpo, despojado de todos os documentos e outros pertences que permitissem identificá-lo; o local ermo escolhido para o delito… Tudo indicava a ocorrência de um crime calculado e tecnicamente executado.

Recolhido o corpo ao Instituto Médico Legal, só em 19 de novembro sua família o encontrou. Tobias saíra de casa e residia com Walter Fernandes da Silva, sob os nomes supostos de Carlos Ferreira e Euclides Santos, respectivamente, e Walter nada comunicara à família do companheiro sobre o desaparecimento. Ambos eram comunistas. Walter, retraído e calculista; Tobias, bonachão e afoito, inclusive na propaganda da sua ideologia. Tobias foi reconhecido por sua mãe, Joana Warchavski, e seus irmãos, com o auxílio do cirurgião-dentista que o examinava. As precauções dos criminosos tornaram difícil, senão impossível, com os recursos da época, a elucidação do macabro assassínio.

De repente, como se tudo fosse espontâneo, em razão da revolta que o crime despertara na população carioca, surge uma campanha, lançada em grande estilo, imputando ao Governo e à Polícia a culpa pelo crime. Quase imediatamente, pronuncia-se a Comissão Jurídica Internacional (CJI), de maneira rumorosa, em Paris[2].

Dando seguimento à campanha, no Brasil, foi fundada a Comissão Jurídica de Inquérito Popular, constituída, na sua quase totalidade, por juristas, jornalistas e intelectuais marxistas, impulsionados por Benigno Fernandes e Erneida da Costa, ambos militantes ativíssimos do Partido. Logo em seguida, a comissão transformou-se na Associação Jurídica Brasileira, filiando-se à CJI.

Panfletos foram editados e reuniões foram promovidas, tratando do assunto, principalmente em sindicatos e faculdades. A tônica desses “atos humanitários” era sempre imputar responsabilidade ao Governo e à Polícia e exigir suas providências. Na ocasião, o Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista – dispunha de vários jornais. Além de vários semanários, fazia circular diariamente o “Jornal do Povo” e “A Manhã”, que se tornou órgão da Aliança Nacional Libertadora. Outros jornais – como “A Pátria” e “O Homem Livre” – eram “simpatizantes” e empenhavam-se a fundo na tarefa comum de acusar a Polícia pela morte de Warchavski, no que eram seguidos, de forma mais moderada, pelos demais órgãos de imprensa.

Além disso, a cidade do Rio de Janeiro foi inundada por cartazes e volantes clamando por justiça, algo assim como “enquanto não houver justiça, não haverá paz”.

Na Câmara dos Deputados, Álvaro Ventura, representante comunista, pronunciava discursos inflamados em que pedia a “elucidação do crime nefando”, para ele, cometido pela Polícia contra o “jovem Tobias, de destacada atuação na Juventude Comunista e no Comitê Estudantil de Luta contra a Guerra”[3].

Não faltou, no caso, sequer a contribuição dos humoristas. O bolchevista Aporelly criou o termo “tobianisar” – significando dar o mesmo destino dado a Tobias Warchavski –, que muita gente, de boa fé, começou a empregar, na convicção de que, de fato, o pobre estudante tinha sido morto pela Polícia.

Só a derrocada comunista, em 1935, permitiu que a verdade surgisse clara e insofismável. Às inúmeras provas circunstanciais somaram-se as confissões dos componentes do Tribunal Vermelho, constituído por Honório de Freitas Guimarães, Pascácio Rio de Souza, Vicente Santos e Guilherme Macário Yolles (agente enviado do exterior para trabalhar junto ao Partido).

O Tribunal Vermelho, reunido em sessão de 17 de outubro 1934, decidiu que Tobias era traidor e responsável pela prisão de Adelino Deycola dos Santos, efetuada no dia 14 daquele mês. Yolles, que viera com a incumbência, entre outras, de impor a todos os membros do Partido uma férrea disciplina, propôs a “eliminação” de Tobias, aprovada por unanimidade.

O jovem que o Tribunal Vermelho condenara como traidor era agora herói, astuciosamente elevado às honras de mártir da liberdade. Yolles, que impusera essa morte por disciplina, como exemplo, mesmo sem ter elementos cabais que pudessem condenar o jovem Tobias, de fato falaz e expansivo, jactava-se agora, perante seus pares, de sua manobra de guerra “psicopolítica”. Anos mais tarde, do depoimento de “Miranda”, secretário-geral do Partido à época do crime, consta que, por ocasião de uma reunião do Bureau Político, composto de onze pessoas, Yolles, membro da direção, disse ao declarante: “o Camarada Secretário vai estranhar bastante uma revelação que lhe vamos fazer para provar os êxitos das campanhas do Partido, despistando sua responsabilidade no assassínio de Tobias, atribuindo á Polícia, assim eliminando o provocador e desmoralizando o aparelho de repressão”.

Lavrada a sentença, a 17 de outubro, e, de imediato, definidos os executores – Vicente Santos, Adolfo Barbosa Bastos e Walter Fernandes –, este último, companheiro de quarto e amigo de Tobias, foi encarregado de atraí-lo ao local do assassinato. Chegando ao lugar escolhido, uma trilha íngreme, aberta por caçadores, em direção à vista chinesa, os fanáticos bolchevistas disseram ao jovem o motivo verdadeiro daquela tétrica reunião. O jovem deixou-se tomar pelo pânico. Falando com dificuldade, nervoso, quase não conseguia articular-se. Protestou, porém, e insistiu na sua completa inocência. Implorou, suplicou e, num gesto extremo, ante a inflexibilidade de seus verdugos, caiu de joelhos e pediu clemência. Jovem, ainda com 17 anos, alegre e bonachão, Tobias queria viver. Não resistindo, Walter Fernandes, que de todos era o mais constrangido, interveio e tentou salvar a vida do amigo com quem convivera fraternalmente. Os outros permaneceram inflexíveis, e Adolfo Barbosa detonou seu revólver. Tobias caiu fulminado. Seguiram-se, então, as providências para tornar, senão impossível, difícil a sua identificação.

Walter Fernandes, com sua atitude em favor do amigo, tornara-se o ponto fraco da trama assassina. O Tribunal Vermelho decidiu que ele deveria afastar-se do Rio de Janeiro por uns tempos. Foi para Recife, e, alguns dias após a sua chegada à capital pernambucana, na Praia do Pina, Walter Fernandes apareceu morto.        

[1]  Após a Revolução, foram presos nove agentes chineses, sete dos quais se apresentaram como membros de uma “missão comercial” desconhecida, e dois, como correspondentes da Agência de Notícias Nova China. Com eles, foram apreendidos planos pormenorizados de assassinatos e grande quantidade de moeda estrangeira. Estes chineses, mais tarde, foram expulsos do País.

[2]  A CJI é um órgão de fachada, fundada pela III Internacional, com sede em Paris.

[3]  A Juventude Comunista foi criada pelo PCR em 19/08/1927, para atuar no Movimento Estudantil. Filiou-se à Internacional de Juventude Comunista (URSS) em 1928. Desestruturou-se em 1935 e reorganizou-se em 1946. Desarticulada em 1964, está-se reestruturando desde 1984, para levar a atuação do Partido a todo o segmento juvenil.

HAJA SACO!!!

(transcrito do ORVIL -Tentativas de Tomada do Poder