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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Estatuto do Movimento Bolivariano do Brasil

“É uma organização política que se define como bolivariana, guevarista e brizolista. Fundamenta na teoria marxista sua visão crítica e revolucionária, contra o capitalismo (…) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. Utilizaremos todas as formas de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem como objetivo a tomada do poder”

“Lutamos por uma sociedade socialista que prepare as condições para uma sociedade sem classes e sem estado: a sociedade comunista. Um movimento da luta socialista pela libertação nacional brasileira, pela unidade e independência da América Latina”

“O povo trabalhador deve se organizar e lutar para construir o Poder Popular através da conquista do Estado e o controle dos meios de produção. Precisamos de uma educação política que garanta a unidade da teoria à prática local concreta”

“O Congresso Bolivariano Nacional é a instância máxima do Movimento. Reúne delegados de todos os círculos bolivarianos dos estados e municípios”

“A Assembléia Bolivariana Nacional reunirá a Coordenação Nacional, os coletivos e equipes nacionais e dois representantes por estado”

“As principais missões que deverão agrupar os companheiros e ter planos de ação são: Educação Política, Comunicação e Propaganda, Finanças, Mobilização. Haverá ainda o Coletivo de Relações Internacionais”

“O Movimento deverá implementar e organizar seus militantes na forma de círculos bolivarianos, agrupando os companheiros, desde a base, em seus locais de luta no trabalho, na moradia e no estudo. Para o melhor funcionamento dos círculos, a coordenação nacional elaborará normas de funcionamento específicas”

“Em todas as atividades do Movimento devem estar presentes a Bandeira e o Hino (a serem definidos). Todos os meios de comunicação possíveis, como rádio, folhetos, filmes, vídeos serão utilizados para divulgação”
Protesto em Caracas







Manifestantes ostentam cartaz com imagem do presidente Hugo Chávez e a frase “Hugo I em traje democrático”. Milhares de pessoas protestaram ontem em Caracas contra as reformas constitucionais que permitiriam ao chefe de Estado venezuelano se reeleger por mandatos consecutivos. A polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão, depois que um pequeno grupo lançou garrafas contra os agentes perto da Assembléia Nacional.
Fernando Llano/AP

Regras rasgadas

A organização de Círculos Bolivarianos no Brasil teve início em 2004, no rastro da virada diplomática do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para angariar apoio a seu projeto político no exterior. Mas, sob a fachada de inocentes unidades de divulgação da doutrina bolivariana e dos fundamentos do Socialismo do Século 21, se descobre uma articulação política com ares de ingerência e risco à soberania.

Ao prever “o uso de toda forma de luta” para transformar o Estado brasileiro em parte de uma “federação socialista”, o Movimento Bolivariano rasga as regras de convivência democrática e traz à memória o fantasma da guerra ideológica que animou duas décadas de ditadura militar no país. Poderiam ser palavras ao vento, não fossem as gestões diplomáticas realizadas pelo Palácio de Miraflores, ganhando eco no seio de partidos políticos, organizações sociais e grupos juvenis.

Esses círculos brasileiros se espelham em seus similares venezuelanos, que são financiados pelo governo. Lá, eles chegam a 1,2 mil e funcionam como uma interface essencial entre o presidente e o povo, solapando a representatividade do Legislativo. Em seis dias, será lançado em Brasília o livro Simón Bolívar, o Libertador. Em dezembro será a vez do “Movimento Bolivariano”. Qual será o próximo passo? (CDS)

Venezuela Ameaça a soberania

Brasília, quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Hugo Chávez envia 15 diplomatas para municiar organização política antiimperialista que deseja transformar o Brasil numa “democracia socialista”

Claudio Dantas Sequeira Da equipe do Correio

A infiltração ideológica do governo de Hugo Chávez no Brasil vai muito além do lançamento do livro Simón Bolívar – o Libertador. O Correio descobriu que o mandatário venezuelano tem um projeto político especial para o país, no qual assenta as bases de uma luta revolucionária em prol do socialismo do século 21. Parece piada, mas não é. O trabalho de campo está sendo coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, homem de confiança de Chávez. Há quase um mês, ele percorre várias capitais brasileiras com a missão de reorganizar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Essa articulação culminará na realização da primeira Assembléia Bolivariana Nacional em dezembro, no Rio de Janeiro. No encontro, será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano. Trata-se de uma frente antiimperialista dedicada a transformar o Estado numa “democracia socialista”, como consta do próprio estatuto desse futuro organismo, obtido com exclusividade pela reportagem. As linhas teóricas do documento repetem, sem timidez, o ideário da Reforma Constitucional chavista e sua meta de construir um “poder popular” para formar uma “federação socialista latino-americana”.

O Movimento terá hino, símbolo e bandeira próprios, e prevê cooptação de posições estratégicas em partidos, sindicatos, associações de bairros, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas. Arvelaiz não está sozinho. Para apoiá-lo, Caracas enviou mais 15 diplomatas à embaixada em Brasília e consulados, inclusive um adido de inteligência. Para não despertar suspeitas, o Palácio de Miraflores deu a justificativa oficial de que se trata de um “reforço diplomático” para impulsionar as relações bilaterais.

Nada mais coerente quando o próprio presidente Lula classifica Chávez como parceiro importantíssimo e força a imediata aprovação no Congresso do Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul. De fato, hoje será votado o parecer do deputado Dr. Rosinha (PT-RR) sobre o assunto na Comissão de Defesa Nacional e Relações Exteriores da Câmara.

Círculos
O enviado especial de Chávez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos espalhados pelo Brasil para instruí-los da mudança de status dessas células sociais. Deixam de ser apenas unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e se tornam parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada. O documento trazido por Arvelaiz e que sofreu adaptações à realidade nacional orienta à “formação de mulheres e homens dispostos a assumir a responsabilidade de conduzir a pátria brasileira e latino-americana até nossa definitiva independência”.

“Para nós, a construção do socialismo no Brasil tem de recolher de forma crítica e inovadora experiências históricas de larga duração, oriundas dos setores nacionalistas revolucionários do velho PTB, de correntes dos velhos PCB e PSB, da Organização Revolucionária Marxista-Política Operária (ORM-POLOP) e da chamada ‘nova esquerda’”, informa o texto de apresentação do evento no site http://assembleiabolivariananacional2007.blogspot.com. A página é mantida pelo Círculo Bolivariano Leonel Brizola (fundacional), cujo coordenador é o jornalista Aurélio Fernandes, membro da CUT-RJ e do diretório nacional do PDT.

Fernandes criou a chamada Casa Bolivariana, que reúne todas organizações similares do Rio. É o caso do Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários. Eduardo, um dos responsáveis, confirmou à reportagem que o Movimento Bolivariano recebe apoio do Consulado Geral da Venezuela, capitaneado pelo embaixador Mario Guglielmelli Vera. “A gente conta com a ajuda deles, não só formando uma base de solidariedade à revolução na Venezuela e em Cuba, mas ajudando na construção de uma revolução no Brasil.” Ele ressaltou o trabalho intenso do novo cônsul, mas garantiu que se trata de apoio político e não financeiro.

Segundo ele, quem banca os Círculos são os próprios integrantes e não há financiamento externo. No entanto, o capítulo novo do estatuto do Movimento determina que as finanças terão origem em contribuições não só dos militantes, mas “doações de pessoas e entidades jurídicas” — o que inclui qualquer tipo de patrocinador. Cada instância do Movimento deve anualmente “preparar um plano de arrecadação de fundos” e “tomar iniciativas com empreendimentos econômicos e financeiros, de propriedade coletiva, que venham representar entrada de recursos”.

O Movimento terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania. Em nome dela estarão todas as propriedades e documentos legais. O petista Afonso Magalhães, diretor do Círculo Bolivariano de Brasília, simpatiza com a iniciativa, mas pondera. “Temos de conduzir isso com os movimentos populares, sem se afastar da base social do PT e do Lula, senão a gente fica isolado, com um discurso ideologizado”. Magalhães, que esteve com o enviado de Chávez, orientou a Caracas evitar a radicalização com o governo. “Se alimentar antagonismo com Lula, vai dividir em vez de unir”.

Os Círculos Bolivarianos reúnem em sua direção intelectuais, políticos, sindicalistas, empresários e estudantes. Há membros do PT, PSol, PDT, CUT e MST. O Rio de Janeiro é o estado com maior números de unidades bolivarianas (sete), grande parte sob o guarda-chuva do Círculo Bolivariano Leonel Brizola. Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Amazonas também têm organizações.

domingo, 28 de outubro de 2007

Pastoral da Mitsubishi

Diogo Mainardi
A Pastoral da Pajero

"O padre Júlio Lancellotti ofereceu ao morador
de rua que ameaçou denunciá-lo por pedofilia
o aluguel de uma casa, uma bicicleta, uma moto,
um terreno, uma viagem à praia e uma Mitsubishi
Pajero. Bem que poderia estender sua 'amizade
íntima' a todos os moradores de rua da cidade"

O padre Júlio Lancellotti era o coordenador da Pastoral do Povo de Rua. A partir de agora, ele será conhecido também como o coordenador da Pastoral da Mitsubishi Pajero.

Recapitulo. Em meados de 2005, segundo o próprio padre Júlio Lancellotti, um assassino chamado Anderson Batista o acusou de abusar de seu enteado de 8 anos e passou a chantageá-lo com pedidos regulares de dinheiro. Como um Michael Jackson da Mooca, o padre Júlio Lancellotti negou ter abusado do menino. Como um Michael Jackson do Belenzinho, ele preferiu pagar o chantagista mesmo assim. No total, foram mais de
50 000 reais, incluindo o pagamento de vinte parcelas de uma Mitsubishi Pajero.

A polícia terá de esclarecer todos os aspectos do relacionamento do padre Júlio Lancellotti com o chantagista, definido pelo advogado deste último como "amizade íntima". Foi chantagem? Foi presente? A polícia terá de esclarecer igualmente se o dinheiro usado para pagá-lo saiu de suas economias pessoais ou da entidade beneficente que ele dirige. O padre Júlio Lancellotti declarou que pode contar apenas com os 1 000 reais que recebe da Igreja. Mentira. Desde 1975, ele é funcionário contratado da Febem, e continua a ganhar do estado um salário de 2 480 reais. Além disso, a prefeitura repassa mensalmente à sua ONG, Bom Parto, 500 000 reais. É preciso saber se a Mitsubishi Pajero foi comprada com esse dinheiro.

No ano passado, o padre Júlio Lancellotti acusou a prefeitura paulistana de "práticas higienistas", por querer tirar os moradores de rua do centro da cidade, oferecendo-lhes "só um albergue". Pode-se argumentar que o padre Júlio Lancellotti ofereceu ao morador de rua que ameaçou denunciá-lo por pedofilia muito mais do que um albergue. Ofereceu-lhe o aluguel de uma casa, uma bicicleta, uma motocicleta, um terreno, uma viagem à praia e – ei-la – uma Mitsubishi Pajero. Bem que ele poderia estender sua "amizade íntima" a todos os moradores de rua da cidade.

VEJA publicou uma reportagem sobre a disputa entre a prefeitura paulistana e o padre Júlio Lancellotti. Ele chamou a revista de "autoritária". A petista Maria Vitória Benevides foi mais longe – chamou VEJA de "fascistóide". E o Observatório da Imprensa comentou a reportagem num artigo cheio de termos de duplo sentido, cujo significado só agora consegui entender: "o rabo do texto", "erguer o traseiro", "jornalismo de latrina", "o padre Júlio estende a mão", "via inversa", "amante da dialética", "iguaria de fel", "vanguarda do atraso".

O padre Júlio Lancellotti participou de todas as campanhas eleitorais de Lula. Em 2002, ao tratar do problema dos menores abandonados, Lula apresentou a seguinte solução: "Você pega o padre Júlio e bota ele para cuidar de criança, ele vai cuidar melhor do que qualquer aparelho de estado". Dependendo do que a polícia descobrir, talvez não seja uma idéia tão boa assim botar o padre Júlio para cuidar de criança.


VEJA 26 OUT 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

ENCONTRO RECHAÇADO

ENCONTRO RECHAÇADO

Ternuma Regional Brasília

Por Agnaldo Del Nero Augusto, Gen Div Ref

No final de 1962, acatando repto dos EUA, a URSS retirou mísseis nucleares que instalara em Cuba. O recuo soviético desgastou política e militarmente a URSS e custou caro a Kruschev. Buscando recompor seus espaços diplomáticos, políticos e comerciais nas Américas, procurou incrementar o apoio das nações latino-americanas à revolução cubana, contando com a liderança do Brasil. Determinou que nosso País promovesse um Encontro Continental de Solidariedade á Cuba. Ilegal, o PCB, cumprindo a diretiva soviética, repassou o encargo à UNE, infiltrada e totalmente dominada pelo Partido.

Em 12 de março de 1963, a UNE e a também ilegal Associação BRASIL/CUBA resolveram convocar, para o Rio de Janeiro, o tal encontro. O governador da Guanabara considerou-o um ato ilegal, uma provocação e proibiu sua realização no Estado.

Em Nota Oficial do seu Gabinete, após relacionar os textos legais violados com a realização do citado encontro, no “exercício da sua competência e no cumprimento de seu dever resolveu impedir a sua realização em seu território” Conclui a Nota Oficial: Trata-se, portanto, de defesa da ordem jurídica vigente, e de repressão a ato criminoso, mediante o simples cumprimento da lei, ao qual não pode faltar a autoridade competente”. A seguir, mandou que sua decisão fosse comunicada ao Presidente do Tribunal de Justiça da GB.

Agora temos a revolução bolivariana do psicopata Chavez. Sua infiltração ideológica no Brasil vai muito além do lançamento do livro Simón Bolivar – o Libertador. Tem um projeto político especial para o país, como denunciou o Correio Braziliense de hoje, 24 de outubro. “O trabalho de campo está sendo coordenado pelo venezuelano Maximilian Arvelaiz, que há quase um mês, percorre várias capitais brasileiras com a missão de reorganizar os Círculos Bolivarianos e outras unidades de apoio à causa chavista.

Pretendem que essa articulação culmine na realização da Primeira Assembléia Bolivariana Nacional em dezembro, no Rio de Janeiro. No encontro, será lançada a versão tupiniquim do Movimento Bolivariano. Trata-se de uma frente antiimperialista dedicada a transformar o Estado numa “democracia socialista”, como consta do próprio estatuto desse futuro organismo. Como escreveu o repórter Claudio Dantas Sequeira, do CB, “ as linhas teóricas do documento repetem, sem timidez, o ideário da Reforma Constitucional chavista e sua meta de construir um ´poder popular´ para formar uma “federação socialista latino-americana”.

O Movimento terá hino, símbolo e bandeira próprios, e prevê cooptação de posições estratégicas em partidos, sindicatos, associações de bairros, grupos religiosos, ligas camponesas e empresas.

O enviado especial de Chavez tem se reunido com os coordenadores dos vários Círculos Bolivarianos espalhados pelo Brasil para instruí-los da mudança de status dessas Células sociais. Deixam de ser apenas unidades para a disseminação da doutrina bolivariana e se tornam parte de uma estrutura nacional, uma frente política aparelhada.

O jornalista Aurélio Fernandez, membro da CUT-RJ e do diretório nacional do PDT criou a Casa Bolivariana, que reúne todas as organizações similares do Rio, como é o caso do Círculo Bolivariano Che Guevara, que reúne universitários. Eduardo, um dos responsáveis, confirmou à reportagem que o Movimento Bolivariano recebe apoio do Consulado Geral da Venezuela, capitaneado pelo embaixador Mario Guglieli Vera “A gente conta com a ajuda deles, não só formando uma base de solidariedade `a revolução na Venezuela e em Cuba, mas ajudando na construção de uma revolução no Brasil”.

O Movimento terá como fachada jurídica a Associação Nacional pela Educação Popular e a Cidadania. O Movimento tem um site HTTP://assembleiabolivariananaci-onal2007. blogspot.com. Mantido pelo Círculo bolivariano Leonel Brizola(fundacional), cujo coordenador é o citado jornalista Aurélio Fernandes.

Colocamos dois trechos do Estatuto do Movimento no Brasil: “É uma organização política que se define como bolivariana, guevarista e brizolista. Fundamenta na teoria marxista sua visão crítica e revolucionária, contra o capitalismo(...) Se propõe a combater por meio da luta ideológica frontal. Utilizaremos todas as formas de luta tendentes à resolução da luta de classes que tem como objetivo a tomada do poder.

Lutamos por uma sociedade socialista que prepare as condições para uma sociedade sem classes e sem estado: sociedade comunista.”

Pelo menos dessa vez a coisa está clara. Trata-se de uma ameaça à Democracia, pela qual lutamos. Mesmo assim é uma ilusão esperar uma atitude do Governo Federal. Trata-se de desenvolvimento do Foro de São Paulo, do qual o Sr Lula é um dos fundadores, juntamente com Marco Antonio Garcia, seu assessor de política internacional, menino de recado de Fidel Castro. Mas não podemos nos alhear. Enquanto esperamos a atitude das demais autoridades, face violação da soberania nacional, podemos ir identificando esses Círculos, seus integrantes, sua composição, suas atividades, porque,sem dúvida teremos que agir. Em Brasília, o diretor do Círculo Bolivariano é o petista Afonso Magalhães.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sen Alvaro dias e a CPMF

Prezado José Nascimento,

Minha posição é clara.Entendo que o governo tem como compensar o fim da CPMF, esse imposto perverso que incide em cascata penalizando principalmente os mais humildes.O que o país precisa é de uma reforma tributária que desonere o contribuinte. Eu vou votar contra a prorrogação da CPMF. Disse isso, mais uma vez, da tribuna do Senado,conforme você pode ver da nota abaixo que a minha assessoria distribuiu à imprensa.
Cordialmente,
Alvaro Dias
alvarodias@senador.gov.br
Visite a nossa Pagina de Internet em http://www.alvarodias.com.br/


Para Alvaro Dias governo só vai discutir reforma tributária se a CPMF for rejeitada

O senador Alvaro Dias (PSDB/PR) defendeu em plenário, nesta terça-feira (23/10), a rejeição da CPMF pelo Senado como uma forma de obrigar o governo a discutir a reforma tributária: ''O PSDB não vai esperar um gesto de boa vontade do Governo no que se refere à desoneração de tributos como moeda de troca para aprovação da prorrogação da CPMF. Se o governo desejasse realmente aprovar uma reforma tributária, conferindo ao País um modelo tributário competente, não pediria a prorrogação da CPMF por quatro anos. Bastaria que prorrogasse por um ano. O Governo só aceitará a convocação para debater a reforma tributária se ficar sem a CPMF''.Segundo Alvaro Dias, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) não se conforma com o fato de o governo não reduzir a carga tributária, ao mesmo tempo em que constata aumento de gastos: ''A discussão sobre a prorrogação da CPMF não contribui para que o País se torne melhor do ponto de vista da administração pública. O que se exige para sinalizar avanços em matéria de organização é a reforma tributária. Essa constatação da CNI é a de todos os setores da economia nacional. As despesas correntes crescem de forma assustadora, ano a ano, e sem nenhum critério de coerência ou de prioridade. Só a despesa com o pessoal cresceu 14% este ano''.Aumento de gastos supérfluosCrescimento que, na opinião do senador, não se deu em áreas estratégicas como saúde e educação: “A oferta do serviço de saúde pública no país não se ampliou ou melhorou; ao contrário, a saúde pública passou a viver a tragédia, o caos: pessoas morrendo às portas dos hospitais, em longas filas, a falta de UTIs, de remédios, de instrumentos cirúrgicos, hospitais fechando, médicos insatisfeitos. Da mesma forma, a educação. O que se constata é o crescimento em setores dispensáveis. É o Governo gastador, perdulário, aumentando despesas de uma administração que se agiganta pelo apetite desmesurado dos que apóiam o governo e exigem compensação. Por isso, o governo é obrigado a contemplar os seus parceiros com cargos em ministérios. Temos um País com cerca de 35 ministérios, mas, com a prática de instituir ministério através de decreto, não podemos prever com quantos ministérios terminaremos a gestão Lula''.Prazo de 15 diasPara Alvaro Dias, o PSDB tem adotado uma postura de responsabilidade no debate da CPMF, dando liberdade à bancada para votar contra ou a favor da prorrogação do imposto: ''governo que ceda, que reduza essa prorrogação para um ano e, certamente, encontrará a boa vontade da Casa, mas não vejo disposição de mudança. O PSDB está fazendo a sua parte, oferecendo ao governo um prazo 15 dias para que apresente uma proposta alternativa. Eu não acredito nessa possibilidade. No último domingo, em convenção no Paraná, o PSDB aprovou, por unanimidade, uma moção em que pede aos senadores que votem contra a prorrogação da CPMF. Eu não vejo sinceridade na proposta do governo de desonerar tributos futuramente, porque a mais importante e significativa desoneração, seria o fim da CPMF. Se há o propósito de desonerar, vamos acabar com a CPMF''.

Fonte: retorno de email enviado ao Senador.

GOVERNO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT)

REPÚBLICA DO MENSALÃO
Demagogia / Populismo /Sindicalismo
Revolução em Marcha
Ternuma Regional Brasília

Por Aluisio Madruga de Moura e Souza

Retirei a citação abaixo do livro “1964 – A Revolução Injustiçada”, escrito por Gustavo O. Borges, por ser bastante esclarecedora a respeito da ação nefasta que vem sendo desenvolvida pelo PT em relação a nossa Pátria.
“ Não criarás a prosperidade se desestimulares a poupança. Não fortalecerás os fracos por enfraqueceres os fortes. Não ajudarás o assalariado se arruinares aquele que o paga. Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes. Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos. Não poderás criar estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado. Não evitarás dificuldades se gastares mais do que ganhas. Não fortalecerás a dignidade e o ânimo se subtraíres ao homem a iniciativa e a liberdade. Não poderás ajudar aos homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios.” ABRAHAM LINCOLN(1809-1865).

Ora, para os mais atentos com o desenrolar da política, o que ocorre hoje no Brasil é exatamente o que acima está transcrito. E estes têm consciência, que de uma maneira geral, os atuais dirigentes políticos do País nunca primaram pela dedicação ao trabalho e a única meta pretendida pelo atual Executivo e seu partido é estabelecer no Brasil uma ditadura do proletariado(comunismo).
Sob a liderança e coordenação direta do Sr. Luís Inácio Lula da Silva, que tem grande habilidade para recrutar adeptos para o seu projeto de poder, o governo do Partido dos Trabalhadores ocupou todos os postos políticos e vitais da Nação.
O projeto é simples. A pressão de cúpula já está convenientemente testada, inclusive com a manipulação de políticos corruptos do PT e demais partidos da base aliada que apenas pensam em seus projetos próprios.
Assim, no momento em que a cúpula revolucionária julgar oportuno, o desencadeamento da pressão de base será ativado. Nesta área vários testes também estão sendo realizados com invasões admitidas de propriedades privadas e, até mesmo, do governo e muitas das vezes encorajadas de maneira subliminar pelas autoridades governamentais, citando-se como exemplo o Presidente da República colocar em palácio o chapéu do MST na cabeça e, também, ignorando a necessidade de fazer cumprir a Lei em muitos casos semelhantes e recentes.
Exemplos? Dentre tantos, cito apenas a invasão do Congresso sob a liderança de amigo particular do Sr. Lula, o já tão conhecido pelas suas ações nefastas contra o País, Sr. Bruno Maranhão.
Mas se na área econômica o governo do PT vem obtendo alguns êxitos, em parte conseqüência da atual situação econômica mundial, tem sido na área política que sob a batuta direta de Lula da Silva o PT tem realmente brilhado. Não há como negar que desde que era dirigente sindical Lula sempre agiu , maquiavelicamente, jogando uns contra os outros, fazendo-os e, ainda, as organizações que dirigiam, obedientes aos seus interesses ideológicos e pessoais. Certamente aprendeu demagogia, populismo e como liderar o sindicalismo com Getúlio Vargas, João Goular e Leonel Brizola. Lula morde e sopra. Bate pela manhã no ferro, mas a tarde bate na ferradura. Jura não fazer algo, mas depois faz.
Hoje, pela Constituição de 1988 não é possível uma terceira eleição de Lula, como também não era possível a reeleição de Fernando Henrique Cardoso(FHC). Mas na de 1934 também não era e Getúlio deu o seu “jeitinho” em 1937, o que também fez (FHC) em 1997 . Eram os detentores do poder como o é hoje o Sr. Lula, aquele que tudo fez, mandou fazer e com tudo concordou. Mas nada sabia, nada viu ou ouviu. Quando é de seu interesse silencia! Temos aí como exemplos os gastos com os cartões de crédito da Presidência, que por serem mantidos em sigilo estão sob suspeita de estarem sendo gastos com despesas pessoais de Lula e seus familiares.
Em seu governo foram criados, desnecessariamente, vários ministérios com o objetivo de dar emprego aos seus apadrinhados, tudo pago com o nosso dinheiro. Também foi criada a república do mensalão que fez arrepiar e escandalizar os até então PCs Farias da vida. E Lula de maneira patética afirma que “fui traído” . É a tentativa de escapar da responsabilidade. Não pratiquei a ação. Eu a sofri, ou seja, nada tenho com o que está acontecendo! Caixa 2, compra de votos para implantar por intermédio do Congresso o comunismo no País, evasão de divisas, pagamento de mensalões, vale-família, vale-fome, corrupção ativa? Estou fora! Foi outro! Quem ? Sei lá quem.
Esquece-se Lula – de maneira proposital -- que é ele quem tem a caneta na mão e deveria dar sempre a última palavra. Mas esta atitude ele nunca toma pois é assim que sabe agir. Foi tanta corrupção que pouco antes do término do primeiro mandato, o PT estava esfacelado. Muitos militantes importantes o abandonaram. Mas ele ressurgiu das cinzas e se reergueu, porque sua militância é fanática e sabe o que quer, enquanto que muitos que deveriam se opor a esta situação de podridão fingem não se aperceber da gravidade dos fatos.
As Forças Armadas estão sucateadas e seus componentes com vencimentos irrisórios em relação a outras categorias. Enquanto tudo isto ocorre, o Presidente da República autorizou e prestigiou com sua presença o lançamento do que deveria ser um livro, mas que não passou de um artifício para distorcer a história recente do País, tudo pago com o imposto do contribuinte. Uma afronta a Nação! Uma vergonha nacional com a qual você e eu colaboramos.
Lula, o PT e os partidos da base aliada, sem nenhum escrúpulo estão se movimentando para, por intermédio de um golpe branco na Constituição, emplacarem um terceiro mandato. O quadro é preocupante, porque sendo Lula mais uma vez eleito, ele e seus companheiros de viajem continuarão adotando a política da compra das mentes daqueles que compõem o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, este, já totalmente infiltrado, tudo com o objetivo de implantar a ditadura do proletariado no Brasil. Para tanto, aí está o braço armado do PT constituído pelo MST, MLST, CUT e várias outras organizações.
Na atualidade, por intermédio da Internet, muitos brasileiros já se convenceram de que os comunistas aninhados no Partido dos Trabalhadores(será mesmo de trabalhadores?) e muitos corruptos vêm se especializando em se locupletarem as custas do patrimônio público. De forma pseudo-legal, mas amoral, se enriquecem por meio de indenizações faraônicas, mensalão, sanguessugas e outros modelos que lesam o erário público. Entendo ser a Internet, no momento, o único meio que possuímos para atuarmos em defesa da democracia. Mas estamos necessitando de muito mais.
Vou repetir o que já escrevi em outro momento. Nós, verdadeiramente democratas, civis e militares, já não podemos continuar apenas trocando e-mail. Temos que comparecer diante de nossos representantes, estejam eles na caserna, no Congresso, na Justiça e em outros setores da vida nacional e exigir posicionamentos claros e precisos. Não se trata de fazer nenhuma revolução. Trata-se, isto sim, de mostrar aos nossos representantes que eles estão nos cargos para, por intermédio de palavras e ações, nos defender , defender as Forças Armadas, o Congresso Nacional, a Justiça e o Brasil e, nunca, seus interesses particulares como vem ocorrendo na maioria das vezes no atual momento político brasileiro.
São muitos os profissionais da imprensa que estão denunciando o caos que ai está, mas de forma independente. Teriam eles como se organizarem por cidades, estados, realizarem palestras em faculdades e em outros ambientes? E os clubes militares( Marinha, Exército e Aeronáutica) com suas representações na maioria dos estados brasileiros? Esses clubes têm tradição nos vários episódios importantes da vida política nacional brasileira. O Clube Militar, por exemplo, possui 44.000 sócios que poderiam ser incentivados a estudar toda está questão e se posicionarem. Ou não? E muitas outras categorias poderiam ser citadas. É preciso que se criem caixas de ressonâncias sobre estes fatos e muitos outros.
Repito! Não se trata de fazer revolução porque esta já esta em marcha pelo Partido dos Trabalhadores, com o objetivo de implantar a ditadura do proletariado em nosso País. Trata-se, isto sim, de retermos o seu avanço como ocorreu em 1964.

Aluisio Madruga
Autor dos livros : Guerrilha do Araguaia – Revanchismo – A Grande Verdade
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada

O ESQUERDISTA, quem é ele?

Por Anatoli Oliynik em Curitiba – Paraná

“A ambição diabólica do esquerdista é querer mandar no mundo”

O esquerdista é um doente mental que precisa de ajuda e não sabe. Um sujeito miserável que necessita da piedade humana. Mas cuidado com ele. Por ser um ser desprezível, abjeto, infame, torpe, vil, mísero, malvado, perverso e cruel, todos os sinônimos são verdade, mas insuficientes para definir seu verdadeiro perfil, ele é perigoso e letal.

É um sociopata camuflado, um psicótico social que imagina ser Deus e centro do mundo. Na sua imaginação acha que é capaz de solucionar todos os problemas da humanidade e do mundo manifestado, mas que na verdade quer solucionar os seus próprios, que projeta nos outros para iludir-se de ser altruísta.

É um invejoso. A inveja é a sua marca registrada. Sente ódio doentio e permanente pelas pessoas de sucesso, notadamente aquelas realizadas financeira e economicamente. O sucesso alheio corrói suas entranhas. É aquele sujeito que passa pelo bosque e só vê lenha para alimentar a fogueira de seu ódio pelo sucesso alheio.
É um fracassado em todos os sentidos. Para justificar o seu fracasso busca desesperadamente culpados para a sua incompetência pessoal, profissional e humana. No seu conceito, a culpa é sempre dos outros, nunca atribuída a ele mesmo. É um sujeito que funciona como uma refinaria projetada para transformar insatisfações pessoais e sociais em energia pura para promover a revolução proletária.

É um cínico. Não no conceito doutrinário de uma das escolas socráticas, mas no sentido de descaramento. Portanto, um sujeito sem escrúpulos, hipócrita, sarcástico e oportunista. Para justificar seu fracasso e sua incompetência pessoal, se coloca na condição de defensor do bem-estar da sociedade e da humanidade, quando na verdade busca atender aos seus interesses pessoais, inconfessos. Para isso, se coloca na postura de bom samaritano e entra na vida das pessoas simples e desprovidas da própria sorte, com seu discurso mefistofélico.

É um ateu. Devido a sua psicose, já comentada anteriormente, destitui Deus e se coloca no lugar d’Ele para distribuir justiça, felicidade e bem-estar social, solucionar todos os problemas do mundo e da humanidade, dentre outros quejandos. É um indivíduo que tem a consciência moral deformada e deseja, acima de tudo, destruir todos os valores cristãos e construir um mundo novo, segundo suas concepções paranóicas.

É um narcisista. A sua única paixão é por si mesmo, embora use da artimanha para parecer um sujeito preocupado com os outros, no fundo não passa de um egoísta movido pelo instinto de autoconservação.

É um niilista. Um sujeito que renega os valores metafísicos divinos e procura demolir todos os valores já estabelecidos e consagrados pela humanidade para substituí-los por novos, originários de sua própria demência. Assim, ele redireciona a sua força vital para a destruição da moral, dos valores cristãos, das leis etc. Sua vida interior é desprovida de qualquer sentido, ele reina no absurdo. É o “profeta da utopia” e o “filósofo do nada”.

É um genocida cultural. Na sua vasta ignorância da realidade do mundo manifestado, o esquerdista acha que o mundo é a expressão das idéias nascidas de sua mente deformada e assim se organiza em grupos para destruir a cultura de uma sociedade, construída a custa de muitos sacrifícios e longos anos de experiência da humanidade.

Agora que você conhece algumas características do esquerdista, fica um conselho: jamais discuta com um deles, porque a única coisa que ele consegue falar é chamá-lo de reacionário, nazista, capitalista e burguês. Ele repete isso o tempo todo e para todos que o contradizem, pois a única coisa que sua mente deformada consegue assimilar, são essas palavras. Com muito custo ele consegue pronunciar mais um ou dois verbetes na mesma linha aos já descritos, todos para desqualificá-lo e assim expressar a sua soberba.

Os conceitos atribuídos ao esquerdista se aplicam em gênero, número e grau aos socialistas, marxistas, leninistas, stalinistas, trotskistas, comunistas, maoístas, gramscistas, fidelistas, chevaristas, chavistas e especialmente aos membros da família dos moluscos cefalópodes.
Para finalizar, porém longe de esgotar o assunto, o esquerdista é aquele sujeito cuja figura externa é enormemente maior que a própria realidade. Sintetiza o cavaleiro solitário no deserto do absurdo, cuja ambição diabólica é querer mandar no mundo. ( * )


Anatoli Oliynik (61) é administrador e consultor de empresas.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

YOOOO TENGO A BOLÍIIIVAR

Por Adriana Vandoni
Hugo Chávez está preocupado com a ignorância do mundo. Ele acha que as pessoas não sabem o suficiente sobre o seu herói Simon Bolívar. Ele quer que todos saibam quais eram os ideais do seu herói. Hugo está preocupado, por isso resolveu agir. O governo de Hugo detectou que de toda a América Latina o brasileiro é o mais ignorante sobre o bolivarianismo, então pensou que precisa ajudar seus hermanos brasileirinhos.Sabe o que este ditadorinho de mierda fez? Mandou traduzir para o português o livro "Simón Bolívar, o Libertador" e vai doar para as escolas públicas e bibliotecas do Brasil. Veja, ele vai doar. O ditadorzinho de mierda vai decidir o que as crianças brasileiras vão aprender. Ele vê na leitura o mais importante meio de formação de opinião, está certo. Seu ídolo Fidel Castro deve tê-lo ensinado isso. Fidel selecionou qual a leitura os cubanos podem ter.Chávez acha que no Brasil os princípios capitalistas são muito exaltados e isso ele não admite. No ano passado este bufão proibiu o uso da imagem do papai Noel no natal da Venezuela. Este ano ele condenou para seu povo, a boneca Barbie e a moda de implantar silicone nos seios. Isso tudo é muito norte-americano pra ele. Ironia do destino ou não, este idiota foi fotografado enquanto relaxava ouvindo seu Ipod, uma criação da americaníssima Apple. Falta-lhe tanto a noção do ridículo quanto vergonha na cara. É mesmo um paspalhão este Hugo Chávez.Mas, se a idéia é informar as crianças brasileiras sobre heróis da humanidade, porque não informar também aos venezuelaninhos, por exemplo, sobre um que lutou contra a escravidão dos negros a ponto de fazer uma guerra que quase dividiu seu país, tudo para conseguir implementar a igualdade entre os homens, independente da cor. No século XIX fez também uma verdadeira reforma agrária. É, seu ditadorzinho de mierda, você poderia também colocar nas escolas do seu país a história de Abrahan Lincoln, o herói americano.Como seria se, em uma hipótese, um governo venezuelano resolvesse ensinar às crianças brasileiras que o melhor para um país é submetê-lo ao outro país? Ora, em uma democracia a educação deve ser universalizada e sem bandeiras ideológicas. É claro que as escolas e bibliotecas podem e devem ter livros com a história de Simon Bolívar, assim como biografia de Hitler, Mussolini, Henry Ford, Che Guevara, Marta Rocha, Bento Gonçalves, Anita Garibaldi, Lampião, enfim, todas as personalidades da história. O que não se pode admitir é que este ditador paspalhão venha definir o que o brasileiro deve ou não ler. Ele que fique em seu país banindo jornalistas e emissora de TV. Ele que arranque cada silicone implantado nas venezuelanas e tire das mãos das crianças de lá, a boneca Barbie. Esse imbecil que faça o que bem entender com seu povo que o deixou chegar aonde chegou. Mas aqui não, coscorão! Aqui este bufão não pode intrometer. Com esse ato o que Chávez está tentando é desafiar o Congresso brasileiro que não quer aceitar a entrada da Venezuela no Mercosul. Óbvio!Mas tudo bem, se o vizinho de mierda quer mesmo influenciar mentes mundo afora, não adianta tentar fazer isso através de livros. Existe um método mais eficaz, quer ver? Crie um super-herói para derrotar o "Capitão América" e "Superman", dê super poderes ao Chaaapoliiin Coloraaadooo. Se eles defendem o "american way of life" (o modo de vida americano), seu Chapolin, entre um vôo e outro, entre salvar um gatinho ou uma mocinha indefesa, defenderá a "manera de vida venezuelana". Sem informação, sem Barbie, sem papai Noel e sem silicone, mas com Ipod. As crianças vão adorar vê-lo com aquela capinha vermelha e uma calça coladinha ao seu corpitcho, dando gritinhos de "yoooo tengo a Bolíiiivar"!

Fonte: www.casagrande.com.br

sábado, 20 de outubro de 2007

CARTA DE SARGENTO DO EXÉRCITO AO ministro da defesa

Ao Dr. NELSON AZEVEDO JOBIM*

Ministro de Estado da Defesa

Senhor Ministro,

Tenho a honra de dirigir-me a V. Exª., para apresentar os cumprimentos pela assunção de tão importante cargo. A julgar pelas suas primeiras ações e palavras, certamente será uma experiência que enriquecerá muito sua biografia.
A finalidade precípua desta missiva é informar a V. Exª. a situação caótica por que passam as Forças Armadas.
Os militares federais são disciplinados, mas enganam-se os que pensam que são obtusos e não têm visão de Estado, além de conhecimento político suficiente pra separar o joio do trigo.
Coincidências ou não, na época em que existiam os ministérios militares as instalações e as tropas não viviam em tanta penúria como atualmente.
Exponho, abaixo, as ações de governo que, na minha ótica, foram responsáveis pelo atual descaso com as Forças Armadas do Brasil. Em países desenvolvidos elas são consideradas baluartes da soberania.
A situação das Forças Armadas está insuportável em termos orçamentários. As perspectivas de melhorias estão cada vez mais distantes. O orçamento seguidamente vem sendo diminuído e os investimentos estão rareando. O que vemos hoje é a tentativa imunda de aniquilar a Instituição que é da Nação e que foi construída com sangue de heróis anônimos ao longo da história.
Segundo levantamento, o valor proposto pelas Forças Armadas para custeio da modernização dos equipamentos foi de R$ 14,6 bilhões, mas, como acontecem todos os anos, já estão previstos cortes em torno de 60% do valor. Só como exemplo, a Força Aérea Brasileira só consegue operar com 37% de seu poder aéreo e todos seus aviões têm mais de 15 anos de uso. Na Marinha, de toda
sua frota, apenas 10 navios estão em condições de combate. No Exército, Força mais odiada pelos revanchistas, a sucatagem bélica é ainda maior.
Segundo levantamento, por falta de investimentos, o Programa Nuclear Brasileiro já provocou um prejuízo de 1,1 bilhão de dólares norte-americanos.
As Forças Armadas do Brasil estão tão desmoralizadas que até o índio Evo Morales invadiu as instalações da Petrobras. Nosso fraco presidente, que só se preocupa com o 'di cumê', ainda deu razão a ele. Com esta demonstração de fraqueza, a qualquer momento o Paraguai poderá ocupar a Usina Hidrelétrica de Itaipu por saber que nossas Forças Armadas não estão em condições de reagir.
Alguns atos perpetrados contra as Forças Armadas são frutos do revanchismo, da política de afastamento dos militares das decisões nacionais.
Particularmente, até fico satisfeito com esse distanciamento. Afinal, termos contato com chorumes da vida pública como José Dirceu, José Genoíno, Severino Cavalcanti, Luiz Inácio Lula da Silva, Renan Calheiros, entre outros, além das sanguessugas e dos mensaleiros, causa-me asco. Aliás, muitos deles são seus amigos e recorrem aos seus préstimos jurídicos quando se vêem descobertos em suas vilanias, como tem sido amplamente publicado em
grandes jornais e revistas. Sabemos que o advogado Eduardo Ferrão, que defende o senador Renan Calheiros, foi seu sócio em advocacia.
Na atual conjuntura política, onde quase tudo é fantasia, onde ninguém quer largar as 'tetas da vaca', as autoridades não se preocupam se já ocorreram suicídios de militares em várias regiões do Brasil por não conseguirem saldar dívidas, tal qual o ocorrido aqui em Brasília no ano de 2005, onde um jovem sargento não possuía dinheiro suficiente para comprar remédios para a filha adoentada. Uma das reclamações que ouvi em seu velório foi de que ele almejava uma transferência para saldar suas dívidas, mas sempre lhe fora negada.
Enquanto isso, as verdades históricas estão sendo distorcidas. Fato notório foi o discurso que V. Exª. fez no lançamento de um livro patrocinado por esse governo marcado por escândalos. Tal livro começa a mentir no próprio título: 'Direito à Memória e à Verdade'. Não compreendo como pode posicionar-se de arauto de parte da esquerda bem remunerada com o dinheiro público. Os militares, digo pela formação que tenho não se intimidarão com suas palavras ameaçadoras. Estão acostumados com a tentativa de igualá-los à laia dos péssimos políticos que, como urubus, sobrevoam a Praça dos Três Poderes, vindo de todas as regiões do País.
Entretanto, a sociedade conhece a verdade dos fatos. A credibilidade alcançada pelas Forças Armadas só aumenta. Não precisamos utilizar os mecanismos espúrios tal qual o de fazer 'currais estomacais', coisa que o presidente da República é contumaz ao distribuir alimentos para conseguir votos. O que V. Exª., precisa saber é que seu cargo é político, não militar.
Só como exemplo, se um coronel com curso de Estado-Maior, mesmo estando a um dia da promoção, vestir a farda de general será punido. Já V. Exª., demonstrando a prepotência de sempre, infringiu o Estatuto dos Militares ao usar indevidamente a farda de general de quatro estrelas (posto máximo) e ainda se apresentar com ela no Exterior. Entendo que *só pode ser frustração por não pertencer ao glorioso Exército Brasileiro*, instituição ilibada e comprometida com a legalidade, com o patriotismo. Lembro que intervenção militar em prol do bem-estar do País é ato democrático.
Conheço sua atuação como Depuppydo Federal. Posteriormente, foi alçado à condição de 'grande jurista', não por consenso, por votação, mas por escolha de FHC. Sua atuação no Supremo Tribunal Federal foi, segundo minhas observações, lastimável. São de domínio público seus pedidos de 'vistas aos autos' quando o assunto necessitava ser esfriado nas votações. A revista
Veja noticiou sua intervenção em julgamentos onde, na qualidade de presidente daquele Tribunal, tentava levar seus pares ao constrangimento.
Quando a história for escrita sobre este período, ficará a triste lembrança de sua atuação como político e como jurista. Político não dever ser juiz, é incoerência porque o magistrado competente deve ser imparcial, qualidade que não existe nos políticos do nosso País.
Informo a V. Exª. que os militares não têm medo de sua estatura física. Até porque ética não se avalia por este aspeto. O que necessitamos é de investimentos nas Forças Armadas e um salário digno, proporcional aos que estão sendo pagos a outros profissionais da União, apenas isto. Chega de pagar alto preço por ter evitado que este País se transformasse numa ditadura comunista.
Passo a expor alguns assuntos afetos à pasta dirigida por V. Exª., os quais considero responsáveis pelos caos nas Forças Armadas.

* 1. A QUESTÃO SALARIAL *

O salário dos militares é algo espúrio porque expressa toda a sordidez, toda a cachorrada, toda a canalhice do governo federal em relação às Forças Armadas. Entendo que V. Exª. assumiu há pouco tempo o Ministério da Defesa. Entretanto, nós militares acreditamos mais nas instituições do que nos homens que as conduzem.
Tomei conhecimento dos gastos do governo federal com itens que julgo não serem prioritários, além de reajustes salariais para determinadas categorias que já são bem remuneradas, pra não citar o aumento salarial absurdo aos comissionados do governo federal que pagam dízimos ao PT. Enquanto isso, os
militares federais permanecem com seus salários defasados há vários anos.
Muito se tem falado sobre a questão salarial militar. Entretanto, há considerações que ultrapassam a mera planilha de custos financeiros. O salário pago aos militares, em especial aos das Forças Armadas, refletem amplos fatores, os quais deveriam ser levados em consideração antes de qualquer análise conjuntural. São eles:
*a.* *Distribuição de Rendas*
Os militares das Forças Armadas estão em todos os pontos do território nacional. É uma classe de servidores que representam a presença do Estado nos mais diversos e longínquos pontos geográficos. Nos locais mais inóspitos, lá estão os militares. Este fator de unidade nacional tem de ser levado em consideração por ocasião da estruturação salarial.
O Brasil possui uma abissal concentração de rendas. Isto faz com que nosso País figure, tristemente, entre as piores nações em termos de distribuição de rendas, provocando um índice abaixo do crescimento econômico de outras nações menos importantes no contexto mundial. Uma das formas de distribuição de rendas é também o salário do militar. Há localidades em que a economia gira em torno dos quartéis. E quartéis não existem sem os militares.
Eles são responsáveis pelo aumento do comércio de bens alimentícios, vestuários, aluguéis, venda de combustível, telefonia, serviços públicos, etc.
Pode-se inferir que a má distribuição de rendas do País aumentou quando houve maior defasagem salarial em relação aos militares. Em alguns municípios esta relação é facilmente visível. Há cidades em que a manutenção de um ou dois quartéis é imposição, pressão política. Este fato, infelizmente, não é levado em consideração quando se analisa a questão salarial do militar das Forças Armadas.
Para não ver seus familiares passando privações em conseqüência das despesas com aluguel, passagens, alimentação, vestuário, educação, etc., itens básicos para a sobrevivência de qualquer família, os militares de baixa patente e os graduados contraem dívidas junto a instituições financeiras ou caem nas mãos de agiotas. Será que V. Exª. sabe que toda queixa apresentada nos quartéis sobre dívidas é considerada transgressão disciplinar e pode ser punida até com prisão? Na minha ótica, os que deveriam ser presos são os responsáveis pela política revanchista praticada contra a classe.
Experimente V. Exª. sair de uma escala de serviço de 24 horas e ainda permanecer no expediente por no mínimo mais 8 horas e depois enfrentar mais três horas dentro de um ônibus ou trem no retorno ao lar. O militar, por falta de dinheiro para alugar uma residência próxima ao quartel, mora longe dele. Junte tudo isto e, de quebra, coloque ainda a sensação de não ter um comandante ou ministro que lute pela justiça salarial nas Forças Armadas.
Fazendo isto, com certeza, o senhor terá uma ligeira noção do que é ser militar na atualidade. Ser militar não é se fantasiar com uma farda de general e posar para os fotógrafos da imprensa.
A situação é desesperadora. Temo que a indisciplina ronde as ações dos militares que não acreditam nas promessas de melhoria salarial. Afirmo que a crise dos controladores de vôo deveu-se à péssima situação em que foram colocados: sem salário decente e trabalhando com civis que exercem as mesmas funções, mas que recebem cerca de três vezes mais que um sargento em início de carreira. Se houve erros dos controladores de vôo, houve também a motivação à indisciplina por parte da indiferença de algumas autoridades. Um dia, com certeza, 'a mão que chicoteia receberá um duro golpe'.

*b. Educação*

Os salários pagos, atualmente, não proporcionam condições para que os filhos dos militares tenham uma educação digna. Estamos vivendo em nossos dias a onda do conhecimento, ou seja, a escola, a cultura, o conhecimento é a base de tudo. As escolas públicas sofreram com o abandono dos governos. As praças
das três Forças, salvo raríssimas exceções, já não conseguem manter filhos estudando, já não conseguem alimentar-se dignamente em virtude da necessidade de manter as contas em dia, mormente as taxas cobradas pelo próprio governo. Neste contexto, o militar que possui filhos fica num dilema: o salário é insuficiente, porém a educação é primordial. Neste conflito, ele opta, quando pode, por empréstimos financeiros.
Nos primeiros anos da carreira militar, há uma situação de dificuldade que se agravará no futuro. Dez anos depois de iniciada a carreira, o militar começa a ter que se preocupar com a educação de seus filhos. Estes entram numa fase do ensino em que o diferencial entre uma escola boa e uma escola ruim começa a produzir frutos no momento crucial: o ingresso numa
instituição de ensino superior.
Os Colégios Militares eram uma boa opção para os filhos dos militares porque possuem excelência no ensino. Entretanto, a admissão foi estendida aos filhos de civis. Nisto não há nada de errado, mas as vagas foram limitadas para os filhos dos militares que já sofriam para conseguir matrículas.
A sociedade civil organizada deveria exigir melhor ensino nas instituições públicas, e não procurar os benefícios que a classe militar oferece.
Havia lei que assegurava aos dependentes de funcionários públicos (civis e militares) matrículas em universidades públicas. Tal dispositivo legal tinha por objetivo garantir uma melhor educação aos dependentes daqueles que, por imposição da carreira, estavam impedidos de se estabelecer em determinada localidade. Com o julgamento pelo STF, Corte da qual V. Exª. foi presidente, este benefício foi injustamente extinto. Os mais prejudicados foram os militares. Os funcionários civis têm, em média, vencimentos superiores aos pagos aos militares. Desta forma, a maioria dos dependentes dos servidores civis, particularmente dos poderes Legislativo e Judiciário, tem condições de cursar uma universidade privada ou até mesmo ingressar, por concurso, em universidade pública porque pode pagar os melhores cursos preparatórios. A universidade pública tornou-se fator de exclusão social, mormente para os militares.

* c. Moradia*

Outro fator importante relacionado aos salários dos militares é a questão da moradia. Com o achatamento dos vencimentos, a situação se tornou caótica. As transferências para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas punições. Naquelas cidades, os militares têm a certeza de que residirão bem distantes do local de trabalho. Quando o militar consegue morar perto dos quartéis, não tem uma situação mínima de conforto, pois a maioria vai morar em favelas. Há militares enviando suas esposas de volta à casa dos pais por não poderem oferecer-lhes vida digna; há muitas esposas e filhas de militares fazendo biscates como domésticas para aliviar a situação de penúria reinante nas famílias; há casos em que duas famílias de militares dividem o mesmo imóvel, para dividir também o valor do aluguel, numa franca agressão aos princípios da dignidade da pessoa humana.
Os Próprios Nacionais Residenciais (PNRs), principalmente aqueles ocupados pelas praças, estão sucatados, sem possuir a adequada manutenção. Quem mora em PNR está numa aparente melhor situação em relação aos que pagam aluguel.
Cabe ressaltar que as verbas de manutenção dos PNRs advêm de descontos em folha de pagamento do militar ocupante. Para exemplificar a situação perigosa em que vivem os militares de baixa patente e principalmente as praças, não é demais lembrar que o bloco 'H' da SQN 306 teve, há pouco tempo, suas estruturas comprometidas, com possibilidade de desabamento.
O orçamento das Forças Armadas é um dos pontos a serem destacados.
Sucessivos governos têm diminuído o orçamento do Ministério da Defesa.
Por sucessivos anos tal situação vem se agravando. No ano de 2006, os únicos ministérios que sofreram cortes em relação a 2005 foram o dos Transportes e o da Defesa. Em qualquer país civilizado o presidente da República seria responsabilizado por deixar a nação sem as condições mínimas de garantir a defesa do território nacional.

*d. Empréstimos Financeiros*

Há um segmento que lucra com a penúria dos militares: as instituições financeiras. De fato, pelos baixos salários recebidos, a quase totalidade dos militares está comprometida com empréstimos. Estas instituições utilizam o desconto em folha de pagamento, portanto o risco é quase zero. O militar recorre a esta estratégia porque, por disposição legal, está impossibilitado de exercer qualquer outra profissão. Torna-se assim o escravo perfeito*:
* mesmo tendo inteligência, não pode ao menos procurar se libertar deste cativeiro. A principal instituição financeira que atua neste mercado é a Fundação Habitacional do Exército, por intermédio da POUPEX. Por coincidência, esta instituição é dirigida por oficiais-generais. Ocorre o seguinte*:
* quando o militar adquire um empréstimo, e por ter risco quase zero, os juros estão, na média, abaixo dos de mercado. Após um determinado número de prestações pagas, o militar renova o empréstimo, o que provoca uma verdadeira ciranda, com a qual todo banqueiro sonha.
Salário defasado, descontos em folhas de pagamento, imposto de renda, impossibilidade de se ter outra fonte de renda, etc., são fatores ideais para o enriquecimento dos bancos. Foi anunciado que um determinado banco popular teve o maior lucro de sua história. A POUPEX possui um grande número de associados porque, segundo fui informado, os comandantes de quartéis condicionam o prosseguimento na carreira a adesão do militar àquela instituição.
*e.* *Plano de Saúde*
* *Uma verdade que precisa ser proferida é que os militares custeiam o fundo de saúde que os atende. É mais uma incidência sobre os já combalidos vencimentos. Diferente de outros planos de saúde a cada atendimento ao militar ou ao seu dependente é pagos 20% do valor, proporcionalmente ao posto ou graduação, além dos demais descontos mensais para manter seu fundo de saúde. Todos os atendimentos médico-hospitalares aos recrutas, além de medicamentos, são custeados por militares contribuintes do Fundo.
Assim, quando se fala em 'soldado cidadão' está se falando em maior gasto do fundo de saúde e, conseqüentemente, o sistema se torna de qualidade inferior. Mais um golpe na vida da família militar.
*f. Transferências*
Devido à diminuição do orçamento do Ministério da Defesa, as movimentações dos militares estão limitadíssimas. A unidade nacional necessita que oficiais e praças tenham uma visão ampla dos problemas nacionais para melhorar a defesa do País, caso sejam convocados para tal. Acontece que as movimentações funcionam também como um bálsamo na situação de penúria.
A indenização que o militar recebe pela transferência serve para o custeio da mudança e muitas vezes para o pagamento de dívidas. Se o orçamento continuar decaindo, só restará ao militar afrontar de forma aberta o Estatuto dos Militares, ou seja, arrumando uma segunda ocupação por absoluta legítima defesa da sobrevivência.
* 2. BREVES CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS*
Quando nos baseamos nos salários pagos aos militares e a outras categorias do serviço público, constatamos que os mesmos estão defasados. Esta defasagem não é própria dos dias atuais. O que acontece é que os salários, concretamente, estão em processo decrescente há aproximadamente 20 anos. Já havia um processo de estagnação no governo José Sarney, o qual foi agravado pelo Plano Cruzado.
* - Do Plano Cruzado até nossos dias*
O Plano Cruzado I (de fevereiro a novembro de 1986) foi considerado o primeiro choque heterodoxo dado na economia pelo então ministro Dilson Funaro. Foi o principal responsável pela atual penúria salarial das Forças Armadas. O congelamento de salários e de preços, conforme se propunha, alcançou apenas os salários do funcionalismo público. Os preços foram artificialmente sendo mantidos congelados. Na prática, o que ocorria era um aumento discreto, ou um desabastecimento generalizado. Em termos salariais, as Forças Armadas ficaram a reboque dos acontecimentos econômicos: salários congelados, como os de todos os funcionários públicos, e sem perspectiva de melhoria. Coincidentemente, iniciaram-se os preparativos para o pagamento de imposto de renda pelos militares, ou seja, mais um desconto nos combalidos salários da classe.
O Plano Cruzado II deu um alento aos militares porque previa a recomposição salarial a fim de acompanhar os índices inflacionários. Os vencimentos então passaram a ter uma situação menos grave do que a experimentada no Plano Cruzado I. Ressalta-se que naquela época prometia-se a equiparação com os salários pagos nos três poderes: a famigerada 'isonomia', que nunca houve.
Os sucessivos planos econômicos pós Dílson Funaro, conforme os do Bresser Pereira e do Mailson da Nóbrega mantiveram a situação anterior. Os militares sempre estavam com seus salários abaixo dos índices anteriores a 1985.
A Lei de Remuneração dos Militares de 1991 não modificou o aspecto geral de baixos salários. Houve alguns avanços discretos, porém a mesma situação vivida desde 1985 permaneceu.
Em 1997, ocorreu um fato que viria a repercutir até nossos dias:
a greve da PM de Minas Gerais. Pela primeira vez uma corporação militar mostrava à sociedade a verdade sobre sua situação salarial. Este movimento foi o estopim para as greves que se sucederam com policiais militares de diversos estados e até mesmo do Distrito Federal.
A Lei de Remuneração dos Militares de 2000, num primeiro momento, trouxe certo alento, mas com o passar dos anos suas falhas foram se agravando, fazendo com que hoje a situação seja desesperadora.
*3. CONCLUSÃO*
A questão salarial militar é algo complexo. Seu alcance perpassa os campos econômicos, sociais, educacionais e de defesa territorial. As nações desenvolvidas valorizam seus militares. O Brasil está na contramão da história. Um salário digno é o mínimo que se quer. Hoje os abnegados militares vivem de aparências, pois mesmo com os baixíssimos salários e proibidos de exercerem outras profissões, eles continuam com os sapatos engraxados, com o fardamento limpo e bem passado, além de manter a fivela do cinto brilhando igual a ouro.
O Poder Executivo paga os salários mais baixos entre os três Poderes e os militares estão entre as categorias onde há maior incidência dessas carências. Um bom começo seria colocar os militares no patamar da sua vocação de defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, segundo seus juramentos.
Há quem diga, senhor ministro, que o orçamento do Exército só dá pra custear despesas com alimentação e pessoal, aliás, nem pra alimentação, haja vista que a meia jornada de trabalho (meio expediente) que vem sendo adotada, chamada de economia de rancho, é para economizar com alimentação.
Sugiro a V. Exª., autoridade administrativa das Forças Armadas, procurar saber onde o governo aplica os milhões de reais arrecadados através dos descontos mensais de cada militar a título de Pensão Militar e Fundo de Saúde do Exército (FUSEX). Como não tenho a máquina pública à mão, não informo o total geral, mas posso me basear nos descontos efetuados no contracheque de um capitão meu amigo, da Reserva.
Descontos de Pensão Militar e Funda de Saúde do Exército *:* R$ 1.016,28 (mil e dezesseis reais e vinte e oito centavos).
Veja, senhor ministro: este desconto mensal é de somente um capitão. Sugiro que V. Exª. multiplique este valor pelo número de capitães do Exército para chegar a um valor relativo a somente capitães. Faça o mesmo cálculo em relação aos generais de exército, de divisão, de brigada, aos coronéis, aos tenentes-coronéis, aos majores, aos primeiros e segundos tenentes, aos subtenentes, aos 1º sargentos, aos 2º sargentos, aos 3º sargentos, aos cabos, aos taifeiros e aos soldados que por motivos diversos conseguem ser reformados. V. Exª. surpreender-se-á com a fortuna arrecadada dos militares.
Insisto em perguntar: para onde vai todo esse dinheiro, toda essa fortuna?
Para o caixa 2 de campanha ou está sendo desviada para outras atividades?
Portanto, não se justifica o governo argumentar que o orçamento do Exército é somente para pagar vencimentos e alimentação. A fortuna que V. Exª. conhecerá com os cálculos deveria estar no Fundo do Exército, justamente para pagar as pensões, os salários da Reserva de Guerra e custear os gastos com a saúde e a alimentação dos militares. Acredito que tudo está sendo arquitetado para nos levar à situação de receber somente cesta básica, nada mais. Dessa forma, nossos militares estão sendo conduzidos para a agricultura, para plantar abóboras, como aconteceu com um grande exército da Europa. Acredito que quando os generais estiverem entrando também na fila da cesta básica reagirão, mas poderá ser tarde demais.
Portanto, senhor ministro, de nada resolverá V. Exª. vestir indevidamente uniforme de general e dizer com vaidade que tem 1,90m de altura.
Afinal, só será interpretado como grande se resolver durante sua gestão o grave problema de falta de investimentos nas Forças Armadas e a questão salarial dos militares, mormente dos círculos mal remunerados como os oficiais de baixa patente e as praças das Forças Armadas.
Só pra lembrar a V. Exª., um dos maiores chefes militares que o mundo conheceu, e que sempre encabeçou a relação dos historiadores como gênio da arte da guerra, tinha somente 1,62m de altura. Promovido ao posto de general-de-brigada aos 26 anos de idade, foi sinônimo de competência militar e liderança. Ele sim, Napoleão Bonaparte, não obstante sua baixa estatura física foi grande!
Aproveitando o ensejo, posso citar outro que foi grande e que tem seu sobrenome*:
*Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (Tom Jobim), criador da imortal 'Garota de Ipanema'.

Os revanchistas atualmente no poder conseguiram vencer uma batalha, mas a guerra está longe de terminar, haja vista que temos força moral e intelectual para continuar a luta.
Em face do exposto, pergunto às autoridades militares o seguinte*:
* até quando os chefes militares ficarão amarrados ao açoite invisível dos cargos, das mordomias, das nomeações? Até quando continuaremos a segurar os chifres da vaca para que os falsos representantes do povo nos três Poderes continuem
mamando em suas tetas?
Segundo Lula, no início de seu governo, 'o capitão do time é José Dirceu', aquele ex-guerrilheiro que estudou em Cuba e foi recentemente cassado pela Câmara dos Depuppydos.
Já dá pra analisar que esse governo imoral pretende substituir as Forças Armadas por uma Guarda Nacional, como fez o sanguinário ditador Sadan Russein, enforcado recentemente por violações dos direitos humanos no Iraque. Alerto *:
* aqui não será diferente. Quem viver verá!
Por fim, informo a V. Exª. que desta vez prefiro estar errado, quero acreditar que esta situação salarial será corrigida. Se o senhor contribuir para o fim desta agonia terá, de público, meus aplausos e os de milhares de pessoas que, direta ou indiretamente, aguardam com avidez o fim deste suplício.
Sinceramente, que Deus abençoe V. Exª. e que sua permanência à frente do Ministério da Defesa contribua para que a família militar não se decepcione mais uma vez.

Encerro dizendo que não tem sentido admitir que as Forças Armadas, por mais obedientes que sejam, e até por respeito à sociedade, morra de fome com um poderio bélico à mão.

Respeitosamente,

ABÍLIO TEIXEIRA*
Sargento do Exército
Cidadão Honoirário de Brasília
Ordem do Mérito do DF Grau Oficial
SQS 210 -bl. "k" 505 Ása Sul
70273-110 Brasília DF tel 61 3443-1599/ 9978-1599
abilioteixeira@bol.com.br

UM BOPE PARA A POLÍTICA

MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
19/10/2007

Confesso que não gosto de filmes brasileiros e, portanto, não os assisto. A arte ou seu arremedo sempre retrata a cultura de uma dada sociedade, e emprego aqui o termo cultura no sentido do complexo de valores, comportamentos e atitudes sociais. Nesse sentido nossos filmes mostram nossa visão de mundo, exaltando o que nos é caro: anti-valores e anti-heróis. Vão da glamourização dos bandidos transformados em mocinhos a satanização dos mocinhos transformados em bandidos. E as chamadas obras cinematográficas, produzidas comodamente à sombra do governo, normalmente apelam para a pornografia, transformando em lixo o que poderia ser arte.
O mesmo se dá com novelas, influentes meios de moldar comportamentos, onde a glorificação do mau-caratismo é comum sendo que os vilões é que empolgam os telespectadores. Além do mais, através dos folhetins eletrônicos é possível passar, de forma subliminar, a ideologia do poder político do momento. Exemplifico com a novela Paraíso Tropical, que resvalava, sem que a grande maioria o percebesse, para um tipo de doutrinação relativa a luta de classes e para o incentivo do preconceito do negro contra o branco (recorde-se que uma ministra do presidente Lula da Silva afirmou não ser preconceito o negro hostilizar e odiar o branco, porque esse é um direito da raça negra). Na novela, várias vezes Bebel, a prostituta, chamou sua rival de branca azeda e de outros termos depreciativos, além de fazer críticas à posição social da loura, noiva do personagem Olavo. Fico imaginando se a “branca azeda” retrucasse com algum insulto relativo aos negros. Provavelmente a Rede Globo seria processada e o autor da novela preso sob a acusação de crime hediondo e inafiançável.
Mas se não gosto de filmes nacionais acabei abrindo uma exceção e fui ver Tropa de Elite. Sai do cinema impressionada. Pela primeira vez descortinava-se na pobreza da cinematografia brasileira algo de valor, realista, sem o vezo esquerdopata que só atribui direitos aos bandidos e os trata como coitadinhos, que por serem vítimas da sociedade são livres para cometerem crimes bárbaros que sempre devem ser perdoados.
Tropa de Elite passou longe do insuportável pieguismo do politicamente correto. Mostrou com crueza e clareza o cerne da violência urbana ligada ao narcotráfico, mantido por usuários de drogas muitos dos quais pertencentes a juventude dourada da zona sul, do Rio de Janeiro. Vestidos de branco, eles participam de passeatas em nome da paz enquanto alimentam o tráfico. Dotados de “consciência social”, fazendo parte de ONGs, sobem o morro para hipocritamente fazer suas “caridades”, enquanto cheiram e compram cocaína e outras drogas para consumir e vender.
Significativamente o filme mostra jovens consumidores de drogas como estudantes de Direito. Eles deveriam ser dotados de consciência legal, mas odeiam a polícia que reprime os companheiros do tráfico. Ironicamente, os bons-mocinhos e mocinhas, amigos dos traficantes, pagarão caro por suas “bondades”. Um dos rapazes será supliciado no “micro ondas” (tortura das mais cruéis que consiste em colocar a pessoa dentro de uma pilha de pneus e atear fogo para queimá-la lentamente). Uma das moças será morta à tiros. Tais cenas mostram que bandido não tem escrúpulos nem piedade, o que torna impossível que policiais tratem tais criminosos bestiais com flores e afagos.
Para enfrentar as bestas-feras, encasteladas nos morros, só o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Rio de Janeiro. Seus policiais passam por treinamento extremamente rigoroso e não estão contaminados pela corrupção que envolve parte da polícia que se rendeu ao sistema. Nesse sentido o termo elite relacionado à tropa está correto e não deturpado pela esquerda petista, pois elite não significa “ricos malvados”, mas produto de qualidade, podendo existir elites econômicas, políticas, intelectuais, etc., que são grupos que se destacam na sociedade por seu padrão de excelência.
Referindo-se ao sistema o capitão Nascimento, figura de herói (aquele capaz de dar a vida por sua causa e não um jogador de futebol) representada magistralmente pelo ator Wagner Moura, coloca a mensagem mais importante do filme, aquela que todos no íntimo sabem, mas fingem ignorar: “ou o policial se corrompe, ou se omite, ou vai para a guerra”. O capitão Nascimento sabe que poucos como ele irão para a guerra, e que a luta pode parecer inglória diante do sistema, mas tem consciência de que, não obstante a escolha que pode ser paga com a vida, o Bope faz a necessária diferença.
No momento político que atravessamos, onde os Poderes Constituídos estão mais apodrecidos do que nunca, mais corruptores e corruptos do que nunca, mais cínicos do que nunca, que já não se sabe quem é autoridade e quem é bandido, que não existem oposições para valer e partidos se entregam ao Executivo como manda a ministra do turismo, relaxando e gozando, ou surge um “Batalhão de Operações Políticas Especiais”, ou estamos de vez derrotados pelo sistema.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

NAS ENTRELINHAS

Manchetes –
17.10 , 15h39
Oposição diz que governo não apresentou proposta para compensação da CPMF

O líder do Democrata no Senado, José Agripino Maia (RN), afirmou que o governo não apresentou nenhuma proposta concreta de compensação para aprovação da prorrogação da CPMF até 2011. De acordo com Agripino, o governo apresentou um cronograma que prevê a CPMF até 21 de dezembro.O Democrata disse que os senadores governistas sugeriram que tramitassem paralelamente à emenda da CPMF projetos que contemplassem a desoneração da folha de pagamentos das empresas e dos investimentos. No entanto, os ministros não se manifestaram sobre o assunto.O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), salientou que o governo vai precisar negociar para aprovar a prorrogação do imposto. "Se o governo entender que a CPMF tem de passar no Senado como passou na Câmara, eu recomendo que eles (governistas) continuem descendo do pedestal. Como, aliás, começaram a fazer hoje", disse.Agripino ressaltou novamente a posição contrária à CPMF. "O governo cumpriu seu ritual de vir aqui e mostrar um gesto de boa vontade, mas não foi nada concreto", conclui
Fonte : www.diegocasagrande.com.br


Do Editor

Nas entrelinhas dessa noticia, que é o que interessa em política, principalmente a do balcão de negócios sujos desenvolvida por lula, se verifica que enquanto o Senador Agripino se mantém fiel aos seus princípios democráticos e sua certeza que no momento a aprovação da CPMF só beneficiará ao Governo, que disporá de muitos bilhões a mais até as próximas eleições , e é fácil imaginar essa bufona toda na mão de um apedeuta de caráter embrionário. Agripino Senador com maiúscula , que não usa meias palavras , para dizer o que pensa , se planta em seus propósitos de votar a favor do lado mais fraco, - como sempre o povo, mandando as favas a maldita CPMF, a “provisória” que se mantinha definitiva com a complacência, dos políticos nada confiáveis, capazes de se ajustarem as cores do ambiente, usurpando até os privilégios e características do camaleão.
Já Artur Virgilio líder do PSDB, vem demonstrando fraqueza de propósitos, e uma vontade louca de “roer as cordas” , rezando para que o governo acene com algumas migalhas, para que possa justificar seu recuo. Virgilio cujo pai escreveu na pedra seu caráter e suas posições, que fez da coragem e decência a armadura para derrotar seus adversários políticos , legou ao filho o don da palavra fácil, com que é capaz de levantar o plenário o levando a grandes decisões. Inteligente, gentleman quando quer, contundente quando é preciso , dedos em riste , soco na mesa, gesticulando vibrante ou calmamente medindo as palavras, leva as seus pares a certeza de seus propósito nos interesses do país e de sua Amazônia. O gigante do vernáculo por muitos admirado ( inclusive eu) , estanca numa encruzilhada, olha a esquerda , olha a direita, sabe qual o caminho fácil , não sabe se o quer seguir, - olha para traz , lá estão seus discursos, suas lutas estudantis, suas defesas em prol de suas crenças, a defesa da Pátria, a do erário, e bem longe, ao fundo uma luz que não se apaga, - seu Pai. Vacila! Algumas migalhas agora ( "AGORA” não é a ONG do amigo do lula), o descrédito dos eleitores depois, ou a cabeça erguida mostrando que quem legisla aqui , é o Congresso que clama para ser novamente escrito com letra maiúscula.
Virgilio, você decide. Cavalo selado não passa duas vezes no deserto.

José Nascimento R/1 do EB
Editor de http://www.reseervativa.us.tt

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Yes, we have Generals II

Sr Ministro Nelson Jobim,

No início, tive confiança em V. Exa. como Ministro da Defesa. Mostrou interesse pelas nossas coisas. Chegou até a vestir uma farda do Exército. Pensei que fosse lutar por nossas reivindicações. Mas tudo que é bom dura pouco. E não foi diferente. Em pouco tempo, V. Exa. colocou um esparadrapo em nossas esperanças. Preferiu os guerrilheiros aos soldados, a mentira à verdade. Os guerrilheiros se inspiraram em regimes totalitários e os soldados, nas cores da democracia. E é essa democracia que hoje garante a eles o direito de andar pelos palácios. Essa é a democracia do soldado, mas não a do guerrilheiro. Para V. Exa. o soldado é o vilão, o guerrilheiro o herói. Pelo visto, senhor Ministro, não interessa a V. Exa. defender esse soldado, que tem dado o seu suor pelo Brasil, a sua vida pela liberdade. Esse soldado é o mais fiel, puro e dedicado trabalhador. Seu olhar está nos interesses do país como a fé está na alma do monge. A caserna é o seu lar, a dignidade o seu lema, a servidão o seu ideal. O soldado, senhor Ministro, é a expressão pura de um cidadão de bem, encharcado de virtudes e monitorado por ideais. Naturalmente, V. Exa. não sabe quanto ganha um Tenente, não conhece suas dificuldades, ignora o choro de uma criança ou o lamento de uma esposa. Esse soldado, corroído pela dor, busca refúgio no silêncio das matas, na solidão das fronteiras, nos locais distantes, onde os apelos se calam. Certamente, o senhor não sabe nada disso, porque só conheceu as rosas, não as roseiras. Não pode avaliar a vida de um soldado, porque nunca foi um deles. Quando as esposas de militares afirmaram para V. Exa, em audiência, que um Tenente ganha menos que um soldado da Polícia, o senhor lhes disse que não gostava de comparações. As desigualdades e as injustiças, senhor Ministro, só são conhecidas por meio do estudo comparativo. O senhor não gosta de comparações, porque elas lhe são desfavoráveis. Pelo visto, não está interessado nas injustiças salariais do militar. Sabe que ele jamais deixará de cumprir o seu dever, como outros fazem; que a sua obediência é mais forte do que a sua arma. Sabe que o soldado é idealista e todo idealista vive de sonhos e não de realidades. Garanto que V. Exa. nem sabe o que é Fusex, que os nossos filhos têm dificuldade de acesso à Universidade, que a família militar está vivendo de sacrifício, que as Forças Armadas não podem defender o Brasil. Garanto que V. Exa. nunca visitou um soldado no Hospital, embora tenha tido tempo para assistir ao lançamento de um livro que difama a verdade, que denigre a imagem do soldado de quem V. Exa. é o Comandante. Não adianta vestir o uniforme. O que importa não é a farda, mas o espírito que está dentro dela. Parece que seu espírito, senhor Ministro, está mais perto do palácio do que da caserna. Enquanto a maioria das categorias profissionais tem seus aumentos de salário retroativos, e o senhor bem sabe disso, os nossos são sempre no futuro. Pelo visto, V. Exa. não acha vergonhoso um Tenente ganhar menos do que um soldado da Polícia. Se acha, por que não faz nada? Se não faz é porque considera o Tenente menos competente e menos importante que o soldado. Não é o soldado que ganha muito, mas o Tenente que ganha pouco. A verdade, senhor Ministro, é que estão pisoteando o soldado, acabando com a profissão. O pior é que V. Exa. é parte conivente dessa tragédia. É surdo e mudo diante das nossas reivindicações. É incapaz de defender os militares com a mesma veemência com que defendeu os magistrados. Depois, ainda acha ruim quando nossos chefes de verdade ignoram V. Exa. nas cerimônias. Não adianta vestir o uniforme, se não possui a virtude do soldado, se não defende o seu interesse. Está tão distante de nós como o castelo está da choupana.

Gen R1 José Batista de Queiroz

PALAVRAS DE UM GENERAL DA ATIVA

Pelo Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva

Passei a semana lendo a respeito de duas modificações no Ministério da Defesa. Como foram as medidas. A quem elas atingiram.
Quais os seus propósitos. E, também, eventuais repercussões na imprensa, no Congresso, no Exército Brasileiro (principal atingido na figura de dois oficiais-generais de quatro estrelas, um da ativa e outro da reserva remunerada). Não consegui formar uma opinião sobre a aceitação ou, simplesmente, sobre o descaso da opinião pública em relação ao que se passou.
Por serem meus conhecidos de longa data e, em circunstâncias distintas, meus subordinados imediatos, liguei-me aos generais Bini e Santa Rosa, para hipotecar-lhes minha solidariedade, por considerar que seus afastamentos caracterizam mais uma indelicadeza, para com o Exército Brasileiro, desse falsificador confesso da Constituição Brasileira, que agora ocupa - não por méritos ou conhecimentos indispensáveis, mas por maquinações políticas do apedeuta Presidente da República - o cargo de Ministro da Defesa. Da prudência com que se portaram em nossas conversas - e nem seria lícito esperar outra coisa de dois homens da mais alta hierarquia da Força Terrestre - não pude concluir, senão, que se tratava de duas medidas de caráter puramente político, com as quais o fanfarrão jobim (quem se fizer de revisor, em eventual transcrição deste artigo, não ponha maiúscula no jota) pretende pavimentar caminho para candidatura presidencial. Se o ameaçador ministro esperava reação, a decepção deve ter sido grande, até porque - acredito - nenhum dos dois generais devia estar à vontade servindo sob ordens diretas de pessoa não confiável.
Não estando subordinado a essa figura – que, no Supremo Tribunal Federal, ousou até advertir um ministro daquela excelsa corte, em pleno exercício do direito de votar, abrindo um precedente odioso - devo dizer-lhe, com todas as letras o que significa chegar à quarta estrela de general. É um longo processo de avaliação e capacitação. Capacitação que está bem caracterizada numa belíssima frase gravada num dos pátios da Academia Militar das Agulhas Negras: "Cadete, ides comandar, aprendei a obedecer". Assim se forjam os chefes militares. Ninguém chega a capitão se não tiver sido tenente. Ninguém chega a general se não foi coronel. Não há DAS, nem outras facilidades. Ninguém entra pela janela, sem concurso. Só porque é do PMDJ, PMDS, PMDH, PMDZ, ou que outro P seja. Muito estudo em cursos obrigatórios e facultativos (sem colas, nem falsificações), transferências que dão vivência nacional, observação constante e conceituação honesta dos superiores, além da implacável avaliação dos subordinados (que avalia os verdadeiros líderes) que também, indiretamente, se reflete na formação do perfil dos futuros generais.
Assim, com todos os indispensáveis requisitos chegaram meus amigos Bini e Santa Rosa ao mais alto posto da hierarquia terrestre. Bini, já na reserva, foi convidado a permanecer no Ministério da Defesa por suas qualidades, por sua experiência, por sua integridade. De repente, a Secretaria de Estudos e de Cooperação que ele chefiava foi extinta; em seu lugar, o ameaçador ministro criou uma Secretaria de Aviação Civil e, nela, colocou uma senhora na chefia. Ora, se o Departamento de Aviação Civil, que sempre era chefiado por um experiente e honrado oficial-general da Força Aérea Brasileira, foi considerado dispensável e substituído pela tal de ANAC (desnecessários comentários quanto a sua eficiência...), por que, agora, criar uma secretaria, sem extinguir a agência reguladora? Na luta entre as pernas compridas do ministro e as poltronas da aviação comercial, cria-se mais uma coisa dispensável, cabide de cargos, instrumento de pressão para forçar o senhor Zuanazi a se afastar, mesmo se protegido pela poderosa ministra Dilma, da Casa Civil?
Quanto ao Santa Rosa, conheço-o desde 1966, quando fui comandar a Companhia de Cadetes de Infantaria, em Agulhas Negras. Por dois anos, participei de sua formação para ser oficial da Rainha das Armas. Compenetrado, estudioso, sério, respeitado e querido por seus companheiros, diplomou-se entre os primeiros de sua turma. Emocionei-me quando ele foi promovido a general-de-exército, porque sabia que o Exército reconhecia os méritos de quatro décadas de dedicação, revestidas de modéstia por todos apreciada. Qualquer posição que tome, qualquer pronunciamento que faça, qualquer reação que esboce a possíveis empregos de tropa do exército, serão sempre em benefício da Pátria Brasileira. Tenho certeza de que, como não se calou diante da fúria insaciável das tais organizações não governamentais (ONG) que só se nutrem dos dinheiros governamentais ou de fontes que são contrárias aos interesses nacionais, não se calará diante de outras tentativas dos que querem prejudicar ou se aproveitar do Brasil. Talvez o falastrão de pernas compridas tivesse a esperança de que o ínclito general pedisse seu boné e fosse para casa. Seria um obstáculo a menos para planos políticos demagógicos de muita gente. Volta para a Força Terrestre, com sua dignidade na plenitude, com o respeito de seus pares e subordinados, com a indispensável autoridade para desempenhar qualquer uma das funções compatíveis com sua alta patente.
Patente de oficial-general, que lhe é outorgada pela Nação Brasileira, como consta, literalmente, na carta-patente que é expedida e firmada pelo Presidente da República que estiver em exercício. Não será um ministro de ocasião quem vai macular diploma tão importante.
Desde a posse, esse senhor mostrou-se destemperado. Seu discurso inicial já foi alvo de críticas pela inoportunidade e, até, pela grosseria. Seu posicionamento, quando do lançamento de um livro feito por comunistas derrotados e ressentidos por não terem implantado o comunismo no Brasil, ameaçando quem se pronunciasse contra, foi simplesmente ridículo, pela tentativa de intimidação dos chefes militares. Em momento algum, foi levado a sério, nem mesmo pelos esquerdinhas mais ferrenhos. Sabe-se, mas a prudência dos chefes militares não permite que se confirme, que andou levando uns trancos e se aquietou. Já é hora de mandar esse cara a ... bom, deixa pra lá...
Brasília, DF, 23 de setembro de 2007.

Autorizada a impressão, a divulgação e a reprodução, desde que conservado o nome do autor.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

ALOPRADOS DO SEALOPRA

Valor Econômico
Oposição vai ao Supremo contra a recriação do ministério de Mangabeira
Juliano Basile

O PSDB e o DEM entraram, ontem, no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a criação do Ministério Extraordinário de Assuntos Estratégicos. Os partidos de oposição ajuizaram uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra o Decreto assinado em 4 de outubro passado pelo presidente Lula que, segundo eles, "recriou" o cargo de ministro de Estado Extraordinário de Assuntos Estratégicos, nomeando Roberto Mangabeira Unger para exercer a função.
A ADPF permite que os partidos políticos recorram diretamente no Supremo contra um ato do governo federal. Neste caso, se ela for aceita, o Ministério de Mangabeira será extinto e o governo terá de propor uma lei ao Congresso para criá-lo.
O PSDB e o DEM contestaram junto ao STF o fato de o governo ter feito o decreto após o Congresso ter rejeitado, em 26 de setembro passado, a medida provisória nº 377, que criou a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República (Sealopra). Segundo os partidos de oposição, o texto do decreto é semelhante ao da MP. Ambos falam que caberá ao novo órgão "o planejamento nacional de longo prazo" e "a discussão das opções estratégicas do país".
A oposição diz que cabe ao Congresso dispor sobre a criação de cargos públicos e que o governo teria desrespeitado o princípio da separação de Poderes, ao tentar, via Decreto, alterar o resultado de uma votação do Congresso que derrubou uma MP.
A ADPF é assinada pelo presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE) e pelo vice do DEM, senador Eliseu Resende (MG). No Supremo, ela será relatada pelo ministro Cezar Peluso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

VELOSO E CALHEIROS: ALGO MAIS EM COMUM

Essa gente é completamente "lunática", sem a menor noção de realidade... A (sei lá o quê) Mônica Veloso abandona entrevista que estava concedendo ao jornalista Roberto Cabrini, da TV Bandeirantes: "Cabrini, você tá pegando muito pesado!", disse Mônica, enquanto retirava o microfone de lapela que estava preso à sua roupa. O jornalista ainda tentou esboçar um "deixa disso", mas foi em vão - fim de papo...
A senhora, que deve estar sendo assessorada por gente da revista Playboy - na qual Mônica é justamente a capa do mês - para cumprir aquela maratona de entrevistas que dá divulgação ao trabalho e, é claro, para vender o maior número possível de exemplares. A gente percebe que a maquiagem que Veloso trás no rosto é coisa de profissional - profissional, no caso, é quem está fazendo a maquiagem da moça...
Por acaso a senhora Mônica, que inclusive é formada em Jornalismo, não conhece o "estilo" Cabrini de entrevistar? O que a dona Veloso esperava? Perguntas sobre sua carreira jornalística? É claro que o Cabrini iria fazer as perguntas que fez - nesse caso, ele está certíssimo. Tudo bem, ele poderia ter começado com o "papo de cerca - Lourenço", fazendo as perguntinhas de praxe do tipo: "Você teve problemas de timidez para pousar nua?". E a senhora responderia: "Tive sim, mas, depois, o pessoal da revista foi me descontraindo - eles são profissionais incríveis... blá, blá, blá". "Qual foi a reação de seus familiares?"... E assim por diante.
Mas, não. Mostrando perfeita coerência com seu estilo de trabalho, Cabrini foi direto ao ponto: "Se a senhora (que todos sabemos ser formada em jornalismo) fosse entrevistar, hoje, a amante do presidente do Congresso Nacional, que pergunta faria?" Retirando, instantaneamente, o sorriso que sustentava no rosto, Mônica respondeu: "Não faria nenhuma pergunta". Cabrini: "Por que?". Mônica: "Porque eu não tenho nenhum intuito de entrevistar a amante do CN ou a amante de quem quer que seja".
Ora, por que é que a moça acha que foi parar na Playboy? Por sua incrível, estonteante e irresistível beleza? Ela pode até ser muito autoconfiante, mas, certamente, deve ter boa dose de noção de realidade. Além do mais, enxerga muito bem. O que faria Mônica Veloso pensar que há algum interesse outro sobre sua vida que não seja justamente na parte em que esta se cruza com a vida de Renan Calheiros? E o povo vai querer saber lá se a moça gostou de fazer as fotos, onde era o cenário ou mesmo quem tirou as fotos? Ora, convenhamos, madame, quem "tá na chuva é pra se molhar!"
Não aceitou o convite? Não embolsou a grana? Agora, ficaria muito mais bonito assumir as atitudes, dentro da exata medida com que foram tomadas. Assim, como uma Bruna Surfistinha, na careta de pau mesmo! Ser chamada de amante ofende?! É exatamente esse o termo que se usa para definir a pessoa que se relaciona afetivamente com um homem casado. Quem não quiser sustentar a "pecha" sobre si que não aja dessa forma. Simples assim. E não se está fazendo aqui nenhum julgamento de cunho moral ou ético - isso é outra estória.
A senhora "estou acima de todo o julgamento moral" sentiu-se "espancada" ("Cabrini, você tá batendo muito pesado") moralmente, podemos dizer assim, quando questionada pelo entrevistador se ela sabia que o dinheiro que pagava a pensão de sua filha (menina, hoje, com 3 anos, e fruto de seu relacionamento com Renan Calheiros) vinha do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. Mônica livrou-se do microfone de lapela e saiu de cena... "pau da vida!"
Essa gente é engraçada mesmo, para não dizer outra coisa. A mulher tem um relacionamento amoroso com um político poderoso e casado; engravida do sujeito, passa a receber uma pensão "bem gorda", mensalmente, e pelas mãos de quem ela sabe perfeitamente não ser o tal do pai da criança; se aproveita do fato tornado público para posar nua (e certamente para, depois, publicar um livro de "memórias") e ganhar mais dinheiro ainda; e vem dar uma de "super-ofendida" com umas perguntinhas básicas dessas?! Pelas reações e pelo comportamento que tem apresentado publicamente, a senhora Veloso tem muito mais em comum com Renan Calheiros do que apenas uma filha!
Rebecca Santoro 10/10/2007
rebeccasantoro@gmail.com
Imortais Guerreiros - http://www1.freewebs.com/imortaisguerreiros/index.htm