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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Carta aos Senadores

Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009

Carta aos Senadores

Quando eu era criança e depois adulto acreditava em vocês. Tinha o maior respeito. Para mim, o Senador era um homem de bem, sério, cheio de virtudes. Era quase um Deus. Era ele que fazia as leis que pudessem melhorar a vida das pessoas. Ele me representava junto ao poder. Para mim, era um exemplo de cidadão. Era honesto, correto, autêntico. Sua palavra trazia sempre a verdade. Sua luta era pelo bem do Brasil. A imagem que eu tinha de vocês era a de Rui Barbosa, de Duque de Caxias, de Milton Campos e de tantos outros homens que honraram a nossa história. Era um tempo de ouro, não de fantasias. Eu era tão feliz como alguém que olha para os campos, os rios, as estrelas e só vê beleza na obra de Deus. Para mim, Deus também tinha feito homens de bem, como os senhores me pareciam ser. Eu acreditava muito no futuro do Brasil, porque acreditava em vocês.

O tempo passou. As coisas mudaram. Eu não queria ver, mas vocês me mostraram uma nova realidade. Queria continuar sendo feliz na minha inocência, mas vocês não deixaram. As fraudes e os escândalos eram tantos, mas tantos que até cegos podiam vê-los. Fiquei com raiva de mim mesmo por ter acreditado em vocês. Os palavrões, as mentiras, as falsidades que saem da tribuna caem como uma coroa de espinhos na minha cabeça. Ferem a alma de todos nós. Usam o nosso dinheiro em benefício próprio e de seus apadrinhados. Fazem as leis e não as cumprem. Abafam as fraudes e os escândalos. Trocam a dignidade do mandato pelo benefício do poder. O Brasil não somos nós, mas apenas vocês. Não sei de onde tiram tanto dinheiro. Nunca vi um Senador pobre. Até parece que já nasceram ricos. Sinto-me desonrado e envergonhado em ter elegido um de vocês. Talvez queiram que eu morra, mas não vou morrer. Muitos de vocês irão primeiro. Se depender de mim, nenhum senador será reeleito. Essa geração da qual fazem parte precisa ser extinta. Precisamos limpar o Senado. Espero que o eleitor dê uma resposta à altura das fraudes e dos escândalos que vocês acobertaram e protegeram. A gente precisa ser justo. Aí existem homens de bem. São poucos. O difícil é separar o joio do trigo. O melhor mesmo é cortar a árvore toda, para que o mal não se reproduza. Uma coisa é certa. Com vocês aí não há futuro para a nossa gente. Se vocês pensam que somos bobos e trouxas, estão enganados. O resultado das urnas irá surpreender muitos de vocês. Precisamos do Senado, mas não dos atuais Senadores.

José Batista Queiroz - jobaque@gmail.com

Postado por jobaque às 15:10

Comentários:

dimirson disse...

sosnatal@yahoogrupos.com.br

Li vosso artigo.
Como sabemos a internet não tem fronteiras. Esse endereço é de um grupo que ficou conhecido em Natal/RN e alhures.
Penso que se o Senhor acessar poderá postar esse artigo a respeito dos nossos Senadores.
Dimirson
dimirson2@yahoo.com.br

17 de Setembro de 2009 04:59



JNASCIMENTO disse...

Meu prezado amigo Queiroz, tenho a certeza que sua carta aos Senadores, não reflete apenas o desgosto que atinge a grande maioria dos brasileiros, - vai além, lava a alma de eleitores incautos que elegeram nas últimas eleições o supra sumo da corja política, para no senado defender o “espírito do mal”, consubstanciado no roubo na mentira na valorização e indenizações capciosas de terroristas e na proteção velada de narcotraficantes, dos quais recebem ajuda “eleitoral” , e organizações clandestinas , de cunho político e anárquico, tendo como principal patrocínio e” beneficiado” o próprio presidente da república. O único consolo que nos resta e que são só 81 se revisando com os suplentes para que os mesmos alcancem a aposentadoria eterna. Are baba... Pior caro amigo é na câmara são mais de 500 picaretas, ou seria gazuas.
No Senado poucos se revezam na tribuna tentando salvar a imagem da instituição, e são bastante conhecidos por quem acompanha os trabalhos da TV Senado, cujas câmeras são proibidas de mostrar o Plenário, para não denunciar as votações sem quórum.
O Senado em si é necessário, para fiscalizar o Executivo, fonte de todos os roubos, seu mal se chama “reunião de lideres” verdadeiro balcão de negócios, onde se acertam o “troca troca”, “bote no meu eu boto no seu” (diachos, como os portugueses troquei o V pelo B.
O resultado aflora quando o Presidente do Senado anuncia “ os que aprovam fique como estão”, e nem disfarça dando uma olhada no plenário. Aprovado.... A bandalheira está completa, e 3 ou 4 gatos pingados, ferraram milhões de brasileiros.
Sua carta,com muita honra, abrilhantará o acervo do reservativa.
JNascimento

17 de Setembro de 2009 22:25