Palavras do superintendente do Arquivo Público do Distrito Federal,
Jornalista Luiz Ribeiro de Mendonça,
na Missa em homenagem ao 107º aniversário de nascimento do
Presidente JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA
e pelo início das comemorações dos 50 anos de inauguração de Brasília
Se tivéssemos o poder de ouvir as determinações de Deus, O escutaríamos dizer à Natureza: “Chova e fique bela para as comemorações do aniversário do Presidente Juscelino Kubitschek”. Pois é o que vemos: a chuva fora de época foi forte e a Natureza está exuberante como não se viu nos anos anteriores.
Tudo para comemorarmos, hoje, 12 de setembro, o 107º aniversário do genial homem que saiu de Diamantina e das Minas Gerais para presidir o Brasil e brindar todos os brasileiros, em menos de quatro anos, com uma cidade linda, verdadeiro museu a céu aberto, cuja construção resgatou o ânimo, o entusiasmo, o orgulho dos brasileiros de todos os rincões e mostrou ao Mundo a nossa capacidade.
Brasília consolidou-se como capital de fato do nosso País pela ação decisiva dos presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo, que cederam às tentativas de fazer retornar a capital da República ao antigo sítio, o Rio de Janeiro. Isto é a História que registra!
Precisamos destacar, em torno de JK e desses outros bravos heróis da construção, o homem brasileiro, que deixou mulher, filhos e sua terra e, com sangue, suor, lágrimas e saudade, pôs a mão na massa e aí está Brasília: refiro-me aos CANDANGOS, amados por Juscelino, verdadeiros pioneiros, muitos dos quais, para nossa honra, estão presentes hoje conosco.
Estou com saudades do Pioneiro do Antes, o amado ERNESTO SILVA, que todos os anos participa desta Missa, e neste momento luta pela vida como sempre lutou por Brasília, com todas as energias. Ele está internado, mas não esmorece e, passo a passo, nos seus 94 anos, dá ordens ao corpo, com a complacência de Deus, para voltar ao nosso convívio. Cumpram-se os desígnios de Deus. Sentimos, também, a falta aqui conosco do professor José Coutinho, diretor do Patrimônio Histórico e Artístico de Brasília, que luta para sobreviver, também na UTI, no mesmo hospital. Elevo meu pensamento para o ex-governador Geraldo Gurgel de Mesquita, que faleceu ontem, aos 90 anos e será sepultado em poucos minutos no Cemitério Campo da Esperança.
Minhas amigas e meus amigos, se o Governador José Roberto Arruda estivesse no Brasil, com certeza estaria aqui conosco. Ele se encontra nos Estados Unidos, onde obteve relevantes recursos para obras que tornarão cada vez melhor a vida de todos no Distrito Federal. Governador Paulo Octávio Pereira e senhora Anna Christina Kubitschek Pereira, neta do extraordinário Presidente JK, Dom João Braz de Aviz, Arcebispo de Brasília, nós servidores do Arquivo Público do Distrito Federal sentimos justificado orgulho por podermos participar deste momento importante da história de Brasília e de fé cristã, que assinala o início das comemorações dos primeiros 50 anos de Brasília. O Arquivo Público preserva a memória dos antecedentes e da construção da nossa maravilhosa e abençoada cidade, que fez parte dos sonhos de Dom Bosco; mantemos os registros diários de todo esse tempo e assim o faremos. Porém, além de preservar, recebemos visitas de estudantes, pesquisadores, historiadores, jornalistas. E, mais do que isto, levamos aonde quer que seja necessário ou sejamos solicitados as exposições que produzimos, como as que podem ser vistas neste espaço.
Por fim, agradecemos à professora Eurides Brito por ter acolhido o pedido do Arquivo Público de inserir no calendário oficial do Distrito Federal as missas de 3 de maio de cada ano para evocar a primeira missa campal celebrada em Brasília, aqui neste mesmo lugar, em 1957; e a missa de 12 de setembro em homenagem ao Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, a quem todos devemos reverenciar, por ter proporcionado ao Brasil a capital de todos os brasileiros.
Brasília, 12 de setembro de 2009
LUIZ RIBEIRO DE MENDONÇA
Superintendente do
Arquivo Público do Distrito Federal
