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terça-feira, 6 de maio de 2008

AGENDA INDIGENISTA INTERNACIONAL – PARTE III

Uma Ameaça Real a Soberania Nacional
Ternuma Regional Brasília

Por Aluisio Madruga de Moura e Souza

Sem dúvida alguma a exploração política das questões indígenas continuará sendo um fator de perturbação na Amazônia, enquanto a sociedade brasileira não realizar uma discussão séria e profunda sobre a questão e decidir-se sobre o que é lógico e correto, ou seja, a nação brasileira não pode concordar com as organizações internacionais e impedir o direito inalienável de ir e vir de seu povo em extensas áreas porque elas foram destinadas exclusivamente para os índios, que são tão brasileiros, nem mais nem menos, como todos nós; não pode se omitir ao ser proibida de explorar suas riquezas e de realizar obras de infra-estrutura, pressionada por interesses espúrios. O índio nascido em terras brasileiras é brasileiro, sempre esteve livre, continuará livre, é possuidor de autodeterminação e ponto final. Este é o seu destino já definido desde época pretérita. O resto é balela de ONGs estrangeiras e nacionais dirigidas por antropólogos com segundas intenções e que se vendem pelo vil metal, ai incluídos muitos administradores e funcionários da nossa tão decadente FUNAI.

Há que se entender que no Brasil a miscigenação entre brancos, índios e negros ocorreu em proporções nunca igualada em qualquer outra parte do mundo. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, 28% dos brasileiros “brancos” descendem de índios pelo lado materno. Logo não é admissível que continuemos permitindo que o índio seja tratado como ser inferior, destinado a permanecer segregado do restante da sociedade brasileira. O Marechal Cândido Mariano Rondon, o primeiro e até hoje o maior benfeitor dos silvícolas brasileiros, era partidário da integração do índio à sociedade, sem que isto significasse a perda de sua identidade. Infelizmente, essa idéia nunca foi posta em prática por uma política séria de governo. E é este espírito de Rondon, logicamente com algumas modificações, tendo em vista o atual estágio em que vivemos, que tem que ser resgatado, em substituição ao espírito que passou a ser difundido pela chamada “antropologia da ação”, oficializada na “Declaração de Barbados para a libertação dos Indígenas”, de janeiro de 1971, e que se opõe a integração do índio à sociedade brasileira e busca a sua “libertação” e “autodeterminação”. Aqui é bom destacar que caso o espírito de Rondon não prevaleça, permaneceremos com o risco permanente de ver nossos índios servindo de massa de manobra para interesses alheios aos da Nação brasileira.

Também é bom destacar que no Brasil, nos últimos tempos, além de uma intensa atividade de “relações públicas”, esse aparato tem promovido uma ativa aproximação com o Ministério Público por intermédio de Palestras, Seminários e patrocínio de viagens de estudos, além de outras iniciativas, sempre com sucesso em atrair as atenções deste aguerrido setor do Poder Judiciário para as campanhas ambientalistas e indigenistas, provocando com esta iniciativa um grande número de embargos judiciais de empreendimentos de vulto, na maioria das vezes com argumentos de pouco embasamento técnico ou científico.

O potencial de mobilização internacional e eventual desestabilização das questões indígenas na Ibero-América pode ser aquilatado em casos como a criação da gigantesca reserva ianomâmi transfronteiriça entre Brasil e Venezuela e no levante “zapatista” no México que criou um verdadeiro “estado dentro do estado”, dentre outros.

Em verdade os territórios indígenas no Brasil são inventados pelas ONGs e apoiados por critérios indecorosos seguidos pela FUNAI. Em agosto de 1999, em depoimento à Procuradoria-Geral do Estado de Roraima, o oficial reformado da Força Aérea Brasileira(FAB), Arnauf Bantel fez grave denúncia sobre os critérios da FUNAI que queria ampliar a reserva Wai-Wai, no Sudeste do Estado, de 330 mil hectares originais, para 450mil hectares, com a habitual justificativa de que aqueles índios habitavam a região “desde tempos memoriais”. Mas segundo Bantel os tempos memoriais da FUNAI não vão além de 1960, quando eles foram trazidos da então Guiana Inglesa em uma ação humanitária do governo brasileiro para evitar o seu massacre por parte dos índios Tiriós, que habitavam o Sul do Suriname. Bantel foi um dos pilotos da FAB designados para fazer parte da operação Mapuera, cuja missão foi abrir pistas de pouso ao longo da fronteira Brasil-Guiana, onde os Wai-Wai vivem atualmente. E neste momento estou acabando de ler matéria publicada na Tribuna da Imprensa, de 30 de abril de 2008, com o título “LAUDO ANTROPOLÓGICO FRAUDULENTO” na qual o historiador roraimense Riobranco Brasil afirma ter provas conclusivas, de que apenas uma pessoa elaborou o referido laudo para justificar a demarcação em área contínua da Reserva Raposa do Sol. Esclarece ainda a reportagem que segundo o historiador os autos que comprovam a farsa estão reunidos no seu livro “Pedra Pintada, o Templo Sagrado”, ainda em fase de publicação. Esperemos que o historiador Riobranco Brasil esteja verdadeiramente correto.

Na Parte IV, vamos abordar artigo do Jornalista Carlos Chagas escrito ainda em novembro de 2001, sob a manchete “O Planalto se rende e entrega a Amazônia”.

Aluisio Madruga é autor dos livros:

Guerrilha do Araguaia – Revanchismo- A Grande Verdade
- Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada