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sábado, 29 de novembro de 2008

Intentona Comunista


Intentona Comunista - 73 anos. O primeiro não ao comunismo no Brasil.

Ternuma Regional Brasília

Luiz Carlos Loureiro/Cel Reserva


O Brasil entrou nos anos 30 sob o violento impacto da crise mundial da economia. Essa crise foi utilizada pelos comunistas que preconizavam o fim do capitalismo, utilizando-se da violência e do terrorismo para a tomada do poder.


Vivíamos os primeiros anos da era Vargas que governava sufocando crises fomentadas principalmente pela oposição paulista, insatisfeita pelas promessas não atendidas após a Revolução Constitucionalista de 1932. Havia ainda os adeptos da Ação Integralista Brasileira, os conhecidos “camisas verdes”, de inspiração corporativa e militarista. Apoiados no fascismo italiano pregavam um forte controle do Estado na vida nacional. Vargas assim se equilibrava, mas com simpatia pelos integralistas.


Seguindo a orientação resultante do Movimento Comunista Internacional foi criada no Brasil, em março de 1935, uma frente suprapartidária denominada Aliança Nacional Libertadora (ANL). Como "presidente de honra" foi aclamado o nome de Luís Carlos Prestes, na época vivendo na Rússia e que preparava-se para voltar ao Brasil. A ANL teve vida curta porque no dia 11 de julho o governo, temendo o agravamento da crise política, decretou o fim da entidade após o manifesto escrito por Prestes em que a palavra de ordem era: “Todo o poder à ANL”. Mesmo na clandestinidade esse movimento de massas continuou a agir, agora claramente disposto a desestabilizar o governo.

A conspiração conhecida como Intentona Comunista vinha sendo preparada de fora para dentro do pais. Prestes fora designado para dirigi-la e entrou no Brasil acompanhado de Olga Benário, portando passaportes falsos. E a ANL que, de início, parecia ser apenas um movimento de massas, passou a envolver-se nas ações que redundaram no
levante.

A partir dos quartéis tomados, o objetivo era desencadear uma greve geral e derrubar o governo.

Entre 23 e 27 de novembro Natal, Recife e Rio de Janeiro foram os palcos da primeira tentativa de implantação de um regime de um regime comunista no Brasil. Em nome de uma ideologia foram cometidos diversos crimes que enlutaram a nação.

A intervenção militar evitou um banho de sangue.

Mesmo assim foram muitos os mortos e, dentre eles, destacamos o então primeiro tenente Benedito Lopes Bragança, natural de Minas Gerais, que foi feito prisioneiro e covardemente assassinado pelos rebeldes. Uma forte comoção tomou conta do país e o presidente Vargas saiu fortalecido desse triste momento da vida brasileira.


Mesmo com a repressão desencadeada pela polícia de
Vargas tendo à frente Filinto Muller, antigo desafeto de Prestes do tempo da Coluna, o casal Prestes e Olga Benário só foi preso em março de 1936, numa casa de subúrbio do Rio de Janeiro.

As cerimônias cívicas que, em boa hora, o Exército voltou a dar destaque, em todo o país, serve como contraponto ao atual revisionismo histórico intencional dos que buscam transformar assassinos em heróis de uma causa perdida.

O comunismo jamais será aceito pelo povo brasileiro e, quantas vezes for preciso, será repelido pelas Forças Armadas.

Luiz Carlos Loureiro/Cel Reserva. Ex-Cmt 25 BC 1998/2000.