Pronunciamento do Presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, realizado nas primeiras horas de janeiro do ano de 1936
Ternuma Regional Brasília
Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Tanto nos livros que publiquei como em vários artigos que tenho escrito, sempre que pertinente, procuro abordar o assunto Intentona Comunista de 1935, primeira tentativa de tomada do Poder no Brasil por meio da Violência Revolucionária. Assim, como estamos próximo aos dias nos quais ela irrompeu decidi publicar o documento abaixo transcrito que bem encarna o pensamento geral da Nação a época, ou seja, sentimento de total repúdio aos traidores da Pátria que provocaram a morte de centenas de brasileiros, particularmente em Natal e Recife, e não de uns poucos como a maioria pensa. Foram para mais de setecentas vidas perdidas, a maioria de civis que lutaram em prol da preservação da Democracia e Liberdade em nossa terra.
Obtive este pronunciamento no Livro “A Intentona Comunista de
Escreveu e discursou Getúlio Dornelles Vargas nas primeiras horas de 1º de Janeiro 1936:
“ Alicerçado no conceito materialista da vida, o comunismo constituiu-se no inimigo mais perigoso da civilização cristã. À luz da nossa formação espiritual, só podemos concebê-lo como o aniquilamento absoluto de todas as conquistas da cultura ocidental, sob o império dos baixos apetites e das ínfimas paixões da humanidade – espécie de regresso ao primitivismo, às formas elementares da organização social, caracterizadas pelo predomínio do instinto gregário e cujos exemplos típicos são as tribos da Ásia.
Em flagrante oposição inadaptável ao grau de cultura e ao progresso material do nosso tempo, o comunismo está condenado a manter-se em atitude de permanente violência, falha de qualquer sentido construtor e orgânico, isto é, subversiva e demolidora, visando por todos os meios, a implantar e sistematizar a desordem para criar, assim, condições de êxito e oportunidades que lhes permitam empolgar o poder para exercê-lo tiranicamente em nome e em proveito de um pequeno grupo de ilusos, de audazes e de exploradores, contra os interesses e com o sacrifício dos mais sagrados direitos da coletividade.
Nunca poderá vencer, portanto, utilizando a propaganda aberta e franca, feita lealmente e sem temor à verdade, para dominar a vontade das maiorias, pelo exercício do voto livre. Bem diversos os seus métodos e expedientes de expansão e proselitismo. Pregando ou conspirando, os apóstolos jamais confessam o que são, mas, ao contrário, desdizem-se ou se declaram, quando mais corajosos, socialistas avançados ou pacíficos simpatizantes das idéias marxistas. A dissimulação, a mentira, a felonia, constituem as suas armas, chegando, não raro à audácia e ao cinismo de se proclamarem nacionalistas e de receberem o dinheiro da traição para entregar a Pátria ao domínio do estrangeiro.
Sejam quais forem os disfarces e os processos usados, os adeptos do comunismo perseguem invariavelmente os mesmos fins. Como por toda parte, também entre nós distribuem-se por categorias de fácil identificação.
Há os conspiradores, partidários da violência, querendo precipitar os acontecimentos pelos golpes de força e pela técnica da rebelião, certos de que nunca poderão contar com a maioria da representação política ou, antes, seguros de que terão que enfrentar sempre a repulsa integral do povo brasileiro. Esses são, pelo menos, coerentes, porquanto o regime soviético visa precisamente a instituir o governo das minorias opressoras, escravizando a consciência das maiorias.
Há os pregadores, os professores, os doutrinadores do comunismo disfarçados de marxistas, em ideólogos da nova era social, mistificadores de toda casta, perniciosos e astutos. São os que envenenam o ambiente, turvam as águas, não praticando, mas ensinando o comunismo nas escolas, distribuindo livros sectários, propinando o veneno e protestando inocência a cada passo, pois não invocam, na sua lábia, a violência e sim a modificação evolutiva dos valores universais. Tão perigosos quanto outros, definem – se pela pusilanimidade e pela hipocrisia com que se mascaram, adaptando-se às exigências do meio social onde vivem e de cujo trabalho se mantêm parasitariamente.
Nas promessas abundantes e falazes, os nossos comunistas imitam os apóstolos do bolchevismo russo, evitando, porém, relembrar como conseguiram sovietizar a Rússia.
Também eles se diziam protetores do operariado, e suprimiram a sua liberdade, instituindo o trabalho escravo; prometiam a terra, e despojaram os camponeses de suas lavouras, forçando-os a trabalharem por conta do Estado, sob o jugo de uma ditadura feroz, reduzidos ainda a maior miséria.
Padrão eloqüente e insofismável do que seria o comunismo no Brasil tivemo-lo nos episódios da baixa rapina e negro vandalismo de que foram teatro as ruas de Natal e de Recife, durante o surto vergonhoso dos implantadores do credo russo, assim como na rebelião de 27 de novembro, nesta capital, com o registro de cenas de revoltantes traições e até de assassinatos frios e calculados de companheiros confiantes e adormecidos”.
Finalmente, fica o alerta para a nossa juventude!
Os comunistas, desde que se organizaram no Brasil a partir de 1922, não pararam um só momento de conspirar contra a democracia, dentro do entendimento de que só a ditadura do proletariado é o único regime capaz de solucionar todas as questões sociais da humanidade. Ao longo dos tempos mudaram de estratégias e táticas. Hoje estão no governo por força do voto universal e buscam se perpetuar pela compra das mentes de políticos e autoridades dos diversos organismos existentes no País, na maioria incompetentes ou corruptos, o que é pior.
A Revolução Comunista está em pleno andamento devido a omissão dos verdadeiros democratas e, acreditem, o palco já está armado para que sob uma determinação os morros ocupem as cidades.
Ou você é daqueles que acreditam que o comunismo morreu?
Aluisio Madruga é autor dos livros:
Guerrilha do Araguaia – Revanchismo – A Grande Verdade e
Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada
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