Perda de hegemonia nos fundos de pensão e devassa em fortunas e negócios de aliados quebram petistas
Posted: 03 Jun 2014 06:58 AM PDT
O Presidentro Lula da Silva vai convocar uma reunião de seu “gabinete de crise” (os amigos e sócios que o cercam no Instituto Lula) para avaliar que medidas milagrosas podem ser tomadas, urgentemente, para conter a avalanche de ações psicológicas contra o governo Dilma Rousseff. O inferno despenca sobre o PT. O processo de desmoronamento político parece irreversível. O volume tsunâmico dos ataques tende a aumentar quando a campanha reeleitoral começar oficialmente.
A apavorada cúpula petista avalia, reservadamente e muito a contragosto, que nunca Dilma esteve com sua reeleição tão ameaçada como agora. A previsão é de que tudo pode ficar pior na véspera do que promete ser uma desastrosa “Copa do Jegue” – marcada por desorganização e protestos que podem descambar para a baderna e violência, com negativa repercussão internacional. Tecnicamente, com a carestia, os juros altos, o pibinho e o crescente endividamento das pessoas e do setor público, o governo petista acabou.
A lista de problemas parece não ter fim – e muito menos solução no curto prazo. O pavor petralha é real. Familiares e aliados próximos de Lula têm seu patrimônio investigado por um refinado esquema de espionagem transnacional. Já foram detectadas operações atípicas de transferência de controle acionário de empresas. A jogada pode se transformar em processos na Corte de Nova York, em cuja bolsa de valores as companhias negociam ações.
Ao mesmo tempo, a banda sindical petista começa a sofrer derrotas em áreas financeiramente estratégicas, como nas eleições para os conselhos dos mais importantes fundos de pensão, como a Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa). O tempo também fecha para eles na Petros (Petrobras) que é alvo de ações judiciais por suspeitas de má gestão.
A Operação Lava Jato, que apura lavagens ilegais de mais de R$ 10 bilhões, parece ter descoberto esquemas que fazem o velho Mensalão parecer roubo de galinha do vizinho. Petralhas são suspeitos de ligação direta com facções criminosas, para lavagem de dinheiro público desviado, que acaba financiando o tráfico de drogas e o comércio de armas.
Os mensaleiros são fonte permanente de desgaste.
Os reeducandos na Ação Penal 470 continuam reunidos na Penitenciária da Papuda para formar o novo PT (Partido dos Trancafiados). Pelo menos até que o novo arranjo político no Supremo Tribunal Federal, após a aposentadoria de Joaquim Barbosa, mande soltá-los, agravando ainda mais a crise imagética sofrida pelo partido que desmoralizou a honradez.
Os escândalos na Petrobras, que pareciam em fase de banho Maria, voltam ao fogo alto do inferno com a desesperada entrevista de Paulo Roberto Costa à Folha de São Paulo. O ex-diretor de abastecimento da estatal, réu na Operação Lava Jato, avacalhou com o corpo técnico da empresa e desenhou a imagem de incompetência de Dilma Rousseff, como ex-presidente do Conselho de Administração da estatal de economia mista. Paulo Costa e seus parceiros Alberto Youssef (o doleiro) e André Vargas (o deputado) são fontes de problemas inimagináveis para o PT.
Quando o cenário parece ruim consegue ficar ainda pior. Em São Paulo, o PT foi obrigado a encenar a detonação do deputado estadual Luiz Moura. O parlamentar foi suspenso do partido por 60 dias e ficará sem legenda para a eleição. Moura pode até ser expulso pela Comissão de Ética petista se for confirmada a informação policial de que ele teria participado de um encontro com integrantes da facção criminosa PCC para discutir ataques a ônibus na Zona Leste de São Paulo, no último mês de março.
O engraçado foi os dirigentes petistas alegarem que não sabiam do passado de Moura: ex-presidiário na década de 90, por assaltos a supermercados no Paraná e Santa Catarina.
Além dos problemas gerados por investigações, o desespero petista produz a autodestruição do governo. Todos os partidos de oposição – e muitos parlamentares da situação – exigem que seja suspenso o soviético Decreto 8243/2014. O excremento legal consolida o aparelhamento da máquina estatal e torna dispensável a ação parlamentar. Ninguém em sã consciência democrática engole a tal Política Nacional de Participação Social (PNPS), bolada pelos radicalóides petistas que sonham com a aceleração de um processo revolucionário socialista-comunista, instituindo a “democracia direta” pela via das consultas populares manipuladas por eles.
Dilma Rousseff já era. Não só por culpa dela. Mas porque deixou o PTitanic ser pilotado por Lula e sua turma. Outras broncas pesadas vão estourar em breve contra a petralhada. Na defensiva contra escândalos, e na tradicional ofensiva contra seus “inimigos”, o PT tende a cometer novos erros capitais. A tendência é ser traído por aliados.
O chamado grande capital – que até lucrou muito na era Lula-Dilma - não quer a continuidade do poder petista no Brasil. Motivo simples: não há segurança para negócios bilionários. A incompetência política e gerencial, junto com a corrupção descontrolada, desgastarem irremediavelmente o partido que tem cara de seita fanática.
A derrocada petralha vai se consolidar nas inseguras urnas eletrônicas com a onda de pessimismo que afeta a maioria dos brasileiros de todas as classes sociais.
Diferentes pesquisas indicam o mesmo resultado: mais de 70% do eleitorado quer, claramente, mudança de governo. A substituição do PT já está programada no imaginário do cidadão-eleitor-contribuinte – vítima da carestia, dos impostos absurdos, dos juros escorchantes, da dificuldade em quitar o crédito que tomou sem ter condições e pelo cansaço com tudo feito na base da corrupção – patrocinadora de outros males, como a violência mafiosa fora de controle.
O petismo se locupletou com a governança do crime organizado no Brasil Capimunista. Agora, provará do próprio veneno e sentirá os efeitos danosos da autofagia que costuma desintegrar as máfias compostas por amadores. Quando efetivamente perderem o poder, muitos dos dirigentes terão de acertar contas com a Justiça, por causa de seu mágico enriquecimento – incompatível com os ganhos legais possíveis na carreira de político profissional. Muitos correm o risco de migrar do parlamento para o parlatório das penitenciárias.
O processo de limpeza pode demorar um pouco, porque o Brasil é o País da Impunidade e da Injustiça. Mas o desfecho contra a petralhada é inevitável. Ainda não dá para ter certeza absoluta se, no processo de queda, os marginais da política responderão com violência ou se a covardia falará mais alto.
O certo é que o tempo do PT se esgotou historicamente.
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