Gen Bda Paulo Chagas
Caros amigos Há cerca de duas semanas, em solenidade de passagem de função, no QG do Exército, em Brasília, o Gen Ex Augusto Heleno lembrou aos presentes a passagem do 46º aniversário do movimento cívico-militar que ficou conhecido como a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964!
Nada mais justo, oportuno, preciso e elegante, haja vista a qualidade do discurso, amplamente difundido pela internet e por alguns órgãos da mídia nacional. Nada mais natural que um General, na chefia de um Departamento, fizesse uso da ocasião e da platéia para fazer justiça a uma atitude coletiva da Nação brasileira que, reagindo determinadamente em defesa da liberdade democrática, “salvou-se a si própria”. Nada mais nobre do que o reconhecimento da importância daquele evento, já quase cinqüentenário.
Caros amigos Há cerca de duas semanas, em solenidade de passagem de função, no QG do Exército, em Brasília, o Gen Ex Augusto Heleno lembrou aos presentes a passagem do 46º aniversário do movimento cívico-militar que ficou conhecido como a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964!
Nada mais justo, oportuno, preciso e elegante, haja vista a qualidade do discurso, amplamente difundido pela internet e por alguns órgãos da mídia nacional. Nada mais natural que um General, na chefia de um Departamento, fizesse uso da ocasião e da platéia para fazer justiça a uma atitude coletiva da Nação brasileira que, reagindo determinadamente em defesa da liberdade democrática, “salvou-se a si própria”. Nada mais nobre do que o reconhecimento da importância daquele evento, já quase cinqüentenário.
Interpretei a atitude do General como natural, óbvia e esperada. Afinal, a Revolução foi efetivamente democrática, cívica e preventiva e, graças a ela e a seus ideais, temos hoje, embora novamente ameaçadas, as liberdades essenciais do regime que os brasileiros escolheram para si e que devem preservar para o bem das futuras gerações.
Chamou-me a atenção, no entanto, a quantidade de mensagens e contatos telefônicos que recebi, de amigos e admiradores do Gen Heleno, manifestando receio de que ele sofresse algum tipo de “retaliação” como conseqüência de sua elogiável atitude.
Dei-me conta da extensão da ameaça e do dano causado pela tão bem engendrada e tão facilmente implantada hegemonia do pensamento. Estamos, nós também, militares e civis esclarecidos, impregnados pela idéia de que, mesmo conhecendo a verdade dos fatos ocorridos em 31 de março de 1964 e seus desdobramentos ao longo dos governos que lhe sucederam, devemos guardar reserva pessoal e institucional ao defendê-los!
A Revolução de 1964 é passado de orgulho para os militares! Só não é história porque o revisionismo hipócrita, mesquinho e mentiroso dos derrotados ainda não o permitiu! Não pode ser tabu porque é fato e verdade que salvou-nos da desgraça que ainda hoje escraviza o povo cubano e aterroriza a nação colombiana! Não foi intromissão indevida porque foi fruto da manifestação uníssona da Nação! Por que, então, não comemorá-la entusiástica e publicamente? Por que não enaltecer com veemência seus corajosos e determinados executores? Por que temer pela integridade moral dos que proclamam a verdade e denunciam a hipocrisia e a mentira?
É absurdo, de dentro da Caserna ou nas fileiras da Reserva, pensar-se em qualquer tipo de punição ou retaliação ao Gen Heleno, ou, até mesmo, em uma exoneração persecutória e de legalidade duvidosa como a que foi imposta ao Gen Santa Rosa!
Devemos, desde já e a qualquer momento, rechaçar, com todo o rigor e convicção, qualquer atitude que nos induza a cair na armadilha do pensamento único, ardilosamente montada pelos inimigos da democracia! Não temos nada a temer, a verdade está conosco, podemos e devemos prová-la, sempre, em todos os lugares e por todos os meios!
As Forças Armadas não são, nem nunca foram ou serão, intrusas na História do Brasil, foram criadas para servir à Pátria e este deve ser o foco de toda a energia das suas ações.
O aceno da implantação de uma necessária e já tardia Estratégia Nacional de Defesa não pode colocá-las na posição de reféns das convicções ideológicas deste ou de qualquer outro governo, muito menos obrigá-las a esconder seu passado, seus orgulhos e seus triunfos!
Deparei-me, muitas vezes nos últimos tempos, com a crença de que a harmonização e o não atrito ideológico seriam o melhor caminho para a obtenção dos recursos necessários para a habilitação ao cumprimento das missões constitucionais. Todos os brasileiros minimamente informados sabem que a realidade dos quartéis revela a iniquidade dessa premissa.
As Forças Armadas estão muito acima das políticas, estratégias e prioridades dos governos, são instrumentos e necessidades do Estado, e impõem-se pela missão e pela competência, não carecem de favores de governos, não dependem deles para “sobreviver”!
A Nação sabe a importância que têm seus Marinheiros, seus Soldados e seus Aviadores, reconhece seu valor, tem orgulho deles e sabe que neles, sim, pode confiar!
Viva a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964!
Vivam os homens e mulheres que a fizeram e aqueles que dela se orgulham!
Ternuma Regional brasilia