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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

"Não exite almoço grátis" Já dizia LRM (jn)


Mensageiros da intranquilidade e da inquietação


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net  
Por Ernesto Caruso

No dia 20/12/2012 houve o almoço da presidente Dilma com os generais, rotina das festas natalinas regada de afabilidades, sorrisos, e calorosos cumprimentos de mão, fotos diferentes do ocorrido na cerimônia de posse do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, onde a sisudez da presidente embaciava o ambiente. Constrangimento diante do relator da ação penal referente ao mensalão do PT e condenação de alguns correligionários prestigiados pelo partido.

O almoço de com/fraterni/zação (fraternal...), ocorreu poucos dias depois da solenidade de entrega da premiação, feita pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Dentre os que receberam o Prêmio Direitos Humanos, o “Levante Popular da Juventude”, que tem organizado os escrachos contra os agentes do Estado que derrotaram os torturadores/terroristas/sequestradores que infernizaram este país nas várias intentonas comunistas. E quem lhes entregou a menção honrosa foi a presidente da República com palavras elogiosas: “o prêmio homenageia pessoas lutadoras e que arriscam suas vidas em defesa dos direitos humanos”. A ministra Maria do Rosário, organizadora, diz que o troféu é o reconhecimento à generosidade de pessoas e organizações que tem como finalidade trabalhar para a humanidade.

Essa “generosidade” se deve ao aprendizado com Fidel/Che Guevara no tratamento aos opositores/presos cubanos?

Quanta generosidade e risco de vida ao insultar, cuspir e agredir os que compareceram à palestra sobre o 31 de Março no Clube Militar em 2012, militares com 70/80 anos e civis, como relata no seu blog “papodefilhinha” as agressões que sentiu uma jovem jornalista presente ao evento.

Outro exemplo de constrangimento para a família e desrespeito aos vizinhos ocorreu diante da residência do Cel Lício Maciel, 80, que como militar foi combater os terroristas no Araguaia (1972/75), cumprindo ordem. Se não o fizesse seria criminoso por insubordinação ou por deserção; levou tiro no rosto. Um período sofrido, como destacado do seu depoimento na Câmara dos Deputados: “Genoino, aquele rapaz foi esquartejado! Toda a Xambioá sabe disso,... e vocês nunca tiveram a coragem de pedir desculpa por terem esquartejado... Cortaram primeiro uma orelha na frente da família...; cortaram a segunda orelha; o rapaz urrava de dor,... e no final deram a facada que matou João Pereira.” O rapaz tinha 17 anos e tido como guia dos militares.

Não foi um passeio no parque. Tristes momentos da época e ao relembrá-los. Mas, resultado do enfrentamento de combatentes. Hoje o “levante” é a covardia, vingança sórdida ao empregarem grupos com megafones, faixas e ofensas nas calçadas frontais das residências de aposentados com mais de 80 anos. Um papelão. 

Os jovens do passado que foram enganados e arrastados para a luta armada por velhos e ultrapassados comunistas, hoje iludem outros jovens e os conduzem para os escrachos, lhes dão prêmios e os adestram para a luta. O grupo defende mudanças estruturais na sociedade, com atuação em vários estados, como foi no passado, ligas camponesas, movimentos operário, estudantil, etc.

No embalo, a UNE monta a lona da sua Comissão da Verdade durante o 14º Conselho Nacional de Entidade de Base, em Recife, com a participação de Claudio Fonteles, coordenador da Comissão Nacional da Verdade e apresentação do filme “Ditadura militar”.

A entrevista de Fonteles a uma jornalista da Globonews não deixa boa impressão nas propostas que apresenta como coordenador e, não demonstrar a imparcialidade imposta na lei que tanto enfatiza, quiçá por ter integrado o grupo Ação Popular na juventude, e aos 76 anos, “se encontrar com 18 quando lutou por uma sociedade mais justa”.

O esquartejado não faz parte dessa “verdade”, mas Fonteles repete várias vezes a expressão “mazelas do estado ditatorial militar”, não acredita nos comandantes quando dizem que tudo foi destruído, assegura que não há revanchismo (oh!), que se deve alterar a formação dos militares, que os livros de História devem ser modificados no ensino militar, e como cidadão e de Ministério Público acha que os agentes públicos sejam punidos.

Falam com tal convicção a demonstrar que vão rasgar a Lei da Anistia que lhes rendeu milionárias indenizações, corromper os congressistas e tingir de vermelho a toga, mas vão encontrar velhos soldados com um pedacinho da Bandeira no coração a reverenciar os 18 do Forte, em maior número.

Ernesto Caruso é Coronel reformado do EB.